sábado, 27 de julho de 2013
Cavalo de Guerra (2011)
Baseado no bestseller de 1982 do inglês Michael Morpurgo, “Cavalo de Guerra” conta a história entre um jovem, Albert (Jeremy Irvine), e seu cavalo, Joey.
Albert é o filho único de um casal de agricultores, Ted (Peter Mullan) e Rosie (Emily Watson), que arrendou uma pequena propriedade do rico Lyons (David Thewlis) nos arredores de Devon, Inglaterra. Para pagar o dono e poder arar a propriedade, a família precisa de um cavalo. Contra toda a lógica e para afrontar seu esnobe arrendatário, Ted acaba comprando um cavalo lindo, mais apropriado à montaria do que à lide agrícola. De quebra, torra as economias familiares.
A ousadia cai bem aos olhos do filho, que se encarregará de treinar Joey para enfrentar quase tudo, inclusive o arado – uma habilidade que salvará sua vida numa situação inusitada no futuro.
Sustentando o controle do ritmo da narrativa, Spielberg constrói solidamente esta relação de afeto entre Albert e o cavalo, que enfrentará desafios mortais na I Guerra, a última em que cavalos foram usados nas frentes de batalha da Europa. Uma guerra que ficou conhecida pela selvageria de suas trincheiras e que teve um saldo estimado em um milhão de mortos.
“Cavalo de Guerra” trata desta separação entre Albert e Joey, quando o cavalo é vendido por Ted para as tropas inglesas, e vai mudando de mãos, entre britânicos, alemães e franceses, ao longo do conflito. Todo tipo de peripécia e agrura espera este valoroso cavalo, que suporta o inominável esforço de carregar canhões por campos enlameados e resiste aos tiros e balas de canhão em diversos combates.
Albert, do seu lado, mantém-se firme em sua disposição de reencontrar seu cavalo, custe o que custar, por absurda que pareça esta intenção, no clima geral de destruição causado pela guerra. O rapaz alista-se como soldado e nunca perde a esperança de recuperar Joey, que se torna um símbolo daquilo que um ser humano não abre mão, sob risco de perder sua própria essência.
Por mais que o espectador seja duro, é virtualmente impossível resistir ao encantamento lançado por Spielberg numa história poderosa, impecavelmente filmada, montada e encenada, com poucos, mas precisos efeitos visuais em ação.
Nomeado a 6 Oscar: Direção de Arte, Fotografia, Trilha Sonora, Edição de Som, Mixagem de Som e Melhor Filme.
(War Horse - 2011)
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