Hoje decidi rever Birdman, filme vencedor do Oscar em 2015, e que eu já não lembrava mais da história. Tudo aqui gira em torno de Riggan, um ator de cinema que foi eternizado por atuar no passado como um super-herói. Agora em decadência, ele está produzindo, dirigindo e atuando em uma peça da Broadway. De forma contínua, a câmera acompanha passo a passo todos os dramas do ator durante a pré-estreia e a estreia da peça e a sua relação com a ex-mulher, filha, agente e demais atores da peça. Além de ter que lidar com fantasmas do passado que o perturbam.
Foi bom rever este filme depois de algum tempo e com um olhar mais aguçado para essa obra.
Vencedor do Oscar de Melhor Filme, Direção (Alejandro G. Iñárritu), Roteiro Original e Fotografia. Indicado aos Oscars de Melhor Ator (Michael Keaton), Atriz Coadjuvante (Emma Stone), Ator Coadjuvante (Edward Norton), Edição de Som e Mixagem de Som.
(Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance) - 2014)
Esta é a história de Yûsuke Kafuku (Hidetoshi Nishijima), um diretor de teatro que descobre que a esposa o trai com um jovem ator. Apesar de saber desta traição, ele não revela à esposa este fato. Depois de algum tempo ela tem uma hemorragia cerebral e morre repentinamente.
Dois anos após estes fatos, Yûsuke muda-se para Hiroshima, onde dirigirá uma peça de teatro onde um dos atores foi o amante de sua esposa. Este fato faz com que algumas questões mal resolvidas de seu passado retornem à sua mente. Além disso, uma jovem chamada Misaki (Tôko Miura) é contratada para dirigir seu carro e a relação entre os dois fará com que ambos descubram mágoas mal resolvidas do passado.
Este filme tem três horas de duração e não é nada prazeroso ou envolvente. A história se arrasta em takes longos e cansativos e o filme vai se transformando em algo quase insuportável de assistir. Só me cansou...
Nomeado ao Oscar de Melhor Filme, Direção (Ryûsuke Hamaguchi), Roteiro Adaptado e Melhor Filme Estrangeiro (Japão).
Fazia tempo que eu não assistia a uma animação tão insuportável quanto essa! Quase tudo no filme me irritou, principalmente Ming, a mãe da personagem principal. Ela é uma mulher hipercontroladora, que limita de maneira absurda a vida da filha. Sufocante!
Além disso, a forma que a questão da passagem da infância para a vida adulta de Meilin é retratada é um tanto absurda ao transformá-la em um panda vermelho gigante simplesmente porque menstruou.
Posso estar sendo conservador ou chato demais, mas Red: Crescer é uma Fera é um filme desnecessário para as crianças.
Nomeado a 10 Oscars: Melhor Filme, Melhor Som, Melhores Efeitos Visuais, Direção de Arte, Trilha Sonora Original, Edição, Maquiagem, Figurino, Fotografia e Roteiro Adaptado.
O filme Um Príncipe em Nova York fez parte da minha infância, vi e revi este filme todas as vezes que foi reprisado em uma sessão da tarde. A ida do príncipe africano Akeem (Eddie Murphy) à Nova York em busca de novas experiências de vida antes de casar-se era garantia certa de boas risadas.
Infelizmente nesta continuação não foi garantida a mesma qualidade do filme inicial. Akeem descobre que tem um filho em Nova York, um rapaz de 30 anos chamado Lavelle Junson (Jermaine Fowler) e o leva para Zamunda para que ele torne-se príncipe, portanto o filme não se passa em Nova York como o título sugere. Em Zamunda, Lavelle passa por diversas situações que deverão ser a prova de sua capacidade para assumir o trono do país Africano. A tentativa de humor do filme repousa nestas cenas, pena que não convence.
Com um trailer matador, direção de Ridley Scott e um elenco super estrelado contendo nomes como Lady Gaga, Adam Driver, Al Pacino, Jeremy Irons, Jared Leto e Salma Hayek, Casa Gucci foi um dos filmes que mais aguardei para ver em 2021. A expectativa era tão imensa que a decepção com o filme também foi grande.
Temos uma história contada em longuíssimas 2h38, que não sabe se fala sobre a família Gucci, sobre Patrizia Reggiani, sobre a marca Gucci, ou sobre um assassinato que chocou o mundo. O filme não sabe se é um melodrama, um triller ou uma comédia. Resumindo, é uma obra que não sabe para o que veio.
A história começa com o império Gucci sendo gerenciado pelos irmãos Rodolfo Gucci (Jeremy Irons) e Aldo Gucci (Al Pacino). Cada um deles tem um filho, respectivamente, Maurizio Gucci (Adam Driver) e Paolo Gucci (Jared Leto). Patrizia Reggiani (Lady Gaga) casa-se com Maurizio, casamento que não é aceito pelo pai dele. Quando Rodolfo morre, a disputa pelo império Gucci fica entre Aldo, Paolo e Maurizio, e Patrizia também comanda os negócios da família. Em certo ponto da história, Maurizio perde o interesse na esposa, a trocando por outra, e isto faz com que Patrizia decida matá-lo.
Muito dessa história ficou pouco explicado neste filme, parecendo que essas longas 2h38 não deram conta do recado. Uma forte decepção para mim.
Star Trek é outra franquia retratada nesta série e que eu jamais tive interesse, nem na série, nem nos brinquedos. Os Transformes surgiram em minha vida como desenho animado, porém quando eu já estava quase na adolescência, já os brinquedos desta linha passaram bem longe da minha infância. Entretanto, o Lego fez parte da minha vida! Sempre foi meu brinquedo favorito e eu tenho os meus todos aqui guardados, alguns deles infelizmente faltando muitas peças, outros completos. A Hello Kit fez parte da minha infância a partir do momento que uma tia minha se mudou para o Japão e mandava por correspondência algumas cartas com adesivos dessa gatinha nipônica.
Realmente, traduzir o título dessa série como Os Brinquedos que nos Fizeram não daria muito certo, afinal tudo aqui remete mais aos países centrais do capitalismo e não aos periféricos como o nosso Brasil. Não é atoa que a indústria de brinquedos Estrela foi à falência...
Eu nasci em 1982 e minhas lembranças da infância remetem mais à década de 1990 que a de 1980 anos em que os brinquedos aqui retratados fizeram sucesso. Nunca brinquei com nada do Star Wars, inclusive nunca gostei dos filmes, os quais nem nostalgia remetem a mim. A Barbie também era um brinquedo longe do meu alcance, não por eu ser menino, mas pelo preço da boneca comercializado aqui no Brasil. Recordo-me dos Comandos em Ação, mas eu sempre tive aversão a bonecos de guerra, acredito que meus primos tiveram alguns deles, mas eu não. Já He-Man eu sempre vi como desenho animado que passava no Xou da Xuxa todas as manhas, eu não sabia que o desenho havia sido criado exatamente para divulgar os brinquedos da linha, sempre pensei que a lógica fosse inversa, que os desenhos vinham primeiro e que depois surgiam os brinquedos, mas ao assistir esta série descobri que não, que o poder da indústria de brinquedos era tão grande a ponto de criar seus próprios desenhos e filmes para divulgar os seus produtos.
Este curta-metragem encontra-se disponível na Netflix e venceu o Oscar em sua categoria no ano passado. Quando comecei a assistí-lo eu não sabia do que tratava-se e cheguei até mesmo a imaginar que seria um romance, mas na verdade Dois Estranhos é uma denúncia à violência policial sobre cidadãos negros, tomando como inspiração o ocorrido a George Floyd, morto por asfixia por um policial.
Ao assistirem a este curta-metragem maravilhoso prestem atenção na letra da música Changes tocada ainda no início do mesmo, ela tem muito a ver com a realidade aqui retratada. Vale muito a pena ser visto.
Vencedor do Oscar de Melhor Filme em Curta-Metragem.
Esta é a história de Claire (Caitriona Balfe) uma enfermeira inglesa que vive na Irlanda com seu marido Jack (Tobias Menzies) no pós-Segunda Guerra Mundial. Certo dia ela vai até o topo de uma colina onde encontra umas pedras em formato de lápides que tem o poder de transportá-la para uma outra época. É então que ela viaja no tempo 200 anos antes do começo desta história e conhece o belo e sedutor irlandês Jamie Fraser (Sam Heughan). Inicialmente ela deseja retornar para 1945 e para os braços de seu marido, mas quando se apaixona por Jamie, Claire decide permanecer neste mundo inóspito e viver este amor.
Outlander é uma série de qualidade, porém seus 16 episódios de 1h de duração cada fez com que eu a achasse algo cansativo de se ver e acompanhar.
Toda crítica que eu li sobre The House diz que as três histórias contidas no filme estão situadas exatamente na mesma casa, porém em épocas diferentes. Sinceramente ao meu ver, as histórias passam-se em casas diferentes e em épocas diferentes e o que elas carregam em comum é o fato da casa em si não ser retratada como um lar, mas sim como um fardo que suga e consome todos aqueles que a habitam.
Na primeira história, a casa suntuosa faz com que seus habitantes tornem-se apenas objetos dentro da casa e não mais seres humanos que a habitam. Na segunda história, um rato que habita uma casa e que normalmente seria tratado como um invasor é na verdade acometido por outros invasores que transforma sua vida em um inferno. E na terceira e última história, uma gata que acredita no potencial da casa em que vive, já que preserva uma ligação afetiva com o local acaba sendo tragada por ele, simplesmente por não ter coragem de abandoná-lo.
Esta é a minha visão particular deste filme e não se compara com as interpretações que encontrei pela internet à fora...
Este curta-metragem paquistanês acompanha a história de Pari, uma garota de 14 anos que sonha tornar-se aviadora. No entanto, como ela está prometida em casamento, este sonho não será possível de realizar-se.
Este é um curta-metragem em animação disponível na Netflix e de apenas 9 minutos que conta a história de um senhor pintor que perdeu a inspiração para criar novas obras. Mas uma nova inspiração logo surge.
Kenneth Branagh é famoso por suas adaptações cinematográficas das obras de William Shakespeare mas, neste ano, enquanto Branagh decidiu contar sua infância em Belfast, quem fez um adaptação shakespeariana de sucesso foi Joel Coen com seu A Tragédia de Macbeth. Confesso que não conhecia a história desta peça de Shakespeare e no início do filme senti-me um tanto perdido mas, assim que situei-me nesta história, o deleite foi certo, pois este é um grande filme!
Macbeth (Denzel Washington) pertence à corte do Rei da Escócia e certo dia ao voltar de uma guerra, três bruxas (Kathryn Hunter, numa interpretação incrível!) profetizam à Macbeth que ele tornar-se-á rei. Lady Macbeth (Frances McDormand), sua esposa, é então informada desta profecia e os dois mancomunados tratam de torná-la realidade, nem que para isso seja preciso que eles próprios assassinem o rei.
A direção de arte deste filme com seus cenários expressionistas e a sua fotografia em preto-e-branco que remete ao filme O Sétimo Selo de Ingmar Bergman dão um toque de fundo especial à trama. E as interpretações de Denzel Washington e Frances McDormand, principalmente na fase louca do casal, estão impecáveis.
Nomeado ao Oscar de Melhor Ator (Denzel Washington), Direção de Arte e Fotografia.
J.R. (na infância interpretado por Daniel Ranieri e na fase adulta por Tye Sheridan) foi criado por sua mãe solteira (Lily Rabe) na casa de seu avô (Christopher Lloyd), tendo como presença marcante em sua vida seu tio Charlie (Ben Affleck).
O filme mostra a influência que este tio teve sobre J.R., principalmente na maior decisão de sua vida: tornar-se escritor.
O filme é baseado na biografia de J.R. Moehringer e foi dirigido por George Clooney.
Pedro Almodóvar dirige Penélope Cruz como Janis, uma mulher que decide levar sua gravidez a diante mesmo que Arturo (Israel Elejalde), o pai do bebê, não queira ter um filho neste momento. Na maternidade, Janis divide o quarto com Ana (Milena Smit) que também dará a luz a uma menina. Ao nascerem, as bebês são levadas para observação e ficam alguns momentos longe das mães.
Quando Janis retoma para casa com sua filha, Arturo vai visitá-las e ao ver o bebê ele questiona a paternidade, pois a menina tem os traços muito étnicos. Janis decide fazer um teste de DNA em sua filha e descobre que não é a mãe biológica da criança, e assim mesmo decide manter tudo como está.
Alguns meses depois ela reencontra Ana e descobre que a bebê dela morreu de morte súbita. A partir daí as duas acabam se aproximando e envolvendo-se e Janis conta para Ana que sua filha na verdade pode ser filha dela.
Apesar de Madres Paralelas ser um legítimo Almodóvar, não foi um filme que me cativou por completo.
Nomeado ao Oscar de Melhor Atriz (Penélope Cruz) e Trilha Sonora Original.
2. conjunto de características que distinguem uma pessoa ou uma coisa e por meio das quais é possível individualizá-la.
Irene (Tessa Thompson) é uma mulher negra de pele clara e, apesar de às vezes aproveitar desta característica e passar-se por mulher branca, identifica-se como uma mulher negra. Clare (Ruth Negga) também é uma mulher negra de pele clara e aproveita dessa sua condição para identificar-se como mulher branca, inclusive para o seu marido (Alexander Skarsgård) que desconhece o passado dela.
Ambas conheceram-se na infância e reencontraram-se na vida adulta.
A reaproximação de Clare acaba, de certa forma, incomodando Irene. Mas para Clare a vida de Irene é mais prazeirosa, pois em seu universo Irene é quem ela realmente é, sem a necessidade de a todo momento ter de interpretar uma personagem.
Em nosso cotidiano quase sempre nos deparamos com algumas Clares, pessoas que fingem ser o que não é, pobres passando-se por ricos, homossexuais por heterossexuais, ou vice-versa. Identidade pode ser um filme que incomodará certas pessoas.
Este é mais um filme intimista que conta a juventude de um diretor de cinema, e o diretor aqui é Paolo Sorrentino, criador dos filmes A Grande Beleza e Juventude. Sorrentino nasceu em Nápolis e, portanto, temos como pano de fundo esta bela cidade italiana, os cenários são fantásticos e a fotografia do filme também. No entanto, a história retratada em A Mão de Deus não é uma história cativante, e apesar de todas as memórias e traumas retratados, parece que este filme foi feito pelo diretor para o próprio diretor, sem se preocupar com quem o assiste.
Confesso que A Mão de Deus foi o mais fraco de Sorrentino que vi até agora.
O diretor chileno Pablo Larraín repete a fórmula utilizada em Jackie para nos contar três dias passados na vida da Princesa Diana. Estes três dias estão situados no castelo de Sandringham, em Norfolk e passam-se no Natal de 1990. O filme nos apresenta uma Diana psicologicamente perturbada com crises de bulimia, transtorno obsessivo compulsivo e automutilação. Esses comportamentos acabam por se justificar pelo ambiente frio e tradicionalmente ritualístico de que a princesa faz parte.
Apesar de todo reconhecimento de que Kristen Stewart tem recebido por sua interpretação, não consegui sentir carisma e empatia pela personagem Diana. Não exatamente pela a má ou boa interpretação da atriz, mas pela pessoa em si representada. A fraqueza de Diana perante sua realidade não fez com que eu sentisse alguma pena da bela princesa, pois talvez eu seja uma pessoa com o coração frio, mas é que eu nunca vivi com toda pompa que Diana viveu. No entanto, eu também não vivi com a pomba que Jackie viveu, mas a personagem de Natalie Portman me cativou por sua força ao enfrentar um momento tão difícil como o assassinato de seu marido, já a fraqueza de Diana não me fez ter pena dela.
Nomeado ao Oscar de Melhor Atriz (Kristen Stewart).
Depois de assistir a dois filmes que receberam indicações ao Globo de Ouro, decidi finalizar meu domingo assistindo a uma comédia romântica leve e com temática LGBTQIA+.
Um Crush para o Natal está disponível na Netflix e nos apresenta Peter (Michael Urie), um jovem gay que jamais conseguiu manter um longo relacionamento a ponto de apresentar seu namorado à sua família. E para provar a seus parentes que ele é capaz de manter uma relação, Peter decide levar seu melhor amigo Nick (Philemon Chambers) para a casa de seus pais, e assim apresentá-lo como seu novo namorado.
O que Peter não esperava era que sua mãe (Kathy Najimy) estava planejando para ele um encontro às cegas com o seu instrutor de academia James (Luke Macfarlane).
Conforme Peter vai conhecendo o sedutor James ele vai descobrindo que o que sente por seu amigo Nick é mais do que uma simples amizade.
Um filminho despretensioso de Natal que acabei de assistir em pleno mês de janeiro.
A cidade de Belfast é a capital da Irlanda do Norte e desde 1969 tornou-se a sede de graves conflitos entre católicos e protestantes. Já o filme "Belfast" tem como pano de fundo esses conflitos e como eles transformaram a vida de uma família protestante. Estes fatos são aqui narrados com um teor cômico e impreciso, afinal são observados pelo inocente olhar do pequeno Buddy (Jude Hill), que apesar de todo tormento que tem enfrentado, não quer abandonar a cidade em que vive.
Podemos dizer que o diretor e roteirista de "Belfast", Kenneth Branagh, seja o pequeno Buddy. Afinal ele nasceu em Belfast em 1960, e talvez esta seja sua obra mais intimista, assim como "Roma" foi o filme mais intimista do diretor mexicano Alfonso Cuarón. "Belfast" foi todo produzido com fotografia em preto-e-branco, mas quando o pequeno Buddy entra em uma sala de cinema, a imagem do que ele assiste na tela é sempre viva e cheia de cor. Talvez estas idas ao cinema tenha sido a inspiração de Branagh para tornar-se um cineasta.
Nomeado a 7 Oscar: Melhor Filme, Direção (Kenneth Branagh), Ator Coadjuvante (Ciarán Hinds), Atriz Coadjuvante (Judi Dench), Roteiro Original, Melhor Som e Canção Original.
Esta história nos apresenta Amin, desde a sua infância nos anos de 1980 no Afeganistão, até a sua vida adulta como refugiado na Dinamarca. A narrativa tem estilo documental e intercala animação com cenas históricas. É um filme sensível, profundo e tocante.
Com a crise política no Afeganistão nos anos 1980, que marca a invasão soviética e o início do regime fundamentalista do Talibã, a família de Amin busca refugio na Rússia logo após o desaparecimento de seu pai. Na Rússia a situação também é crítica, pois com o fim da URSS esta é uma época de crise política e econômica. A família de Amin passa a ser perseguida por policiais corruptos por estarem ilegais no país e por este motivo buscam refúgio na Suíça, mas no percurso Amin é levado para a Dinamarca.
Durante toda esta travessia cheia de medos e incertezas Amin vai descobrindo sua homossexualidade, condição esta que em um momento ele crê que seja uma doença tratável com remédios. E com isso sua história se torna ainda mais bela e comovente. Um documentário-animação que vale muito a pena ser visto. Simplesmente comovente.
Nomeado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Documentário e Melhor Filme em Animação.
Depois de assistir a "Raya e o Último Dragão" decidi assistir a "Encanto", e por ter a história de Raya tão fresca em minha memória não pude deixar de comparar a todo o tempo os dois filmes.
E a conclusão que cheguei foi a de que, apesar de todos os elogios que "Encanto" tem recebido, esta animação não supera a qualidade de "Raya e o Último Dragão", a não ser em um quesito: a trilha sonora! Todas as canções aqui foram compostas por Lin-Manuel Miranda, ator e diretor conhecido pelos musicais "Hamilton" e "tick, tick...BOOM!". E seu trabalho em "Encanto" está digno de Oscar.
A história de "Encanto" situa-se na Colômbia, onde todos os membros da família Madrigal apresentam algum poder mágico, menos Mirabel, a protagonista desta história. Além disso, esta família vive em uma casa repleta de magia que interage com todos os membros da família como se ela fosse um deles. A paz da família Madrigal é abalada quando toda essa magia é ameaçada.
"Encanto" é uma animação repleta de cores e representatividade cultural latina e este também é um de seus pontos fortes.
Nomeado ao Oscar de Melhor Filme em Animação, Trilha Sonora e Canção Original.
Benicio Del Toro, Adrien Brody, Tilda Swinton, Léa Seydoux, Frances McDormand, Timothée Chalamet, Bill Murray, Owen Wilson, Christoph Waltz, Liev Schreiber, Willem Dafoe, Edward Norton, Saoirse Ronan, Elisabeth Moss, Jason Schwartzman, e outros tantos renomados do cinema formam o elenco ilustríssimo de "A Crônica Francesa", filme dirigido por Wes Anderson. Como todo cinéfilo já sabe, um filme de Wes Anderson nos transporta para um universo particular e em "A Crônica Francesa" permeamos três universos distintos que ilustram artigos que fizeram parte da revista que dá nome ao filme, e que foi fundada pelo recém falecido Arthur Howitzer, Jr. (Bill Murray).
Talvez quando assisti a este filme eu não estava muito disposto a mergulhar no mundo de Wes Anderson, e por isso ele não me agradou como um todo. Nesta história não há espaço para tantos astros do cinema contemporâneo e as mudanças na narrativa contribuíram para prejudicar meu foco em compreendê-las, uma hora o filme é colorido, na outra, preto-e-branco, de repente torna-se uma animação, creio que é muita informação pra um só filme.
Mesmo assim penso que os grandes fãs de Wes Anderson devem ter gostado desta sua nova obra-de-arte.
Sentimento de quem confia, de quem acredita na sinceridade de alguém.
Convicção ou segurança em relação a alguma coisa.
Crença na retidão moral, no caráter e na lealdade de uma outra pessoa.
"Raya e o Último Dragrão" aborda exatamente a questão da confiança, esse ato recíproco em que dois ou mais seres em relação só tem a ganhar. Essa história tem início há muito tempo, em um lugar chamado Kumandra, onde homens e dragões viviam em harmonia. No entanto, uma estranha magia conhecida como Drunn surgiu, e passou a transformar toda a vida em pedra. Foi então que os dragões de Kumandra sacrificaram-se para salvar a humanidade.
500 anos depois a humanidade encontra-se dividida e o sonho de Benji, o guardião da magia dos dragões, é uni-la novamente. Esta tentativa é frustrada, no momento em que Raya, a filha de Benji, é traída por Namaari, uma garota a qual Raya achou que pudesse confiar. A partir disso a magia dos dragões é dividida em cinco partes e a jovem Raya aventura-se para reuni-las novamente e combater os Drunn.
Esta animação é dinâmica ao estilo Indiana Jones, uma verdadeira aventura, com muita magia, sensibilidade e uma grande lição de moral no final.
Um ótimo filme para se ver em família.