A Sombra da Árvore (2017)

Tudo começa quando Eybjorg (Selma Björnsdóttir) reclama ao seu marido Konrad (Þorsteinn Bachmann) que a árvore do seu vizinho Baldvin (Sigurður Sigurjónsson) impede que os raios solares incidam sobre seu quintal e consequentemente atrapalhe seu banho de sol. Ao ouvir a queixa de Konrad, Baldvin diz que irá aparar a árvore, mas sua esposa Inga (Edda Björgvinsdóttir) questiona a iniciativa dele e diz para que ele ignore a frescura da vizinha. A partir daí uma guerra entre vizinhos se inicia.

Um meio a isto tudo, Atli (Steinþór Hróar Steinþórsson), o filho de Baldvin e Inga, retorna à casa dos pais depois que sua esposa o vê se masturbando ao assistir a um vídeo em que faz sexo com outra mulher. Apesar de estar na casa dos pais Atli não participa diretamente da guerra entre eles e os vizinhos. Mas sua guerra passa a ser com a esposa que o inferniza.

O interessante disto tudo, além da questão da sombra da árvore ser levada ao extremo, é a maneira pela qual as mulheres do enredo manipulam as atitudes dos maridos criando situações irracionais. Tanto Eybjorg, quanto Inga e Agnes (Lára Jóhanna Jónsdóttir), esposa de Atli, têm um poder manipulador sobre seus maridos e eles simplesmente não se dão conta disto.

"A Sombra da Árvore" é um humor negro que vale a pena ser visto.



(Undir Trénu - 2017)

Emma. (2020)

"Se eu te amasse menos, talvez eu pudesse falar mais sobre isso."

Ao declarar seu amor por Emma (Anya Taylor-Joy), são estas as palavras ditas tremulamente por Mr. Knightley (Johnny Flynn) nesta belíssima adaptação do romance homônimo de Jane Austen. O tons romântico e cômico do filme estão em sintonia, assim como os figurinos, os cenários e a trilha sonora. E tudo isto junto deixa a história de Emma encantadora aos olhos de quem vê.

Emma é a garota rica e mimada que vive com o pai em uma bela mansão no interior da Inglaterra e seu passatempo favorito é se intrometer na vida amorosa de seus amigos, criando pares e confusão. No meio disto tudo Emma esquece-se de si mesma e não consegue lidar com os sentimentos que emanam por Mr. Knightley, rapaz que ela considerava como um irmão.

Infelizmente, pelo seu contexto de época que remete à Inglaterra do início do século XIX o filme não agradará a todos como me agradou.

Indicado ao Oscar de Maquiagem e Figurino. 

(Emma - 2020)

A Dama e o Vagabundo (2019)

Nessa época em que a criatividade dos roteiristas está em baixa na indústria cinematográfica, a versão humana de A Dama e o Vagabundo é mais um filme que confirma isso, simplesmente por ser um remake que utiliza novas técnicas para contar a história de algo que fez algum sucesso um tempo atrás.

Apesar de ser um filme bonzinho para assistir com a família, principalmente com as crianças, não é um filme que acrescenta algo especial ao cinema. É apenas a história da cachorrinha mimada que se apaixona pelo cachorro malandrão que vive nas ruas.

O engraçado é que este filme não foi muito divulgado aqui no Brasil, ou caso tenha sido eu não cheguei a ver divulgação alguma. Na verdade achei ele ao acaso aqui e acabei assistindo.

(Lady and the Tramp - 2019)

Cognitio (2018)

Tobias (Lasse Steen Jensen) está internado em uma clínica psiquiátrica e se sente muito isolado, é então que Emil (Lior Cohen) se aproxima dele, se transformando em um amigo um tanto obsessivo.



(Cognitio - 2018)

The Last Time I Saw Richard (2014)

Jonah (Toby Wallace) e Richard (Cody Fern) dividem o mesmo quarto na clínica psiquiátrica onde estão internados. Richard passa as noites acordado evitando ao máximo que durma, até que Jonah descobre o que o atormenta e tenta protegê-lo.



(The Last Time I Saw Richard - 2014)

We Are Okay Now (2017)

Tenho que confessar que tive que assistir duas vezes este curta-metragem para compreendê-lo melhor. Isto após ler algumas críticas favoráveis a ele.

Jonnah (Lasse Steen Jensen) é gay e tem como melhor amigo Demitri (Peter Ousager) um rapaz heterossexual. Certo dia Demitri o encoraja a se encontrar com um outro rapaz e Jonnah aceita, mas o que ele não esperava é que seria violentado durante este encontro. Como esta cena é mostrada como um sonho, eu não havia a compreendido bem.

O curta se pauta na culpa que Demitri sente pelo o ocorrido com o amigo e que por esta razão ele tenta a todo custo protegê-lo, o que fica claro nos diálogos entre os dois (e como a legenda está sem tradução para o português, acabei me perdendo em alguns pontos).

Jonnah, devido a todo o cuidado que recebe de Demitri, começa a sentir um certo carinho pelo amigo, mesmo sabendo que não será correspondido da maneira desejada. Realmente um belo curta.



(Vi er okay nu - 2017)

Boys Band Theorie (2013)

Dando uma olhada aqui no site imdb vi que Christophe Charrier que dirigiu o filme Jonas que acabei de ver, também dirigiu este curta-metragem chamado Boys Band Theorie. Então resolvi conferir.

É a história de três rapazes ex-membros de uma boy band, mas um deles é assassinado. Como o foco da história está na percepção de outro membro do grupo, não sabemos se o que se passa é realidade ou imaginação deste. Achei confuso.



(Boys Band Theorie - 2013)

Jonas (2018)

Já faz algum tempo que este filme foi lançado, mas não tive nenhum interesse em assistí-lo. Mas agora que está no catálogo Netflix decidi dar uma olhada. Apesar de seu final triste, eu gostei da história deste homem frustrado chamado Jonas (Félix Maritaud).

O filme intercala a adolescência do personagem e sua vida adulta unindo pontos que levam a um único lugar: a casa onde vive a família do garoto que foi seu amor na juventude. Uma história que não encontra respostas para as questões do passado.



(Jonas - 2018)

Taylor Swift: Miss Americana (2020)

Ahhh... como eu gostaria de ser rico o suficiente para poder financiar um documentário só meu para me auto promover!

Apesar de seu muito talento, foi exatamente isto que Taylor Swift fez, se auto promoveu aqui. Nada mais.

Documentário desnecessário para quem, assim como eu, não é fã da cantora.

(Miss American - 2020)

Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (2020)

Animações originais estão cada vez mais escassas na indústria cinematográfica, ultimamente ou temos continuações de filmes que fizeram muito sucesso ou remakes de outros utilizando novas técnicas para contar uma história já contada. Mas Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica é algo novo, uma nova história e por sinal bem divertida.

Em um mundo onde criaturas fantásticas deram lugar à tecnologia, toda a magia desapareceu e agora este mundo se assemelha ao nosso e é nele que os irmãos Ian e Bartley vivem com sua mãe e padrasto. Ian irá para a faculdade e devido ao seu jeito tímido tem dificuldade para se relacionar e devido ao jeito brincalhão e largado de Bartley, ele não se dá muito bem com o irmão.

O maior sonho de Ian era ter conhecido seu pai que morreu quando ele era apenas um bebê e em seu aniversário ele recebe um presente mágico que poderá realizar este sonho. Como algo dá errado e ele não consegue trazer seu pai de volta para passar algumas horas com ele, Bartley resolve levar Ian até um lugar onde eles encontrarão uma pedra mágica que realizará esse desejo.

Uma boa aventura.

Nomeado ao Oscar de Melhor Filme em Animação. 

(Onward - 2020)

Violine (2012)

Há algum tempo eu já tinha visto a este curta-metragem e hoje ao acaso revi. É uma história delicada de um rapaz violinista que vive só e que recebe um outro rapaz em seu apartamento que está lhe vendendo maconha. Eles começam a fumar, conversar e logo há o interesse em aprender a tocar o violino. É então que gentilmente o violinista tenta ensinar e surte um sutil interesse entre os dois.



(Violine - 2012)

O Amor é Estranho (2014)

O amor homossexual na terceira idade. É assim o filme O Amor é Estranho.

Após 20 anos juntos, George (Alfred Molina) e Ben (John Lithgow) legalizam a sua união através do matrimônio, o que leva George à demissão, visto que ele é professor de música em uma instituição católica. Mas o filme não tem seu foco nisto, já que ao ser demitido George não vai atrás de seus direitos e simplesmente aceita esta condição.

O foco do filme passa a ser outro. Como não têm dinheiro para viverem no apartamento em que vivem, eles decidem vendê-lo e enquanto não encontram um novo lugar para morar eles passam a viver separados, um na casa de amigos e outro na casa de familiares. E são estas dificuldades que prevalecem o filme todo.

(Love Is Strange - 2014)

Routine (2017)

O curta-metragem acompanha o cotidiano de um jovem e solitário rapaz que carrega consigo uma pequena sombra negra que se desenvolve com o passar do tempo, sombra esta que pode ser a metáfora da depressão que tomará conta da vida dele.



(Routine - 2017)

Danny Boy (2010)

Em uma cidade onde todos os seus habitantes são seres decapitados um único homem com cabeça se apaixona por uma mulher também decapitada. Por amor a ela, ele constrói uma guilhotina onde se auto decapitará. O curta pode ser compreendido como uma parábola que representa o quanto a humanidade se desespera para se encaixar naquilo que é considerado normal.



(Danny Boy - 2010)

Zero (2010)

Em um mundo de números quem nasce Zero é fadado ao fracasso e à solidão. Mas quando Zero encontra outro Zero e se apaixona, o sentimento de pertencimento emana e conforta sua vida apesar de todo o preconceito que o cerca.



(Zero - 2010)

Alarme (2009)

A rotina matinal de um sonolento garoto que se recusa a despertar. Na verdade, um curta-metragem chatíssimo de se ver...



(Alarm - 2009)

Zing (2011)

Dia após dia, Grimm está ocupado com seu trabalho como Ceifador, colhendo a vida das pessoas. Um dia, sua existência monótona é interrompida quando a campainha da porta toca. É uma garotinha, a próxima vítima da lista de Grimm, e ela está ali porque quer seu gato de volta, a última vítima dele. Mal sabe ela que é a próxima vítima da lista do Sr. Grimm.



(Zing - 2011)

The Man Who Was Afraid of Falling (2011)

Um idoso que vive em um prédio passa a ter medo de cair pela janela quando um de seus vasos de flores cai e se quebra, então ele muda para uma casa de dois andares, mas passa então a temer cair da escada. E assim ele se muda para uma casa térrea.



(The Man Who Was Afraid of Falling - 2011)

Lost & Found (2018)

Um dinossauro feito de tricô tenta salvar uma raposa, também de tricô, que está se afogando. Para isto ele usa toda a sua força, nem que seja se desfazer todinho.



(Lost & Found - 2018)

Pai e Filha (2000)

Um homem e sua filha andam de bicicleta até à margem de um rio onde ele entra em um pequeno barco e a abandona. A menina volta ao mesmo lugar constantemente para reencontrá-lo, no entanto, ele não retorna.



Vencedor do Oscar de Melhor Curta-Metragem em Animação.

(Father and Daughter - 2000)

Here's the Plan (2017)

Um casal formado por um cachorrinho e uma gatinha tem um plano de abrir uma loja de cupcakes, mas com o passar do tempo eles deixam este plano de lado e suas vidas são preenchidas por outros afazeres, o que prejudica a relação dos dois.



(Here's the Plan - 2017)

Madame Tutli-Putli (2007)

Antes de embarcar em um trem, Madame Tutli-Putli está cercada de seus pertences, coisas acumuladas durante toda uma vida. Ao embarcar coisas estranhas passam a acontecer neste trem. O interessante é imaginar qual seria o destino de Madame Tutli-Putli.



Nomeado ao Oscar de Melhor Curta-Metragem em Animação.

(Madame Tutli-Putli - 2007)

Uncle Bob's Hospital Visit (2008)

Curta-Metragem que mostra a rotina solitária em um hospital de um idoso que sofreu um ataque cardíaco.



(Uncle Bob's Hospital Visit - 2008)

O Homem Invisível (2020)

Por ser vítima de violência doméstica Cecilia Kass (Elisabeth Moss) decide fugir da casa em que vive com seu marido, e mesmo após a fuga, ela teme que ele a encontre e que toda a relação de abuso retorne. Mas ao invés disto, ela recebe a notícia de que ele cometeu suicídio e é então que Cecília passa a sentir a presença dele a seu redor, o que inicialmente faz com que questionamos que possa ser a presença de seu espírito, ou uma alucinação de Cecília, ou se o homem realmente se tornou invisível para atormentá-la.

E é exatamente esta última hipótese a verdadeira e o que Cecília não imaginava era que ninguém acreditaria nesta história visto que seu marido só se manifesta para ela, o que faz com que as pessoas de seu convívio acreditem que ela está enlouquecendo.

O Homem Invisível é um filme de ótima qualidade e repleto de reviravoltas.

(The Invisible Man - 2020)

Bons Meninos (2019)

Três garotos pré-adolescentes são convidados para uma festa do beijo. No entanto, nenhum deles sabe beijar e é aí que se inicia a confusão, quando os três decidem bisbilhotar a vizinha e o namorado dela usando o drone do pai de um deles.

Apesar da temática tola Bons Meninos é um filme delicioso de se assistir. Uma comédia que me fez gargalhar do início ao fim e que altamente recomendo!



(Good Boys - 2019)

Strano Telo (2018)

Quase um pornô em curta-metragem, "Foreign Body" (ou em seu título original sérvio "Strano Telo") nos mostra um nadador que quer provar sua masculinidade aos seus amigos. Para isto, sai com uma garota numa noite qualquer e durante a relação sexual dos dois, que dura aproximadamente o curta-metragem todo, ele se torna agressivo fazendo com que o ato praticamente seja um estupro. Quando o ato termina, ele sai do apartamento da garota parecendo estar arrependido do que fez. Mas na cena seguinte, quando já está entre seus amigos da natação, ele demonstra com um sorriso a satisfação que sentiu pelo ato agressivo.

(Strano Telo - 2018)

Un Rubio (2019)

Gabriel (Gaston Re), o loiro dessa história, muda-se para o apartamento de Juan (Alfonso Barón) que é seu colega de trabalho. Juan tem uma namorada que sempre o visita, além de alguns amigos que também não saem de sua casa. Gabriel teve uma filha quando era bem jovem e a menina mora com a mãe dele, ele as visita nos fins de semana, como também se encontra com uma garota com a qual se relaciona. Tudo indica que trata-se de dois homens heterossexuais.

Com o convívio entre os dois, e conforme o tempo passa, a troca de olhares entre os dois homens se intensifica e a presença de Gabriel em seu apartamento vai tomando forma de desejo para Juan. De maneira lenta e praticamente sem diálogos, o diretor Marco Berger vai nos mostrando a aproximação entre os dois homens que logo se transforma em cenas sensuais repletas de total nudez.

Apesar de toda sensualidade contida no filme, é o jeito tímido e reservado de Gabriel que nos chama atenção e a forma com que ele se subordina às condições impostas por Juan, mesmo que isto lhe cause sofrimento.



(Un Rubio - 2019)

E Então Nós Dançamos (2019)

Numa mistura de cinema e dança o diretor sueco Levan Akin captou com delicadeza a sutil relação homoafetiva de dois bailarinos membros do Balé Nacional da Geórgia (ex-república soviética), lugar onde o preconceito contra homossexuais se mostra forte, inclusive entre os próprios bailarinos.

Merab (Levan Gelbakhiani) é dançarino deste a infância e deseja conquistar uma vaga no grupo principal do balé, contudo, sua postura um tanto quanto delicada é uma ameaça ao seu objetivo. Irakli (Bachi Valishvili) é novo no balé e, por também concorrer à vaga no grupo principal, torna-se rival de Merab. O que nasce desta rivalidade é a atração sexual que um sente pelo outro e que vai aumentando quando a disputa pela vaga se acirra.

A cena em que Merab é confortado pelo irmão, após este descobrir sua homossexualidade é uma das mais lindas que já vi no cinema e o filme apenas peca pela sua duração, que o faz se arrastar um pouco em sua segunda metade.

(And Then We Danced - 2019)

História de Horror Americana - Terceira Temporada (2013)

Depois de duas temporadas incríveis, os produtores de "História de Horror Americana" conseguiram avacalhar totalmente esta terceira temporada. Ao invés do medo e do terror penetrante contido nas temporadas anteriores, o seriado investiu no cômico para contar a história non sense de um clã de bruxas, que para mim isso foi um tiro no pé.

Ao invés de seres humanos que são vítimas de forças sobrenaturais ou de outros seres humanos dominados pela maldade, o que causa mais medo no telespectador, tivemos aqui algumas bruxas com alguns poderes e que lutam entre si em um roteiro que não faz sentido algum. Quando algo as ameaça um novo poder se desenvolve e assim elas conseguem se safar. Como podemos sentir medo quando a vítima deixa de ser humana e passa a ser alguém que por magia se livra daquilo que a atormenta?

Foi um martírio assistir aos 13 episódios de Coven. Detestei.

(American Horror Story - Season 03 - 2013)

Elite - Terceira Temporada (2020)

Incrivelmente passei o domingo todo maratonando a terceira temporada deste seriado espanhol um tanto quanto controverso para a família tradicional brasileira, mas que se encontrava no primeiro lugar dos programas mais vistos do dia na Netflix.

Decidiram aqui matar o assassino e os 8 capítulos giraram em torno de quem o matou. Enquanto isso podemos ver os belíssimos atores e atrizes em cenas sensuais, conspirando uns contra os outros e nos deixando hipnotizados em frente a televisão acompanhando uma história adolescente, porém viciante.

Se esta temporada perdeu a qualidade? A meu ver não!



(Elite - Season 03 - 2020)

O Show Deve Continuar (1979)

No embalo de "Cabaret" decidi assistir a outro filme dirigido por Bob Fosse, desta vez, "All That Jazz" (ou "O Show Deve Continuar", como foi traduzido aqui no Brasil). Apesar de ser mais bem avaliado no Imbd que "Cabaret", este filme não me agradou.

Bob Fosse dirigiu sua autobiografia, representada pelo personagem Joe Gideon (Roy Scheider), homem mulherengo, beberrão, consumidor assíduo de medicamentos e fumante compulsivo. Tirando o musical de abertura do filme, nada mais chamou a minha atenção.



Vencedor de 4 Oscars: Direção de Arte, Figurino, Edição e Trilha Sonora. Indicado nas categorias: Melhor Filme, Melhor Ator (Roy Scheider), Direção (Bob Fosse), Roteiro Original e Fotografia.

(All That Jazz - 1979)

Cabaret (1972)

Para alguém que se considera cinéfilo e que adora musicais tenho que admitir que demorei muito para assistir "Cabaret", como também, para conhecer o trabalho do diretor e coreógrafo Bob Fosse. Este filme simplesmente desbancou "O Poderoso Chefão" na premiação do Oscar em 1973, angariando 8 estatuetas contra apenas 3 do filme de Coppola, inclusive o Oscar de Melhor Direção ficou nas mãos de Bob Fosse.

O enredo de "Cabaret" situa-se em plena Berlin do final da República de Weimar e inicio da era Nazista, mas o foco do filme está na vida da cantora/bailarina Sally Bowles (Liza Minnelli) a estrela principal do cabaret Kit Kat. Mulher a frente do seu tempo, Sally sonha em se tornar uma atriz famosa, mas logo se envolve com o professor britânico e bissexual Brian Roberts (Michael York) e em seguida os dois se envolvem com o milionário alemão Maximilian von Heune (Helmut Griem), vivendo assim um triângulo amoroso.

O ponto alto do filme sem dúvidas são seus musicais, todos eles encenados no palco do cabaret Kit Kat e ilustrando de certa forma os acontecimentos do filme.





Vencedor de 8 Oscars: Melhor Atriz (Liza Minnelli), Ator Coadjuvante (Joel Grey), Direção (Bob Fosse), Fotografia, Direção de Arte, Som, Edição e Trilha Sonora Original. Nomeado nas categorias de Melhor Filme e Roteiro Adaptado.

(Cabaret - 1972)

Downton Abbey (2019)

"Eu nunca discuto, eu explico!"

Esta frase foi dita por Violet Crawley (Maggie Smith) e com certeza é a frase que ficará na memória de quem assistir este filme que segue a história do seriado homônimo. Desta vez a pompa de Downton Abbey gira em torno da chegada do Rei e da Rainha da Inglaterra que passarão uma única noite na propriedade dos Crawley.

O roteiro é simples e serve apenas para os fãs da série reviver de forma nostálgica a vida em Downton. Todos os personagens estão lá, cada um ocupando o seu devido lugar. A trilha sonora do seriado também faz parte do filme para completar a nostalgia.

Este filme não acrescenta muito à história do seriado, serve apenas para reviver o universo que fora encerrado em 2015. Espero que revivam Downton mais vezes no cinema.    



(Downton Abbey - 2019)

La La Land: Cantando Estações (2016)

"La La Land: Cantando Estações" é um sonho de filme com um final nem tão feliz, pois é um filme que não opta pelo final ao estilo 'e viveram felizes para sempre'. Bem, na verdade os personagens Mia e Sebastian (Emma Stone e Ryan Gosling) possam até ter vivido felizes para sempre, porém separados, pois ambos optaram por suas carreiras e não pela vida amorosa.

Na verdade esta foi a segunda vez que vi o filme, pois ele se encontra disponível no catálogo Netflix. Para quem gosta de musicais este é um prato cheio. Revi e continuo gostando.



Vencedor de 6 Oscars: Atriz (Emma Stone), Direção (Damien Chazelle), Fotografia, Trilha Sonora, Canção ("City of Stars") e Direção de Arte. Nomeado nas categorias: Ator (Ryan Gosling), Filme, Roteiro Original, Edição, Figurino, Mixagem de Som, Edição de Som e Canção ("Audition (The Fools Who Dream)").

(La La Land - 2016)

O Doce Amanhã (1997)

Após uma catástrofe com um ônibus escolar, o advogado Mitchell (Ian Holm) procura os pais das vítimas, a maioria delas crianças, para entrar com uma ação contra os responsáveis pelo acidente, mesmo não havendo responsáveis. A atitude do advogado faz com que os ânimos dos habitantes da pequena cidade onde vivem e onde todos se conhecem fiquem ainda pior com a intromissão deste homem desconhecido.

Enquanto Mitchell procura se infiltrar na intimidade de cada casal que perdeu seu filho, a edição do filme faz com que nos infiltremos na relação dele com sua filha viciada em drogas, relação esta que dilacera cada vez mais o advogado.

Este filme já esteve no top 250 do site imbd e foi assim que ele me chamou a atenção pela primeira vez , já que é um título praticamente desconhecido aqui no Brasil. O filme é uma personificação da tristeza e da melancolia representada pela perda de um filho. Seja a perda dos pais em relação ao acidente, seja a perda de Mitchell em relação à filha usuária de drogas.



Nomeado ao Oscar de Direção (Atom Egoyan) e Roteiro Adaptado.

(The Sweet Hereafter - 1997)

Cadê Você, Bernadette? (2019)

Richard Linklater escreveu e dirigiu alguns dos meus filmes favoritos como, por exemplo,  a trilogia "Antes do Amanhecer" e "Boyhood: Da Infância à Juventude", projetos estes que percorrem anos de trabalho do diretor. E foi ele quem dirigiu este filme "Cadê Você, Bernadette?", mas o resultado não foi o de um filme memorável.

Temos aqui uma arquiteta chamada Bernadette Fox (Cate Blanchett) uma mulher que se mostrou além de seu tempo quando iniciou e inovou com seus trabalhos no ramo arquitetônico, mas que devido a uma decepção no trabalho e o desejo de criar sua filha Bee (Emma Nelson) a fez desaparecer de cena e se esconder em uma mansão decadente.

Quando todos pensam que Bernadette está a beira da loucura e seu marido (Billy Crudup) procura ajuda para interná-la Bernadette resolve desaparecer novamente. Mas desta vez ela embarca em uma viagem para a Antártida.



(Where'd You Go, Bernadette - 2019)

Black Mirror: Bandersnatch (2018)

Algo engraçado em "Bandersnatch" é que, por ser um fruto de Black Mirror o filme aloca no passado a condução de seu enredo tecnológico. Um garoto chamado Stefan Butler (Fionn Whitehead) deseja desenvolver um jogo de videogame interativo baseado em um livro chamado Bandersnatch. Assim quem o joga decidirá os caminhos percorridos pelo personagem do jogo e é assim também, utilizando desta metalinguagem, que quem assiste ao filme também tem a ilusão de decidir quais os caminhos o personagem percorrerá.

Tenho que confessar que não assisti o filme de forma interativa, simplesmente deixei ele rodando e fui vendo no que dava. Isto porque cada vez que escolhia entre o sim e não disponíveis na Netflix o filme ficava mudo, o que foi me deixando impaciente. Algumas críticas disseram que o que vale no filme é mesmo a experiência da interação e não o seu conteúdo ou o roteiro em si. Será que como não interagi com o filme nada tenha valido a pena para mim?



(Black Mirror: Bandersnatch - 2018)

Boy Erased: Uma Verdade Anulada (2018)

O ponto central deste filme é a Terapia de Conversão, proibida aqui no Brasil, legalmente aplicada em 36 estados norte-americanos e veemente afirmada como uma grave ameaça à saúde pela ONU. Não iremos ver neste filme uma história de amor entre um casal gay, mas a triste rotina de sofrimento de um garoto que é obrigado a deixar de ser o que é.

O personagem Jared Eamons, interpretado por Lucas Hedges, foi inspirado na história real de Garrard Conley, que quando adolescente foi submetido a tal terapia quando seu pai, que era pastor, o internou em um clínica desta especialidade.

Apesar de não acreditar neste tipo de terapia, há um filme controverso chamado "Eu Sou Michael", com James Franco e Zachary Quinto que nos conta a história de um pastor que afirma ser ex-homossexual e que obteve a cura para a sua doença após se submeter a este tipo de terapia. Entre os dois filmes e as duas verdades eu permaneço com a contida em "Boy Erased: Uma Verdade Anulada".



(Boy Erased - 2018)

A Despedida (2019)

Awkwafina venceu o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Comédia por sua atuação em "A Despedida", mesmo assim não conseguiu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Além disso, este filme foi nomeado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, mas não foi nomeado a nenhum Oscar em 2020. Mesmo assim é inegável o potencial do filme para receber indicações em diversas categorias na premiação, como por exemplo, na de Roteiro Original, pois mesmo parecendo simples, ele aborda questões complexas de diferentes culturas. 

A questão aqui é a de contar ou não à matriarca da família (Nai Nai, interpretada por Shuzhen Zhao) que seu câncer de pulmão não tem cura e que ela tem poucos meses de vida. Os dois filhos de Nai Nai são exemplos de sincretismo cultural. Um deles mudou-se para o Japão e o outro para os Estados Unidos, ficaram mais de 25 anos fora e assim constituíram suas novas famílias e isto fez com que seus costumes não pertencessem unicamente aos costumes chineses. Assim mesmo, a questão cultural de não informar à matriarca sobre a condição de sua saúde impera.

Esta condição é que incomoda a protagonista desta história, a neta de Nai Nai, Billi (Awkwafina), que terá que se despedir da avó ao modo chinês e não ao modo ocidental de que está acostumada.



(The Farewell - 2019)