segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Nova York, Eu te Amo (2009)



Diferente de “Paris, Eu Te Amo”, “Nova York, Eu Te Amo” busca uma forma menos engessada de contar histórias inspiradas em uma cidade. Se o primeiro tinha cartelas entre cada filminho, este mistura personagens e histórias, resultando em um apanhado orgânico de cenas. Para auxiliar nessa composição, uma personagem "coringa", videoartista, vaga ao longo dos curtas, registrando-os.

Nova York é a capital do mundo, a cidade mais cosmopolita do planeta, o destino de gente de todos os cantos, credos, raças, origens e capacidade financeira. Para um filme captar esse espírito seria, portanto, cheio de nuances, etnias, opções, com pobres e ricos, mostrando por que os olhos do planeta se voltam para lá. "Nova York, Eu Te Amo" passa um tanto longe disso tudo e parece acontecer numa versão de universo paralelo da cidade. Como era previsto no projeto inicial, todas as histórias envolvem de alguma forma o amor, seja entre homem e mulher, pais e filhos, amigos - curiosamente, não há nenhum amor homossexual.

Cada segmento tem sua própria identidade e carrega a marca de seu realizador. Através da montagem, os filmes são perfeitamente combinados entre si, como se fossem prédios diferentes em uma vizinhança multicultural. Todos tratam do mesmo tema, afinal: o amor, algo que pessoas de qualquer raça, origem ou crença entendem. Não é por acaso que em determinado momento alguém diz que "o que mais gosto em Nova York é que todo mundo aqui veio de outro lugar". Relacionar-se - e amar - Nova York é mesmo muito fácil. Porém, amar esse filme não é tão fácil assim.

(New York, I Love You - 2009)

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