segunda-feira, 14 de março de 2011
Amor Por Contrato (2009)
Uma família aparentemente perfeita se muda para uma nova cidade. Tal família é composta por Steve Jones (David Duchovny) sua bela e jovem esposa Kate (Demi Moore) e seus filhos Jenn e Mick (respectivamente Amber Heard e Ben Hollingsworth). Enquanto o pai dirige seu luxuoso carro, transportando sua família para o novo lar, tudo é perfeitamente organizado na nova casa pela agência de transportes. Quando chegam à nova casa, eles já têm uma ideia geral de qual é a renda anual da vizinhança e qual é o estilo de vida que os seus novos vizinhos têm.
Aos poucos o público, que assiste atenciosamente ao filme, começa a perceber que há algo de estranho entre os componentes desta família, algo que não se encaixa, como por exemplo, a esposa que aparentava ter uma ótima relação com o marido, o evita durante a noite e assim dormem em quartos separados. Ou então, a filha, aproveitando que o pai está dormindo sozinho, tira suas roupas e deita ao seu lado à procura de sexo.
Na realidade esta não é uma família normal, é uma família composta por pessoas desconhecidas que objetivam um único ponto comum: passar aos outros a imagem de uma família perfeita, composta por pessoas perfeitas, com objetos perfeitos, objetos estes que causam inveja e desejo à toda vizinhança, ou melhor, a prováveis novos consumidores.
O objetivo dos quatro membros da família Jones é exibir ao máximo todos os seus pertences, os quais são periodicamente renovados, estimulando assim o desejo de consumo daqueles que os cercam. Aproveitando da vulnerabilidade de cada um, o sentido da felicidade é encontrado quando se obtem algo novo, mesmo que supérfluo.
O filme consegue mostrar isto com um bom argumento, afinal, nós telespectadores ficamos tão encantados com a propaganda da família perfeita criada pelos Jones, que queremos, nós mesmos, ser donos de tudo o que pertencem a eles (imaginando que seríamos tão felizes e perfeitos assim como eles, simplesmente por ter aquilo que eles têm). Na verdade o filme é uma crítica sutil ao capitalismo cruel em que vivemos, e ao jogo de marketing que nos cerca diariamente, fazendo com que compramos coisas às quais realmente não precisamos.
(The Joneses - 2009)
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