sábado, 30 de outubro de 2010
O Grande Gatsby (1974)
Um novo rico chega à vizinhança, e seu estilo de vida – despreocupado, festeiro e com passado misterioso – gera curiosidade e fascínio.
Vencedor dos Oscar de Figurino e Trilha Sonora.
(The Great Gatsby - 1974)
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quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Os Vampiros que se Mordam (2010)
Os vampiros que se cuidem! Atualmente, são as criaturas mais superexpostas da mídia, com filmes, séries de televisão, enxurrada de livros (novos e antigos) e afins. A comédia "Os Vampiros que se mordam" chega para aumentar a lista – sem trazer nada de novo, engraçado ou que justifique sua existência.
O filme é uma sátira da série "Crepúsculo", escrita e dirigida por Jason Friedberg e Aaron Seltzer, que já tentaram satirizar comédias românticas, com “Uma comédia nada romântica”, épicos (Espartalhões), filmes de desastre (Super-Herois – A Liga da Injustiça) e ainda não conseguiram convencer Hollywood de que não têm talento, por isso continuam achando quem banque seus projetos.
Ignorando que a ideia das criaturas vampirescas é mais antiga do que Crepúsculo, “Os vampiros que se mordam” concentra-se no primeiro e segundo filmes da série, refazendo muitas das cenas e da trama de forma exagerada – como se precisasse muito esforço para isso, uma vez que em Crepúsculo personagens e tramas são exagerados por natureza.
A jovem Becca (Jenn Proske) muda-se para uma pequena cidade para morar com o pai, um xerife local (Diedrich Bader). Na escola tem poucos amigos, mas acaba conhecendo e se apaixonando pelo pálido e estranho Edward Sullen (Matt Lanter, de Super-Herois – A Liga da Injustiça).
A propensão que Bella, personagem do filme original, tem para se martirizar é potencializada aqui – e algo que, por natureza, seria engraçado não consegue gerar qualquer fagulha de humor em "Os vampiros que se mordam". A culpa disso é, em boa parte, por conta da falta de tato da dupla Friedberg e Seltzer – para quem espancar um cadeirante por minutos a fio deve parecer engraçado. Para eles, também é divertido quando Becca solta gases na cara de Edward, ou Jacob (Chris Riggi), o menino-lobisomem, urina numa árvore.
Becca, por sua vez, sofre por não conseguir perder a virgindade. Afinal um dos pretendentes prometeu ser celibatário e o outro prefere perseguir gatos. É a vida! Ou melhor, é a vida dos mortos, à qual Becca tem que se acostumar caso queira se casar com Edward.
Com menos de uma hora e meia, Os vampiros que se mordam parece mais longo e cansativo do que uma maratona da série “Crepúsculo”. Com um acúmulo de referências pop – Lady Gaga, Lindsay Lohan, Gossip Girl, Buffy, Alice no País das Maravilhas–, o enredo revela-se incapaz de produzir algo realmente engraçado. Por outro lado, a estreante Jenn Proske faz uma imitação quase perfeita da verdadeira Bella, Kristen Stewart – pena que isso aconteça num filme tão pouco inspirado e ainda menos divertido.
(Vampires Suck - 2010)
Glee - Primeira Temporada (2009)
Depois de tanto ouvir críticas, boas ou más, sobre este seriado, não resisti a curiosidade, baixei todos seus episódios pela internet, inclusive aqueles já lançados na segunda temporada e assisti.
O que achei?! Bem, vamos às criticas que ouvi.
Primeiro me disseram que “Glee” era o seriado do momento, ótimo, musical, diversificado, divertido, algo novo e inusitado na TV. Bem, o seriado ganhou o Globo de Ouro de melhor seriado musical/comédia.
Em segundo lugar, vamos às críticas negativas. Perguntei a um amigo meu gay se ele assistia a Glee, e ele me respondeu: “De jeito nenhum! Aquele seriado é muito gay!” (isto porque este meu amigo é gay!). Depois li um comentário em um certo perfil do facebook: “Quem foi que inventou essa droga de seriado chamado Glee?!” Sem contar que todos aqueles que assistem/gostam de “Glee” são motivos de chacota!
Se gostei?! Não muito... as performances musicais são bem divertidas, mas o seriado peca pelo excesso de bulling e ameaças ao Glee Club, pois a todo momento o grupo musical corre o risco de acabar, e isso cansa. O que deveria ser feito é dar uma continuidade na qual o grupo conquista a simpatia de todos e deixem de ser às vitimas sofridas do momento.
(Glee - Season 1 - Road to Sectionals - 2009)
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Hannah Montana - O Filme (2009)
"Hannah Montana: O Filme" é na medida certa para aqueles que gostam de uma diversão cinematográfica cheia de boas mensagens. Como na série de TV homônima, a cantora e sensação pop Miley Cyrus vive a jovem Miley Stewart e seu alter ego famoso, Hannah Montana.
Miley Stewart é uma garota que leva uma vida aparentemente normal, não fosse pelo fato de ter uma identidade secreta famosa, conhecida como Hannah Montana, uma verdadeira pop star. Esse detalhe parece tomar conta de sua vida, em meio à alta roda de Los Angeles, composta por gente descolada. Ela deixa que sua assessora Vita (Vanessa Williams) cuide de sua vida.
Aos poucos, Miley abandona sua vida pessoal, sua família – perde até a despedida do irmão (Jason Earles) quando ele vai para a faculdade – e dá mais atenção ao lado glamouroso das coisas. Seu pai, Rob Ray Stewart (vivido pelo pai verdadeiro de Miley Cyrus, o cantor country Billy Ray Cyrus), fica preocupado e decide que é hora de lembrar à filha suas verdadeiras raízes.
A gota d’água é quando Miley briga com outra garota por causa de um par de sapatos numa loja e acaba flagrada por paparazzi. Preocupado, o pai inventa a desculpa de que ela vai para Nova York, onde se apresentará. Mas, na verdade, leva-a para Crowley Corners, no Tennessee.
Em sua cidade natal, Miley vai reencontrar não apenas suas origens, mas também pessoas de seu passado, como sua avó Ruby (Margo Martindale, de Menina de Ouro). Um repórter bisbilhoteiro começa a fazer perguntas na cidade, o que poderá colocar a identidade secreta de Hannah Montana em risco.
Ao contrário da série, "Hannah Montana: O Filme" mostra como tudo começou, as origens da protagonista, ao levá-la de volta à sua pequena cidade no sul dos Estados Unidos.
Escrito por Daniel Berendsen e dirigido por Peter Chelsom (Dança Comigo?, Escrito nas Estrelas), "Hannah Montana: O Filme" é feito na medida para as fãs da série da televisão, mostrando mais um capítulo na vida da jovem estrela que, às vezes, tenta levar uma vida normal.
(Hannah Montana - The Movie - 2009)
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Cartas Para Julieta (2010)
Palco do romance impossível entre Romeu e Julieta, a bela cidade de Verona, na Itália, volta a ser cenário de novas e sensíveis histórias de amor em “Cartas para Julieta". Inspirada na famosa obra de William Shakespeare, esta produção é assinada por Jose Rivera, indicado ao Oscar pelo roteiro de "Diários de Motocicleta" e estrelado por Vanessa Redgrave.
O ponto de partida do filme é a lua de mel do casal Sophia (Amanda Seyfried, de Mamma Mia!) e Victor (Gael García Bernal, de Diários de Motocicleta) para Verona. Apesar de romântica, a viagem começa a fazer água quando ele se mostra mais interessado nas atrações culinárias da região do que na companhia de sua esposa.
É nesse momento em que Sophia visita o balcão de Julieta, atração turística da cidade, onde mulheres de todas as nacionalidades deixam cartas sobre amores perdidos ou impossíveis para a amada de Romeu (daí o título). Quando começa a retirar as cartas a pedido de um grupo de senhoras que trabalham no local, ela descobre acidentalmente uma mensagem deixada ali há mais de 50 anos por Claire Smith (Vanessa Redgrave).
Ao ler a carta, descobre que a jovem Claire, numa viagem de férias, apaixonou-se por um rapaz italiano, mas temendo a reação da família, decidiu voltar à Inglaterra. Penalizada, Sophia escreve uma resposta à agora senhora, que meio século depois decide reencontrar seu grande amor, com a ajuda da jovem americana.
Trata-se, enfim, de uma jornada em busca do que se perdeu. Enquanto o objetivo de Claire é mais palpável, encontrar Lorenzo (Franco Nero), Sophia deve resgatar o amor, que acredita ter acabado em sua relação com Victor. Para isso, a jovem contará com a ajuda de Charlie (Christopher Egan, de Eragon), neto de Claire, que a contragosto passa a acompanhá-las.
Apesar do roteiro um tanto previsível, há humor e sensibilidade o bastante para tornar "Cartas para Julieta" um romance envolvente. Deve-se muito, claro, à presença da veterana Vanessa Redgrave, que dá peso a qualquer obra de que participe. O carisma de Amanda Seyfried também é vital para fazer rodar os dramas que aparecem pelo caminho.
O resultado final do filme, dirigido por Gary Winick (de Noivas em Guerra), é equilibrado, com sua acertada trilha sonora e fotografia. Claramente voltado mais ao público feminino, não deixa, no entanto, de ter atrativos para outras plateias.
(Letters to Juliet - 2010)
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Comer Rezar Amar (2010)
Há uma grande contradição em “Comer, Rezar, Amar”: em alguns momentos, a protagonista Liz Gilbert arrisca muito em suas opções pessoais; sua intérprete, Julia Roberts, ao contrário, não arrisca nada neste papel, pura rotina para ela.
Escritora de sucesso de livros de viagem, Liz deixa o marido depois de oito anos, Stephen (Billy Crudup), envolve-se com um ator mais jovem e dado ao misticismo hindu (James Franco) e arremata a virada por uma longa viagem de um ano, entre a Itália, Índia e Bali. Na verdade, a viagem representou muito menos uma aventura do que parece, já que a escritora, na vida e na tela, financiou-a com um adiantamento pelo futuro livro – e que tirou a sorte grande ao tornar-se um bestseller lançado em cerca de 30 países, inclusive no Brasil.
Julia pode ter-se identificado com a personagem, enxergando corretamente o alto potencial da história para tornar-se um veículo para sua volta a um papel feminino de alto impacto – e sabe-se que estes papeis não sobram por aí, mesmo para atrizes do cacife de La Roberts, sempre no topo das mais bem-pagas de Hollywood.
A falta de elementos realmente novos está em todos os detalhes. Embora não seja assim tão comum uma mulher bem-sucedida jogar para o alto um casamento estável, como faz Liz com o apaixonado Stephen, nem por isso sua personagem chega a ser uma heroína feminista. Com roteiro assinado pelo diretor Ryan Murphy (de Correndo com Tesouras e da série Glee) e por Jennifer Salt, a ação decola quando Liz desembarca na Itália.
Essas viagens da protagonista preenchem a função de encher os olhos do espectador – não faltam belas paisagens, com direito a todos os cartões postais que uma Roma ensolarada pode oferecer. Mas nem tudo a respeito dos romanos é real, muito menos positivo. Liz aluga um quarto numa velha casa na capital italiana que nem água quente tem: para um banho morno, ela precisa esquentar a água numa chaleira no fogão, em plenos anos 2000. A imprensa italiana chiou bastante, alegando que isso poderia ter ocorrido, no máximo, durante a II Guerra Mundial, há mais de 60 anos...
Os clichês de praxe sobre a Itália estão todos lá: homens conquistadores e bons vivants, todo mundo envolvido no dolce far niente, ou seja, na boa e velha vagabundagem. E o que mais se faz é comer... Haja espaguete! Um momento divertido é quando Liz e sua nova amiga em Roma, a sueca Sofi (Tuva Novotny), mandam às favas a ditadura da boa forma, caem de boca na pizza napolitana e resolvem comprar calças maiores.
A passagem pela Índia é a parte mais chata. Fica difícil acreditar no engajamento de Liz no misticismo hindu, morando num ashram onde Liz limpa o chão, acorda de madrugada para meditar e leva broncas de outro americano amargurado, Richard (Richard Jenkins) – o que parece mais uma temporada no inferno do que uma jornada em busca da paz interior.
Finalmente, chega o capítulo do amor, na paradisíaca Bali, que Liz já visitou antes, conhecendo o seu velho guru, Ketut (Hadi Subiyanto). Nesta segunda viagem, a coisa começa mal, com Liz sendo atropelada quando andava de bicicleta, por um distraído brasileiro, Felipe (Javier Bardem). Um acidente que se transforma, mais tarde, em namoro firme entre dois divorciados, olhem que sorte. Para nós brasileiros, causa estranheza o sotaque sofrível do ótimo ator Bardem quando arranha algum português e a afirmação, feita por Liz a partir de conversas com o namorado, de que por aqui é normal e corriqueiro que os pais beijem os filhos na boca (!). Enfim, o forte de “Comer, Rezar, Amar” não é mesmo um retrato fiel dos países que visita.
A melhor coisa sobre o Brasil é incorporar à trilha sonora música e músicos de alta qualidade, fazendo uma ponte com a Bossa Nova. Estão lá o belo Samba da Benção, de Vinicius de Moraes e Baden Powell, na voz de Bebel Gilberto, e Wave, de Tom Jobim, cantada por João Gilberto. O cantor baiano, aliás, é ouvido também interpretando ‘S Wonderful, de George & Ira Gershwin, com arranjo de Gilberto.
Ao final da projeção – um tanto longa, já que o filme se prolonga por 140 minutos -, fica a sensação de que faltou muita coisa. A ação fica excessivamente centrada na protagonista e sua interminável crise de identidade – que dura tempo demais. Os clichês sobre as pessoas e povos que ela encontra terminam por comprometer a credibilidade toda da história, por mais que se permita piadas e, vá lá, licenças poéticas. No final, Liz parece apenas percorrer as etapas previamente demarcadas de um roteiro de auto-ajuda, superficial como todos. Sorte da escritora Elizabeth Gilbert, que deve estar rindo à toa com o sucesso do livro e agora do filme.
(Eat Pray Love - 2010)
domingo, 10 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
Eurotrip (2004)
Quando os amigos que se conhecem apenas por cartas decidem se conhecer pessoalmente, Scott (Scott Mechlowicz) fica com medo. Mas ele descobre que sua amiga alemã é atraente e decide encontrá-la junto com três amigos, após sua formatura. Enquanto viajam pela Europa para o grande encontro, vivem as mais variadas e engraçadas aventuras.
(Eurotrip - 2004)
Encontro de Casais (2009)
Na comédia “Encontro de Casais”, em que quatro pares repensam seus relacionamentos, há tempo suficiente para os espectadores repensarem uma opção melhor de diversão.
Vince Vaughn é Dave, casado com Ronnie, os dois possuem um relacionamento estável – tentando reformar a casa e criar os dois filhos pequenos. Já Joey é casado com Lucy e parece estar sentindo o peso da idade. Jason é casado com Cynthia e o fato de ela não conseguir engravidar parece estar separando o casal. Já Shane, namorada de, tem menos da metade de sua idade e o chama de Papai.
Cynthia e Jason têm a “brilhante” ideia de levar o grupo para um retiro de casais num lugar paradisíaco. O casal acredita que o amor acabou e quer tentar uma última chance – e, quem sabe, ela até possa engravidar. Para explicar porque os amigos devem ir, eles alegam que um pacote para vários casais custa mais barato.
Ao chegarem ao lugar chamado de Éden – realmente muito bonito – descobrem que existem duas ilhas, a dos casados e a dos solteiros. Na primeira, em que são confinados, há muita terapia, conversas e pouca diversão. Na outra, os solteiros bebem e se divertem na piscina dia e noite.
Cada casal, obviamente, reage de uma forma. Dave e Ronnie acreditam que não precisam de terapia. Joey quer ir para a outra ilha e Lucy pensa em seduzir o instrutor de ioga interpretado com muito músculo e uma sunga minúscula pelo porto-riquenho Carlos Ponce. Cynthia e Jason tentam se reapaixonar ou engravidar. Shane tenta não ser traído por sua jovem namorada.
Com quase duas horas de duração, “Encontro de Casais” não tem muito a oferecer. As piadas não têm a menor graça e a narrativa é previsível demais. Peter Billingsley dirige com mão pesada momentos constrangedores, especialmente um envolvendo Favreau e uma massagista.
A impressão que fica é que apenas o elenco e a equipe técnica se divertiram na paradisíaca Bora Bora, onde o filme foi rodado. Para quem assiste, resta apenas uma seleção de piadas sem graça e um desfile de clichês e de escatologia infantil.
(Couples Retread - 2009)
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