domingo, 23 de fevereiro de 2014

Nebraska (2013)


Com "Nebraska" termino de assistir aos 9 filmes que concorrem ao Oscar de Melhor Filme este ano. Surpreendi-me de ter gostado, e muito, dos 9 filmes que vi nestes últimos tempos, pois não foi o que aconteceu quando assisti aos filmes que foram indicados nos últimos anos.

Particularmente, considero "Nebraska" uma obra prima. E imagine só que eu pensava que não iria gostar deste filme que tinha "cara de filme parado" com fotografia em preto e branco. E esta minha surpresa é graças ao seu diretor, Alexander Payne, que mostrou toda sua sensibilidade ao conduzir esta história familiar que nos faz rir e emocionar ao mesmo tempo.

Ao me deparar com o velho Woody Grant (Bruce Dern) me questionei se realmente conheço meu pai, assim como o personagem David Grant (Will Forte), não conhecia o seu. Afinal, como nós, filhos, podemos conhecer realmente nossos pais? Como realmente conseguiremos enxergar quem realmente eles são? Seria através de nosso olhar, ou através das histórias que eles nos contam, que obteríamos o material suficiente para conhecer as almas daqueles que nos puseram no mundo?

Em "Nebraska" percebi que não. Percebi que só poderemos conhecer nossos pais, aqueles que nós amamos, ou odiamos, quando mergulharmos fundo em seus passados. Quando entrarmos em contato direto com pessoas que conheceram nossos pais naquela época em que nós nem sonhávamos em existir. Foi isso que aconteceu com David Grant, quando retornou, ao lado do velho Woody, à cidadezinha em que ele foi criado.

Precisamos quebrar o preconceito que temos em assistir a filmes preto e branco, assim como precisamos quebrar nossos preconceitos ao explorar a vida daqueles que nos trouxeram à vida.

Um belo e tocante filme. Merecia ganhar todos os prêmios que concorre!

Nomeado ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Ator (Bruce Dern), Atriz Coadjuvante (June Squibb), Fotografia, Direção (Alexander Payne) e Roteiro Original.

(Nebraska - 2013)

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