sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Paraísos Artificiais (2012)
“Paraísos Artificiais” é um retrato de geração de jovens em busca de utopias pessoais de prazer, embalados por drogas sintéticas e música eletrônica. No filme é apresentado um grupo de personagens que buscam permanecer em estados alterados de consciência o máximo possível, às vezes por dias seguidos, em raves ou praias paradisíacas onde o tempo parece ser sempre o presente – enquanto durar o efeito do ecstasy.
Se há um vazio na tela, ele pertence à própria identidade de uma geração que absorve informações em ritmo alucinante e fragmentado, através de celulares, ipads, notebooks, muitas vezes sem conseguir prestar atenção a nada por mais que alguns minutos. Jovens que, na febre de definições da mídia, já foram chamados de “geração T”, por serem pessoas que testemunham as coisas, sem mergulhar em nenhuma.
O trabalho técnico do filme é todo de primeira, criando na tela essa espécie de universo paralelo dos delírios dos personagens, enquanto sob ação de substâncias sintéticas. Nem por isso o filme faz nem apologia nem discurso moralista sobre o seu uso, limitando-se a acompanhar as consequências de algumas escolhas na vida de cada um.
(Paraísos Artificiais - 2012)
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