segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Para Roma, com Amor (2012)


Uma das histórias de “Para Roma, Com Amor” inclui o próprio diretor Woody Allen atuando como Jerry, um produtor aposentado que vem a Roma com a mulher (Judy Davis) para conhecer Michelangelo (Flavio Parenti), o noivo italiano de sua filha Hayley (Alison Pill). Visitando a casa dos futuros sogros da filha, Jerry ouve Giancarlo (Fabio Armiliato), o pai de Michelangelo, cantando no chuveiro. Ele tem uma extraordinária voz de tenor e, a partir daí, a obsessão de Jerry é fazer com que o homem, que é agente funerário, se torne cantor. O problema: Giancarlo só canta bem sob o chuveiro, o que leva a um arranjo bem original na realização de suas apresentações.

Um comentário ferino sobre a modernidade está contido na história de Leopoldo (Roberto Benigni), um modesto executivo que do dia para a noite, sem qualquer razão, é transformado em celebridade. Ele não pode sair de casa sem ser cercado por repórteres que querem saber todas as trivialidades de seu dia a dia, desde o que comeu no café da manhã a que tipo de cueca prefere. O melhor nesta parte é o quanto Benigni usa o seu conhecido histrionismo a serviço deste personagem, que vai da perplexidade à decepção com a fama momentânea.

Estrela absoluta em Vicky Cristina Barcelona, que lhe deu o Oscar de coadjuvante há quatro anos, a espanhola Penélope Cruz tem uma participação deliciosa como Anna, uma sensual prostituta que entra por engano no quarto de um recém-casado interiorano, Antonio (Alessandro Tiberi), cuja mulher, Milly (Alessandra Mastronardi) saiu e se perdeu nas ruas de Roma. A história deste casal e da noiva perdida, aliás, homenageia o enredo do filme “Abismo de um Sonho” (1952), de Federico Fellini, um dos cineastas de devoção de Allen.

Jesse Eisenberg (A Rede Social) encarna Jack, um jovem americano em Roma que se vê envolvido num imbróglio romântico. Ele mora com Sally (Greta Gerwig) e se apaixona por Monica (Elle Page), amiga da namorada que vem passar uns dias na casa deles. Alec Baldwin interpreta o personagem mais misterioso, o arquiteto John – mas que, em muitos momentos, vai atuar mais como anjo da guarda de Jack do que como pessoa real. É a fantasia à moda Woody Allen.

(To Rome with Love - 2012)

domingo, 30 de dezembro de 2012

O Exótico Hotel Marigold (2011)


Os aposentados Muriel (Maggie Smith), Douglas (Bill Nighy), Evelyn (Judi Dench), Graham (Tom Wilkinson) e mais três amigos decidem curtir a aposentadoria em lugar diferente e o destino é a Índia. Encantados com o exotismo do local e com imagens do recém restaurado Hotel Marigold, a trupe parte para lá sem pestanejar e são recebidos pelo jovem sonhador Sonny (Dev Patel). O único detalhe é que nada era muito bem como parecia ser, mas as experiências que eles irão viver mudarão para sempre o futuro de todos.

(The Best Exotic Marigold Hotel - 2011)

Argo (2012)


Eu já estou na expectativa pré-Oscar 2013 e por esta razão comecei a assistir alguns dos filmes mais cotados para indicações em qualquer categoria. "Argo" é um deles. Um filme que relaciona literalmente Cinema e Relações Internacionais, duas áreas de meu interesse.

Quando, em 1979, a embaixada norte-americana no Irã é invadida, 6 membros do corpo diplomático fogem e se escondem na casa de um embaixador canadense. Um problema para os Estados Unidos. Agora, a missão americana é entrar em território iraniano e resgatar as 6 pessoas. Mas como?

É então que se forja a produção de um filme chamado "Argo", por intermédio do governo americano e canadense. Desta forma, uma equipe cinematográfica consegue a permissão do governo iraniano para entrar no país com o intuito de pesquisar locações no país, sendo que na verdade esta missão tem como função salvar os funcionários do governo.

Indicado a 7 Oscar. Melhor Filme, Ator Coadjuvante (Alan Arkin), Edição, Trilha Sonora, Edição de Som, Mixagem de Som e Roteiro Adaptado. Vencedor do Oscar de Melhor Filme, Edição e Roteiro Adaptado.

(Argo - 2012)

sábado, 29 de dezembro de 2012

Mad About You - Quinta Temporada (1996)


Jamie e Paul estão grávidos nesta temporada. E o seriado fica cada vez melhor, assim como um casamento fica cada vez melhor com a chegada de um pequeno bebê. Adorei assisti-lo.

(Mad About You - The Complete Fifth Season - 1996)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

As Aventuras de Pi (2012)


Fui ao cinema com o intuito de assistir a um filme mágico. De certa forma assisti, mas não da forma que imaginava. “As Aventuras de Pi” trata-se de um filme onde a realidade é misturada com fantasia, no entanto, permanece na tela a realidade. O tigre continua um ser indomável, selvagem e até mesmo aterrorizador para a plateia. E Pi continua um garoto indefeso e cheio de bravura.

A história é maravilhosa e não poderia ter sido contada de outra forma. Uma pena eu não te-lo assistido em 3D. Tenho certeza que ficaria ainda mais encantado.

Indicado a 11 Oscar: Melhor Filme, Direção (Ang Lee), Fotografia, Edição, Trilha Sonora, Canção Original ("Pi's Lullaby), Direção de Arte, Edição de Som, Mixagem de Som, Efeitos Visuais e Roteiro Adaptado. Vencedor de 4 Oscar: Direção (Ang Lee), Fotografia, Trilha Sonora e Efeitos Visuais.

(Life of Pi - 2012)

sábado, 22 de dezembro de 2012

Intocáveis (2011)


“Intocáveis” se pauta no sentimentalismo. Na relação entre negro e branco, mobilidade e paralisia, pobreza e riqueza, estupidez e inteligência. Na relação de amizade verdadeira entre opostos.

A história é real, mas a história de “O Escafandro e a Borboleta” também é. Portanto, a história que mais me comoveu foi a segunda. Não esta aqui que acabei de assistir.

(Intouchables - 2011)

Moonrise Kingdom (2012)


Wes Anderson dirigiu filmes como “A Vida Marinha com Steve Zissou” e “Os Excêntricos Tenenbauns”, onde um universo a parte é criado para nos apresentar personagens inusitados.

Em “Moonrise Kingdom” não é diferente. Anderson nos apresenta um mundo paralelo, uma ilha, onde escoteiros mirins estão acampados e um deles foge para vivenciar o amor de sua vida.

Um filme diferente para aqueles que não conhecem o estilo de Anderson, mas o mais do mesmo para aqueles que já viram seus filmes anteriores.

Indicado ao Oscar de Roteiro Original.

(Moonrise Kingdom - 2012)

Um Divã para Dois (2012)


“Um Divã para Dois” não é para ninguém. Isto porque se trata de um filme chato sobre um casal de meia idade que não vive mais bem junto e tenta, através de terapia, melhorar a relação.

Cansativo e desnecessário.

(Hope Springs - 2012)

A Estranha Vida de Timothy Green (2012)


Que filminho adorável. “A Estranha Vida de Timothy Green” é um filme família, despretensioso e inocente. Um filme Disney, literalmente.

O casal Cindy e Jim Green deseja muito ter um filho, mas não podem. E em um momento de frustração, começam a escrever em papel todas as qualidades que este filho tão desejado teria, caso ganhasse vida. Eles colocam todos estes papéis em uma caixa e a enterram em um jardim. E assim nasce Timothy.

O garoto é atrapalhado, e tem folhas em seus pés. E aos poucos ele vai realizando todos os desejos do casal Green, principalmente o maior desejo deles, que é o de sentirem-se pais de um garotinho tão especial.

CJ Adams é um fofinho interpretando Timothy.


(The Odd Life of Timothy Green - 2012)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (2012)


Acredito que o estúdio responsável por esta produção estará muito mais rico nos próximos anos. Afinal, em “O Hobbit”, toda a criação feita para “O Senhor dos Anéis” é reutilizada neste filme. Refiro-me aos figurinos, cenários, efeitos especiais, etc. Não há nenhuma nova criação e isto poupa dinheiro. Além disso, um livro de 300 páginas foi dividido em 3 filmes de três horas cada, o que renderá milhões em bilheteria.

Não menosprezo “O Hobbit”. Apesar disso tudo, o filme é muito bom. E assisti-lo em 3D é melhor ainda. Recomendo.

Nomeado a 3 Oscar: Maquiagem, Direção de Arte e Efeitos Visuais.

(The Hobbit: An Unexpected Journey - 2012)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Amor Impossível (2011)


A toda regra, sua exceção. “Amor Impossível”, título esdrúxulo em português para “Salmon Fishing in the Yemen”, é um filme bom que contém a palavra “amor” em seu título traduzido. Bom não, o filme é ótimo.

A assessora de imprensa do governo britânico Patricia Maxwell precisa que seus funcionários descubram uma boa notícia sobre o Oriente Médio, para assim estreitar as relações entre esta região e o Reino Unido. Após muito trabalho, descobre-se que um sheik deseja criar salmões no Yemen e pede a ajuda de funcionários do Ministério da Pesca britânico.

Inicialmente a ideia é totalmente desacreditada pelo Dr. Alfred Jones (Ewan McGregor), mas depois de analisar o caso e ver que lucraria muito com a aventura do sheik, ele decide arriscar. No meio de suas pesquisas, ele conhece a bela Harriet, também responsável pela execução das ideias do sheik. E uma relação de afeto entre os dois surge. O “quase” impossível quanto criar salmões no meio do deserto seria a realização do amor dos dois. Mas nesse filme nada é impossível. E o melhor disso tudo é a filosofia de vida contida nos pensamentos do sheik, pautada pelos ensinamentos mulçumanos. Belíssimo.

(Salmon Fishing in the Yemen - 2011)

Ted (2012)


“Ted” é uma excelente comédia! No Natal, John Bennett pede ao Papai Noel um amigo, e que este seja seu por toda a vida. O milagre acontece, e seu ursinho de pelúcia Ted ganha vida.

John cresce e seu companheiro continua ao seu lado. E é aí que os problemas surgem. A namorada de John, Lori Collins, interpretada por Mila Kunis, deseja que seu namorado amadureça. Afinal ele e Ted ainda vivem em um mundo paralelo sem muitas responsabilidades, fumando maconha e assistindo a filmes pornôs e participando de festinhas regadas com prostitutas. John tem que decidir entre seu eterno amigo e sua namorada.

O enredo é simples, mas a diversão é boa. Somos entregues a cenas engraçadas protagonizadas por um ursinho fanfarrão. Acho que eu queria ter um Ted pra mim. Quem sabe Papai Noel atenta a algum pedido meu.

Indicado ao Oscar de Canção Original ("Everybody Needs a Best Friend")

(Ted - 2012)

Gossip Girl - 6º e Última Temporada (2012)



Comecei a assistir Gossip Girl por acaso. Certa vez estava procurando um papel de parede para meu computador, foi então que me deparei com uma foto que parecia um ensaio fotográfico de moda de alguma revista. Fiz o download. Depois de algum tempo, exatamente no dia 01 de novembro de 2007, aniversário de Penn Badgley, estava acessando o site IMDB e vi que aquele ator aniversariante era o mesmo rapaz que estava na foto que fiz download por acaso. Foi neste momento que vi que a foto se tratava da publicidade de um seriado. No mesmo instante procurei no e-mule todos os episódios que haviam sido lançados. Comecei a assistir, e até hoje acompanhei todos os 121 episódios exibidos de Gossip Girl.

Digo ainda, que quando soube que o seriado era a adaptação de livros, passei a compra-los. Na verdade ainda não tenho todos, li apenas 7 volumes. Mas para sanar minha saudade de Gossip Girl, certamente continuarei lendo os demais.

Concordo que essa série tem altas doses de futilidade e uma propaganda exagerada de um estilo de vida quase impossível de se manter, mas não custa nada sonhar um pouco.
Serena, Blair, Dan, Nate e Chuck, sentirei falta desses caracteres. Eric, Vanessa e Jenny, também sentirei falta de vocês, mesmo tento seus personagens sido abandonados no meio da jornada.

Igualmente nos livros, a Gossip Girl não é ela, mas ele. Dan Humphrey é o responsável por todas as fofocas surgidas nestes 6 anos, e tudo isto para se aproximar de Serena. Achei a justificativa válida. Mesmo parecendo leviana a minha opinião, a única coisa que tenho a dizer é que vou sentir saudades.

X.O.X.O.

(Gossip Girl: The Complete Sixth & Final Season - 2012)

domingo, 16 de dezembro de 2012

Valente (2012)


“Valente” é uma animação ruim. Não pela qualidade de sua produção, muito pelo contrário. Mas por seu enredo.

Em algumas reportagens que li sobre este filme, é argumentado que se trata de uma animação onde a heroína é uma mulher, não vi nada de novo nisso. Cinderela, Branca de Neve e Tiana (de “A Princesa e o Sapo”), são mulheres. E todas de algum modo são heroínas. 

A história se pauta na relação mãe e filha. Onde a mãe, a rainha, quer que Mérida, a princesa, tenha modos delicados de uma princesa. Na verdade, ela é uma princesa viking e gosta de arcos, flechas e boas aventuras. 

De modo a mudar o seu futuro e seu relacionamento com sua mãe, Mérida utiliza dos feitiços de uma bruxa, e transforma sua mãe em um urso. A partir daí ela tem que salvar a sua mamãe urso das garras dos demais vikings que desejam matá-la. 

Vencedor do Oscar de Melhor Filme em Animação.

(Brave - 2012)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

As Vantagens de Ser Invisível (2012)


“As Vantagens de Ser Invisível” tem tudo o que eu gosto em um filme. Tudo. Principalmente simplicidade e uma face de filme alternativo, que eu amo.

O filme foi baseado em um romance de Stephen Chbosky, que atualmente está disponível em todas as livrarias brasileiras. Chbosky, além de tê-lo escrito, adaptou-o e dirigiu-o para as telas. O trabalho é digno.

O personagem principal desta história é Charlie, um adolescente de 15 anos, aqui interpretado por Logan Lerman. Ele sofre com a morte de seu melhor amigo, e de forma a atenuar essa dor, escreve-lhe cartas contando sobre suas angústias. Estas cartas ajuda-o principalmente quando vai para o colegial não consegue se enturmar, sentindo-se deslocado em meio ao seu novo ambiente escolar.

As únicas pessoas que lhe dão suporte neste período complicado são os veteranos Sam e Patrick, interpretados respectivamente por Emma Watson e Ezra Miller. Os três se tornam melhores amigos e compartilham entre si seus problemas, que na verdade são comuns a todos os seres humanos. A sensibilidade presente no filme é magistral, tocante.
Como disse, é um filme simples. Mas certamente agradará a muitos.

(The Perks of Being a Wallflower - 2012)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Another Year (2010)


Primavera, verão, outono e inverno. Todas as estações do ano servem como pano de fundo para representar a vida de Tom e Gerri e seu convívio com seus amigos, filho e demais parentes.

Tom e Gerri já passam dos 60 anos e aparentemente vivem uma vida feliz. Seu filho com 30 anos ainda é solteiro e alguns de seus amigos apresentam alguns problemas emocionais. Como o casal apresenta uma vida estável e feliz, todos recorrem a eles para compartilharem de seus problemas e angústias.

Seria um filme que eu teria gostado há algum tempo, mas atualmente, talvez por eu não estar em um momento estável de minha vida, não tenha me sentido totalmente confortável para me deliciar com a lenta narrativa deste filme. Quem sabe em alguns anos eu o reveja e reflita sobre “Another Year” com outros olhos.

Indicado ao Oscar de Roteiro Original.

(Another Year - 2010)

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Adored - Diary of a Porn Star (2003)


Riki Kandinsky é o nome artístico de Riccardo Soldani, um jovem italiano que se afastou de sua família por alguns anos até a morte de seu pai. Riki é um ator de filmes pornôs gays, faz muito sucesso e ganha muito dinheiro com seu trabalho inusitado. Ninguém de sua família sabe de sua vida, até que seu irmão Federico descobre o verdadeiro trabalho de Riccardo e sua identidade como Riki Kandinsky.

Inicialmente Federico se choca com a realidade, mas após algum tempo e muitas conversas com Riccardo, acaba se acostumando com a vida do irmão e compreendendo as razões que o levou a atuar em filmes eróticos.

A amizade dos irmãos fica mais forte com as descobertas um do outro e a vida de Riccardo muda, quando ele tenta ficar com a guarda de um garoto órfão, cuja mãe faleceu em um acidente de carro que Riccardo e Federico presenciaram.

(Poco Più Di Un Anno Fa - 2003)

Tempos de Paz (2009)


“Tempos de Paz” é um belíssimo filme que homenageia todos aqueles que fugiram da Europa em plena Segunda Guerra Mundial e acabaram se destacando em suas profissões aqui no Brasil. O filme faz uma homenagem principalmente aos mestres que contribuíram para a arte no Brasil.

Este filme, em sua simplicidade é fabuloso. Fiquei extasiado com o resultado final desta produção, onde se destacam as atuações de Tony Ramos e Dan Stulbach. Ambos dialogam durante quase todo o filme, até encontrarem um ponto em comum em suas vidas que faz com que se comovam com a realidade alheia.

Tony Ramos interpreta Segismundo, que atualmente, nos ‘tempos de paz’ trabalha na alfândega, mas que no passado, na ditadura, torturou muitas pessoas. Dan Stulbach é Clausewistz, um ator polonês que vem ao Brasil em fuga da guerra. Se encontram quando Clausewistz precisa do salvo-conduto para permanecer no Brasil e que Segismundo hesita em fornecer ao polonês.

Um filme de produção simples, mas que vale a pena ser visto por sua profundidade emocional.

(Tempos de Paz - 2009)

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Onde Andará Dulce Veiga? (2008)


Eriberto Leão é Caio, repórter responsável por escrever um artigo sobre a cantora de rock Márcia (Carolina Dieckmann). Quando a encontra, descobre que ela é a filha de uma antiga cantora chamada Dulce Veiga (Maitê Proença), cujo paradeiro ninguém sabe.

Como Caio fica intrigado em descobrir o paradeiro de Dulce, ele passa a pesquisar sobre o passado da cantora, ao passo que cada vez mais se envolve com Márcia. O filme é regado de cenas eróticas e insinuações homossexuais, contendo inclusive um tórrido beijo entre Eriberto e Carmo Dalla Vecchia.


(Onde Andará Dulce Veiga - 2008)

Como Você Sabe? (2010)

Como eu sei? Bem, eu sei que esse filme é horrível porque passei quase duas horas assistindo a ele.

Reese Witherspoon interpreta Lisa, garota que está em crise, pois foi excluída do time de baseball em que jogava. Ela conhece Matt (Owen Wilson), que também é esportista e que, no entanto, trata as mulheres de maneira superficial. Assim mesmo eles iniciam uma relação.

Depois de alguns contratempos, Lisa finalmente encontra George (Paul Rudd), um homem que também está passando por uma fase ruim, graças ao seu pai (Jack Nicholson), que cometeu alguns crimes financeiros na empresa em que é dono e pôs a culpa na ingenuidade do filho.

Como Lisa e George tem em comum o momento ruim de suas vidas, acabam se envolvendo emocionalmente.

Esta história chata foi escrita por ninguém menos que James L. Brooks, que dirigiu “Melhor é Impossível” e “Laços de Ternura”, ambos incríveis e também com a participação de Nicholson. Infelizmente, desta vez a receita não deu certo.

(How Do You Know? - 2010)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A Separação (2011)


A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas entregou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro a um filme iraniano. Muitos se surpreenderam com este fato, devido às divergências políticas entre Estados Unidos e Irã. No entanto, durante a Guerra Fria a União Soviética foi indicada ao premio diversas vezes e até mesmo venceu algumas.

"A Separação" é um filme complexo. Tão complexo quanto a relação Estados Unidos - Irã. O filme se inicia com a tal separação do título, a separação entre o casal formado por Nader e Simin. Ela quer deixar o Irã, ele não. Ela pede o divórcio, ele quer a filha. Ela não abre mão.

Depois disso o filme se pauta na questão do Mal de Alzheimer sofrido pelo pai de Nader. Como Simin não mora mais com a família, o velho precisa de cuidados. É aí que Razieh é contratada.

Outra questão abordada no filme é a religiosa. Todos estão envoltos por suas crenças, o que interfere diretamente em suas decisões. Razieh tem que cuidar de um homem, trocá-lo, limpá-lo e isto não é bem visto. Além disso, Razieh está grávida.

Certa vez, Razieh precisa sair e deixa o velho doente sozinho e amordaçado na cama. Quando chega em casa e se depara com esta situação, Nader perde o controle. Quando Nazieh retorna, ele a expulsa de casa e a empurra. Depois da discussão Nazieh sofre um aborto.

A partir deste ponto o filme se torna extremamente cansativo. As discussões a respeito do 'empurrei-não-empurrei' se tornam maçantes. A separação do título se torna irrelevante e o espectador pode perder o interesse no meio de tantas brigas que parecem não ter fim, assim como as divergências políticas entre Estados Unidos e Irã.

Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Indicado também na categoria Roteiro Original.

(Jodaeiye Nader az Simin - 2011)

Assédio (2011)


Um garoto que passa a sofrer bullying no colégio, um pai preconceituoso e um professor homossexual. É tudo o que temos para que uma sucessão de mal entendidos ocorra.

Em "Assédio" Michael e Daniel formam um casal homossexual que decidiram sair da cidade grande para o interior em busca d'o verde', que dá o nome ao título original do filme. Michael é professor e se importa com o desempenho do aluno Jason, que demonstra talento, mas passa por uma crise e tem uma queda em seu rendimento escolar.

Jason pertence a uma família pobre, seu pai é faxineiro no colégio onde estuda e sua mãe é uma ex-alcoólatra. Como seu rendimento escolar decaiu, o diretor do colégio ameaça retirar a bolsa de estudos de Jason.

Michael procura ajudar o aluno, e é quando suas tentativas de aproximação são confundidas com um certo interesse sexual. Aos olhos dos que observam, todos os gestos de Michael são entendidos como uma demonstração de afeto (no sentido sexual), o que leva o pai de Jason a processar o professor e a prejudicar a vida dele e de seu namorado Daniel.

(The Green - 2011)

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Party of Five - Segunda Temporada (1995)


Já faz tempo que assisti a primeira temporada da série e só agora consegui assistir a segunda, isso porque o canal Sony Spin está reprisando todas as temporadas! Como a tentação foi muita, não resisti e acabei vendo tudinho!

Futilidades à parte, o seriado continua muito bom, mesmo após 17 anos ter se passado. Olhem só como estão os gêmeos que interpretavam o Owen


É... o tempo passa mesmo!

(Party of Five - The Complete Second Season - 1995)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2, O Final (2012)


Quarta-feira todos pagam meia! E como o único filme em cartaz aqui em minha humilde cidade é "Amanhecer Parte 2", lá fui eu ver o fim desta saga.

O filme me agradou, diferentemente do segundo e terceiro filme da série que eu detestei. Mas não me agradou como o primeiro, que quando assisti, achei interessante a questão do 'até onde confiar em alguém'.

Dei muitas risadas nas cenas da batalha final em que cabeças rolam a torto e a direita em péssimos efeitos especiais, complementados com uma péssima maquiagem.

Ainda bem que acabou!

(The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 2 - 2012)

domingo, 25 de novembro de 2012

Mad About You - Quarta Temporada (1995)


Paulie e James entram em crise, mas não perdem a graça!

Nesta quarta temporada o casal enfrenta uma crise conjugal após tentarem, sem êxito, conceberem um filho. Ambos estão insatisfeitos com o casamento e acabam atraídos por outras pessoas, o que gera um conflito que se resolve com o tempo.

(Mad About You: The Complete Fourth Season - 1995)

domingo, 11 de novembro de 2012

Alô, Dolly! (1969)


Uma bela direção de arte e um figurino impecável, além disso, “Alô, Dolly” não tem nada a mais para oferecer. Pelo menos para mim.

Em um musical longo e cansativo, a história da senhorita Dolly Levi, interpretada por Barbra Streisand, não é nada interessante, afinal trata-se de uma mulher que tem como profissão arrumar casamentos para homens solteiros (alcoviteira, talvez?) e que acaba se apaixonando por um de seus clientes.

Simplesmente ainda não assisti a um bom filme de Barbra que me transformasse em seu fã.

Vencedor de 3 Oscar: Direção de Arte, Música e Som. Indicado aos Oscar de Melhor Filme, Fotografia, Figurino e Edição.

(Hello, Dolly! - 1969)

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Loucamente Apaixonados (2011)


Sabe aquele filminho que se foca em pequenos detalhes do cotidiano de um jovem casal, como por exemplo, observarem juntos o mar, acordarem, tomarem café da manhã, ouvirem uma boa música, etc? E estas cenas fazem com que nós nos deliciemos com o que estamos vendo, desejando assim viver na realidade aquilo que é mostrado nas cenas românticas interpretadas pelo belo casal?

“Loucamente Apaixonados” começa assim, mas infelizmente não permanece assim.

E este é o crime cometido pelo diretor do filme, pois se é para ver um romance, por favor, me mostre um romance e não separação, pois tudo acaba no meio do filme quando a bela Anna tem seu visto suspenso por não ser americana, retornando à Inglaterra e se distanciando do carismático Jacob. Mas em tempos de globalização esse tipo de separação não é um bom argumento, afinal, já vimos que esse tipo de enredo não dá certo e o exemplo disso é o filme nacional “Do Começo ao Fim”.

(Like Crazy - 2011)

Magic Mike (2012)


Se o motivo pelo qual você deseja assistir “Magic Mike” for ver o sensual Channing Tatum fazendo striptease, aí vai uma dica: procure algo no YouTube que você ganha mais. Não porque este filme não oferece o que você procura, mas porque o filme não tem nada mais do que isso em suas 2 horas de duração.

Um filme fraco, apesar de ser repleto de músculos.

(Magic Mike - 2012)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Grandes Esperanças (2011)


Eu sou apaixonado por esta história desde que assisti ao “Grandes Esperanças” de 1998 dirigido por Alfonso Cuarón. Depois disso vi também o clássico de 1946 de David Lean, e agora a HBO exibiu em três episódios esta série que retrata este adorável romance de Charles Dickens. Há inúmeras versões desta história e acabei de me informar que dia 30 de novembro deste ano será lançada uma nova versão com Helena Bonham Carter e Ralph Fiennes, que provavelmente assistirei.

O romance entre Stella e Pip é interessante, mas o que mais me chama a atenção nesse enredo é a surpresa do altruísmo contido no coração de alguém que jamais se esqueceu de que um dia foi ajudado por um indefeso garoto anos atrás.

Essa série produzida pela HBO vale muito a pena ser vista.

(Great Expectations - 2011)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Quando em Roma (2010)


Beth Harper (Kristen Bell) é uma jovem e bem-sucedida curadora de arte, mas sem muita sorte no amor. Mas, quando ela viaja para Roma para ver sua irmã, ela, impulsivamente, rouba moedas de uma famosa fonte do amor e passa a ser perseguida por vários pretendentes amorosos.

(When in Rome - 2010)

Precisamos Falar Sobre o Kevin (2011)


Baseado no incendiário romance homônimo da norte-americana Lionel Shriver, “Precisamos Falar Sobre o Kevin” é um filme sobre a maternidade, sobre aquela velha falácia “ser mãe é padecer no paraíso”. Se isso fosse verdade, a personagem de Tilda, Eva, precisaria reencontrar o Éden que lhe foi usurpado com o nascimento do primeiro filho, Kevin (Rock Duer, quando pequeno). O relacionamento dela com o marido, Franklin (John C. Reilly, “Boogie Nights”), ia bem, até a chegada do menino que lhe roubou a vida e lhe deu em troca uma angústia crescente.

O romance, que consiste em cartas de Eva para o marido após a tragédia, e o filme argumentam que nem toda maternidade é feliz. Eva, aparentemente, nunca quis ser mãe e isso se torna um fardo para ela. Mas teria Kevin nascido mau ou a criação de Eva e o excesso de permissividade de Franklin o teriam transformado num menino perverso? Não é um debate simples, e Lynne e seu corroteirista Rory Kinnear não se aventuram a esboçar uma solução – o que seria ingenuidade do filme. Nesse sentido, Kevin beira um estudo de caso, mostrando o que aconteceu com esse garoto – certamente outras pessoas, nas mesmas circunstâncias, agiriam de forma diferente.

A relação sempre tensa entre Eva e Kevin (quando adolescente, interpretado por Ezra Miller) é o que pauta a trama que transita entre o presente – quando ele está preso – e o passado – a vida em família antes da tragédia. Tal qual o romance, o filme descortina os fatos aos poucos. Entende-se logo o que aconteceu, mas só mais tarde se compreende como aconteceu, suas dimensões e implicações. É uma estratégia arriscada para uma narrativa, que é bem articulada por Lynne – diretora dada a criar imagens marcantes que nem sempre estão mostrando o belo.

A história é traçada do presente olhando para trás, a partir da carnificina no colégio promovida pelo filho de Eva. A diretora cria imagens – conjugadas a uma trilha sonora – que transitam entre o lúdico e o grotesco. A primeira cena é o melhor exemplo disso. A personagem de Tilda é autora de guias de viagem. Na abertura do filme ela está coberta de um material vermelho e viscoso. Poderia muito bem ser o sangue de inocentes – mas é simplesmente uma Tomatina, a festa na Espanha onde as pessoas se divertem jogando tomates umas nas outras. A trilha sonora do longa, por sua vez, dá o tom ao trânsito entre os dois extremos. Músicas antigas, como de Budd Holly ("Everyday") e The Beach Boys ("In my room"), fazem parte da seleção, mas nenhuma soa tão forte quanto uma chamada “Mother's Last Word To Her Son”. Na música cantada por Washington Philips, um filho se lembra de sua mãe e do amor mútuo. Certamente não seriam Kevin e Eva, não fosse pelo arrebatador final do filme.

A questão que, sabiamente, o longa levanta é: uma pessoa pode ser responsabilizada pelos atos de outra? Mesmo não sendo uma mãe modelo, Eva pode ser culpada pelas atitudes do filho? Alguns personagens pensam que sim – muitas vezes, ela mesma se martiriza, embora tente levar uma vida normal (se é que isso é possível após tal tragédia). Tilda é uma presença magnética na tela. O seu aspecto andrógino (mais explorado em outros filmes, especialmente Orlando) é hipnótico, mas o que seduz, enquanto personagem são as dúvidas e martírios que acontecem dentro dela mesma. Por outro lado, Reilly é o contraponto perfeito, como o pai tão apaixonado pelo filho quanto cego.

Este não é um filme fácil de se ver. E até pode gerar um sentimento de culpa. As interpretações, a direção, a história são tão boas que, eventualmente, alguém pode se sentir mal por conta do prazer cinematográfico que tudo isso gera, em contrapartida ao tema espinhoso. Por outro lado, a discussão e implicações que levanta fazem pensar que ainda vamos falar sobre o “Kevin” por muito tempo. Ou, pelo menos, deveríamos.

(We Need to Talk About Kevin - 2011)

Os Smurfs (2011)


Quem por aqui, que nasceu na década de 1980 e assistia ao "Xou da Xuxa", não acompanhou diariamente a saga desses pequenos seres azuis chamados Smurfs?

Eu acompanhava e, no entanto, não me recordava em nada do que se tratava essa história, o enredo simplesmente desaparecera de minha memória.

Mas, ao ver este filme recordei-me de algumas coisas, o que me divertiu. Além disso, o simples motivo do filme ser agradável em sua forma despretensiosa de ser me agradou. Foi uma boa diversão para mais uma noite solitária em meu sofá em um dia qualquer no meio da semana...

(The Smurfs - 2011)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

A Fera (2011)


Seria este filme uma adaptação para adolescentes de "A Bela e a Fera"? Pode até ser, mas não foi esta reflexão que tive ao assisti-lo.

Muitas pessoas tem o futuro de suas vidas garantido pelo simples fato de serem bonitas, digo isto, pelo tema recorrente nas mídias dias atrás do mendigo curitibano de olhos azuis.

O sentimento de piedade em relação à este rapaz somente aflorou em nossos corações por ele ser belo e ter sua beleza desperdiçada pelo uso das drogas. Caso ele fosse um mendigo negro, considerado "comum" em nossa sociedade, não teríamos visto a sua realidade e muito menos feito um sentimento nobre brotar em nossos corações.

Afinal, do que é bonito nós gostamos. E isso vale não apenas para coisas, como também para pessoas. Infelizmente.

(Beastly - 2011)

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Girls - Primeira Temporada (2012)


(Girls - The Complete First Season - 2012)

domingo, 28 de outubro de 2012

Muito Bem Acompanhada (2005)


Há 2 anos atrás Kat Ellis (Debra Messing) foi abandonada no altar. Agora sua irmã, Amy (Amy Adams), está prestes a se casar e terá como padrinho de casamento justamente seu ex-noivo. Decidida a demonstrar ter superado o abandono, Kat contrata Nick Mercer (Dermot Mulroney) como seu acompanhante no casamento. O que Kat não esperava era que Nick conquistasse a simpatia de sua família, demonstrando ser um genro perfeito e objeto de desejo de qualquer mulher. Aos poucos ela nota que a relação que possui com Nick, que era para ser de fachada, torna-se cada vez mais séria.

(The Wedding Date - 2005)

sábado, 27 de outubro de 2012

Uma Rua Chamada Pecado (1951)



Vencedor de 4 Oscar: Melhor Atriz (Vivien Leigh), Ator Coadjuvante (Karl Malden), Atriz Coadjuvante (Kim Hunter) e Direção de Arte. Indicado em mais 8 categorias: Melhor Filme, Direção (Elia Kazan), Melhor Ator (Marlon Brando), Fotografia, Figurino, Música, Som e Roteiro.

(A Streetcar Named Desire - 1951)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Mad About You - Terceira Temporada (1994)


(Mad About You: The Complete Third Season - 1994)

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Adeus, Primeiro Amor (2011)


Dois jovens franceses vivem um dilema quando um deles decide se aventurar pela América do Sul sozinho, abandonando o outro na França. O jovem casal vive as dores da separação e enfrentam a vida para assim amadurecerem. Em uma narrativa lenta e com personagens pouco atraentes, o filme não é nada interessante...

(Un Amour de Jeunesse - 2011)

Antoine e Colette (1962)


Após assistir ao filme "Os Incompreendidos" de Truffaut, assisti a este curta-metragem de 32 minutos que nada mais é que a breve continuação da história da vida de Antoine Doinel, novamente interpretado por Jean-Pierre Léaud.

Antoine agora é um jovem rapaz que trabalha em uma fábrica de discos de vinil e vive sozinho. É apaixonado por filmes e música e por esta razão sempre vai ao cinema e assiste à concertos. É nesta ocasião que ele conhece a bela Colette e assim se apaixona, no entanto, o amor de Antoine não é correspondido.

(Antoine et Colette - 1962)

domingo, 21 de outubro de 2012

O Palhaço (2011)


Dirigindo a si mesmo, Selton Mello é capaz de se reinventar num personagem que foge de qualquer coisa que já o vimos fazer antes. Isso se dá especialmente porque ele tem ao seu lado o grande Paulo José num personagem daqueles maiores que a vida, que ameaça tomar o filme para si.

Paulo e Selton são pai e filho, e também uma dupla de palhaços, com nomes artísticos de Puro Sangue e Pangaré. O rapaz, cujo nome de batismo é Benjamim, parece não ter conhecido uma vida que não fosse essa do circo. Ser palhaço, pensa ele, não foi sua escolha, foi uma consequência da vida. Por isso mesmo, quando surge uma rebeldia adolescente tardia ele quer cair no mundo. Descobrir o que há além da tenda do circo é descobrir a si mesmo, é mergulhar nas oportunidades, correr riscos e ganhar as conquistas. Porque até então a vida de Benjamin não lhe pertencia.

Para qualquer personagem, seja no cinema ou na literatura, obter sua independência é uma viagem, que pode ganhar tons metafóricos. Em “O Palhaço”, o protagonista cai no mundo em busca de um ventilador e um amor. Desculpas bobas, o que ele quer mesmo é encontrar sozinho sua identidade. Fazer essa viagem é abrir mão do velho para abraçar ao novo. O palhaço perde o circo para ganhar o mundo.

Personagens estranhos cruzam o caminho de Benjamim. Eles são a prova de que de perto, ninguém é normal. Eles também são a oportunidade que Selton encontrou para resgatar e homenagear ídolos de sua infância. Entram em cena o ex-garoto-propaganda Ferrugem, como um atendente de uma prefeitura; o eterno Zé Bonitinho, Jorge Loredo; e Moacyr Franco.

“O Palhaço” foi escolhido para representar o Brasil na disputa de uma das cinco nomeações para a categoria Melhor Filme Estrangeiro no Oscar, creio que as chances serão remotas e que, caso seja nomeado, vencer nesta categoria seria praticamente impossível.

(O Palhaço - 2011)

Os Incompreendidos (1959)


O longa metragem de estreia de François Truffaut, "Os Incompreendidos", lhe rendeu o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes em 1959. Da noite para do dia, o jovem realizador estava no mapa da cultura cinematográfica mundial - e preparando o caminho para companheiros de nouvelle vague, como Jean-Luc Godard e Eric Rohmer, que já estavam envolvidos em seus próprios projetos de vanguarda.

Como outros cineastas da nouvelle vague, Truffaut cultivava suas principais ideias escrevendo artigos para o Cahies du Cinéma, a sofisticada revista de cinema, a sofisticada revista de cinema editada por André Bazin - que muitas vezes incentivava os críticos da publicação a perseguirem suas convicções para além das questões estéticas e filosóficas que lhe interessavam pessoalmente. Truffaut era o colaborador mais agressivo do grupo, criticando ferozmente a "tradição de qualidade" do cinema francês enquanto formulava a politique des auters que encarava diretores extremamente criativos como os principais autores de seus filmes.

"Os Incompreendidos" está repleto desse espírito do cinema personalista que Truffaut louvava como críticos. O herói, Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud), é uma versão ligeiramente ficcionalizada do próprio auteur, e Truffaut revelou posteriormente ter alimentado a intensidade da interpretação do ator de 15 anos de idade ao se unir a ele em uma conspiração pessoal contra o restante do elenco e da equipe. O mestre da fotografia Henri Decae filmou em locação em Paris, e Truffaut jamais hesitou em se afastar do enredo original para transmitir detalhes emocionais de forma pungente. Uma dessas sequências se dá quando Antoine anda em um brinquedo de parque de diversões contorcendo o corpo de uma maneira que expressa seu impulso um tanto débil de se rebelar contra as normas castradoras da sociedade. Outro exemplo disso surge no final do filme, quando a câmera de Truffaut escapa de um reformatório com Antoine, acompanhando-o ininterruptamente enquanto ele corre esbaforido para lugar nenhum e então fechando um zoom no seu rosto para capturar uma imagem de angústia existencial que é, indiscutivelmente, o momento mais pungente de toda a nouvelle vague.

Truffaut e Léaud deram prosseguimento às aventuras de Antoine em mais quatro filmes, concluindo a série com "O Amor em Fuga", em 1979, quatro anos antes da morte prematura do diretor. Embora essas continuações tenham seu charme, "Os Incompreendidos" continua incomparável como destilação dos mais exuberantes instintos criativos da nouvelle vague.

Indicado ao Oscar de Roteiro Original.

(Les Quatre Cents Coups - 1959)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A Mulher de Preto (2012)


O personagem de Daniel Radcliffe entra num trem e vai para um lugarejo remoto na Inglaterra. O que vai fazer, pouco importa, porque não passa de uma mera desculpa, para, pouco depois, aprisioná-lo numa mansão assombrada pela personagem-título.

Ele é um advogado viúvo que não tem muito tempo para o filho pequeno, e precisa lidar com fantasmas – reais e imaginários – durante sua viagem. “A Mulher de Preto”, uma maldição local, mata criancinhas toda vez que alguém a vê, como punição por terem-na separado de seu filho pequeno. Assim, a cada aparição, uma criança morre de forma trágica. E o personagem de Radcliff vê a mulher vezes suficientes para os moradores locais cogitarem expulsá-lo dali.

Só um ricaço (Ciarán Hinds) toma as suas dores. Embora ele tenha perdido um filho, não acredita naquilo que chama de crendice popular. Sua mulher (Janet McTeer), pelo contrário, diz até travar contato com o filho morto durante transes mediúnicos. Já a tal Mulher de Preto aparece sem qualquer sutileza e só vem mesmo para provocar sustos.

(The Woman in Black - 2012)

domingo, 7 de outubro de 2012

As Patricinhas de Beverly Hills (1995)


Eu vou ser bem sincero. Quando vi que a revista Entertainment Weekly deste mês reuniu vários atores do filme "As Patricinhas de Beverty Hills", dezessete anos depois do filme ter sido lançado, eu fiquei extasiado! As fotos do encontro segue abaixo e o vídeo com a participação do elenco também. Vou postar a matéria toda em inglês no blog, porque não estou afim de fazer tradução...



'Clueless' reunion: Alicia Silverstone, Paul Rudd, and the rest of the gang get back together -- VIDEO

When she first walked onto the screen in July of 1995, it was love at first sight. America was immediately smitten by a ditzy, glitzy Beverly Hills fashion plate named Cher Horowitz. Well, almost everyone. When Alicia Silverstone first read writer-director Amy Heckerling’s script for Clueless in the back of a limo coming home from shooting one of her iconic ’90s Aerosmith videos, she didn’t get Cher. “I thought, ‘Who is this girl?’” says Silverstone. “I had nothing in common with her at all. I thought she was a materialistic, annoying little bitch.” As if!

Over the past 17 years, Silverstone and the rest of the cast (which also includes Paul Rudd, Stacey Dash, Donald Faison, Jeremy Sisto, Breckin Meyer, and the late Brittany Murphy) have not only come to embrace Cher in all of her well-intentioned matchmaking adorableness, they’ve also come to appreciate how a little $15 million high-school comedy changed their lives. In Rudd’s case, that mean teenage guys coming up to him for years, saying, “Dude, you got to make out with Alicia Silverstone!”
Check out video of the cult teen comedy’s class reunion.



n our oral history of the making of Clueless, you’ll learn about some now-famous names who auditioned for the film, but didn’t get cast (Reese Witherspoon as Cher, Terrence Howard as Murray, Lauryn Hill as Dionne), how the male stars spent weeks after the film wrapped sleeping on the floor of Meyer’s seedy apartment watching Corey Haim and Corey Feldman movies, and how they scratched their heads when they first encountered some of the slang that Heckerling’s script made famous (Whatever, Bettys & Barneys, and Monet). ”I had no idea what the hell I was saying,” says Faison. “What’s going postal mean? And when they explained to me what it meant, I thought, ‘That’s really messed up!’”

Here’s a sampler of some other Clueless outtakes and tidbits from the story:
*The film was originally pitched as a TV series to Fox TV with the title No Worries. Before being called Clueless, other titles included I Was a Teenage Teenager and Clueless in California. Says Heckerling, “When I grew up there were a lot of movies with titles like I Was a Teenage Werewolf and stuff like that. Clueless in California was just a play on Sleepless in Seattle.”


*While the story was based on Jane Austen’s novel Emma, none of the young crew knew that going in. “I had no idea,” says Silverstone, who was just 17 when the film was made. “I’m so embarrassed. When I was done with the movie they told me about Emma. And I read the book and I was like, Wow, Amy did such a good job. I was reading it and I’d be like, Hey, there’s Justin Walker’s character!”


*Heckerling, who also directed 1982′s Fast Times at Ridgemont High, hung out at Beverly Hills High School as research. What she didn’t know at the time was that both Silverstone and Meyer had gone there, too…as students. “I didn’t live in Beverly Hills,” says Meyer, “but it was a very good public school, so my parents lied about my address and we got me into Beverly Hills High. Alicia went to Beverly, too. I never saw her there, which just proves that I was not a very cool person. I guarantee that she didn’t know I existed.”

*Stacey Dash, who plays Cher’s best friend Dionne, was hardly a teenager at the time. “I was 27, and I was playing this high school student,” says Dash, “and I had a son at home who was six years old.”


*Heckerling intentionally let Silverstone mis-pronounce words because that’s what Cher would have done. “The first day we shot the scene in debate class. And Alicia said, the Hate-i-ans instead of Haitians, and everybody started to run up to her and tell her it was wrong. I had to stop them. It’s much funnier the way she said it. That was Cher.”

*Everybody’s expectations were low. Says Faison, “When we were making the movie, you don’t think the movie’s going to be good. You think, I’m making the next License to Drive. You think this movie’s going to be just for teenagers and that’s it.”
*Silverstone isn’t a very good a hoarder. “I thought the clothes were so wonderful, by the end I wanted all of them. I took a few things here and there. I didn’t do a very good job at saving any of them. I was stupid about that whole thing. I think I gave them all away.” Too bad, she could have made a fortune on eBay.

*Over the years, the film’s cult following has come up with some odd interpretations of the film. “Someone came up to me once and — very serious and teary-eyed — said, ‘I just want you to know that when I saw Clueless and I saw Travis decide to go into a 12-step program, that’s when I decided to get sober.’ There was a part of me that was like, ‘Wow, that’s amazing.’ And there was another part of me that was like, ‘Are you serious? Because I’m pretty sure Travis might have relapsed. But I’m happy you found that.’”


(Clueless - 1995)