domingo, 20 de outubro de 2013

A Origem dos Guardiões (2012)


Em todo seu esplendor de luzes, brilhos, cores e barulho, “A Origem dos Guardiões” é uma animação bonita, que faz um bom uso do 3D, embora sua trama reflita bem o espírito do norte-americano predominante: ver-se como o centro do mundo. Os personagens, à exceção de Papai Noel e de um coelho da Páscoa, estão mais ligados à mitologia daquele país . Jack Frost, Sandman e a Fada dos Dentes são personagens com pouco sentido para o público brasileiro, embora, a certa altura, a trama faça o favor de explicar quem são.

Eles são guardiões da inocência das crianças, que com seu riso e alegria iluminam o mundo. Para que seus defensores não sumam, elas precisam acreditar neles, é claro. Assim, o grupo luta contra um tipo de bicho-papão, chamado Breu que pretende acabar com a inocência infantil e assim dominar o mundo. Se o ponto de partida da história é mais do mesmo, o diferencial está nos detalhes.

Papai Noel, cujo nome é Norte, foi um espadachim cossaco que recebeu a missão de cuidar das crianças. Nos seus braços, ele tem tatuadas as palavras “bom” e “mau”. Já o coelho da Páscoa não tem nada daquele animal pequeno e fofinho, conforme conta a lenda. Ele é grande, praticamente um guerreiro. Enquanto isso, a Fada do Dente é mais ou menos como aquela imagem vendida por Hollywood.

Já Jack Frost é uma figura difícil – como pessoa e como personagem – para ser compreendido. Ele é um menino capaz de gerar frio e congelar. Ninguém acredita em sua existência, mas, quando o mundo está ameaçado, é ele quem terá o poder de reverter a situação. O passado do rapaz é o momento realmente dramático do filme. Apesar do título do longa, só a origem dele é mesmo revelada.

Jack é, de certa forma, o único personagem a ter tido uma infância como as das crianças com quem todos tentam criar laços, por isso, fica mais fácil para ele tornar-se amigo dos pequeninos, desde que eles acreditem nele.

(Rise of the Guardians - 2012)

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