domingo, 1 de julho de 2012

Rachel, Rachel (1968)


“Rachel, Rachel” foi o primeiro filme dirigido por Paul Newman e por esta façanha ele conseguiu a indicação ao Oscar de Melhor Filme. Aqui, Newman dirigiu sua própria esposa (Joanne Woodward) interpretando a Rachel do título, na vida real, Newman e Woodward foram casados por mais de 50 anos, o que é raro no mundo do cinema, ainda mais se tratando de um ator tão belo quanto Newman.


Acredito que a vida de Woodward tenha sido bem diferente da vida de Rachel retratada neste filme. Solteira, com 35 anos de idade e morando com a mãe em uma pequena cidade, Rachel se sente infeliz. Não enxerga uma nova perspectiva para a sua vida além da de lecionar e voltar para a solidão de seu lar. Muitas vezes encontra dificuldades para se levantar da cama vivendo em uma quase depressão, além disso, busca refúgio em lembranças de sua infância ou em pensamentos mórbidos, onde simula situações em que algo acontece e sua vida chega ao fim.

Talvez o título do filme, onde o nome de Rachel é repetido, traduza as duas visões sobre ela retratadas neste filme: a de Rachel adulta e infeliz e a de Rachel criança e indefesa. Rachel busca por uma companhia, mas a pequena cidade em que vive não proporciona a ela oportunidades para que conheça novas pessoas. Mas quando isto acontece e subitamente Rachel se apaixona, acredita ser retribuída nesta paixão e pensa que está grávida, tudo se revela em um grande devaneio. Desta forma, Rachel abandona tudo e todos e parte em busca de sua felicidade. O filme não revela se ela a encontrou...

Indicado a 4 Oscar: Melhor Filme, Melhor Atriz (Joanne Woodward), Atriz Coadjuvante (Estelle Parsons) e Roteiro Adaptado.

(Rachel, Rachel - 1968)

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