domingo, 8 de abril de 2012
A Um Passo da Eternidade (1953)
Domingo de Páscoa, dia de engordar algumas gramas comendo uma boa comida no almoço e muito chocolate durante a tarde, assistindo a este clássico do cinema mundial. Segue a crítica do 1001 filmes, sinceramente, concordo plenamente com esta crítica, pois eu esperava mais deste filme.
"Apesar da famosa cena icônica de Burt Lancaster e Deborah Kerr rolando e se beijando em uma praia do Havaí, a versão de Fred Zinnemann do best-seller de James Jones sobre a vida em uma base militar americana em 1941, às vesperas do ataque japonês a Pearl Harbor, sofreu de certa forma a ação do tempo. Embora o linguajar, o sexo e a violência já não tenham o mesmo impacto, o foco em temas como adultério, prostituição, corrupção e intimidação sádica garantiram ao filme a premiação em oito categorias do Oscar.
Com o passar dos anos, seus elementos sensacionalistas parecem menos ousados e são as atuações intensas do seu elenco de estrelas que ficam na memória. Lancaster é o sargento Warden, um homem de princípios, porém pragmático. Montgomery Clift é Prewitt, o trompetista novo no quartel (cuja recusa em lutar boxe para a equipe do seu batalhão gera um tratamento preconceituoso por parte dos oficiais) e Frank Sinatra é seu amigo Maggio, que sofre a implicância do odioso sargento Fatso (um memorável Ernest Borgnine). Inevitavelmente, talvez, neste estudo profundamente "masculino" sobre a coragem abrutalhada e a honra individual em conflito com as expectativas conformistas da comunidade em geral, as atrizes não se saem tão bem. A inglesa Kerr está apenas um pouco constrangida como a tórrida adúltera americana e Donna Reed interpreta uma prostituta que se faz passar por aeromoça.
Zinnemann provavelmente não era o diretor ideal para este trabalho. Um artesão bastante meticuloso que progrediu de entretenimentos razoavelmente eficientes para filmes algo conscientes demais da sua própria "importância", ele se encontrava aqui no que se mostrou um ponto de virada na sua carreira. As estatuetas significam que ele poderia passar a fazer filmes mais ostensivamente "de qualidade", porém "A Um Passo da Eternidade" teria lucrado com um toque menos "realista". Afinal de contas, ele é na verdade um melodrama, e um pouco de expressionismo sombrio viria a calhar. Dito isso, o filme é eficiente quando se concentra na dinâmica da intimidação dos mais fracos e nos oficiais que fazem vista grossa às infrações e aos preconceitos que contaminam qualquer grupo fechado. Além disso, Zinnemann conseguiu extrair interpretações vigorosas dos seus atores. E, depois daquele rolar na areia da praia, a vida jamais seria a mesma."
Vencedor de 8 Oscar: Melhor Filme, Diretor (Fred Zinnemann), Atriz Coadjuvante (Donna Reed), Ator Coadjuvante (Frank Sinatra), Fotografia, Edição, Som e Roteiro. Indicado em mais 5 categorias: Melhor Ator (Montgomery Clift e Burt Lancaster), Melhor Atriz (Deborah Kerr), Figurino e Trilha Sonora.
(From Here to Eternity - 1953)
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