segunda-feira, 28 de março de 2016

London Spy (2015)


Imagine um dia encontrar o amor da sua vida e esta pessoa ser exatamente aquilo que você sonhava. Assim era Alex para Danny, um homem gentil e extremamente inteligente, entretanto cheio de mistérios.

Em seu primeiro episódio, ¨London Spy¨ me surpreendeu a cada instante, e fiquei petrificado com seu final. Por isso não resisti e assisti mais três episódios em sequência, que me envolveram ainda mais.

Não posso dizer muito sobre este seriado britânico, pois assim parte de seu encanto se esvai. Apenas posso dizer que sua qualidade garante as 5 horas gastas para apreciar esta primeira temporada. Espero que haja continuação, pois não me conformei com certos caminhos tomados nesta história, onde o verdadeiro espião não espia e onde o acusado se torna o maior detetive para livrar-se da culpa.

¨London Spy¨ é um romance gay repleto de mistérios.



(London Spy - 2015)

sábado, 26 de março de 2016

Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016)


Um filme desnecessário para quem assiste, mas necessário para os estúdios que lucram milhões de dólares com essas sequências de super-heróis sem fundamento algum.

Neste filme, Batman duela com Superman, graças à manipulação de Lex Luthor e da desconfiança do que seria a verdadeira justiça, bem no estilo PT vs. PSDB...

A única coisa que salva neste filme é a atuação de Jesse Eisenberg, que sobressai à beleza de Ben Affleck e a de Henry Cavill.

Perda de tempo e dinheiro...

(Batman v Superman: Dawn of Justice - 2016)

sexta-feira, 25 de março de 2016

Amy (2015)


Documentário interessante sobre a cantora inglesa Amy Winehouse, todo editado com imagens feitas por amigos e familiares da cantora e complementado por entrevistas em áudio.

O diretor Asif Kapadia permeia a vida da cantora desde sua infância, passando por suas crises de bulimia, sua relação com seus pais, seu casamento com Blake Fielder, a dependência das drogas e do álcool, até sua morte.

Me senti ainda mais envolvido pelas músicas de Amy, e está aí mais uma prova de que ela se eternizou e envolverá gerações futuras com suas músicas e sua maior dependência: o amor.

Vencedor do Oscar de Melhor Documentário.

(Amy - 2015)

segunda-feira, 21 de março de 2016

A Bruxa (2015)


De vez em quando eu me deixo seduzir por alguma crítica boa, e vou conferir seja lá qual for o fenômeno que esteja fazendo as plateias urrarem. O deste momento é "A Bruxa", que tem produção e elenco bem acima do que seus similares. A história até que é engenhosa: a família de um pregador fanático é expulsa de uma comunidade da Nova Inglaterra no século 17.

Eles têm tanto medo do demônio que obviamente o enxergam em todos os lugares e, quando vão morar isolados, começam a acontecer coisas estranhas. A ponto de todos se voltarem contra a filha mais velha, que está entrando na puberdade - uma metáfora meio óbvia para o poder da sexualidade feminina, aliás o tema subjacente de qualquer história de bruxaria.

Até aí, Ok. Mas, para dar saltos na cadeira a cada novo susto, o espectador precisa ser tão crente quanto os personagens na tela. Precisa acreditar que o mal existe à solta por aí, e que as bruxas são uma ameaça concreta. Como eu não creio em nada disto, não consegui embarcar na proposta do filme. Para mim já basta saber que existem fanáticos religiosos de verdade para que eu sinta calafrios.

(The VVitch: A New-England Folktale - 2015)

segunda-feira, 14 de março de 2016

Boa Noite, Mamãe (2014)


Este filme me fez lembrar um pouco de ¨Violência Gratuita¨ do Michael Haneke, no entanto, os agressores são os próprios membros da família, diferentemente do filme de Haneke.

Aqui, os gêmeos de nove anos Lukas e Elias ao levarem ao extremo seu questionamento se sua mãe é realmente sua mãe, passam a torturá-la de forma cruel. A dúvida surge quando ela retorna à casa após uma cirurgia plástica e permanece com o rosto coberto de esparadrapos. Mas não é apenas isto que está diferente na mamãe, o comportamento dela também muda e de certa forma ela se torna ríspida e agressiva com os meninos.

Apesar de todo contexto focar na estranheza da mãe, nos primeiros 15 minutos do filme eu já percebi o que se passava nesta história, e por isto não me surpreendi com seu final. Mas se eu ainda tivesse 15 anos e pouca experiência cinematográfica, certamente me surpreenderia e acharia este filme um grande suspense. Mesmo assim não deixo de admirar sua qualidade. Vale a pena conferir.

(Ich seh ich seh - 2014)

domingo, 6 de março de 2016

Mistress América (2015)


Em ¨Mistress América¨, Tracy (Lola Kirke) é caloura na faculdade, não tem amigos e está em uma cidade estranha, Nova Iorque. Tracy não é o que se pode chamar de aluna aplicada, mas tem uma ambição: entrar para um grupo seleto de escritores formado pelos próprios alunos da faculdade onde estuda, mas para isso ela precisa de uma boa história. Na sua primeira tentativa não foi aceita e desanimada ela liga para a mãe que a incentiva a encontrar sua futura-meia-irmã, Brooke (Greta Gerwig) – o pai de Brooke irá se casar em breve com a mãe de Tracy -, que também mora em Nova Iorque, é mais velha, e pode mostrar algumas coisas da cidade para ela.

Mesmo um pouco sem graça, Tracy marca de se encontrar com ela, e para a sua surpresa, Brooke é a personificação de tudo o que Tracy gostaria de ser, ela é moderna, popular, bem sucedida, divertida e autossuficiente. Todavia, não demora muito para que Tracy perceba que a pessoa que Brooke aparenta ser, na verdade, não existe. Brooke é uma construção dela mesma.

Em tempos de redes sociais, aparentes “vidas perfeitas”, ou o que o sociólogo polonês Zygmunt Bauman chama de Modernidade Líquida, o diretor Noah Baumbach parece ser bastante cínico a respeito dessa geração de pessoas que nasceram no meio de onde é mais importante mostrar para os outros que você é tudo o que eles gostariam de ser, ao invés de aceitar a realidade e tentar ser uma versão melhor de si mesmo com o que se tem.

De forma até mesmo caricata, os personagens de ¨Mistress América¨ nos fazem rir das situações em que se encontram no filme, e também pela relação que há entre eles. Desta forma, mesmo que aparentemente Tracy e Brooke sejam amigas, a diferença de idade entre elas faz com que sejam pessoas completamente diferentes. Noah Baumbach nos traz no filme o retrato de um adulto que acabou de passar dos 30 anos, mas que ainda não se sente forte o suficiente para encarar essa nova realidade, e que por ironia do destino acaba aceitando-a por consequência de experiências com pessoas mais novas. E é exatamente neste ponto que me identifico...

(Mistress America - 2015)

Topsy-Turvy - O Espetáculo (1999)


William Schwenck Gilbert (Jim Broadbent) escreve as letras, enquanto que Arthur Sullivan (Allan Corduner) escreve as canções. Durante anos, a dupla Gilbert-Sullivan foi sinônimo de originalidade e sucesso nos palcos de ópera ingleses. Mas, em 1884, o mais recente trabalho de ambos, "Princess Ida", recebe apenas críticas mornas. Sullivan então rejeita a próxima ideia de Gilbert e a parceria entra em crise. Até que a esposa de Gilbert, Lucy (Lesley Manville), o leva uma nova exposição japonesa, que o apresenta uma cultura diferente e o inspira a embarcar numa nova produção, chamada "The Mikado".

Na verdade, "Topsy-Turvy - O Espetáculo" é um filme para quem gosta de ver na tela figurinos caprichados, maquiagem perfeita, caracterização de época e outros detalhes técnicos cuidados de forma milimetricamente perfeita. Pois este é o ponto alto do filme, que fez com que ganhasse indicações e estatuetas no Oscar. O filme mostra um pouco do mundo do teatro inglês do fim do século XIX, representando durante a história várias encenações de peças compostas pela dupla aqui retratada. Trata-se de um filme bom, que explora muito mais a técnica do que a emoção, e nada além disto. Para quem gosta deste tipo de filme, é um prato cheio.

Vencedor do Oscar de Figurino e Maquiagem. Nomeado a Roteiro Original e Direção de Arte.

(Topsy-Turvy = 1999)

Um Senhor Estagiário (2015)


Ben Whittaker (Robert De Niro), viúvo e aposentado, aos 70 anos dispensa a ideia de inatividade e encontros sociais com outros setentões. Por isso, inscreve-se em um programa comunitário para trabalhar como estagiário de uma empresa de internet, comandada por Jules (Anne Hathaway). O percurso, aqui, é um tanto paternalista, ao mostrar a capacidade de Ben em ajudá-la na difícil tarefa de liderar o e-commerce, que de um blog, passou em poucos meses a um gigantesco empreendimento.

Apesar de sua experiência analógica (Ben foi responsável pela produção de listas telefônicas por quase três décadas), ele começa a colocar a vida de Jules nos eixos. A experiência de vida de Ben, assim, não é o que sustenta Jules, mas é o que introduz um ponto de reflexão para a personagem.

Enriquecendo esse raciocínio humanista, o filme se cerca de humor no texto e na colaborações dos inúmeros coadjuvantes, funcionando como alívios cômicos para a trama. Em especial o do nonsense Jason (Adam DeVine), que coordena o grupo de “novos” estagiários, o diletante Davis (Zack Pearlman) e a insegura assistente Becky (Christina Scherer).

Mas é a dupla de protagonistas, De Niro e Hathaway, que dá força ao trabalho, não apenas pelo peso de suas atuações, mas por seu poder de atração de espectadores. Entre o humor e o drama que a história lhes confere, ambos parecem sempre maiores do que seus papéis.

(The Intern - 2015)

Beira-Mar (2015)


Logo quando ¨Beira-Mar¨ foi lançado muitos críticos o acharam enfadonho e acredito que muitos espectadores acharão o mesmo. Eu não tive esta sensação ao assistí-lo, pois o filme me envolveu dentro de sua narrativa lenta.

Aqui os amigos Martin e Tomaz viajam para uma casa à beira-mar para resolver algumas questões familiares de Martin. Lá eles ficam a sós durante alguns dias, trocando confissões, bebendo, fumando, jogando video-game, e se conhecendo, até o momento em que Martin revela que de certa forma conhece o interesse de Tomaz por garotos, e assim, por uma noite, os dois jovens se envolvem sexualmente.

(Beira-Mar - 2015)

What Happened, Miss Simone? (2015)


A vida da cantora, pianista e ativista Nina Simone (1933-2003). Usando gravações inéditas, imagens raras, diários, cartas e entrevistas com pessoas próximas a ela, o documentário faz um retrato de uma das artistas mais incompreendidas de todos os tempos.

Nomeado ao Oscar de Melhor Documentário.

(What Happened, Miss Simone? - 2015)