terça-feira, 26 de abril de 2011

Sempre ao seu Lado (2009)


Há um cão, seu dono e a família dele. Há também muito amor, risos e lágrimas. Não, não se trata, novamente, de “Marley e Eu”, mas de “Sempre ao Seu Lado”, que chega aos cinemas um ano depois do primeiro filme e com o objetivo de repetir o mesmo sucesso. Agora não se trata de uma comédia, mas de um drama lacrimoso sobre homens, cães e amores incondicionais.

Dirigido por Lasse Hallström, que em 1985 fez um filme sobre pessoas e cães muito melhor – chamado “Minha vida de cachorro” – e protagonizado e produzido por Richard Gere (Uma linda mulher, Chicago), Sempre ao seu lado arranca lágrimas sofridas e sofríveis, colocando um cachorro solitário na porta de uma estação de trem à espera de seu dono... que nunca mais irá voltar.

Gere é Parker, um professor universitário que, diariamente, segue para a estação ferroviária, onde embarca num trem para o trabalho. Um dia, ao voltar para casa, encontra um pequeno filhote da raça Akita. Ele pensa em adotar o animal, mas sua mulher, Cate (Joan Allen, da trilogia Bourne), vota contra.

No final, a família sucumbe ao charme do cãozinho, que passa a acompanhar seu novo dono todo dia até a porta da estação. Paparicado por todo mundo, do açougueiro ao vendedor de cachorro-quente, o filhote se torna mascote da cidadezinha.

Um amigo japonês de Parker, Ken (Cary-Hiroyuki Tagawa, de Memórias de uma gueixa), explica que os cães dessa raça são extremamente fieis. Essa explicação justifica a segunda metade do filme, quando Parker nunca mais voltará para casa e, mesmo assim, o cachorro continuará a esperá-lo na estação, obviamente sem compreender o que aconteceu.

Baseado numa história real que aconteceu na década de 1920, no Japão, e num filme japonês dos anos de 1980, “Sempre ao seu lado” usa a doçura do cachorro para partir até os mais duros corações.

Gere, que já teve personagens muito mais marcantes, é apenas um coadjuvante para a história do Akita, que tem o nome de Hachi, que significa o número oito em japonês, conforme explica o amigo oriental de Parker. O cão rouba a cena. Não por suas estripulias, como fazia Marley, mas por seu charme e beleza, adjetivos que estavam associados a Gere há até bem pouco tempo.

(Hachiko: A Dog's Story - 2009)

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