sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Rosas Selvagens (1994)
Este maravilhoso e magistral filme de André Téchiné, seu décimo segundo, é um dos melhores de uma excelente série de filmes da televisão francesa sobre adolescentes dos anos 60 ao início dos anos 80.
Assim como “Souvenirs d’em France”, do próprio Téchiné, este filme evoca de algumas formas o Bernardo Bertolucci de “O Conformista”, o retrato de jovens vivendo no Sudoeste da França em 1962, no final da Guerra da Argélia, tem algo do sentimento, lirismo e doçura do filme de Bertolucci “Antes da Revolução”. “Rosas Selvagens”, no entanto, é claramente o trabalho de alguém mais velho e sábio.
Os personagens principais estão completando o equivalente ao “vestibular” em um internato. Dentre eles incluem um menino que luta contra seu desejo homossexual por um amigo íntimo, um estudante mais velho que é um oponente de direita do nacionalismo argelino e a filha comunista de um dos professores, que faz amizade com o rapaz homossexual e se apaixona pelo estudante mais velho apesar de suas diferenças políticas.
Passamos a considerar esses personagens como velhos amigos, e a maneira como Téchiné aborda a ambientação campestre é tão delicada quanto sua compreensão do período.
“Rosas Selvagens” foi o vencedor de vários prêmios César, incluindo o de Melhor Filme, Diretor, Roteiro e Revelação Feminina (Élodie Bouchez).
(Les Roseaux Sauvages - 1994)
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