domingo, 16 de maio de 2010

Amor Sublime Amor (1961)


Este é um exemplo pioneiro da abordagem shakespeariana do drama adolescente, executada muitas décadas antes de virar moda. A premiada adaptação para o cinema de um musical da Broadway transfere para as gangues de Nova York a história de Romeu e Julieta, transformando os Capuletos e os Montecchio nos Sharks (porto-riquenhos) e Jets (poloneses). A direção vigorosa de Robert Wise segura as cenas sem música, mas o filme decola mesmo nos números musicais, ao dar liberdade para que Jerome Robbins coreografe danças que parecem lutas e lutas que parecem danças em locações genuínas.

“Amor Sublime Amor” tropeça na escolha do elenco ao escalar o insosso Richard Beymer para o papel principal e Natalie Wood, que, apesar de encantadora, tem dificuldades de convencer como uma porto-riquenha. Os coadjuvantes, porém, estão perfeitos: Russ Tamblyn como o líder dos Jets, George Chakiris como sua contraparte nos Sharks e uma vulcânica Rita Moreno como a melhor amiga da mocinha, parando o show em “I like to be in América”. Todos os números de Leonard Berstein e Stephen Sondheim se transformaram em clássicos do cancioneiro norte-americano: “I fell pretty”, “when you’re a Jet”, “tonight”, “gee officer krupke”, “Maria”, “stay cool, boy” e “there’s a place for us”.

Vencedor de 10 Oscar: Melhor Filme; Ator Coadjuvante (George Chakiris); Atriz Coadjuvante (Rita Moreno); Direção de Arte; Fotografia; Figurino; Direção (Robert Wise e Jerome Robbins); Edição; Música; e Som. Indicado ao Oscar de Roteiro Adaptado.

(West Side Story - 1961)

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