quarta-feira, 11 de abril de 2012

Guerra nas Estrelas (1977)


O que falar sobre um clássico do cinema? Um filme que revolucionou a tecnologia cinematográfica e criou produtos de todos os tipos e mídias? O que falar?

Sinceramente, posso falar livremente e sujeito à críticas que este filme é uma droga! Não gostei nenhum pouco dele, para mim a história é péssima, os personagens são chatos os efeitos especiais são totalmente falsos. Não gostei.

Mas posso falar também que adorei os Episódios 1, 2 e 3 que foram feitos nos anos 2000. A eles eu assisti e me diverti vendo. Mas deste original da década de 1970 não...

Enquanto assistia, me lembrava dos episódios de “That’s 70º Show” em que os personagens iam assistir “Guerra nas Estrelas” no cinema, ou quando o Eric sonhava que era o Luke e a Donna se vestia de Princesa Lea e deixava o Eric excitado. E de “That’s 70º Show” eu gostava!

Aqui segue a crítica escrita para o livro “1001 Filmes para Ver Antes de Morrer”:

“Ninguém esperava que o filme do roteirista e diretor George Lucas fosse um sucesso. Em se tratando de um “faroeste de ficção científica” cujo elenco principal era essencialmente desconhecido (Harrison Ford, Mark Hamill e Carrie Fisher), os chefões do estúdio estavam tão convencidos de que o filme iria fracassar que gentilmente cederam a Lucas, de graça, os direitos de merchandising de qualquer produto relacionado a “Guerra nas Estrelas”. Obviamente, não perceberam o enorme potencial do filme e jamais esperaram que fosse gerar duas continuações, três capítulos “anteriores”, um derivativo baseados nos Ewoks, desenhos animados, jogos de computador, brinquedos, trilhas sonoras, livros, enormes vendas de vídeos e DVDs, doces, roupas, roupa de cama e até mesmo comida.

O filme, que custou 11 milhões de dólares e rendeu mais de 460 milhões de dólares, não parecia ter o potencial para se tornar um enorme sucesso. Depois da morte dos tios que o educaram, o jovem obstinado Luke Skywalker (Hamill) se junta com um velho cavaleiro jedi, Ben “Obi-Wan” Kenobi (Alec Guiness), dois robôs, um piloto espacial arrogante chamado Han Solo (uma atuação estelar de Ford) e seu peludo amigo wookie, Chewbacca (Peter Mayhew), para resgatar uma princesa (Carrie Fisher) de um vilão que usava uma túnica preta e um capacete de plástico. “Guerra nas Estrelas” poderia ter sido incrivelmente tolo, considerando-se que, em meados dos anos 70, as pessoas esperavam que ficção científica fosse algo similar aos cenários de plástico de jornada nas estrelas ou com efeitos como a “calota pendurada em um fio” de Ed Wood em seu “Plano 9 do Espaço Sideral”.

Mas Lucas tinha ideias mais grandiosas. Duas décadas antes que imagens de computador fossem usadas para criar mundos fantásticos, Lucas, usando modelos ultradetalhados, truques inteligentes e locações bem escolhidas – as cenas que mostram o planeta desértico de Tatooine, onde Luke morava, foram filmadas em cenários construídos na Tunísia (reutilizados em 1999, em Guerra nas Estrelas: Episódio 1 – A Ameaça Fantasma) –, conta a história de outro universo, no qual o maligno império dominado por Darth Vader (David Prowse, com a voz de James Earl Jones) está no controle. Mas as forças rebeldes estão se reunindo para tentar derrubar os tiranos.

Lucas criou uma mitologia que foi abraçada com entusiasmo por pessoas de todas as idades. Além de dar origem a várias criaturas de uma galáxia muito, muito distante, sua linha de narrativa do bem contra o mal nos apresentou a pessoas e objetos que, desde então, tornaram-se parte de diversos idiomas de nosso planeta: o Millennium Falcon (a nave espacial de Han Solo, que Lucas originalmente imaginou com o aspecto de um hambúrguer voador), os sabres de luz (a arma similar a uma espada, com seu som característico), os Stormtroopers imperiais e, naturalmente, os cavaleiros jedi (hoje uma parte tão integral de nosso inconsciente coletivo que uma campanha via internet sugerindo que as pessoas respondessem “jedi” a um item sobre religião num formulário de recenseamento do Reino Unido teve enorme sucesso).

Ao dar vida a “Guerra nas Estrelas”, Lucas conseguiu criar muito mais do que apenas um filme: criou um mundo, um novo estilo de cinema e uma ópera espacial inesquecível que jamais foi superada”.

"Guerra nas Estrelas" foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, Direção (George Lucas), Ator Coadjuvante (Alec Guinness) e Roteiro Original. No entanto, levou 6 estatuetas, todas técnicas: Direção de Arte, Figurino, Efeitos Visuais, Edição, Trilha Sonora e Som. O filme recebeu ainda uma estatueta especial pelos efeitos sonoros criados especialmente para os aliens, criaturas e robôs do filme.

(Star Wars - 1977)

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