quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Abraços Partidos (2009)


Estão na história o melodrama, o noir e referências expressas a diretores que Almodóvar assumidamente cultua - como Federico Fellini, Luchino Visconti, Nicholas Ray e Jules Dassin. Nem por isso, o filme se resume a uma coleção de citações.

Nesta que é sua quarta parceria com a atriz Penélope Cruz (vista também em "Volver", "Tudo sobre Minha Mãe" e "Carne Trêmula"), o diretor exercita um jogo de duplicidade. Que começa com o protagonista, que usa alternadamente os nomes de Harry Caine e Mateo Blanco (ambos interpretados por Lluís Homar, de "Má Educação").

No tempo presente, ele só é conhecido como Harry Caine, pseudônimo do roteirista cego que, apesar da deficiência, vive com relativa independência e sucesso profissional. No dia-a-dia, ajudam-no em suas tarefas sua produtora, Judit (Blanca Portillo, de "Volver"), e o filho desta, Diego (Tamar Novas, de "Mar Adentro").

Seu nome verdadeiro, Mateo Blanco, remete a um passado que ele não quer recordar, no qual era um cineasta de prestígio. Antes que se esclareçam as causas de sua cegueira, sucessivos flashbacks informam sobre a identidade de Lena (Penélope Cruz), a atriz do último filme dirigido por Blanco e sua musa.

Ao conhecer Blanco, Lena era amante de um milionário, Ernesto Martel (José Luis Gómez), um homem a quem era grata por tê-la ajudado financeiramente na grave doença de seu pai. Escolhida para o novo filme de Blanco, a comédia "Garotas e Malas", Lena inicia um caso com o diretor, cujos desdobramentos serão trágicos em mais de um sentido.

(Los Abrazos Rotos - 2009)

Nenhum comentário:

Postar um comentário