quarta-feira, 29 de março de 2017

Já Não Me Sinto Em Casa Nesse Mundo (2017)


Ruth (Melanie Lynskey) é uma mulher depressiva que não suporta a frieza da humanidade. Mas a paciência explode mesmo quando sua casa é assaltada. Com a ajuda do vizinho fã de artes marciais, Tony (Elijah Wood), ela se envolve perigosamente numa caótica luta contra criminosos degenerados.

(I Don't Feel at Home in This World Anymore - 2017)

domingo, 19 de março de 2017

The Devil and the Deep Blue Sea (2016)


Henry é um arquiteto introvertido. Após a morte de sua esposa em um acidente de carro, ele passa a ajudar Millie, uma adolescente sem-teto, a construir uma barco para navegar pelo Atlântico.

Um filme extremamente ruim!

(The Devil and the Deep Blue Sea - 2016)

Sete Minutos Depois da Meia-Noite (2016)


Podemos criar monstros para materializar algo com que não conseguimos lidar com a linguagem que nos é dada – e isso é ainda mais profundo quando acontece com sentimentos conflituosos. Em Sete Minutos Depois da Meia-Noite, Conor (Lewis MacDougall) tem 12 anos e constantes pesadelos envolvendo uma árvore gigante e monstruosa que anda e fala – dublada por Liam Neeson. Nessa criatura o jovem protagonista corporifica uma enxurrada de sentimentos e emoções diante da iminente morte de sua mãe (Felicity Jones) de câncer.

Há um conflito que o consome: estar viva significa que ela está sofrendo mas, se ela se for, ficará um buraco gigantesco em sua vida que jamais será preenchido – nem pelo pai pouco presente (Toby Kebbell), ou a avó (Sigourney Weaver). É desse embate interno do garoto que surge essa criatura enigmática que possui estratagemas estranhos para ajudar.

A trama de Sete Minutos Depois da Meia-Noite foi concebida pela escritora Siobhan Dowd, em seu leito de morte, e Patrick Ness a transformou em um romance e, mais tarde, roteiro para o filme, dirigido pelo catalão J.A. Bayona (O Orfanato).

A cada noite, o monstro conta uma nova história para Conor. Essas pequenas tramas deverão ajudá-lo com seus problemas – entre eles, também está o constante bullying na escola. A ideia é que quando Conor for capaz de contar sua própria história, acontecerá uma catarse e ele poderá encarar seus próprios problemas. Antes disso, precisa lidar com tudo o que o cerca – a mãe agonizante, os problemas na escola, a avó autoritária. É a jornada do herói rumo a sua própria aceitação, que, finalmente, o faz encarar as adversidades de frente, tornando-se uma pessoa mais forte.

Sete Minutos Depois da Meia-Noite transita entre o realismo e a fantasia como válvula de escape para as opressões do cotidiano, mas também como combustível para lutar contra elas. Bayona opta por um tom agridoce e melancólico – até nos momentos explicitamente fantásticos –, parecendo seguir um manual para fazer chorar, quando o material, fortemente emotivo por natureza, não precisava disso.

(A Monster Calls - 2016)

I Am Michael (2015)


A controversa história real de um activista gay que se declara salvo da homossexualidade e se torna Pastor evangélico e homofóbico.

(I Am Michael - 2015)

O Monstro no Armário (2015)


Oscar Madly (Connor Jessup) é um adolescente emocionalmente instável e traumatizado, porém muito criativo que deseja fugir das memórias de sua infância complicada e dolorosa. Certo dia, sua vida muda por completo quando um hamster falante (Isabella Rossellini) o ajuda a descobrir sua identidade.

(Closet Monster - 2015)

A Bela e a Fera (2017)


Emma Watson tenta desligar-se de vez da Hermione de Harry Potter para viver Bela, a jovem que se sente aprisionada na mesmice de uma aldeia francesa, onde ela é tida como esquisita por seu apego aos livros. Apoiada pelo pai, Maurice (Kevin Kline), ela ignora a maledicência e esnoba energicamente o assédio do pretendente mais desejado do pedaço, o oficial Gaston (Luke Evans), sujeito vaidoso e egocêntrico.

Entre os toques contemporâneos desta nova adaptação, um dos mais marcantes é a diversidade racial, notada desde a sequência inicial, de um baile, em que se explicam as razões de toda a maldição que recaiu sobre o príncipe desalmado transformado na Fera peluda por uma feiticeira.

Outro toque moderno foi a transformação do fiel escudeiro de Gaston, LeFou (Josh Gad), num personagem gay, que não perde uma chance de insinuar-se para ele, alegando o quanto as mulheres são ingratas, Bela mais do que todas. Mas foi uma sequência final de dança, em que ele termina como parceiro de outro homem que causou alvoroço na Malásia, onde o homossexualismo é proibido por lei, adiando a estreia do filme naquele país.

Fora isso, em todo caso, esta versão de A Bela e a Fera segue o figurino de conto de fada que apela mais para adolescentes e adultos do que crianças, particularmente os fãs românticos à procura da repetição das emoções já sentidas diante da história familiar. Essa, pelo menos, é a ambição das produções que aspiram a tornar-se clássicas. As bilheterias dirão se é o caso.

Indicado aos Oscar de Direção de Arte e Figurino.

(Beauty and the Beast - 2017)

domingo, 12 de março de 2017

Cinquenta Tons Mais Escuros (2017)


No segundo filme da série Cinquenta tons de cinza, Cinquenta tons mais escuros, Anastasia (Dakota Johnson) e Christian Grey (Jamie Dornan) decidem que não haverá mais regras, nem castigos ou segredos. O diretor James Foley, a autora dos romances originais, E. L. James (aqui também como produtora), e seu marido e roteirista, Niall Leonard, também decidiram que não haverá mais trama, personagens desenvolvidos ou erotismo – coisas pálidas no primeiro filme, mas, ao menos, existentes.

A essa altura, Anastasia (um nome cuja pronúncia em inglês parece “anestesia”, o que deve explicar o torpor sorumbático com que atravessa os dois filmes) já descobriu o Quarto Vermelho, o que há lá dentro, mas estabeleceu limites com um contrato. Aqui, rasga-se o contrato, mas ela ainda não está confortável para se entregar totalmente a Christian Grey (um nome que evoca uma moral cristã dúbia).

Se o primeiro longa termina com a separação abrupta dos amantes, não demora muito para estarem juntos novamente aqui, e ele promete contar tudo sobre seu passado para ela. Entram então doses explícitas de freudismo primário. Logo na primeira cena, vemos o pequeno Christian com uma máscara de cowboy (olha só de onde vem a obsessão por máscaras!) escondendo-se debaixo da mesa para não ser abusado fisicamente com um cigarro por um namorado da mãe, viciada em crack. Mais tarde, também ficamos sabendo, junto com Anastasia, que ele presenciou a morte da mãe por overdose e foi adotado pela doutora Grace (Marcia Gay Harden) e sua rica família Grey.

O diretor Foley – que tem no currículo Quem é essa garota? e O Sucesso a Qualquer Preço- tenta imprimir um tom mais de suspense do que erótico nesta sequência. Talvez fosse um acerto – vide o erotismo pudico do primeiro filme – mas sua direção é incapaz de superar as situações estapafúrdias, os diálogos constrangedores e a canastrice de Dornan. Dakota, que é boa atriz, não tem como vencer as limitações do papel de uma garota um tanto tola e cegamente apaixonada.

Duas personagens introduzidas neste filme têm um potencial de mistério, mas são facilmente descartadas. A primeira delas é Leila (Bella Heathcote), ex-submissa de Grey, que transtornada com a morte do marido, quer o lugar de Anastasia. A garota tem duas ou três cenas e todas foram incluídas no trailer do filme, frustrando qualquer surpresa. Menos sorte ainda tem Kim Basinger, como Elena Lincoln (também conhecida como Mrs. Robinson), amiga de Grace que iniciou Grey no arte do sadomasoquismo. Musa do clássico erótico dos anos de 1980 9 ½ semanas de amor, a atriz protagoniza aqui uma cena digna de novela mexicana, com direito a drinque no rosto e bofetada.

O que, a priori, mais deveria chamar a atenção no filme – as cenas de erotismo e sexo selvagem – não tem pegada, pois falta química entre os atores. A compreensão sobre o processo do desejo que poderia – e deveria! – ser mais sinistra ou sombria é esquálida e sem graça. O que há em Grey que atrai tanto Anastasia? Do jeito como a relação deles é mostrada, é apenas o dinheiro. Um MacBook e um IPhone novos compram a paixão.

O romance austríaco A Vênus das Peles, de Leopold von Sacher-Masoch, publicado em 1870, é menos pudico e mais ousado do que os dois filmes da série “Cinquenta Tons”. Naquele livro, fundador do masoquismo, um sujeito quer ser o escravo de sua dama. Aqui, mais interessa o contrato que estabelecem do que a relação em si. Ele será propriedade de sua dona, que, por sua vez, deverá usar peles todas as vezes que o estiver punindo. A dor e exasperação são consentidas, são contratuais, por isso o masoquismo tem mais a ver com consentimento do que punição. A ideia é de uma liberdade total, na qual o escravo abre mão de sua liberdade. É um paradoxo, aliás, muito parecido com um materializado na sociedade contemporânea – especialmente nas relações de classe e trabalho. E classe e trabalho permeiam todo o subtexto de Cinquenta Tons Mais Escuros. Grey é muito mais rico do que Anastasia, a ponto de comprar (se quiser) a pequena editora onde ela encontrou seu primeiro emprego depois de formada em Literatura Inglesa.

O primeiro filme, Cinquenta Tons de Cinza, dirigido por Sam Taylor-Wood a partir de um roteiro de Kelly Marcel (drasticamente modificado pela autora do livro, conforme dito em diversas entrevistas), aspirava a algo um tom acima da prosa rasa do romance original. Mais do que isso, dava voz à personagem feminina. Neste segundo, escrito e dirigido por dois homens, isso está longe de acontecer. E a parceria se repetirá no terceiro e derradeiro longa, já filmado, e cujo teaser aparece no final dos créditos finais deste, embora nem seja necessário ter lido os livros para saber onde tudo isso vai dar.

(Fifty Shades Darker - 2017)

Ligados Pelo Amor (2012)


Três anos após seu divórcio, um escritor de sucesso, Bill Borgens, não consegue esquecer o passado e espiona sua ex-mulher, Erica, que trocou o marido por outro homem. Bill torna-se tão obcecado por sua ex-esposa, que acaba criando problemas com sua nova família.

(Stuck in Love - 2012)

Hello I Must Be Going (2012)


Após seu divórcio, Amy (Melanie Lynskey) volta a viver com seus pais (Blythe Danner, John Rubinstein). Ela está deprimida e desmotivada. Certo dia seus pais fazem um jantar de negócios em casa e é onde ela conhece um garoto de 19 anos, Jeremy (Christopher Abbott) com quem passa a ter um caso. Este romance a torna energizada e ela se arrisca neste caso impróprio.

(Hello I Must Be Going - 2012)

A Arte da Conquista (2011)


¨A Arte da Conquista¨, do diretor e roteirista Gavin Wiesen, é um daqueles filmes feitos para adolescentes em crise, que perderam o interesse por tudo à sua volta e nem são capazes de perceber que a garota ao lado está caída de amores e à espera que eles tomem a iniciativa.

É isso o que acontece com George (Freddie Highmore), que está no último ano do segundo grau, e corre o risco de não se formar por não se empenhar nos estudos. É desatento na sala de aula, não faz os deveres de casa e parece não se importar com o futuro. O que mais o preocupa é a consciência de sua mortalidade.

Nas aulas, passa o tempo desenhando em seu caderno e não se relaciona com ninguém. Os professores e o diretor da escola tentam ajudar, mas se declaram impotentes. Em casa, o rapaz pouco convive com os pais, principalmente o padrasto, preferindo permanecer no quarto e prosseguir com seus desenhos.

Sally (Emma Roberts), colega de classe, se aproxima e tenta iniciar amizade. A garota também procura passar ao largo do comportamento nada convencional da mãe divorciada, que vive trocando de namorados. Essa disfuncionalidade familiar diverte George e acaba aproximando os dois jovens.

Mesmo quem pegou o filme depois de começado vai perceber que os dois estão apaixonados, mas têm dificuldades em admitir. Ele, por sua excessiva timidez e confusão existencial; ela, por esperar um primeiro gesto dele e temer não ser correspondida. Se entre adultos o problema é de difícil solução, imagine para dois jovens que estão descobrindo sua sexualidade e temem perder a amizade se derem um passo em falso.

A situação vai se complicar mais quando entrar em cena Dustin (Michael Angarano), um artista que estudou na mesma escola e é escalado para ajudar George a decidir o que fazer da vida, já que corre o risco de perder o ano e não conseguir ser aceito numa universidade. O problema é que Dustin também ficará muito próximo de Sally. O mundo de George está realmente entrando em colapso e chegou a hora de ele tentar se salvar.

(The Art of Getting By - 2011)

Se Enlouquecer, Não Se Apaixone (2010)


Estressado pela adolescência, Craig Gilner de 16 anos, interna-se em uma clínica de saúde mental. Infelizmente, a ala jovem está fechada, portanto ele tem que passar a sua estadia de cinco dias com adultos. Um deles, Bobby, rapidamente se torna seu mentor e protegido; já Craig sente-se atraído por uma colega adolescente, Noelle, que pode ser a cura que ele precisa para esquecer uma paixão não correspondida.

(It's Kind of a Funny Story - 2010)

Sing: Quem Canta Seus Males Espanta (2016)


Buster Moon é um coala dono de um teatro que não tem um espetáculo de sucesso há muito tempo. Prestes a perder o prédio para um banco, resolve promover um concurso de talentos e shows. Mas nada sai como o esperado, quando sua secretária atrapalhada confunde o valor do prêmio.

(Sing - 2016)

domingo, 5 de março de 2017

Rua Cloverfield, 10 (2016)


Tendo seu roteiro assinado por ninguém menos que Damien Chazelle, ¨Rua Cloverfield, 10¨ deveria no mínimo ser um bom filme. Afinal, Damien adaptou o roteiro de ¨Wiplash¨ e escreveu o roteiro de ¨La La Land¨, além de dirigir estes dois filmes que, aliás, são ótimos.

Mero engano. ¨Rua Cloverfield, 10¨ não passa de um thriller nonsense que me fez perder quase duas horas de meu domingo.

Tudo começa com um acidente de carro e uma garota presa em um quarto. Logo depois descobrimos que ela se encontra em um abrigo nuclear e que o mundo sofreu um ataque químico onde todos morreram. Isto me fez lembrar a comédia ¨De Volta Para o Presente¨ com Alicia Silverstone e Brendan Fraser.

Depois disto não sabemos se este fato é real ou apenas um argumento utilizado por Howard (John Goodman) para mantê-la em cativeiro. A cada passo a história se torna impossível de se manter e insuportável de assistir. Decepcionante.

(10 Cloverfield Lane - 2016)

É Apenas o Fim do Mundo (2016)


Após 12 anos de ausência, Louis decide retornar à sua casa para reencontrar sua família: a mãe (Nathalie Baye), o irmão (Vincent Cassel), a irmã (Léa Seydoux) e a desconhecida cunhada (Marion Cotillard). Seu retorno tem um motivo: dizer a seus entes que ele sofre de uma doença terminal.

A ausência de Louis causou muito sofrimento a todos e seu explosivo irmão não se sente à vontade com seu retorno. Apesar das tentativas, os diálogos nem sempre são empáticos e a única a compreendê-lo é sua cunhada, que na verdade mal o conhece. A tarde que passa na casa de sua família não é tão agradável quando imaginava, e devido a incapacidade de ser ouvido, ou até mesmo de encontrar o momento certo de revelar a razão pela qual retornou, é sempre postergado o diálogo principal que se encontra engasgado na garganta de Louis.

Um filme que agradará a poucos, mas que contém o peso das obras de Xavier Dolan. Quem gosta do jovem diretor irá compreendê-lo.

(Juste la fin du monde - 2016)

Pets: A Vida Secreta dos Bichos (2016)


Esta animação conta a história de Max, um cachorrinho dengoso que vive com sua dona em um apartamento em Nova York. Levando sua vida tranquilamente, tudo muda quando Duke, outro cachorro, passa a morar junto com eles.

Na disputa por atenção e por espaço, certo dia os dois cachorros se metem em confusão e se perdem de casa, indo parar nos esgotos da cidade e encontrando outros animais que um dia foram abandonados por seus donos e que por isso são revoltados com os humanos.

Enquanto isso, outros animais que vivem na vizinhança de Max saem a procura deles, em uma aventura engraçadinha que vai agradar a muitas crianças. Filme bonitinho de se ver!

(The Secret Life of Pets - 2016)

Wild Oats (2016)


Eva (Shirley MacLaine) descobre que recebeu 5 Milhões de Dólares pelo seguro de vida de seu marido e ela está ciente de que a seguradora repassou a ela esta quantia erroneamente. Mesmo assim, com a companhia de sua melhor amiga Maddie (Jessica Lange), ela se aventura a viajar e a esbanjar todo este dinheiro pelas ilhas Canárias.

O que as duas amigas bem vividas não esperavam era que seriam vítimas de um charlatão, enquanto o responsabilizado pelo erro da seguradora viaja em busca das duas senhoras para tentar recuperar o dinheiro.

Comédia com duas grandes atrizes, mas que eu esperava mais...

(Wild Oats - 2016)

Beleza Oculta (2016)


Howard (Will Smith) acabou de perder a filha de 6 anos e não sabe como superar o luto. Por isso vive praticamente de forma vegetativa: abandonou o trabalho, a esposa e pouco se comunica com o mundo ao redor. Seus colegas de trabalho, Whit, Claire e Simon (Edward Norton, Kate Winslet e Michael Peña), contratam uma detetive para seguí-lo e descobrir o que faz durante o dia, visto que, por causa de sua ausência, os negócios da empresa vão de mal a pior.

A detetive descobre que Howard costuma escrever cartas destinadas à Morte, ao Amor e ao Tempo, acusando-os pela perda da filha. É assim que Whit, com a ajuda de Claire e Simon, tem a ideia de contratar atores que serão as alegorias destas três abstrações na vida de Howard, intentando assim que ele retome a sua vida normal. É assim que Brigitte, Amy e Raffi (Helen Mirren, Keira Knightley e Jacob Latimore) entram na vida dos personagens deste filme.

O que os três amigos não sabem é que estes atores farão mais que trazer a vida de Howard ao normal, eles ajudarão eles mesmos a superar alguns de seus problemas, problemas estes que eles não têm plena consciência.

(Collateral Beauty - 2016)