terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Candy (2006)

Este drama australiano conta uma história de amor na qual os amantes devem ficar separados para sobreviver, pois juntos se destroem.

Heath Ledger é Dan, um jovem poeta que se apaixona por Candy. A primeira parte do filme, chamada de ‘Paraíso’, acompanha o envolvimento do casal, quando o amor e a heroína bastam para fazê-los felizes. O mundo à sua volta parece não existir mais. Os dois só têm olhos um para o outro e para as emoções artificiais proporcionadas pela droga.

Como não têm muitos meios de se sustentar, eles dependem da ajuda do bioquímico Casper, que em seu laboratório sintetiza e experimenta algumas drogas e não hesita em compartilhá-las com o jovem casal.

Logo Candy e Dan caem na realidade e começam a ver a vida de outra forma. A heroína se torna mais forte do que o amor e a moça é obrigada a se prostituir para manter o vício. O ‘Inferno’ não tarda a chegar e a vida do casal chega ao limite da destruição.

Candy conta com duas performances inspiradas de Abbie Cornish e Ledger como o casal de viciados. A jornada dela é mais árdua, passando de boa moça a drogada irrecuperável. A decadência física que a atriz imprime ao personagem dá mais consistência ao filme. Já Dan tem uma evolução mais sutil – uma vez que ele já era viciado antes do início da história.

Se “Candy” acerta ao investir a fundo no romance entre os protagonistas, a narrativa nunca explora com profundidade o conflito entre a moça e sua mãe, que muitas vezes explode, sem muitas explicações. Algumas cenas parecem criadas apenas para chocar, sem muita força dramática. Ainda assim, os dois protagonistas conseguem criar personagens humanos, desesperados e altamente verossímeis , o que não é pouco.

(Candy - 2006)

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