quarta-feira, 18 de outubro de 2017
O Poderoso Chefinho (2017)
Tim é filho único e desfruta dessa condição sem qualquer pudor. Tem a atenção e companhia sem limites dos pais – marqueteiros numa empresa que “produz” cachorrinhos. Isso não quer dizer, no entanto, que seja tão mimado. Os primeiros minutos do filme mostram essa vida de regalias e diversão, que é interrompida quando um táxi amarelo para na porta de sua casa e dele desce um bebê, que anda e fala, vestido num terno de executivo.
Em sua nova casa, o Bebê é tirânico. Um verdadeiro executivo cruel, maltratando o irmão mais velho, fazendo com que os pais sempre vejam o garoto como o vilão e o caçula como um anjinho. Tim, por sua vez, perde suas regalias e os pais só dão atenção para o novo membro da família. Resolvido a expor o pequenino, o protagonista arma um plano para invadir uma reunião de bebês, mas tudo termina em confusão e castigo.
O bebê que só dá ordens rouba a atenção e o carinho dos pais, entre outras coisas, é, claramente, uma fantasia exagerada diante da impotência do irmão mais velho quando perde seu reinado absoluto, e resulta em momentos divertidos e inteligentes diante do desespero do menino em tentar recobrar aquilo que acha ser seu. Enquanto está colado na realidade (mesmo que fantasiosa) infantil, a animação encontra seus melhores momentos – a abertura com a “produção de bebês”, ou toda a dinâmica da “fábrica”. Mas quando resolve tornar-se uma comédia com correrias, perseguições e afins, o longa se perde num mar genérico.
Nomeado ao Oscar de Animação.
(The Boss Baby - 2017)
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