terça-feira, 20 de abril de 2010

A Orfã (2009)



Esther é uma garotinha sem ninguém no mundo que cai nas graças de Kate (Vera Farmiga, de "Os Infiltrados"), uma ex-alcoólatra cujo terceiro filho nasceu morto e, por isso, decide adotar uma criança. Os problemas em casa não são poucos. O marido, John (Peter Sarsgaard, de "Fatal"), é meio desligado e ela se culpa pelo problema de audição de sua filha Max (Aryana Engineer), causado por um acidente. Tentando dar um novo fôlego para a família, Kate encontra Esther num orfanato. A diretora da instituição mal consegue esconder sua surpresa e alívio pela adoção da criança (Isabelle Fuhrman). Por que será?

No início, a garota é educada, gentil e muito dedicada. Sua fala tem um leve sotaque, mas nada que atrapalhe sua compreensão. Sempre com roupas recatadas e uma Bíblia debaixo do braço, a menina sabe que é diferente e vive falando isso. Mas Kate, como mãe dedicada que é, explica para a nova filha que não há nenhum problema em não ser igual aos outros. Mal sabe ela o que está para acontecer em sua casa. Esther fica amiga de sua nova irmã, mas é hostilizada pelo primogênito, Daniel (Jimmy Bennett). Em relação aos pais, ela tem atitudes estranhas e sempre aparece na hora em que eles estão tendo alguma intimidade.

Se isso é por acaso ou proposital, só mais tarde iremos descobrir. A verdade é que "A Órfã", que começa de forma quase humorística, se torna bastante violento. Esther é capaz de muitas crueldades. Kate passa a ser a única a desconfiar que Esther é má. Tudo terá uma explicação, em seu devido tempo, mas não peça plausibilidade. O efeito buscado aqui é mais a surpresa do que a veracidade. Dirigido pelo espanhol Jaume Collet-Serra ("A Casa de Cera"), o filme combina todos os tiques básicos do gênero: ruídos abruptos, momentos de surpresa e música típica. Quem se destaca é Isabelle Fuhrman, no papel-título, capaz de provocar arrepios de medo e aflição.

(Orphan - 2009)

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