segunda-feira, 4 de julho de 2011
De Ilusão Também Se Vive (1947)
“De Ilusão Também se Vive” é um trabalho surpreendentemente eficaz, baseado no romance de Valentine Davies. Andando pelas luxuosas ruas de Nova York, o doce senhor Kriss Kringle (Edmund Gwenn) é visto confirmando a uma criança que é realmente o verdadeiro Papai Noel. Pode parecer reconfortante, mas o velhinho também tem um incrível orgulho medieval: ao ver o Papai Noel da loja de departamentos Macy’s bebendo uísque em um desfile de rua, tira-lhe as renas e toma seu posto no trenó, de forma tão impressionante que a executiva da loja, Doris Walker (Maureen O'Hara), o contrata.
A fila para vê-lo aumenta impressionantemente, até que ele é processado por ser um impostor e é defendido por Fred Gailey (John Payne) que acredita na identidade do bom velhinho. Esse não é seu único julgamento, pois também tem de convencer a precoce Susan Walker (Natalie Wood), uma menina de seis anos, filha de Doris, de que ele é o verdadeiro Papai Noel, tendo de entregar-lhe um pai, uma casa e um irmão de presente de natal. Kris Kringle pode ou não ser o genuíno Papai Noel, mas acaba convencendo Susan de que as coisas nem sempre são aquilo que parecem ser.
“De Ilusão Também se Vive” é um filme filosófico. Como provar que Papai Noel existe? É uma coisa meio difícil – como o filme -, baseada em crença. O filme é notadamente feito para crianças, mas tem elementos suficientes para agradar toda a família. O apelo deve estar na figura de Papai Noel, muito bem interpretada por Edmund Gwenn, como um avô de fantasia – com o bolso sem fim.
Vencedor do Oscar de Ator Coadjuvante (Edmund Gwenn), Roteiro e Roteiro Original. Indicado ao Oscar de Melhor Filme.
(Miracle on 34th Street - 1947)
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