quinta-feira, 14 de novembro de 2013
O Grande Motim (1935)
Sintetizando o espírito hollywoodiano clássico, “O Grande Motim”, de Frank Lloyd, é uma obra-prima do cinema de estúdio. A cenografia suntuosa, o caráter de relato de viagem e a moral central resultam em uma aventura de extraordinária beleza. Obviamente, para apreciar essas qualidades é preciso fazer vista grossa a um estilo de atuação há muito abandonado. E também ao fato de um elenco americano imbuir esta fábula moralizante inglesa de um otimismo típico da Grande Depressão. Ainda assim, essas críticas pontuais servem para sustentar quão bem produzido é o filme, levando em conta o estilo dos estúdios MGM, que almejavam ao mesmo tempo lucro, escapismo e entretenimento da forma mais abrangente possível.
No fim do século XVIII, no auge do controle do Império Britânico sobre sua Marinha, a tripulação do navio Bounty se amotina depois de meses de maus-tratos. Liderados por Fletcher Christian (Clark Gable), eles jogam o cruel capitão Bligh (Charles Laughton) no mar, porém ele consegue voltar para terra em um esforço nada menos que espetacular. No seu encalço, o Bounty segue para o Pacífico Sul, perseguido por várias complicações.
Aqui, Gable aparece sem seu bigode, e os lábios carnudos de Laughton se agitam com rígida disciplina. Em meio a isso existe uma série de pequenas subtramas, embora o filme talvez seja mais memorável como um marco primordial para a arte do desenho de produção.
Vencedor do Oscar de Melhor Filme. Indicado aos Oscar de: Melhor Ator (Clark Gable), Ator Coadjuvante (Charles Laughton), Ator Coadjuvante (Franchot Tone), Diretor (Frank Lloyd), Roteiro, Edição e Trilha Sonora.
(Mutiny on the Bounty - 1935)
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