segunda-feira, 5 de julho de 2010

A Saga Crepúsculo: Eclipse (2010)


Depois de um começo morno, o triângulo amoroso formado pela apaixonada Bella (Kristen Stewart), o vampiro Edward (Robert Pattinson) e o lobisomen Jacob (Taylor Lautner) finalmente esquenta em “A Saga Crepúsculo: Eclipse”, a terceira adaptação para o cinema da tetralogia vampiresca escrita por Stephenie Meyer.

Não se trata mais apenas de uma paixão adolescente. Agora, Edward quer casar, Bella não está mais só para beijos e Jacob, no papel de “o outro”, não esconde mais a atração física que sente pela jovem – que, aliás, é mútua. Tudo muito comportado, claro, mas com explícita verve sensual, potencializada pela competência do diretor David Slade (do vigoroso MeninaMá.com).

O catalisador dessa complicada relação é, como no livro, a vulnerabilidade de Bella frente às constantes ameaças de viver cercada de vampiros e lobisomens. Em Eclipse, quando a vilã Victoria (Bryce Dallas Howard, de A Vila) cria um exército de vampiros para matar a jovem, Edward precisará da ajuda de Jacob, e de sua tribo, para salvar sua amada.

Para entender o que se vê na tela é preciso voltar aos primeiros títulos. Em Crepúsculo, o vampiro James (Cam Gigandet) enfrenta o clã dos Cullen, do qual Edward faz parte, para morder Bella. Como ele se dá mal, sua companheira Victoria forma o tal exército (durante o desenrolar de Lua Nova, em que não aparece) para promover sua desforra - que se vê nesta produção.

Como a ameaça os vence em número, os Cullen são obrigados a se aliar aos seus arqui-inimigos lobisomens, para defender a cidade e salvar os protagonistas. Essa é a chance de Jacob conquistar o amor de Bella e despistar seu concorrente.

No entanto, a guerra que prometia mais ação para a história é, na verdade, um pano de fundo para potencializar a tensão entre o trio. Em uma das cenas mais curiosas da trama, passada no alto de uma gélida montanha, Edward se vê obrigado a deixar Jacob deitar-se com Bella para esquentá-la (no livro, diga-se, o rapaz lobo está nu), já que vampiros não irradiam calor.

Não há dúvidas de que os melhores episódios de Eclipse são os enfrentamentos entre os dois rapazes, que chegam a determinado ponto da história “discutir sua relação”. Porém, quem sobressai nessa rivalidade é o ator Taylor Lautner, que conseguiu finalmente encontrar o tom de seu personagem.

Ao ver a histeria coletiva entre adolescentes que a história (e seus atores) provoca, não é difícil observar que se trata de uma produção exclusivamente para esse público.

Como o desfecho desse triângulo amoroso só será visto no capítulo final, Amanhecer, dividido em duas produções (tal como ocorreu com Harry Potter e as Relíquias da Morte), Bella, Edward, Jacob e seus fãs ainda terão muito a se aventurar nos próximos dois anos.

(Eclipse - 2010)

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