sábado, 23 de novembro de 2013
Professora Sem Classe (2011)
Há uma cena em “Professora Sem Classe” na qual dois personagens fazem algo que parece estar se tornando moda nos Estados Unidos – uma prática chamada “dry humping”, que, no bom português, quer dizer transar a seco. A suposta diversão consiste em duas pessoas fazerem sexo vestidas. O que é frustrante e sem graça para a maioria da humanidade deve soar engraçado na cabeça das pessoas envolvidas no filme, como o diretor Jake Kasdan e a protagonista Cameron Diaz. Só isso para explicar a cena na comédia.
“Professora Sem Classe” é um “dry humping” cinematográfico – frustrante, supostamente ousado, mas, no fundo, bem careta. O bom trocadilho do título nacional é a única coisa minimamente sagaz que há no filme. Então, melhor ficar apenas admirando o pôster. Cameron Diaz é uma professora chamada Elizabeth. Ela odeia seu trabalho, mas vê nele o trampolim para uma vida melhor quando chega um novo colega na escola, o professor Scott (Justin Timberlake), herdeiro de uma fortuna de fabricantes de relógios.
O único objetivo na vida de Elizabeth é conseguir dinheiro para o seu implante de silicone nos seios. E, para isso, não mede esforços – especialmente envolvendo seus alunos. Seu maior empecilho é a professora caxias Amy (Lucy Punch). Por outro lado, o treinador bonachão Russell (Jason Segel) pode ajudá-la em seus planos, graças à sua paixão platônica por ela.
Quem se destaca mesmo é a inglesa Lucy Punch, que já havia roubado cenas como a namorada burrinha de Anthony Hopkins em “Você vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos”, de Woody Allen. Cabe a ela a tarefa de injetar um pouco humor a “Professora Sem Classe”, no papel da rival de Elizabeth no trabalho e no coração de Scott. Ela seria uma espécie de vilã boazinha no filme – mas como Cameron e seu personagens são tão chatos, Amy tem alguns dos melhores momentos.
Com seu senso de humor equivocado e escassez de boas piadas, a suposta audácia de “Professora Sem Classe” é um tiro no pé. O filme quer ser engraçado, mas nunca se joga de vez na sua ousadia. É engraçadinho, mas, ao mesmo tempo, quer garantir nota por bom comportamento.
(Bad Teacher - 2011)
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