Em Defesa de Jacob - Primeira Temporada (2020)

As plataformas de streaming deixaram o telespectador mal acostumado. Podemos começar a acompanhar uma série e assistí-la até seu último episódio ininterruptamente simplesmente para desvendar logo o seu final e acabar com a ansiedade que nos consome. Mas a Apple TV não fez isto, ela foi tradicionalíssima ao exibir Em Defesa de Jacob, disponibilizando um episódio a cada semana, deixando aquele gostinho de quero mais ao término de cada capítulo. E durante essas oito semanas, cheguei até mesmo a consumir o livro de William Landay que deu origem à série. A história é intrigante.

O promotor Andrew Barber (Chris Evans) é chamado a investigar o caso de assassinato de um garoto de 14 anos que foi encontrado morto em um parque próximo a sua casa. Inicialmente não há pistas que indiquem algum suspeito, mas no decorrer do caso, seu próprio filho, Jacob (Jaeden Martell) é acusado pelo crime, ao ser encontrada sua impressão digital no casaco da vítima. Além disso, Jacob possuía uma faca que poderia ter sido facilmente utilizada no crime. Andrew é então afastado do caso e passa a todo custo a defender a inocência de seu filho, inocência esta posta a prova a todo momento.

Diferentemente do seriado, o livro Em Defesa de Jacob é narrado em primeira pessoa e ficamos assim dependentes da perspectiva de Andrew sobre os fatos. Não há no livro, por exemplo, tanto espaço para a esposa de Andrew, Laurie (Michelle Dockery), ou até mesmo espaço para a intimidade de Jacob. Apesar de algumas modificações em relação ao livro, Em Defesa de Jacob já é de longe o melhor seriado que vi neste ano.



(Defending Jacob - Season 01 - 2020)

Death Note (2017)

Há um anime de 2006 chamado "Death Note: Notas da Morte" cuja avaliação no imdb é altíssima, o classificando como um dos melhores programas já feitos para a TV, porém eu nunca o assisti. E foi exatamente por causa deste anime que me surgiu o interesse em ver este filme baseado na história criada pelo japonês Tsugumi Ôba.

O argumento aqui é a existência de um caderno no qual ao escrever o nome de alguém e a forma pela qual se deseja que a pessoa morra, esta morte ocorrerá. Isto porque o caderno é enfeitiçado por uma criatura chamada Ryuk. Neste momento, o carderno encontra-se nas mãos de Light Turner (Nat Wolff), um adolescente que passa a agir como um justiceiro, anotando neste caderno o nome de pessoas que oferecem algum risco à sociedade. No entanto, como várias mortes passam a ocorrer, um rapaz chamado L passa a acusar Light sobre os fatos ocorridos.

Com base no que eu vi aqui, e considerando que achei este filme péssimo, perdi totalmente o interesse em ver a série em anime. Porém compreendo que independentemente de sua fonte, este filme seja simplesmente mais um filme ruim.

(Death Note - 2017)

Amor e Fúria (2016)

Tenho alguns filmes aqui há anos e prometo a mim mesmo que um dia irei assistí-los. Mas a minha lista aumenta cada vez que algum título chama a minha atenção por alguma razão. Pena que nem sempre eu me lembre o motivo que fez um determinado filme fazer parte de minha lista, e este é o caso deste filme finlandês chamado "Amor e Fúria".

Temos aqui a história do casal Inka Pajunen (Laura Birn) e Juhana Mannermaa (Lauri Tilkanen), jovens intensos que se conhecem nos anos de 1980 enquanto vivenciam o movimento punk. Eles se apaixonam, o tempo passa e Juhana adoece, precisando ser internado em uma clínica psiquiátrica. Assisti ao filme tentando recordar a razão pela qual ele estava em minha lista, terminei de assistir sem me lembrar o motivo, como também sem gostar do filme que vi.

(Syysprinssi - 2016)

Ninguém Está Olhando (2017)

DESLOCADO (adjetivo)
1. fora das juntas; desarticulado, luxado.
2. mudado, esp. posto fora de seu lugar habitual.
"com os móveis d. para outras posições, a sala parecia maior"
3. que não está no lugar, na situação ou no contexto apropriado; impróprio, incompatível, incongruente, desafinado.
"era uma presença d. naquele meio mundano"
4. que foi transferido; removido.
"d. do Rio para servir em Brasília"

Nico (Guillermo Pfening) é um ator argentino que se encontra em Nova York, mudou-se em busca de uma nova carreira nos EUA, no entanto, o que ele conseguiu foi trabalhar como garçon e como babá do filho de uma conhecida, além de fazer pequenos trambiques para sobreviver. Na verdade, o que o moveu à Nova York foi o término de seu romance com Martín (Rafael Ferro) o que ele nunca superou.

E para complicar, Nico não consegue papéis nos EUA por não ter o estereótipo de um latino-americano, ele é loiro assemelhando-se mais a um anglo-saxão. E não consegue um papel como um típico americano por ter um sotaque muito carregado. Nos EUA ele está deslocado e o sentimento de fracasso o sufoca a cada dia, mesmo assim Nico não deseja voltar à Argentina e encarar o passado que ele abandonou.

"Ninguém Está Olhando" é um filme angustiante sobre o que sonhamos ser e não conseguimos, sobre os insucessos que nos angustiam e sobre como nos sentimos deslocados neste mundo. Senti-me tocado pela história de Nico.



(Nadie nos Mira - 2017)

At Home with Olaf - Primeira Temporada (2020)

O Olaf é o personagem mais gracioso e engraçado do filme "Frozen", talvez por esta razão deram a ele um seriado todinho para chamar de seu. 

Pena que este seja um seriado feito de pequenos episódios de 1min cada em que Olaf se diverte em sua solidão. Como é composto de poucos diálogos, não importa se você compreende ou não inglês, basta apertar o play para deliciar-se com a inocência de Olaf. Eu adorei.



(At Home with Olaf - Season 01 - 2020)

Abominável (2019)

Demorei tanto para assistir a este filme que até agora estou surpreso com a maravilha de animação que acabei de ver, como também, estou aqui sem compreender o porquê de "Abominável" ter sido completamente esnobado no Globo de Ouro e no Oscar 2020, sem ter ao menos recebido alguma indicação.

Essa é a história da adolescente chinesa Yi, que um dia encontra um Yeti no terraço do prédio em que vive. Este animal, cuja existência até então era duvidosa, fugiu das garras de um colecionador que o quer exibir para alcançar a fama. E para livrar o adorável Yeti das garras deste colecionador, Yi, com a ajuda de seus vizinhos Peng e Jin, embarca em uma aventura até o Everest para levar este jovem Yeti para casa.

O filme é um excelente passatempo para a família e uma diversão garantida para as crianças.



(Abominable - 2019)

Sol da Meia-Noite (2018)

Repleto de interpretações forçadas e com um enredo mais forçado ainda, "Sol da Meia-Noite" conta a história de Katie Price (Bella Thorne), uma garota que sofre de uma doença denominada XP, que impede que ela se exponha aos raios solares. 

Desta forma a garota cresce trancada em seu quarto, de onde observa pela janela um garoto da vizinhança chamado Charlie Reed (Patrick Schwarzenegger).

No dia que Charlie a vê pela primeira vez ele se apaixona perdidamente por ela, e é aí que toda a catástrofe do filme começa...

(Midnight Sun - 2018)

Big Time Adolescence (2019)

Desde criança Monroe (Griffin Gluck) gosta de andar por aí com Zeke (Pete Davidson) ex-namorado de sua irmã. E com o passar do tempo e já com 16 anos, Monroe ainda mantém uma grande amizade com o ex-cunhado, sempre o acompanhando por aí. Apesar de se mostrar um garoto tímido e careta, ele passa a pegar algumas drogas com Zeke para vender aos seus colegas de escola em algumas festas que frequenta, o que futuramente o leva a uma enrascada.

Inicialmente em "Big Time Adolescence", nós expectadores julgamos ver uma criança que prefere a companhia de adultos, talvez porque acredita que estes adultos têm mais a oferecer. Mas com o desenrolar do filme notamos que a criança é mais madura e responsável que os adultos que a cerca e que por algum motivo essas pessoas não se desenvolveram o suficiente para se comportarem como seres capazes de encarar a vida como ela é.

Um filme sobre o amadurecimento, ou a falta dele, no século XXI.

(Big Time Adolescence - 2019)

Todo Dia (2018)

Se você é uma garota, ainda na adolescência, que se apaixona fácil, lê livros românticos e sonha com o príncipe encantado, vai amar assistir "Todo Dia". Mas se você não é nada disso, uma dica: vai amar também! Eta filminho fofo demais minha gente!

"Todo Dia" é baseado no romance escrito por David Levithan e foi dirigido por Michael Sucsy, diretor do também romance "Para Sempre". A história é fantasiosa e surreal e gira em torno de 'A', um ser que a cada dia se incorpora em alguém diferente, não importando o gênero, mas com a mesma idade e que se situa em uma região próxima a da incorporação anterior. Certo dia 'A' se encontra no corpo de Justin (Justice Smith), namorado de nossa protagonista Rhiannon (Angourie Rice), e 'A' se apaixona perdidamente por ela, entretanto, no dia seguinte ele estará no corpo de outra pessoa. E agora? Como ficar novamente ao lado da garota que lhe despertou o amor?

'A' decide então contar a verdade a ela, o que inicialmente soa absurdo, mas como Rhiannon também gostou da companhia dele, ela decide aproveitar os momentos a dois, não se importando em qual corpo 'A' estará incorporado. 

Não há uma menção espírita ao filme, como também não há uma explicação sobre a origem de 'A', mas este não é o propósito do filme. O que não atrapalha o seu desfecho. Assisti sem nada esperar e simplesmente me apaixonei.



(Everdy Day - 2018)

Valley Girl (2020)

Apesar de todas as críticas negativas que "Valley Girl" tem recebido, confesso que o assisti com um imenso sorriso no rosto. Na verdade, todos aqueles que criticaram o filme, fizeram isto ao compará-lo com o original de 1983. Acho que exatamente por isto adorei o filme, pois não vi o "Valley Girl" com Nicolas Cage. E temos que levar em conta também que este filme foi feito simplesmente para distrair, passar o tempo, entreter e ele cumpre o prometido.

Julie Richman já adulta (Alicia Silverstone) inicia contando a história de sua adolescência, vivida nos anos 1980, à sua filha. Conta a ela como era a sua rotina com suas amigas indo a shoppings, frequentando o colégio e como era seu namoro com Mickey (Logan Paul). Até que tudo isso mudou quando ela conheceu o rebelde e punk rock fã Randy (Josh Whitehouse). A história é banal, mas as canções da década de 1980 que ilustram tudo isto, acompanhadas de dançantes coreografias faz a gente mergulhar de cabeça nesta banalidade.

Em tempos de notícias ruins, nada melhor que se distrair vendo um filminho tolo.



(Valley Girl - 2020)

The End of the F***ing World - Segunda Temporada (2019)

Muitas séries apresentam uma primeira temporada fantástica e um resultado insatisfatório em sua continuidade. Não foi diferente com "The End of the F***ing World", que apesar de todo seu esforço não manteve a mesma excelência da primeira temporada nesta continuação.

Ao espectador é apresentado uma nova personagem, a Bonnie (Naomi Ackie). E temos um primeiro episódio inteiro dedicado a ela. Isto porque Bonnie é uma garota que, devido à sua extrema carência afetiva, acredita amar o Professor Clive Koch (Jonathan Aris) e busca vingança por seu assassinato. Como os protagonistas James (Alex Lawther) e Alyssa (Jessica Barden) são os culpados pela morte dele, estão então na mira de Bonnie.

E esta segunda temporada é isto, sai a ideia de psicopatia forjada de James e entra a sede de vingança, causada por um amor inexistente, de Bonnie.

Um ponto alto ainda mantido é a trilha sonora que continua sendo um elemento marcante na série, descrevendo pensamentos e falas não ditas dos personagens. 

Infelizmente "The End of the F***ing World", apesar da inquestionável qualidade, perdeu um pouco de sua essência nesta continuação.

(The End of the F***ing World - Season 02 - 2019)

Abe (2019)

Desde o ano retrasado que eu vinha acompanhando as postagens do diretor Fernando Grostein Andrade no Instagram a respeito das gravações de "Abe". Eu adoro o Fernando, então sempre que possível o acompanho nas redes sociais. Eis que agora tive a oportunidade de ver seu filme e só tenho elogios a dizer sobre esta singela produção.

Abe (Noah Schnapp, ou simplesmente o Will de Stranger Things) é um garoto de 12 anos que tem como hobby cozinhar. Além disso, ele pertence a uma família formada por religiões diferentes, sendo parte judia e a outra muçulmana, o que leva a conflitos constantes quando todos se reúnem. Mas Abe descobre um cara que gosta de fazer algumas misturas culinárias e assim descobrir novos sabores, este cara é o brasileiro Chico (Seu Jorge). Logo, Abe procura aproximar-se dele para obter dicas de como misturar a culinária muçulmana com a hebraica, para assim poder agradar a todos.

Além de ter a figura emblemática de Seu Jorge, este filme vem acompanhado de deliciosas músicas brasileiras. Fernando Grostein Andrade você está de parabéns! Adorei seu filme!





(Abe - 2019)

Os Irmãos Willoughby (2020)

Os irmãos Tim, Jane, Barnaby e Barnaby Willoughby só precisam de uma coisa: o amor de seus pais. Entretanto, o que eles recebem é desprezo e falta de atenção, por isso "Os Irmãos Willoughby" acreditam que caso fossem órfãos, poderiam encontrar um lar perfeito onde seriam amados. Para isto, eles planejam uma viagem para seus pais aos lugares mais perigosos do mundo, esperando que algum acidente ocorra e que assim eles possam realmente ser órfãos.

No tempo em que seus pais estão longe de casa, Nanny é quem tomará conta deles e pela primeira vez eles sabem o que significa receber amor e atenção. Mas, como eles passam a ser dados como órfãos, uma assistente social ameaça separá-los e coloca em riscos os seus planos.

Apesar de "Os Irmãos Willoughby" ser uma animação divertida, não chega a ser das melhores.

(The Willoughbys - 2020)

La Belle Époque (2019)

Na Europa, o período de cultura cosmopolita que inicia-se no fim do século XIX, com o final da Guerra Franco-Prussiana, em 1871, e perdura até a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914, ficou conhecido como "La Belle Époque". Enquanto novas invenções tornavam a vida mais fácil em todos os níveis sociais e a cena cultural estava em efervescência, este período foi considerado a era de ouro da beleza, da inovação e da paz entre os países europeus.

Para Victor Drumond (Daniel Auteuil), o personagem central deste filme, sua Belle Époque foi o ano de 1974, quando conheceu sua atual esposa e se apaixonou perdidamente por ela. Atualmente, já velho, cansado e com a mente repleta de lembranças, Victor vive uma fase ruim em seu casamento. É então que, quando surge a oportunidade de reconstituir um momento especial de sua vida, Victor não hesita em escolher o dia em que conheceu a mulher amada.

"La Belle Époque" é uma comédia romântica deliciosa de assistir, que acompanha uma trilha sonora fantástica e interpretações memoráveis. Um filme francês tão apaixonante quanto foi o ano de 1974 para o personagem Victor.





(La Belle Époque - 2019)

Haunt (2019)

Em pleno Halloween um grupo de amigos descobre um galpão que funciona como se fosse um trem fantasma ou uma casa mal assombrada, onde o público caminha de cômodo em cômodo e certas coisas acontecem para os assustarem. 

Até certo ponto eles pensam que isto é apenas uma diversão para o dia das bruxas, mas conforme vão descobrindo novos cômodos na casa, eles percebem que serão vítimas de uma atrocidade.

Um terror que cumpre o que promete. Aterroriza.



(Haunt - 2019)

The Lodge (2019)

Os diretores e roteiristas austríacos Severin Fiala e Veronika Franz foram os responsáveis pelo surpreendente filme "Boa Noite, Mamãe" de 2014 e em 2019 lançaram seu filme americanizado "The Lodge".

A história aqui se passa em uma casa isolada pela neve, em que Grace (Riley Keough) passa uma temporada ao lado de seus futuros enteados recém conhecidos Aidan (Jaeden Martell) e Mia (Lia McHugh). Mas quem tem a ideia de ir para uma casa no meio do nada para ficar com dois adolescentes desconhecidos? Para mim a premissa do filme já foi ruim...

Então coisas estranham passam a acontecer na casa, Grace culpa o enteado, o enteado culpa a Grace e o final simplesmente não se sustenta. Uma decepção de filme que prezava ser um terror psicológico.

(The Lodge - 2019)

About Endlessness (2019)

Ao ver o trailer desde filme logo percebi por sua estética que já tinha visto algum outro trabalho deste mesmo diretor. Fiz uma pesquisa rápida e confirmei que já havia sido apresentado ao trabalho (por alguns considerado bizarro) do diretor sueco Roy Andersson quando vi "Um Pombo Pousou num Galho Refletindo sobre a Existência", de 2014. Uma pena que apenas registrei no blog ter assistido a este filme, mas não escrevi nada sobre ele.

Roy Anderson consegue ser único em seu trabalho, trabalho este que não é aceito a primeira vista, mas que após uma certa reflexão se torna algo realmente admirável. Seus filmes são formados por inúmeros atos que contam histórias breves, sejam estas fantásticas, bizarras ou simplesmente cotidianas. Todos estes atos são filmados com uma câmera estática, o que cria a impressão de estarmos admirando um quadro em um museu, e devemos nos lembrar de que todo quadro nos diz algo ou nos faz sentir alguma coisa. Além disso, a imagem pálida dos personagens e os ambientes frios retratados sempre nos remete a algo triste, algo a ser sensibilizado.

Encontrei um vídeo no YouTube que faz um paralelo dos filmes de Roy Anderson com algumas obras de arte e esta pequena produção é essencial para compreendermos melhor o trabalho do diretor, o qual eu acho belo.





(Om det oändliga - 2019)

Verão de 84 (2018)

"Verão de 84" não é um filme bom por seu enredo, mas por sua atmosfera. A ambientação na década de 1980, mesmo que considerada clichê por alguns, dá ao filme aquele charme nostálgico no estilo alcançado por "Stranger Things", como também, nos remete a filmes ao estilo "Os Goonies", "Os Garotos Perdidos" e "Conta Comigo", onde, para que um enigma seja solucionado, garotos curiosos precisavam ir até a fonte do mistério e não apenas pegar seus celulares e procurar a solução no Google.

E é exatamente isto que acontece aqui. O garoto de 15 anos Davey Armstrong (Graham Verchere) desconfia que seu vizinho policial Wayne Mackey (Rich Sommer) é na verdade o serial killer responsável pelo desaparecimento de mais de 10 garotos na região. Entretanto, como sua teoria soa absurda, ele se une a mais três amigos, Eats, Woody e Curtis (respectivamente, Judah Lewis, Caleb Emery e Cory Gruter-Andrew) para coletarem pistas e solucionarem o caso.

É claro que o final do filme soa previsível, mas não é isso que prenderá os olhos do expectador na tela. "Verão de 84" é apenas uma aventura adolescente que se passa nos já nostálgicos anos 1980 e é uma delícia de se ver.



(Summer of 84 - 2018)

Entre Tempos (2018)

Esta é a história dele (Luca Marinelli) e dela (Linda Caridi), dois personagens que viveram um grande amor no passado e cujos nomes desconhecemos.

A história nos é contada como uma colcha de retalhos, formada pelas memórias incertas dos dois, cada um pintando o cenário da forma que recordam, apresentando cada um a seu modo, seus passados e suas vivências.

Este é o típico filme em que o expectador tem que imergir e sentir a história sem buscar entendê-la. Confesso que minha imersão foi rasa...

(Ricordi? - 2018)

Normal People - Primeira Temporada (2020)

Por que duas pessoas que se amam simplesmente não ficam juntas?

Marianne (Daisy Edgar-Jones) e Connell (Paul Mescal) são dois jovens de classe social e personalidades diferentes, ambos estudam na mesma sala de aula. Além disso, a mãe de Connel é empregada na casa da rica Marianne. Ele é popular, ela não. No colégio todos gostam dele, já Marianne é desprezada. Marianne gosta de Connel e Connel gosta de Marianne.

Os dois estão juntos, mas mantém isto em segredo. Os demais ao redor deles não precisam saber do amor entre os dois e isto apenas causa sofrimento. Marianne concorda em ser amada em segredo, mas só se fere ao aceitar isto. Então se separam.

Connel sofre pela ausência dela e quando já estão na faculdade se reencontram. Tentam ficar juntos novamente, mas há desentendimentos que os afastam. Marianne busca novas experiências na vida, namora outros rapazes, desenvolve uma sexualidade agressiva. Já não é a mesma. Connel se entristece, se deprime, sofre. Mas busca conforto na amizade de Marianne. Infelizmente só a amizade não basta, ele a ama.

"Normal People" estreou em 29 de abril e já está na posição 100 entre os 250 melhores programas feitos para a TV, segundo o site Imdb. É baseado no livro "Normal People" da irlandesa Sally Rooney, cujo título eu totalmente desconhecia. Mergulhei em cada episódio desta série e sofri.

O amor é lindo ou é puro sofrimento cuja fotografia é acinzentada e a trilha sonora é repleta de música indie?

(Normal People - Season 01 - 2020)

Catastrophe: Sem Compromisso - Quarta Temporada (2018)

Das quatro temporadas de Catastrophe esta eu considero a mais fraca, a que teve menos assuntos explorados...

Terminamos com a morte de Mia, a mãe de Rob que foi interpretada por Carrie Fisher e que faleceu em 2016, além da terceira gravidez de Sharon e uma possível mudança do casal para os Estados Unidos.

(Catastrophe - Season 04 - 2018)

Hollywood - Primeira Temporada (2020)

Este novo seriado de Ryan Murphy mescla realidade e fantasia ao contar a história de jovens que se mudam para Hollywood na esperança de tornarem-se famosos atores, mas ao contrário disso, deparam-se com preconceito racial, homofobia e assédio sexual.

Inicialmente tudo é mostrado como se os produtores do seriado quisessem fazer uma denúncia sobre a hipocrisia que reinava e ainda reina em Hollywood. Mas em um segundo momento a fantasia toma conta de tudo e a indústria dos sonhos transforma a realidade e as dores de cada personagem, fazendo com que nos derradeiros anos de 1940, atores que estão em ascenção passassem a escancarar sua sexualidade e todo assédio sexual e preconceito sofrido.

Este mundo da fantasia, realmente está dentro da fantasia, pois nos nossos anos 2020 ainda vemos pouco reconhecimento de atores negros e de homossexuais (muitos deles ainda se escondem com medo do preconceito que irão sofrer). Além disso, só agora acusados de assédio sexual estão sofrendo consequências severas sobre seus atos.

Certamente, a Hollywood de Ryan Murphy dos anos 1940 fantasiou uma Hollywood que ainda não existe nos anos 2020... mas que bom seria se tudo que foi retratado nesta primeira temporada fosse verdade!



(Hollywood - Season 01 - 2020)

A Casa das Flores - Terceira Temporada (2020)

"A Casa das Flores" foi um seriado que começou muito bem enquanto tudo girava em torno das vontades da matriarca Virginia de la Mora (Verónica Castro). No entanto, creio eu que Verônica Castro não quis continuar vivendo a personagem e os roteiristas deram um fim nela na segunda temporada, fazendo consequentemente com que toda a hipocrisia que regrava as atitudes da família De La Mora perdessem o sentido.

Não havia mais razão da falsidade que direcionava as atitudes de cada membro da família, que somente agiam daquela maneira para agradar a mãe, que era preconceituosa, mandona e vitimista.

É então que os roteiristas esqueceram totalmente a personalidade de Virgínia, e na terceira temporada a retrataram jovem, nos inícios dos anos 1980, como uma mulher a frente de seu tempo, melhor amiga de seu futuro marido e engravidando de um amigo homossexual como fruto de uma experiência libidinosa. Esta seria mesmo a Virgínia de la Mora? Por que então ela mudou tanto na vida adulta e exigia que os membros de sua família agissem da maneira que ela tanto repugnava em sua juventude?

O seriado perdeu sua qualidade no momento que Verónica Castro recusou continuar interpretando Virgínia e infelizmente os roteiristas não deram sustento à história. Teria sido melhor caso optassem por substituir a atriz, mantendo viva a personagem central desta história. "A Casa das Flores", infelizmente, é uma série que não vale a pena ser vista a partir de sua segunda temporada.

(La Casa de las Flores - Season 03 - 2020)

Catastrophe: Sem Compromisso - Terceira Temporada (2017)

Nesta terceira temporada os roteiristas já optam por temas não tão gostosos de ver em uma série cômica. Temos retratado aqui o derrame e a morte do pai de Sharon, o alcoolismo desenvolvido por Rob e a overdose de Dave, além de outros temas, claro.

O que me incomodou mais é a busca pela comicidade no uso abusivo de drogas do personagem Dave (Daniel Lapaine) não consigo achar engraçado um cara se drogar o tempo todo devido a insatisfação com sua realidade e consequentemente quase morrer de overdose sozinho em seu apartamento...

(Catastrophe - Season 03 - 2017)