sábado, 27 de junho de 2015
Divergente (2014)
Também baseado numa série de literatura infanto-juvenil, "Divergente" é uma espécie de "Jogos Vorazes" com ênfase no romance. O longa baseia-se no primeiro livro da trilogia de Veronica Roth, e tem em Tris (Shailene Woodley), sua heroína. Num futuro próximo, após uma guerra, aparentemente, o que sobrou da humanidade vive numa Chicago cercada de muros e dividida em frações: Abnegação (os altruístas), Amizade (os pacíficos), Audácia (os corajosos), Franqueza (os honestos) e Erudição (os inteligentes).
Ao chegar aos 16 anos, numa grande cerimônia, cada jovem deve escolher a fração onde irá morar – pode ser aquela em que já está com seus pais, ou outra. Antes disso, passa por um teste, no qual um computador investiga sua mente e indica qual seria a melhor escolha. A escolha do computador para cada jovem baseia-se nos seus medos e capacidade mental de lidar com eles. Esta avaliação é feita mediante um simulador mental, em que se materializam os maiores pavores de cada um. Enquanto a maioria gasta muito tempo tentando se livrar do problema, Tris o faz em questão de minutos, e nem termina o exame abalada.
O caso de Tris, no entanto, é raro: ela é uma Divergente, apresentando características de todas as frações. Logo ela é aconselhada a não revelar isso a ninguém, pois sua condição é uma ameaça à organização do mundo. Por isso, ela poderá ser exterminada. Tris, cujos pais (Tony Goldwyn e Ashley Judd) pertencem à Abnegação, escolhe a Audácia, uma espécie de exército defensor dessa sociedade. Durante o treinamento, ela fica sabendo que precisará passar por provas físicas para pertencer ao grupo. Caso não seja considerada apta, será uma pária, pois não pode voltar para a casa dos pais que abandonou. O problema para ela não é apenas a dificuldade dos testes, mas também o instrutor que não tira os olhos dela, embora a hostilize. Ele se chama Quatro (Theo James), e está entre os audaciosos há tempo suficiente para esquecer seu passado.
O diretor Neil Burger mostra-se mais interessado em piruetas e malabarismos do que na crise do mundo onde habitam esses personagens. Por exemplo, as pessoas da fração dos Audaciosos passam o tempo atormentando umas às outras, ou pulando de trens em alta velocidade em direção ao topo de um edifício abandonado onde fica seu QG. Conhecemos pouco de Tris, e ainda assim torcemos por ela – mais por conta do talento e carisma da atriz do que da personagem, cujo romance sem graça e previsível só serve para atrapalhar o que há de mais interessante na trama. Porque para as heroínas sempre precisa haver a conquista de um amor? Nesse sentido, Katniss, de Jogos Vorazes, está um passo além do estereótipo: sua ideia é fazer revolução, se uma paixão vier junto, tudo bem.
(Divergent - 2014)
Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível (2015)
"Tomorrowland – Um Lugar Onde Nada é Impossível" parece ser um filme sobre o futuro, mas, na verdade, é uma extravagância nostálgica com os ingredientes típicos da Disney – o que chega a ser paradoxal, afinal, boa parte do público a quem o filme se destina não viveu ou sequer conhece a época em que o filme se inspira. Assim, como é comum nas narrativas nostálgicas, o passado dá uma sensação de segurança que o presente não permite, mas que pode servir de modelo para o futuro.
Dirigido por Brad Bird, o longa injeta doses cavalares de otimismo. Mas debaixo do verniz açucarado, algo praticamente obrigatório nos filmes da Disney, há questões interessantes sendo levantadas – se o filme dá conta delas ou não, é outra coisa. Bird toca num ponto nevrálgico do mundo contemporâneo: a destruição do planeta e como isto está se voltando contra os humanos. As causas que explicam essa dinâmica, aqui, são um tanto ingênuas: nada têm a ver com o consumismo desenfreado. Basicamente, a aniquilação do mundo é culpa do lado mesquinho da natureza humana.
Em todo caso, o diretor e roteirista parece ter feito algumas concessões para poder fazer o filme mais ou menos como imaginou. E o mundo de Tomorrowland é uma utopia perfeitinha demais para ser verdadeira em seu próprio universo paralelo. Primeiro a vemos pelos olhos do pequeno Frank Walker (Thomas Robinson), garoto precoce cuja invenção, uma mochila com propulsores para voar, é esnobada na Feira Mundial de 1964. Nesse mesmo lugar, ele conhece Athena (Raffey Cassidy) que lhe dá um broche que serve de entrada para Tomorrowland. O lugar escondido, onde estão as mentes mais brilhantes e invenções inacreditáveis, o fascina.
Anos mais tarde, será nas mãos de Casey (Britt Robertson) que veremos esse mesmo adereço. Ela, no entanto, desconhece Tomorrowland, e é com a jovem que se descobre melhor o lugar. Sua guia é novamente Athena (que, estranhamente, não envelhece, mesmo passadas algumas décadas).
Casey é filha de um engenheiro da NASA (Tim McGraw), que está prestes a perder o emprego, pois a plataforma de lançamento onde trabalha será desmontada. Numa atitude ousada e ingênua, a jovem insiste em sabotar o lugar, para que não seja destruído. Essa combinação de sua personalidade é que a caracteriza como uma sonhadora perfeita para ser recrutada como uma Plus Ultra – pessoas que possuem essas características e são a esperança de salvação de Tomorrowland e do nosso mundo.
Ela encontrará Frank, que não é mais um garotinho esperto e sonhador, mas um homem grisalho e ranzinza – interpretado por George Clooney – que vive numa casa isolada repleta de invencionices que o ajudam a manter-se solitário desde que foi banido de Tomorrowland pelo seu governador Nix (Hugh Laurie). Claro que, de imediato, ele se nega a ajudar Casey, mas não terá outra saída.
Mais carregado na ação do que na narrativa ou nas ideias, Tomorrowland se constrói nas dualidades: futuro e passado, otimismo e pessimismo, avanço e degradação. O que acontece, no entanto, é que o filme apenas conceitua um lado como negativo e outro como positivo, esquecendo-se das zonas de intersecção, e de que coisas boas podem emergir de algo ruim, como um momento de crise. Em sua ânsia por ser sempre otimista, Bird, às vezes, parece estar fazendo um comercial de cartão de crédito – algo que pode ser bem sintomático, uma vez que em nossa sociedade, consumo é sempre vendido como sinônimo de satisfação e felicidade.
(Tomorrowland - 2015)
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros (2015)
Pouco depois do começo de "Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros", um personagem secundário diz: “Mas o primeiro era mais legal”. Ele se refere ao parque temático – cenário dos filmes dos anos 1990 – mas poderia muito bem se referir à própria série. Lançado em 1993, quando os efeitos visuais estavam longe da excelência de hoje, e sob a direção de Steven Spielberg, o original impressionava ao dar vida a dinossauros assustadores. Aqui, apesar da evolução dos efeitos ou, então, por causa das duas sequências fracas feitas antes dele, o filme resulta em algo um tanto enfadonho, cuja energia acaba mesmo antes da metade.
Claro que há criaturas novas e mais gigantescas, mas estão servindo ao mesmo propósito de mais de 20 anos atrás – ou seja, nada de novo sob o sol. O filme, em si, materializa o mesmo dilema da série: a necessidade e a impossibilidade de se reinventar. O novo parque – agora chamado de Jurassic World – vai relativamente bem, mas dá sinais se cansaço com o público estagnado. Isso preocupa mais a diretora do local, Claire (Bryce Dallas Howard), do que o dono, Masrani (Irrfan Khan), que diz se importar apenas com a diversão dos visitantes e o bem-estar dos animais, o lucro é o de menos – mais tarde, irá se revelar um hipócrita, enfim.
Para renovar o interesse pelo parque, uma equipe de cientistas produz uma nova espécie, resultado de cruzamentos de DNA, resultando na grande estrela do show, a Indominus Rex, uma espécie de super-tiranossauro rex ainda maior e mais agressivo. Não é preciso estudar engenharia genética para saber que vai dar errado. A nova criatura ainda não foi apresentada ao público. O único contato que teve até hoje foi com uma grua que, de tempos em tempos, joga pedaços de carne para ela, em sua área fechada do parque.
O elenco humano também inclui Owen (Chris Pratt), um ex-membro da marinha que se tornou uma espécie de “encantador de dinos”, capaz de travar uma relação de confiança com um quarteto de velociraptors, criados em cativeiro – e, apesar do tamanho, as criaturas mais inteligentes do filme. Em todo caso, Pratt tem mais sorte do que Bryce, cuja personagem passa a primeira metade do filme como a executiva arrumadinha e chata, e a segunda como a chata descabelada que precisa ser salva a todo momento. Além disso, também precisa salvar o par de sobrinhos adolescentes, interpretados por Nick Robinson e Ty Simpkins, que além da viagem, onde nunca têm atenção da tia, precisam lidar com o divórcio iminente dos pais, que ficaram em casa – um tema caro a Spielberg. Já o vilão é interpretado por Vincent D'Onofrio , um sujeito que vê potencial militar nos dinossauros e pretende usá-los como uma arma para acabar com todas as armas.
Dirigindo seu segundo longa, Colin Trevorrow se aproxima mais do filme original, ao colocar dois irmãos como as vítimas em potencial e uma pessoa que descobre os instintos parentais – Bryce aqui, Sam Neil, no original – diante da ameaça dos dinossauros. Ainda assim, por mais que as criaturas sejam “divertidas” não são suficientes para segurar o interesse por mais de duas horas. Dessa forma, "Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros" tem muito pouco a dizer e quase nada a impressionar.
(Jurassic World - 2015)
segunda-feira, 15 de junho de 2015
domingo, 14 de junho de 2015
O Maravilhoso Agora (2013)
Resolvi assistir a este filme devido a participação de Miles Teller, ator de "Wiplash - Em Busca da Perfeição". E sinceramente o filme não foi tão bom quanto imaginei que poderia ser.
Um romance pacato, em uma cidade pacata, com personagens mornos. Nada encantador.
(The Spectacular Now - 2013)
O Menino e o Vento (1967)
O engenheiro José Roberto visita a cidade de Bela Vista, no interior de Minas Gerais, famosa pelo vento forte que a sacode dia e noite. Lá conhece um moleque, Zeca da Curva, que se diz enfeitiçado pelo vento. Compartilham a mesma adoração pelo vento, até que, um dia, o menino desaparece. Tempos depois, José Roberto é chamado para responder processo, acusado como responsável pelo mistério e de ter mantido com Zeca da Curva “uma estranha amizade”.
Baseado no conto "O Iniciado do Vento" de Anibal Machado.
(O Menino e o Vento - 1967)
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Polissia (2011)
"Polissia" foi baseado em fatos reais e nos traz a história de um grupo de policiais encarregados de resolver questões criminais que envolvem crianças.
Todas as histórias se passam em Paris e envolvem diversos tipos de abusos, tanto sexuais, morais, ou aqueles onde o próprio menor se expõe por sua conta e risco sem pensar nas consequências.
Além disso, o filme também se foca na vida pessoal dos policiais e nas consequências do estresse gerado no trabalho e sua influência na vida pessoal de cada um.
Um filme intrigante.
(Polisse - 2011)
Kick-Ass 2 (2013)
Ainda na 'vibe' de que eu precisava dar umas boas risadas, comecei a assistir a continuação de "Kick-Ass: Quebrando Tudo", que por sinal eu adorei e me fez rir muito, além de conhecer a beleza de Aaron Taylor-Johnson.
No entanto, por mais uma vez, não foi com um filme que consegui dar boas risadas. "Kick-Ass 2" sucks.
Este filme é muito ruim e perde toda a essência do primeiro, onde o personagem Dave, por tentar ser um super-herói, só se metia em enrascadas.
(Kick-Ass 2 - 2013)
The Inbetweeners: O Filme (2011)
Eu precisava dar algumas risadas, me distrair. Foi aí que encontrei em meu computador este filme e sua sequencia, que são baseados em um seriado inglês de 2008. Comecei a assistir e o resultado foi que não achei graça nenhuma.
Este filme conta a história de um grupo de adolescentes que terminam o colegial e saem de férias para a Grécia, onde conhecem 4 garotas e vivenciam algumas experiências 'amorosas'.
Bobeira que só faz bobo rir.
(The Inbetweeners Movie - 2011)
sábado, 6 de junho de 2015
Lawrence da Arábia (1962)
Um dos maiores épicos de todos os tempos, "Lawrence da Arábia" incorpora tudo o que o cinema pode oferecer. Ambicioso em toda a acepção da palavra, a obra prima de David Lean, premiada com montanhas de Oscars, foi inspirada livremente na vida do excêntrico oficial inglês T. E. Lawrence e sua campanha contra os turcos na Primeira Guerra Mundial. Poucos filmes sobrevivem à comparação com esta obra, que serviu de inspiração para inumeráveis cineastas, principalmente mestres da técnica como George Lucas e Steven Spielberg. Este último, aliás, colaborou na restauração de Lawrence na sua duração e brilho originais, junto com Martin Scorsese, outro fã. Da grandiosa trilha sonora ao roteiro literário de Robert Bolt, da fotografia de Freddie Young, que explora a beleza do deserto, até o elenco, que literalmente tem milhares de figurantes, tudo nesta fita merece e exige ser visto e ouvido no cinema.
Projetado para o formato de 70 milímetros, a tela grande acentua mínimos detalhes como os penetrantes olhos azuis de Peter O'Toole, a estrela do filme, até o movimento incessante da areia sob o sol escaldante. Cenas antológicas - como a aparição de Omar Sharif como uma miragem no deserto, o famoso corte de um palito de fósforo aceso para o crepúsculo , o atordoante ataque a Akaba - são espetaculares e, de fato, impossíveis de serem repetidas. São especialmente impressionantes para um filme feito antes dos dias dos efeitos especiais gerados por computador. O próprio Spielberg estima os custos de produção de Lawrence em torno de 285 milhões de dólares, se fosse feito nos dias de hoje, e ele sabe das coisas. A verdade é que nenhum cineasta ousaria tentar superar Lean, um diretor soberbo e um contador de histórias no auge da forma.
O fato de que o conteúdo da história também faz jus ao espetáculo amplia a dimensão de "Lawrence da Arábia" e a reputação de Lean. Os desvarios do colonialismo e as hipocrisias da guerra são desnudados enquanto o coronel Lawrence deixa o sucesso de sua campanha contra os turcos subir à cabeça. Sua personalidade extravagante, no entanto, é abalada quando ele percebe que a carnificina substituiu a honra e a arrogância substituiu a coragem. Seu triste declínio é contado com sensibilidade, inteligência e habilidade em um épico com o mesmo escopo e profundidade de uma grande obra literária.
Vencedor de 7 Oscar: Melhor Filme, Direção (David Lean), Fotografia, Direção de Arte, Som, Edição e Trilha Sonora. Concorreu em mais 3 categorias: Melhor Ator (Peter O'Toole), Ator Coadjuvante (Omar Sharif) e Roteiro Adaptado.
(Lawrence of Arabia - 1962)
Infância Roubada (2005)
Depois de prometer por muitos anos, o cinema sul-africano finalmente está bem posicionado para conseguir uma revelação - "Infância Roubada" pode muito bem ser o filme tão aguardado. Como costuma acontecer com as cinematografias emergentes, a história é tirada das ruas dos centros urbanos e conta tudo de uma maneira muito realista, com atores sem treino e sem formação profissional. O personagem central destra trama, Tsotsi (Presley Chweneyagae), é um bandidozinho que, junto com três cupinchas seus, assalta um empresário de meia-idade em um trem. Durante o assalto, Tsotsi esfaqueia e mata o homem. De volta à favela onde moram, um dos membros da gangue é atacado pelo remorso, porém Tsotsi o despreza por sua prova de fraqueza e lhe dá uma boa surra. Tsotsi, agora trabalhando por sua própria conta, rouba o carro de uma mulher rica, ferindo-a durante a operação. Ao escapar, Tsotsi se dá conta de que o bebê da mulher ficou no banco de trás do carro.
O seu instinto é o de abandonar a criança, mas algo o impede de fazê-lo. Ele leva a criança para o seu barraco e tenta alimentá-la e tomar conta dela. Porém o bebê precisa de leite e Tsotsi força uma jovem mãe da vizinhança a dar de mamar ao neném. Miriam (Terry Pheto) toma conta da criança e tenta convencer Tsotsi a devolver o bebê à sua mãe. Por fim, não conseguindo se defender diante de Miriam, Tsotsi é forçado a enfrentar a natureza de sua vida e a perceber a direção que ela está tomando.
Presley Chweneyagae e Terry Pheto dão um banho de interpretação neste filme, que, com muita força, passa uma mensagem sobre a brutalidade e a miséria das favelas urbanas de Joanesburgo, ao passo que mantêm uma crença firme no espírito humano, que a tudo resiste para não ser esmagado sob o peso opressivo da pobreza. Se, por alguns momentos, a direção parece teatral demais - com pausas prolongadas enquanto o público absorve o significado da cena -, isso nada mais é que o pequeno preço a pagar pelos profundos insights que este filme proporciona.
Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (África do Sul).
(Tsotsi - 2005)
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quinta-feira, 4 de junho de 2015
Leviatã (2014)
O diretor russo Andrei Zvyagintsev constrói em "Leviatã" um drama, com muitos toques de sátira e os dois pés na realidade contemporânea russa. Seu foco é uma família, moradora de uma cidadezinha perto do mar de Barents, no glacial norte russo, cuja vida é destruída por um prefeito criminoso, em torno do qual se movem as engrenagens do poder russo, a justiça, a polícia e até mesmo a Igreja Ortodoxa.
Há um sentido de ameaça iminente, a sensação de que, a qualquer momento, alguém vai ser morto, enquanto se desenrola o enfrentamento entre Kolia (Alexei Serebriakov), mecânico e dono de uma casa perto da praia, e o prefeito Vadim Cheleviat (Roman Madianov). Obcecado em obter a propriedade de Kolia a qualquer preço, o mafioso prefeito torna-se cada vez mais impiedoso.
Kolia comporta-se como outro obcecado, mas por não perder a casa de sua família, que inclui seu filho Roma (Sergei Pokhodaev) e a segunda mulher, a jovem Lilya (Elena Liadovna). Por isso, convoca um amigo de sua juventude, o advogado Dmitri (Vladimir Vdovitchenkov). Ele vem de Moscou com um dossiê sujo sobre o prefeito debaixo do braço, disposto a chantageá-lo para manter a casa nas mãos do amigo.
A partir daí, o jogo se torna cada vez mais bruto, embora não faltem toques de humor. Uma das sequências mais impagáveis reúne um grupo de personagens numa bizarra comemoração de aniversário, que combina um churrasco na beira de um rio com um torneio de tiro, cujos alvos serão retratos de antigos líderes da URSS, como Brezhnev e Gorbachev. O retrato de Yeltsin está de cabeça para baixo, mas ele é explicitamente mencionado. Quando alguém sente falta dos “mais recentes”, alguém explica: “Ainda não temos perspectiva histórica”.
Se foi poupado deste tiroteio, o retrato do líder russo Vladimir Putin foi visto bem à mostra no gabinete do prefeito bandido – o que é, no mínimo, um sinal de que Zvyagintsev não pretende excluir o atual governo do comentário demolidor que faz sobre a ética em seu país, ainda que um dos financiadores do filme seja o ministério da cultura russo. Numa outra cena, vê-se brevemente uma pichação de muro onde se lê “Pussy Riot”, lembrando as roqueiras russas que foram mandadas à prisão por Putin.
Zvyagintsev fez um filme forte, cheio de camadas, com muitas qualidades que o levaram a merecer atenção e prêmios, como o de roteiro em Cannes 2014 e o Globo de Ouro de filme estrangeiro em 2015.
Nomeado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (Rússia).
(Leviafan - 2014)
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Nove Rainhas (2000)
Parece que foi ontem que li um artigo dizendo que "Nove Rainhas" era um filme argentino muito interessante. Só agora resolvi assisti-lo e só agora me dei conta de que o filme foi lançado em 2000. O tempo passou e eu nem percebi.
Ainda bem que não me esqueci deste título, pois realmente o filme é interessante. Aqui é contada a história de dois golpistas que passam para trás diversas pessoas com seus golpes corriqueiros, até que uma grande quantia se vê em jogo e que nós, telespectadores, não sabemos qual dos dois está dando um golpe em quem.
(Nueve Reinas - 2000)
segunda-feira, 1 de junho de 2015
Song One (2014)
Anne Hathaway é Franny, garota que há algum tempo não conversa com seu irmão até que ele sofre um acidente e entra em coma. A partir disto ela passa a vasculhar as coisas dele e descobre, entre a sua paixão por música, o seu interesse por um cantor chamado James Forester (Johnny Flynn). Como ele está na cidade e fará uma apresentação, ela vai ao show e tem a oportunidade de dizer ao cantor sobre o interesse de seu irmão nele e a atual condição do rapaz.
James começa a visitá-lo no hospital e com isto surge um interesse entre Franny e ele.
A trilha sonora é o ponto alto do filme. Encantador.
(Song One - 2014)
Namoro ou Liberdade (2014)
Esta é a história de três rapazes solteiros que não querem levar uma relação amorosa à diante. Até acontecer aquele estranho momento em que se apaixonam e não conseguem mais viverem longe das garotas que amam.
Comédia romântica que retrata o amadurecimento e as mudanças da vida.
(That Awkward Moment - 2014)
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