quinta-feira, 13 de maio de 2010

Alice no País das Maravilhas (2010)



A “Alice no País das Maravilhas” de Tim Burton é um passaporte para a maturidade da personagem criada por Lewis Carroll, tornando-se uma bela e casadoira jovem de 19 anos (interpretada pela australiana Mia Wasikowska).

A história de Alice torna-se um pequeno conto feminista, aproveitando o contexto vitoriano original da história de Carroll e o cenário do mundo fantástico matriarcal, que sedia uma guerra entre duas irmãs e rainhas (Helena Bonham-Carter e Anne Hathaway).
Alice é órfã de pai e está sendo praticamente empurrada para um noivado e casamento precoces – na época, nem tanto. Na festa que foi tramada como uma verdadeira conspiração para que ela diga sim, ela avista um misterioso coelho no jardim, olhando seu relógio. Um símbolo, como tantas coisas nesta história, que sinaliza o tempo que passa tão rápido entre a infância e a adolescência, rumo à vida adulta. Seguindo o animal, Alice cai no buraco que a leva ao Mundo Subterrâneo, cenário de aventuras das quais ela não retornará a mesma.

Alice aumenta e encolhe seu tamanho, mediante a ingestão de um líquido ou de um bolo, e encontra-se com criaturas míticas, como o gato risonho (voz de Stephen Fry nas cópias legendadas), a lagarta Absolem (Alan Rickman) e o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp). Personagem secundário na história original, o Chapeleiro Maluco aqui é um coadjuvante com direito a muito espaço e peripécias. Em vários momentos, ele será o protetor de Alice, em outros, seu instigador e mais seria, quem sabe, se Burton tivesse total liberdade e este não fosse, afinal, um filme para crianças.

Alice cresceu, sim, mas não pode voar tão alto. E seu destino de empresária rumo à China parece também um pouco demais...

Indicado ao Oscar de Direção de Arte, Figurino e Efeitos Visuais.

(Alice in Wonderland - 2010)

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