terça-feira, 17 de setembro de 2013
Possessão (2012)
Histórias de terror supostamente inspiradas em fatos reais são um dos grandes trunfos da cinematografia do gênero. Ao mesmo tempo em que elevam a curiosidade do espectador, dão crédito aos azarados que passaram pelas agruras de serem assombrados por entidades sobrenaturais.
Nesse contexto, desde 2004 foi divulgada uma história na internet que, de tão insólita, só podia virar filme. Naquele ano, um americano chamado Kevin Mannis comprou uma caixa de vinho judaico para sua mãe pelo site Ebay. Foi o princípio de uma série de problemas que levaram os protagonistas a uma delirante conclusão: se tratava de uma caixa dibbuk (não havia vinho ali e sim mechas de cabelos e dentes), do folclore judaico, que trazia um espírito malévolo atado a ela.
Os roteiristas aproveitaram os calafrios que os relatos de Mannis causaram para criar a trama de “Possessão”. Dizendo que se trata de um suplício causado por 29 dias a uma família, eles usaram de toda a liberdade para reinventar a história.
No filme, a pequena Em (Natasha Calis) encontra a tal caixa durante uma venda de jardim, daquelas tão caras aos americanos. Ao pedir ao pai Clyde (Jeffrey Dean Morgan) que a compre, não sabe que o espírito no artefato praticamente mutilou uma idosa, tal como mostrado no início da projeção.
Quando a menina abre a caixa, já é o princípio da possessão dibbuk, cujo espírito une-se ao da pessoa em busca de vida. Uma transformação que, aos olhos dos pais, trata-se de uma série de comportamentos ariscos ao divórcio anunciado. Cabe então a Clyde decifrar o enigma da filha e salvá-la da maldição.
(The Possession - 2012)
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