sábado, 7 de janeiro de 2017
Minha Mãe é uma Peça: O Filme (2013)
Minha mãe é uma peça – O Filme, adaptada do monólogo homônimo, há momentos que funcionam muito bem, outros, nem tanto. Os primeiros acontecem graças ao talento para escrever e interpretar de Paulo Gustavo – autor da obra teatral que também interpreta a protagonista. Ele tem um timing para a comédia, e, na versão teatral, na qual apenas ele estava no palco, funcionava bem melhor do que nas telas. No filme, foi preciso inventar uma narrativa e trazer à cena personagens para contracenar com Dona Hermínia que nem sempre dão certo.
Eles são seus filhos, Juliano (Rodrigo Pandolfo), Marcelina (Mariana Xavier) e Garib (Bruno Bebianno), fontes de preocupações constantes para a mãe. O rapaz é gay, e, para desespero dela, está começando um namoro. Já a garota não para de comer. Há também o ex-marido (Herson Capri) e a nova mulher dele (Ingrid Guimarães).
Depois de um mal-entendido com os filhos, Dona Hermínia sai de casa e se instala com a tia Zélia (Suely Franco), enquanto Juliano e Marcela começam a passar até fome, pois são totalmente dependentes da mãe. Ela, por sua vez, espera uma retratação deles e conta suas histórias para a parenta.
É uma estrutura simples, criada para acionar a veia cômica de Paulo Gustavo. Quando a cena é dele, o filme funciona bem, faz mesmo rir. Quando ele não está em cena e o longa passa a depender dos coadjuvantes, no entanto, perde a graça, porque os personagens são rasos demais – até para uma comédia popular que não demanda situações muito complexas.
(Minha Mãe é uma Peça - 2013)
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