quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mestre dos Mares - O Lado Mais Distante do Mundo (2003)


Na história vemos o capitão Jack comprometido com os esforços bélicos do Império Britânico, cujas ordens são deter e capturar o maior navio da armada francesa, o Acheron. No entanto, a empreitada torna-se difícil quando percebem que a nau é maior, mais equipada e com mais tripulantes do que o H.M.S. Surprise. A sorte piora quando são atacados de surpresa pelo Acheron, deixando-os quase à deriva pelo Atlântico.

Embora os livros não tragam realmente uma investigação adequada para agregar um peso intelectual convincente, Weir conseguiu criar uma agreste descrição de como poderia ter sido o cotidiano das lutas marítimas ocorridas em meados do século XIX. E juntamente a essa grande qualidade, Weir acrescentou a realidade do cinema moderno - catastrofismo e barbárie frente à construção poética, emotiva ou concisa da história.

Desta forma, é possível entender a cisma da crítica mundial sobre o filme.
O espectador que for ao cinema apenas para desfrutar as cenas de luta, que povoam inteiramente o trailer (a da batalha pura e dura) se sentirá bem recompensado ao final da sessão. A notável fotografia de Russel Boyd reconstrói o ambiente febril das guerras napoleônicas, que contextualizam toda a trama. Ainda mais quando se vê o trabalho por meio planos rápidos de batalha, que fazem simplesmente as cadeiras do cinema tremer.

Não se pode negar também o excepcional trabalho de Russel Crowe. Embora não seja necessário grande eloqüência dramática, o ator possui todas as habilidades para se tornar o herói da trama. E está também muito bem assessorado pelo ator Paul Bettany, no papel do médico e cientista Stephen Maturin, que rouba muitas cenas ao lado do ator-mirim Max Pirkis.

Vencedor dos Oscar de Fotografia e Edição de Som. Indicado em mais 8 categorias: Melhor Filme, Direção (Peter Weir), Direção de Arte, Figurino, Edição, Maquiagem, Som e Efeitos Visuais.

(Master and Commander: The Far Side of the World - 2003)

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