domingo, 31 de dezembro de 2017

Três Anúncios Para um Crime (2017)


Histórias sobre mulheres em alta entre os grandes filmes deste ano. E ¨Três Anúncios para um Crime¨ é mais uma prova disto.

Frances McDormand é Mildred, mulher que teve sua filha brutalmente estuprada e assassinada em um crime que ainda não foi resolvido, e que tão cedo não será, pois as autoridades da pequena Ebbing no Missouri, há 7 meses engavetaram o caso.

Como ela quer chamar a atenção para o caso de sua filha, ela decide alugar três outdoors em uma estrada próxima a cidade e publica nele uma mensagem destinada ao xerife da cidade. O que inicialmente parece ser um direito de Mildred, logo se volta contra ela, pois grande parte dos cidadãos da cidade e as autoridades locais não gostam de sua atitude.

A partir disto ela passa a sofrer as consequências de seu ato, que apenas buscava justiça pela barbárie sofrida por sua filha.

Um ótimo filme.

Nomeado a 7 Oscars: Melhor Filme, Ator Coadjuvante (Woody Harrelson), Trilha Sonora, Roteiro Original e Edição. Vencedor dos Oscar de Melhor Atriz (Frances McDormand) e Ator Coadjuvante (Sam Rockwell).

(Three Billboards Outside Ebbing, Missouri - 2017)

Com Amor, Van Gogh (2017)


Inicialmente pensei que ¨Com Amor, Van Gogh¨ seria um daqueles filmes de arte super chatos de se ver. Ledo engano. O filme é uma delicia de se ver e um espetáculo para os olhos.

A história gira em torno de Armand Roulin, filho do carteiro que entregava as cartas dos irmãos Van Gogh. Com a morte de Vincent, uma carta póstuma deveria ser entregue ao seu irmão Theo, no entanto, Theo também morre e agora Armand não sabe a quem destinar esta última carta. Por esta razão, ele percorre os últimos locais visitados por Van Gogh, tentando entender o que o levou ao suicídio e descobrir a quem entregar esta última carta.



Nomeado ao Oscar de Melhor Filme em Animação.

(Loving Vincent - 2017)

sábado, 30 de dezembro de 2017

Eu, Tonya (2017)


Esta é a história real de Tonya Harding, patinadora olímpica que teve sua carreira arruinada quando seu marido contrata dois homens para quebrar literalmente a perna da adversária.

O filme vai além da patinação e mostra todos os tormentos sofridos por Tonya, desde o maltrato e exploração por parte de sua mãe, até a violência doméstica cometida pelo seu marido.

A interpretação de Margot Robbie como Tonya é digna de um Oscar.

Só não entendi uma coisa. Por que um filme tão violento quanto este foi indicado ao Globo de Ouro como melhor comédia? Não achei graça.

Nomeado aos Oscar de Melhor Atriz (Margot Robbie) e Edição. Vencedor do Oscar de Atriz Coadjuvante (Allison Janney).

(I, Tonya - 2017)

Lady Bird: É Hora de Voar (2017)


Este filme tem sido anunciado como um dos melhores filmes de 2017, mas para mim ele não passou de uma história adolescente interessante.

Lady Bird é uma garota que vive em Sacramento, estuda a contragosto em um colégio católico e sonha em se mudar para um lugar rico em cultura. Enquanto isto não acontece, ela troca sua melhor amiga pela garota mais popular do colégio, entra em duas relações amorosas que são um tanto frustrantes e briga constantemente com sua mãe.

Entre um filme que conta a história de uma adolescente de 17 anos, prefiro o filme ¨Quase 18¨.

Nomeado aos Oscar de Melhor Filme, Direção (Greta Gerwig), Melhor Atriz (Saoirse Ronan), Atriz Coadjuvante (Laurie Metcalf) e Roteiro Original.

(Lady Bird - 2017)

O Sacrifício do Cervo Sagrado (2017)


O diretor grego Yorgos Lanthimos me chamou a atenção desde ¨Dente Canino¨, depois dirigiu ¨O Lagosta¨ e agora nos trouxe o estranho ¨O Sacrifício do Cervo Sagrado¨.

Aqui temos o médico Steven Murphy, homem casado e pai de dois filhos, em uma estranha relação com o garoto Martin. Inicialmente não sabemos o que esta relação significa, pois Steven presenteia Martin, se preocupa com ele, mas não gosta de ser visto em sua presença.

Logo depois descobrimos que Steven se sente culpado pela morte do pai de Martin, que faleceu na mesa de cirurgia quando Steven o operou sob efeito de álcool.

Com o passar do tempo coisas estranhas começam a acontecer com os filhos de Steven, e este descobre que deverá matar alguém de sua família para evitar que todos morram. O filme é um tanto perturbador, mas qual filme deste diretor grego não foi perturbador até agora?

(The Killing of a Sacred Deer - 2017)

O Que te Faz Mais Forte (2017)


Esta é a história real de Jeff Bauman que teve que amputar ambas as pernas após o ataque terrorista da maratona de Boston em 2013.

Ele não estava participando da maratona, mas sua ex namorada sim e ele só estava presente naquele momento pois queria muito reatar o namoro. Em certo momento do filme ele a culpa pelo ocorrido, pois não era para ele estar lá.

o filme tem um forte apelo emocional, citando e vitimizando até mesmo soldados vitimas das guerras em que os EUA participam.

¨O Que te Faz Mais Forte¨ é aquele filme em que os americanos são sempre as vitimas boazinhas e o resto do mundo o mal que os cercam.

(Stronger - 2017)

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

The Crown - Segunda Temporada (2017)


Esta segunda temporada se inicia com a Guerra de Suez em 1956 e tem como pano de fundo a Guerra Fria, a ascensão norte-americana e o declínio britânico com o fim do imperialismo e da ameaça soviética nas ex-colônias africanas.

Além disto, a série transita pelos conflitos familiares entre a Rainha Elizabeth e seu marido, o Príncipe Philip, após este se ausentar por 5 meses em uma aventura pelo Ártico. As questões a respeito do casamento da princesa Margaret e a educação do futuro rei, o príncipe Charles, também estão em pauta.

Outro ponto marcante desta temporada foi o encontro entre a Rainha e a primeira dama norte-americana, Jaqueline Kennedy, e como isto abalou a monarca.

A série não perdeu sua qualidade. E estou ansioso para a terceira temporada.

(The Crown - The Complete Second Season - 2017)

domingo, 24 de dezembro de 2017

Me Chame pelo Seu Nome (2017)


Esta é a história de amor entre um rapaz de 17 anos e um homem 13 anos mais velho. Ou simplesmente a história de amor de Elio e Oliver.

É um filme belo, porém em nada extraordinário. E com seu final previsível e doloroso podemos nos recordar de nosso primeiro amor da adolescência.

Os incríveis cenários do norte da Itália, a sensualidade dos atores e a trilha sonora são envolventes. Um filme que na sua simplicidade vale a pena ser visto.



Depois de assistir a este filme, você poderá chorar toda a vez que ouvir Visions of Gideon de Sufjan Stevens!



Nomeado aos Oscar de Melhor Filme, Ator (Timothée Chalamet), Canção Original (The Mystery of Love). Vencedor do Oscar de Roteiro Adaptado.

(Call Me By Your Name - 2017)

sábado, 23 de dezembro de 2017

Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha (2017)


Esta é a bela história de amizade entre Abdul Karim e a Rainha Victória, já no auge de sua velhice e solidão.

O indiano Abdul, apesar de não pertencer a uma elite, conseguiu chamar a atenção da rainha graças à sua singela sabedoria e compaixão. De um simples serviçal, ele se tornou o seu tutor e confidente, além de um bom amigo.

O filme se prolonga um pouco, o que o deixa às vezes enfadonho, assim mesmo muitos se emocionarão em seu final triste e cruel.

Nomeado aos Oscar de Maquiagem e Figurino.

(Victoria & Abdul - 2017)

domingo, 17 de dezembro de 2017

Dunkirk (2017)


Soldados britânicos estão atracados em Dunquerque na França sob as ameaças dos inimigos alemães em plena Segunda Guerra Mundial. Não há como removê-los, visto que, o primeiro ministro britânico Winston Churchill não autorizou a ida de embarcações militares para remover as tropas que ali estão. A partir disto, embarcações civis cruzam o canal para ajudar os soldados que lá estão correndo risco de vida. Esta é a história que o fantástico diretor Christopher Nolan nos trouxe em 2017.

Com muitos efeitos sonoros e visuais, Dunkirk é um grande filme onde, a todo instante se sente a ameaça, mas em nenhum momento se observa o inimigo.

Um grande filme.

Nomeado aos Oscar de Melhor Filme, Direção (Christopher Nolan), Trilha Sonora, Fotografia e Direção de Arte. Vencedor dos Oscar de Edição, Edição de Som e Mixagem de Som,

(Dunkirk - 2017)

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Extraordinário (2017)


Depois de me emocionar com Jacob Tremblay em "O Quarto de Jack", me emocionei com este ator mirim em "Extraordinário". Em ambas atuações o pequeno garoto está fantástico e é capaz de arrancar lágrimas de muitos marmanjões.

Aqui ele é August Pullman, um menino que nasceu com uma síndrome que deixou seu rosto disforme. Devido a isto ele passou por diversas cirurgias e foi superprotegido por seus pais. Nunca frequentou a escola e seu mundo era praticamente restrito a seu quarto.

As dificuldades começam quando os pais decidem levá-lo ao colégio, onde ele passa a se sentir ainda mais rejeitado pelas pessoas ao seu redor. Mas com muita sabedoria o pequeno Auggie consegue transformar esta situação à seu favor.

E sim, me emocionei... ao ler o livro e ao ver o filme. Teria chorado mais se não estivesse no cinema tão cheio de gente.

Nomeado ao Oscar de Maquiagem.

(Wonder - 2017)

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Bingo: O Rei das Manhãs (2017)


Este filme foi o escolhido pelo Ministério da Cultura para disputar uma vaga no Oscar 2018 como filme estrangeiro representando o Brasil. Deu mal, "Bingo: O Rei das Manhãs" já está fora da disputa, mas mesmo assim tomei um tempinho para assisti-lo.

Esta é a história real do Palhaço Bozo e sua luta constante para manter seu anonimato sob a máscara que o escondia. Apesar de ter conquistado a audiência nacional, Arlindo Barreto não podia revelar sua identidade devido ao contrato que assinou com a produtora que detinha os direitos do programa.

Neste filme é mostrada a relação do ator com seu filho, mãe e do uso abusivo de drogas e álcool. É um bom filme, pena que muitos dos verdadeiros nomes foram trocados, mas o nome da Gretchen está lá!



(Bingo: O Rei das Manhãs - 2017)

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Era Uma Vez Uma História (2017)


(Era Uma Vez Uma História - 2017)

Stranger Things 2 (2017)


(Stranger Things 2 - 2017)

Logan (2017)


"Logan" é mais do que apenas uma ficção científica/filme de ação. É um neowestern, uma meditação sobre o envelhecimento e a fragilidade, o que o transforma em algo ainda maior ao ter como figura central um herói relutante no personagem-título, interpretado derradeiramente por Hugh Jackman. O personagem já não é mais o mesmo. Motorista de um serviço de limusines, está barbudo, desgrenhado, e suas garras não saltam com tanta rapidez como antes. Embora tiros continuam não o matando, ele já não cicatriza ou se recupera com tanta facilidade. O nonagenário professor Xavier (Patrick Stewart) não tem uma sorte muito diferente. Fragilizado e dado a ataques epiléticos que causam transtornos e estragos ao seu redor, mora num galpão, próximo à fronteira com o México, onde é cuidado por Caliban (Stephen Merchant), um mutante albino.

A ação de Logan é desencadeada quando o protagonista é procurado por uma enfermeira mexicana (Elizabeth Rodriguez), que cuida de uma garotinha com estranhos poderes, Laura (Dafne Keen), que serão revelados apenas mais tarde. Logan é um dos poucos mutantes que ainda estão vivos, e é objeto de fascínio e perseguição, por isso esse mantém sua identidade tão camuflada. Mas a chegada de Laura pode representar toda uma nova geração de mutantes para o futuro. Não à toa, ela é perseguida e cabe ao protagonista protegê-la.

Sem esquivar-se de sua própria mítica, o longa investe numa espécie de metalinguagem, uma vez que a maioria das personagens só descobriram a existência de Logan por meio dos quadrinhos dos X-Men, o que costuma irritá-lo, pois, para ele, os gibis são fantasiosos demais. Se existe uma certa dose de fantasia em Logan, ela está serviço, no entanto, de explicitar o que há de mais humano em nós. Dessa forma, as cenas de correria e ação são bastante boas, mas é quando investe no conteúdo humano que o filme mais cresce.

A relação entre Logan e Xavier é tocante. Chega a ser triste ver a figura paterna tão fleumática do professor fragilizada, definhando, mas sem perder o humor, numa grande interpretação de Patrick Stewart. O outro laço humano que ganha força é entre o protagonista e a pequena Laura, de 11 anos. Novamente, uma figura paterna entra em cena.

Ao longo de mais de 15 anos, Jackman aperfeiçoou-se na interpretação do mutante. Ocorreram altos e baixos, mas é aqui que ele encontra o topo do personagem, de sua atuação, de sua compreensão do que há de mais profundamente humano em alguém com poderes super-humanos. Por isso, seu belo final não apenas honra essa trajetória, como também comove.

Nomeado ao Oscar de Roteiro Adaptado.

(Logan - 2017)

Liga da Justiça (2017)


As coisas vão mal no planeta Terra. Desde a morte de Superman (Henry Cavill) – ocorrida em Batman vs Superman – A Origem da Justiça (2016) -, os super-herois sumiram de vista. Batman/Bruce Wayne (Ben Affleck), que participou daquele trágico episódio, não está recuperado do desânimo, nem da pecha de vilão.

Mas é ele mesmo quem toma a iniciativa de procurar outros heróis escondidos pelo mundo, já que uma ameaça externa de peso chegou – o Lobo da Estepe (Ciarán Hinds), tipo belicoso, interessado em reunir três “caixas maternas”, escondidas em lugares diferentes, e que juntas lhe darão um poder de destruição sem paralelo. Uma das caixas está escondida na ilha das amazonas, o lar da Mulher-Maravilha; a outra, no fundo do mar, reino do Aquaman/Arthur Curry (Jason Momoa); a outra, em lugar desconhecido.

Procurando Aquaman, Batman é recebido com desconfiança, já que o rei das águas prefere, por estilo, agir sozinho. O morcego pede então a ajuda de Mulher-Maravilha para vencer as resistências da nova geração, indo cada um deles procurar Ciborgue/Victor Stone (Ray Fisher) e The Flash/Barry Allen (Ezra Miller) – dois jovens que ainda não sabem muito bem como lidar com seus superpoderes.

Se no segmento de combate ao Lobo da Estepe pode-se esperar pouca conversa, muita destruição e efeitos especiais, um outro segmento dedica-se a desdobramento mais ousado. Sentindo-se culpado pela morte de Superman, Batman sonha utilizar o incrível poder regenerativo das caixas para tentar ressuscitar o herói morto. Entre uma trama e outra, o roteiro de Chris Terrio e Joss Whedon investe pesado na ideia de uma colaboração conjunta entre as diferentes gerações do time de heróis, sua grande aposta.

(Justice League - 2017)

domingo, 29 de outubro de 2017

Barracuda (2016)


A história narra a trajetória de Danny Kelly, um nadador de dezesseis anos que em 1996 se prepara obsessivamente para competir nas Olimpíadas, com a ajuda de seu treinador Frank Torma.

A natação é sua válvula de escape. Com dificuldades de se relacionar com as pessoas, ele se dedica totalmente ao esporte, ganhando o apelido de Barracuda. No entanto, Danny enfrenta a oposição de seus colegas, que não o respeitam ou o consideram um membro da equipe.

(Barracuda - 2016)

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

The Big Bang Theory - Décima Temporada (2017)


(The Big Bang Theory: The Complete Tenth Season - 2017)

A Noite é Delas (2017)


Inseparáveis na juventude, Jess (Scarlett Johansson), Alice (Jillian Bell), Blair (Zoë Kravitz) e Frankie (Ilana Glazer) tomaram rumos totalmente diferentes após a formatura e se reúnem pela primeira vez em anos para a despedida de solteira de Jess. Com uma casa de praia alugada em Miami, elas - mais Pippa (Kate McKinnon), amiga australiana da noiva - planejam bebedeiras, drogas, sexo e baladas, mas acabam na verdade tendo muita dor de cabeça para ocultar o cadáver de um stripper morto acidentalmente.

(Rough Night - 2017)

A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell (2017)


Este é o filme que eu nunca vi. Nunca vi, pois não estava lá no momento certo, ao lado da pessoa certa, no dia em que desencontros ocorreram e a sessão de cinema que poderia ter sido simplesmente não foi. É por isto que eu nunca o vi e apesar de ter acabado de assisti-lo ele não teve o mesmo sabor que poderia ter tido no momento certo.

Esta aqui um filme que eu não posso escrever sobre, pois não consegui prestar atenção em sua história. Só relembrei o dia que poderia ter sido e que não foi.

(Ghost in the Shell - 2017)

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Blade Runner 2049 (2017)


¨Blade Runner 2049¨ superou todas expectativas, o filme surpreende em sua total qualidade. Efeitos especiais, roteiro, e direção de arte são apostas certas ao Oscar 2018.

E o diretor de ¨A Chegada¨, Denis Villeneuve também receberá uma nova indicação, ao contar a história de K (Ryan Gosling) e sua constante procura por um replicante gerado por replicantes, um nascido, um ser que pode ter alma e que faz cair por terra à ideia de que replicantes não reproduzem. E caso esta informação se tornar pública, poderá aniquilar a ¨ordem¨ reinante.

Nesta Terra sem luz e futurista, o filme nos leva a filosofar, a ir além de nossos pensamentos comuns. Talvez por isto, ¨Blade Runner 2049¨ é um filme para poucos, mas um filme essencial para quem admira um bom cinema.

Nomeado ao Oscar de Edição de Som, Mixagem de Som e Direção de Arte. Vencedor dos Oscar de Fotografia e Efeitos Visuais.

(Blade Runner 2049 - 2017)

domingo, 22 de outubro de 2017

A Bailarina (2016)


A protagonista de "A Bailarina" é Félicie, garotinha que foge do orfanato com um amigo, Victor. Ela sonha em ser bailarina na Ópera de Paris; ele, inventor. Chegando à capital francesa, alguns incidentes a levam a morar com Odette, faxineira do teatro e também da casa de uma madame mesquinha e má. A pequena protagonista irá trabalhar com ela, mas um incidente a coloca em uma aula na escola dos seus sonhos.

O período em que se passa a história é o final do século XIX, quando a Torre Eiffel está sendo construída. Victor arruma um trabalho na oficina do próprio engenheiro, com quem sonha em desenvolver asas com que os humanos possam voar.

É bom ver um filme dedicado ao público infantil que tem como tema central a busca de uma espécie de realização pessoal – sem animais falantes com piadas tolas, ou a busca pelo príncipe ideal. Embora bata na surrada tecla dos sonhadores realizando seu sonho, A Bailarina transforma o tal sonho em algo muito mais interessante.

(Ballerina - 2016)

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Elis (2016)


O filme começa quando a cantora Elis Regina (Andréia Horta), aos 17 anos, chega ao Rio de Janeiro, acompanhada do pai (Zécarlos Machado) para gravar um disco. Como ela chega na época do golpe militar de 1964, a gravadora diz que está tudo muito instável e se recusa a gravar. Com dinheiro curto, pai e filha ficarão poucos dias no Rio. Num show de Nara Leão (Isabel Wilker), Elis conhece Ronaldo Bôscoli (Gustavo Machado) e Miéle (Lucio Mauro Filho), duas figuras famosas da noite carioca e responsáveis pelo sucesso de diversos artistas. Ela não mede esforços para realizar o sonho de ter uma carreira e, ousada, se oferece para fazer uma audição. Logo está fazendo sucesso no Beco das Garrafas. Muito deve ao apoio do coreógrafo americano Lenni Dale (Julio Andrade), que a ajuda a construir sua peculiar presença no palco com movimentos corporais e dos braços – o que leva Bôscoli a apelidá-la de “Hélice Regina”.

O filme traça uma espécie de paralelo entre os amores de Elis, sua música e sua carreira. Depois de muito brigar com Bôscoli, mulherengo e debochado, eles acabam se apaixonando, casando, brigando, fazendo as pazes, tendo um filho, se cansando da vida a dois e se separando. Essa primeira parte é a melhor do filme, com mais ritmo e aprofundada.

(Elis - 2016)

Antes que Eu Vá (2017)


Baseado no romance homônimo de Lauren Oliver, o filme apresenta Sam como uma garota mimada e um tanto arrogante, cercada de seu trio de amigas com um perfil não muito diferente do dela: Lindsay (Halston Sage), Ally (Cynthy Wu) e Elody (Medalion Rahimi). Na escola, são as garotas malvadas: lindas, populares e que fazem bullying com quem não se encaixa nos padrões ou não as venera – especialmente contra a solitária Juliet (Elena Kampouris).

É 12 de fevereiro, que na escola delas é chamado de Dia do Cupido, quando os jovens mandam rosas uns para os outros. Sam recebe várias – inclusive do namorado (Kian Lawley), e de um admirador secreto, Kent (Logan Miller), que ela vive esnobando. Nessa noite também, Sam planeja perder a virgindade com seu namorado, depois de uma festa na casa de Kent, mas nada sai como o planejado. O garoto se embriaga e acaba coberto de vômito na pia; Juliet aparece na festa e todos jogam bebida nela; e, por fim, Sam e as amigas saem em disparada, sofrem um acidente na estrada e supostamente morrem.

Na cena seguinte, Sam acorda novamente em sua cama, é novamente a manhã de 12 de fevereiro e ela começa a se lembrar dos acontecimentos do “dia anterior”. A partir daí, o filme é a tentativa da garota evitar sua morte. E ela tenta de tudo a cada nova chance – ser legal com a irmã caçula (Erica Tremblay) e os pais (Nicholas Lea e Jennifer Beals), proteger Juliet, evitar o acidente fatal. Mas, ao fim do dia, sempre acontece alguma tragédia.

É preciso, claro, que Sam aprenda alguma lição de moral em meio a toda essa repetição. O que é positivo em "Antes que Eu Vá" é que esse aprendizado não está ligado à conquista do amor de um garoto e sim à amizade e proteção de suas amigas e outras garotas, além de estreitar os laços frouxos com sua família. A embalagem é de um drama juvenil, mas, no fundo, há uma questão bem mais séria em discussão aqui, que tem a ver com bullying e o fato de que ninguém é inocente diante dessa prática – se não é causador ou vítima, então é um cúmplice conivente, caso não faça nada para impedi-lo.

(Before I Fall - 2017)

Em Ritmo de Fuga (2017)


Baby (Ansel Elgort) é um jovem atormentado pela morte trágica dos pais que vive com um pai adotivo e surdo (CJ Jones), o que, é claro, faz uma espécie de contraponto aos excessos de sonoridade do protagonista, que também tem um problema de audição que lhe causa um ruído constante nos ouvidos.

O rapaz tem uma dívida com um chefão do crime (Kevin Spacey), o que o obriga a trabalhar como piloto de fuga em assaltos para saldá-la. A gangue – que conta com os personagens de Jon Hamm e Jamie Foxx, entre outros – realiza sofisticados assaltos a bancos e outras instituições de forma muito meticulosa. Por isso, a ação precisa ser muito bem marcada – e aí entra a música. É a forma de marcação de Baby.

As coisa vão relativamente bem na vida dele até conhecer Debora (Lily James), uma garçonete meio sem rumo na vida, por quem Baby se apaixona, mas esconde várias coisas de sua vida.

Nomeado aos Oscar de Edição, Mixagem de Som e Edição de Som.

(Baby Driver - 2017)

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

A Ghost Story (2017)


Comecei a assistir ¨A Ghost Story¨ e de repente me percebo vendo Rooney Mara comendo desesperadamente uma torta, sofrendo pela recente morte do marido em um acidente de carro, e ao lado dela está Casey Affleck usando um lençol e vestido de fantasma. A cena deve ter durado uns 3 minutos, o que parecia uma eternidade, e então, logo pensei que eu fosse detestar este filme.

Resisti. Terminei de vê-lo e estou aqui escrevendo sobre um dos melhores filmes que ví em 2017! Como esse Casey Affleck fantasma me fez sofrer em sua solidão e persistência! Como este filme é belo à sua maneira, como o diretor David Lowery, o qual nunca ouvi falar, é tocante em sua direção.

Esta é realmente a história de um fantasma. A história de um homem que ama sua mulher e que ao morrer não segue seu caminho espiritual e decide ficar retido em sua casa para assim estar ao lado de sua amada esposa. No entanto, ela desiste de viver naquela casa e parte, sem saber que ali habita a alma do homem que a amou em vida.

O fantasma, esperando que sua amada retorne à casa, fica ali à sua espera, o que dura uma eternidade. Uma eternidade mesmo! Um filme que me encantou!







(A Ghost Story - 2017)

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Paterson (2016)


Motorista de ônibus que compartilha o nome da cidade em que nasceu e onde vive, em Nova Jersey, Paterson é um fino observador do mundo à sua volta. Ele escreve poemas num caderno, em que anota pensamentos e especula em torno das mínimas coisas de seu cotidiano. Uma simples caixa de fósforos, por exemplo. Seu mundo parece estreito: as ruas da pequena Paterson, uma casinha modesta e rosada, que compartilha com a mulher Laura (Goshifteh Farahani) e um cachorro, Marvin (que é um personagem com função na história e, sem ironia, ótimo intérprete).

O filme é conduzido com rigor, retratando um cotidiano que se repete, aparentemente sem mudanças. Todo dia Paterson faz tudo igual, Laura nem tanto – mas as variações dela guardam uma certa afinidade interna, já que ela é obcecada por atividades artísticas e culinárias em torno de padrões em preto-e-branco.

Por conta dessas atividades de Laura, cada chegada de Paterson em casa é recebida com uma surpresa – nunca se sabe o que essa mulher inventou hoje e essa é a forma como ela enfrenta a rotina e as limitações que não são mencionadas explicitamente, mas estão ali: Laura é estrangeira e certamente não tem maiores facilidades para se empregar, ainda mais neste ambiente interiorano.

(Paterson - 2016)

Na Estrada (2012)


"Na Estrada" encharca-se da melancolia narrando as memórias do escritor iniciante Sal Paradise (Sam Riley), e é todo construído de nostalgia, memória das aventuras juvenis na estrada de Sal e seu amigo Dean Moriarty – este, por sua vez, o alterego do escritor Neal Cassady interpretado por Garrett Hedlund. A tensão entre as diferenças profundas entre os dois personagens, unidos por uma mesma fome de vida, embalam uma vertiginosa troca de paisagens, de Nova York ao México, riscando na pele dos dois, e de vários companheiros de carona, um mapa de acontecimentos fortuitos. Como bebedeiras, canções, trabalhos eventuais, comida ruim ou nenhuma, a exposição às intempéries do clima, a camaradagem encontrada e logo perdida. E as mulheres.

Personagens marginais no livro, as mulheres ocupam um pouco mais de espaço na tela. A principal é Marylou (Kristen Stewart), a primeira mulher de Dean, que se torna uma espécie de galvanizador entre ele e Sam – já que Dean insiste em que ela vá para a cama com o amigo.

Esta espécie de amoralidade, que também se espalha ao consumo de drogas, além de bebidas, é um lembrete de um tempo bem mais libertário e libertino do que os dias atuais, cristalizando uma espécie de utopia em busca de uma vida sem limites que a chegada da maturidade baliza para Sal, mas não para Dean – que sonha em viver sem compromissos para sempre.

A segunda mulher de Dean, Camille (Kirsten Dunst), é justamente essa “voz da razão” na vida dele. Mãe de seus dois filhos, ela sinaliza seu desejo de parada e estabilidade. Mas não é essa a natureza de Dean.

Não se trata de um filme catártico, e sim de um grande mergulho na melancolia, na perda, na passagem do tempo e das paixões. A câmera se instala na pele dos personagens e não larga mais seu turbilhão, seu frenesi pela vida, sua pulsão pelo movimento, pela experiência direta. "Na Estrada" realiza, assim, seu maior desafio: capta o aspecto fugaz do tempo presente, as relações humanas que se acendem e duram o instante de um fósforo, imperfeitas, passageiras, mas fundamentais.

(On the Road - 2012)

O Poderoso Chefinho (2017)


Tim é filho único e desfruta dessa condição sem qualquer pudor. Tem a atenção e companhia sem limites dos pais – marqueteiros numa empresa que “produz” cachorrinhos. Isso não quer dizer, no entanto, que seja tão mimado. Os primeiros minutos do filme mostram essa vida de regalias e diversão, que é interrompida quando um táxi amarelo para na porta de sua casa e dele desce um bebê, que anda e fala, vestido num terno de executivo.

Em sua nova casa, o Bebê é tirânico. Um verdadeiro executivo cruel, maltratando o irmão mais velho, fazendo com que os pais sempre vejam o garoto como o vilão e o caçula como um anjinho. Tim, por sua vez, perde suas regalias e os pais só dão atenção para o novo membro da família. Resolvido a expor o pequenino, o protagonista arma um plano para invadir uma reunião de bebês, mas tudo termina em confusão e castigo.

O bebê que só dá ordens rouba a atenção e o carinho dos pais, entre outras coisas, é, claramente, uma fantasia exagerada diante da impotência do irmão mais velho quando perde seu reinado absoluto, e resulta em momentos divertidos e inteligentes diante do desespero do menino em tentar recobrar aquilo que acha ser seu. Enquanto está colado na realidade (mesmo que fantasiosa) infantil, a animação encontra seus melhores momentos – a abertura com a “produção de bebês”, ou toda a dinâmica da “fábrica”. Mas quando resolve tornar-se uma comédia com correrias, perseguições e afins, o longa se perde num mar genérico.

Nomeado ao Oscar de Animação.

(The Boss Baby - 2017)

Minha Mãe é uma Peça 2: O Filme (2016)


Retomando a personagem a partir do primeiro filme, Dona Hermínia agora é uma apresentadora de programa de televisão, no qual faz de tudo para colocar em pauta seus problemas com os filhos e familiares. Juliano (Rodrigo Pandolfo), que se assumiu gay, agora tem dúvidas sobre sua sexualidade e cogita ser bissexual. Marcelina (Mariana Xavier) está sem rumo na vida e não para de comer. Há também a irmã problemática (Alexandra Richter), o ex-marido galanteador (Herson Capri) e a tia com problemas de memória (Suely Franco).

O filme repete situações do primeiro – como uma longa sequência numa balada (agora em São Paulo), na qual, tentando ajudar, Hermínia constrange a filha. A verdade é que a personagem merece muito mais – e tem potencial para isso, só falta criarem um roteiro com uma história para amarrar as situações.

(Minha Mãe é uma Peça 2: O Filme - 2016)

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Tudo e Todas as Coisas (2017)


Maddy (Amandla Stenberg) tem quase 18 anos e vive confinada em uma mansão esterilizada, onde mantém contato apenas com a mãe, Pauline (Anika Noni Rose), e a empregada/enfermeira mexicana, Carla (Ana de la Reguera), que cuida dela há tempo suficiente para se ter tornado amiga. Entre os sonhos da menina está ver o mar de perto, mas sua condição a impede. Para aplacar a solidão, ela lê muito e conversa, pela internet, com seus amigos – também portadores da doença – espalhados pelo mundo,

A chegada de Olly (Nick Robinson), que se muda para a casa ao lado, desperta emoções e sentimentos que Maddy não conhecia ou sufocava. Não custa muito, e eles se veem pela janela de seus quartos, e logo estão trocando mensagens pelo celular.

(Everything, Everything - 2017)

Mãe! (2017)


Mãe! é o segundo filme do ano que vem com um ponto de exclamação de brinde no título. O primeiro foi Corra!, em que, pelo menos, havia uma urgência em seu comando: a urgência da fuga. No filme de Darren Aronofsky que, por puro preciosismo, também sugere-se ser inteiramente escrito sem letra maiúscula, a pontuação não está apenas no título. Cada cena parece terminar com o mesmo sinal, porém, se é de incredulidade positiva ou negativa, ou exasperação, fica ao gosto do freguês.

Em sua obra anterior, Noé, o diretor adaptou uma história da Bíblia. Aqui, parece que gostaria de adaptar o livro inteiro e acaba trazendo ao seu filme mais alegorias do que desfile de escola de samba do Rio de Janeiro.

A vantagem e o problema de uma ou várias alegorias é que cada um interpreta ao seu modo, de acordo com seus referenciais. Aqui, no entanto, Aronofsky – um sujeito pouco dado a sutilezas, basta ver o clímax de Réquiem para um sonho, no qual todos os personagens se dão muito explicitamente mal – não deixa margem a escolhas interpretativas ou elucubrações. O psicologismo barato de Cisne Negro, que, ao menos, tinha algo de divertido, embora superficial e surrado, persiste nas quase duas horas deste filme. Tudo isso acoplado a lições da aula de catecismo.

Talvez nem devamos chamar de personagens as figuras que habitam esse pesadelo, porque estão aquém de uma individualização burguesa, transformando-se em arquétipos. O “nome” pelo qual essas criaturas atendem está nos créditos finais. Jennifer Lawrence é chamada de Mãe (estranhamente sem exclamação, ora vejam!), seu marido, não é o Pai (ou Pai!), mas sim Ele. Ed Harris é o Homem e Michelle Pfeiffer, a Mulher. Os irmãos Brian e Domhnall Gleeson interpretam (quanta ironia!) um par de irmãos ensandecidos. Aronofsky, que também assina o roteiro (mas não credita nenhum apóstolo como coautor), cria uma fantasia atemporal com piscadelas para Luis Buñuel, Roman Polanski e qualquer outro autor que passar na frente do cinema, pois o cineasta pretende mostrar seu vasto repertório de referências.

Um dos problemas de explorar um vasto repertório é a perda da historicidade e o esvaziamento de significados, fora o exibicionismo gratuito – coloquemos aqui, então, Aronosfky como um cineasta pós-moderno, cuja obra apenas patina na tentativa de figurar o nosso presente, ao contrário de, digamos, Terrence Malick, cada vez mais incompreendido em seus retratos certeiros do nosso tempo. De Buñuel, por exemplo, mãe! toma emprestado o clima surreal e alguns motivos de O Anjo Exterminador. Na comédia cínica do espanhol, no entanto, havia uma clara sátira à elite de seu país diante da vitória do franquismo e da derrota das forças populares, e seu enclausuramento sem saída. Com um pouco de boa vontade (ou talvez muita) é possível pensar no filme do americano como uma leitura dos EUA da Era Trump, cujo governo, cada vez mais estapafúrdio, isola o seu país do restante do mundo. Há, no entanto, uma grande diferença entre os dois países e suas respectivas posições no jogo geopolítico de seu tempo. E, por fim, Aronofsky parece alheio demais para ir tão fundo numa apreensão política do presente – embora ele tente fazê-la por pinceladas mais amplas. Não é de todo exagerado dizer que o filme apresenta – sem nunca explorar direito – a questão dos refugiados e imigrantes contemporâneos. Outra leitura clara em mãe! é a de um pesadelo ecológico, no qual a Mãe Terra, cansada de anos e anos de exploração, está esmaecendo, mas antes de acabar completamente, pode destruir aqueles que a maltrataram e, assim, renascer.

Jennifer, uma espécie de bendita entre as mulheres, cuida da reconstrução da casa para que o marido, ora chamado de O Poeta, possa criar sua obra – ou seria Obra? Ele, porém, enfrenta um bloqueio criativo ao qual nem essa musa é capaz de por um fim. Ela passa o tempo reconstruindo a casa, isolada no meio do nada de lugar nenhum, que foi destruída num incêndio. Aliás, a primeira imagem do filme é uma mulher em chamas, e a primeira palavra é “Baby” – que pode ser um vocativo carinhoso ou um substantivo. Um bebê, aliás, aparecerá a certa altura. Antes disso, chegam o Homem, que se revela um grande fã do escritor, e logo depois sua mulher um tanto mesquinha – e a melhor figura dentro do filme – que tem uns conselhos não-requisitados a fornecer à protagonista. Quando Harris e Michelle saem de cena, suas ausências são sentidas.

Algumas das falas mais marcantes da Mãe consistem em Jennifer gritando, até literalmente perder a voz, para as pessoas saírem de sua casa. Há outros momentos também em que ela briga insistentemente com as pessoas que se sentam na pia que não está chumbada. São os convidados de um funeral/rave que acontece na primeira metade do filme. Se isso parece bizarro, é porque o longa não chegou ainda à sua parte final. Há um momento de calmaria e sexo pudico entre os dois apocalipses que marcam a trama. É também quando a inspiração novamente agracia o Poeta que, ainda nu, corre em busca de uma caneta, ou melhor, “Caneta! Uma Caneta!!”, tal qual Ricardo III requisitando um cavalo.

Jennifer reconstrói a casa – escolhe e aplica a tinta e o gesso nas paredes –, um Paraíso não-tão-perdido, dada a facilidade com que desconhecidos batem à sua porta. A fotografia – assinada pelo parceiro contumaz de Aronofsky, Matthew Libatique - é sempre escura, causando um contraste com as poucas externas saturadas de luz natural, e com muitos closes do rosto vilipendiado da atriz. A trilha sonora, cortesia de Jóhann Jóhannsson, consiste em ruídos que evidenciam o pesadelo barroco criado pelo diretor, num filme que não apenas olha para o próprio umbigo como também tenta o tempo todo chamá-lo de Grande Arte!, impregnando-o de significados e revelações que, quando eclodem, já tinham sido decodificadas.

Apesar das semelhanças com O Bebê de Rosemary – e em alguns momentos o cabelo de Bardem é idêntico ao de John Cassavetes naquele filme –, mãe! não é necessariamente um filme sobre maternidade ou gravidez – embora também possa haver nele uma crítica ao patriarcado –, mas sobre o sadismo da criação artística. É também sobre a insanidade da Sociedade do Espetáculo (lide com essa, Guy Debord), na qual um poeta é alçado à figura maior – com centenas de pessoas invadindo sua casa em busca de um mimo para guardar de recordação. Nem Lord Byron conseguiu tal feito, embora, conta-se, tenha vendido 10 mil cópias de um poema seu em um dia – mas era 1814.

Ambição e pretensão são, a grosso modo, a mesma coisa, só mudando a valência conforme os gostos e expectativas de quem observa. Enfim, não cabe ao artista escolher ser ambicioso ou pretensioso – são leituras que vêm do público. Ambição (que pode ser bem ou mal-sucedida, mas, geralmente, é um sentimento positivo em se tratando de arte) é fazer um filme sobre a degradação humana mediada por diversos tipos de drogas. Pretensão é fazer uma alegoria com motivos religiosos sobre o mal-estar da contemporaneidade.

(Mother! - 2017)

Padrinhos Ltda. (2015)


Um homem está preparando a sua cerimônia de casamento, mas ele não tem padrinhos para convidar. Para fingir que tem amigos, ele contrata desconhecidos para se passarem por padrinhos, mas este grupo atrapalhado vai colocar os planos de seu casamento em risco.

(The Wedding Ringer - 2015)

Big Little Lies (2017)


(Big Little Lies - 2017)

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

It: A Coisa (2017)


¨It: A Coisa¨ é um filme que remete à minha infância. Lembro do dia em que um amigo trouxe um VHS aqui em casa para a gente assistir este filme e passar medo. Começamos a assistir e não terminamos! Só não me recordo se foi por medo ou por falta de interesse, afinal o filme dos anos 90 tem 3 horas de duração.

27 anos depois, com a refilmagem da primeira parte da obra de Stephen King, fui ao cinema terminar de ver, ou começar a ver, o que não terminei e digo que o filme é bom. Não assusta tanto quanto imaginava, mas diverte na medida certa.

(It - 2017)

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Já Estou Com Saudades (2015)


Um filme triste e dolorido do começo ao fim. Assim é ¨Já Estou Com Saudades¨.

A história gira em torno das duas amigas de infância, Jess (Drew Barrymore) e Milly (Toni Collette). A primeira luta para engravidar e a segunda luta para se curar de um câncer de mama. O final é comovente, triste e levará o espectador às lágrimas.

Sim, chorei.

(Miss You Already - 2015)

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Annabelle 2: A Criação do Mal (2017)


O divertido em ver filmes de terror no cinema é sentir a reação das pessoas! E estar acompanhado de um cara metido a bravão e que na verdade morre de medo de filme de terror, fez minha sessão terror uma verdadeira comédia! Não que o filme deixe de assustar, ele assusta, mas quando sua companhia quase morre do coração, não tem como não cair na risada.

Aqui foi contado como o senhor Mullin criou a boneca Annabelle, como sua filha morreu, e como os Mullins se entregaram à tentação, para a qualquer custo manter contato com a filha morta. Deu no que deu. O mal surgiu e a boneca arrepiante está aí, em cartaz e fazendo sucesso.

Uma sequencia melhor que o primeiro filme.

(Annabelle: Creation - 2017)

domingo, 3 de setembro de 2017

Game of Thrones - Sétima Temporada (2017)


Apesar de já ter lido diversas críticas sobre esta sétima temporada, não tenho o que reclamar. Para mim, ¨Game of Thrones¨ tem mantido sua qualidade no desenrolar de sua história, respeitando sua audiência e conquistando cada vez mais fãs em todo o mundo.

Nesta sétima temporada, onde o objetivo maior foi reunir os reinos dos vivos para lutar contra o dos mortos e seu ¨rei da noite¨, o que mais me comoveu foi a junção dos irmãos Starks e a cumplicidade entre Sansa e Arya. Afinal, quando o inverno chega, o lobo solitário morre. Mas a alcateia sobrevive.

(Game of Thrones - The Complete Seventh Season - 2017)

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Merlí - Primeira Temporada (2015)


O que esperar de uma série com episódios intitulados Os Peripatéticos, Platão, Aristóteles, Maquiavel, Sócrates, Schopenhauer, Foucault, Guy Debord, Epicuro, Os Sépticos, Os Sofistas, Hume e Nietzsche?

Espere muito! Ainda mais que cada episódio é deliciosamente acompanhado de uma bela melodia clássica, produção de primeiríssima qualidade!

Tudo aqui gira em torno do professor de filosofia Merlí, pai de Bruno, um de seus alunos. Através de diversos pensamentos filosóficos, o professor permeia a problemática que envolve cada aluno, como a si mesmo. Uma divertida aula de filosofia para quem se atreve a assistir. Uma aula que liberta!

Magnífico! Viva Merlí!



(Merlí - Primera Temporada - 2015)

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Handsome Devil (2016)


estereótipo

substantivo masculino
1. gráf chapa ou clichê us. em estereotipia; estéreo, estereotipia.
2. p.met. gráf trabalho impresso com chapas de estereotipia.
3. algo que se adequa a um padrão fixo ou geral.
"A Vênus de Willendorf é um e. da mulher na arte paleolítica"
esse próprio padrão, ger. formado de ideias preconcebidas e alimentado pela falta de conhecimento real sobre o assunto em questão.
"o e. do amante latino"
ideia ou convicção classificatória preconcebida sobre alguém ou algo, resultante de expectativa, hábitos de julgamento ou falsas generalizações.
4. aquilo que é falto de originalidade; banalidade, lugar-comum, modelo, padrão básico.

¨Handsome Devil¨ não é um romance, é um filme sobre estereótipos, em que um garoto atleta tem que escolher entre seus desejos ou ser o campeão do time. Uma história bem contada, com alguns clichês, mas que vale a pena dar uma olhada.



(Handsome Devil - 2016)

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Eu, Daniel Blake (2016)


¨Eu não quero mais falar com você. Não me mostre mais amor, porque isso iria me arrasar.¨

Estas são as palavras da personagem Katie (Hayley Squires) para Daniel (Dave Johns), quando ele descobre que ela se prostitui para conseguir sustentar sozinha seus dois filhos. Ela diz isto a ele não por recusar o amor de Daniel, mas por sentir-se desmerecedora deste amor. E não estamos falando aqui de amor romântico, mas sim de um amor altruísta e puro. Esta foi a cena que mais me comoveu neste filme, que aliás, se faz essencial para todos.

¨Eu, Daniel Blake¨ torna-se assim essencial, pois é um filme crítico, que nos mostra como o sistema ao qual fazemos parte é injusto e leva cada vez mais os necessitados à sua periferia e sem recurso algum que os ajudem a melhorar de vida. É um filme ríspido que tenta, às vezes, nos fazer rir, mas por tratar de uma realidade tão dura, mal conseguimos achar graça.

Ao assistir a entrevista do diretor Ken Loach ao programa Milênio da Globo News me interessei ainda mais a vê-lo. E sinceramente o recomendo, mesmo sabendo que serão poucos aqueles que admirarão esta obra com a grandeza que deve ser admirada.



(I, Daniel Blake - 2016)

sábado, 5 de agosto de 2017

Meu Malvado Favorito 3 (2017)


Fazia algum tempo que eu não ia ao cinema e em um sábado a tarde decidi ver este desenho acompanhado de uma amiga, afinal gostei muito dos dois primeiros filmes, detestei Minions, e fui conferir este terceiro. Realmente não me agradou...

Sabe aquelas novelas da Rede Globo que não tem mais um desfecho e o autor resolve desenterrar um irmão gêmeo do personagem principal, aquele que foi abandonado na infância... então, ¨Meu Malvado Favorito 3¨ não passa disso.

Aqui o ex-malvado Gru descobre que tem um irmão gêmeo, o Dru. E que quando seus pais se divorciaram e eles eram ainda bebês, um ficou com a mãe e o outro com o pai. É assim que Gru descobre sua origem malvada, tudo genética de seu pai!

Juntos Gru e Dru tem a missão de acabar com um malvado em comum, Balthazar Bratt. E é assim que este fraco terceiro filme se desenrola.

(Despicable Me 3 - 2017)

terça-feira, 1 de agosto de 2017

In a Heartbeat (2017)


Eu quero meu coração por inteiro!

¨In a Heartbeat¨ foi o primeiro curta-metragem em animação com temática GLS que assisti. E digo que é permitido para crianças com idade inferior a minha, então assistam! Muita fofura em 4 minutos!



(In a Heartbeat - 2017)

domingo, 9 de julho de 2017

Misfits - Terceira Temporada (2011)


Nathan, o tonto da turma, foi retirado da série. Assim, sem mais nem menos. Isso já me desagradou... E foi substituído por outro personagem, tão tonto quanto ele, mas chato e irritante: Rudy.

O poder de Rudy é se duplicar, separando-se assim seu lado frio de seu lado sentimental. Os demais personagens continuaram na série, no entanto, com novos poderes. Poderes estes que são trocados a cada episódio, desfazendo assim a personalidade de cada personagem e descontinuando a narrativa da série, o que me desagradou ainda mais...

(Misfits - Series Three - 2011)

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Misfits - Segunda Temporada (2010)


Agora que Nathan conhece seu superpoder, ser imortal, passa a não ter medo de nada, e assim fica cada vez mais tonto. Mas, como o período de serviço comunitário está acabando, a maior preocupação do grupo é a de como ganharão dinheiro futuramente e por isso tentam utilizar seus poderem com esse propósito.

Descobrem desta maneira que há um homem capaz de retirar seus superpoderes e que paga uma boa grana por isso. Resolvem então vendê-los e tornarem-se novamente seres humanos comuns. No entanto, imprevistos acontecem e eles são obrigados a reaver seus poderes, os quais não são mais os mesmos de antigamente.

Esta segunda temporada continuou tão boa e engraçada quanto a primeira, seguiremos para a terceira...

(Misfits - Series Two - 2010)

Misfits - Primeira Temporada (2009)


Este não é exatamente o tipo de seriado que me atrai, mas por certa curiosidade, surgida há anos, resolvi assistí-lo. Aqui, cinco jovens que prestam serviço comunitário, são atingidos por um raio e ganham super poderes.

Curtis consegue voltar no tempo, Simon fica invisível, Kelly lê pensamentos, Alisha consegue que outras pessoas se sintam sexualmente atraídas por ela através de seu toque, e Nathan, o mais tonto do grupo, não sabe qual é seu super poder até chegar o último episódio da temporada.

Posso dizer que me diverti assistindo esta série que me rendeu algumas risadas!

(Misfits - Series One - 2009)

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Skam - Quarta e Última Temporada (2017)


Esta foi a última temporada de ¨Skam¨ onde o foco principal foi a personagem muçulmana Sana. Não posso deixar de dizer que este foi um dos melhores seriados que já ví, pois nele, a vida adolescente não foi abordada de forma superficial, afinal assuntos controversos estavam presentes a todo momento. A seguir transcrevo o discurso final feito pelo personagem Jonas à amiga Sana. Eles utilizaram a Teoria do Caos para formulá-lo, e em cena ficou tocante.

Querida Sana, este discurso é para você.

E se você nos convidou e está recebendo este discurso hoje, é porque isto derruba o presidente americano amanhã!

Vivemos em um mundo caótico onde é difícil de entender as regras. Por que algumas pessoas são pobres e outras ricas? Por que alguns tem que fugir, enquanto outros estão seguros? Por que algumas pessoas são jogadas na rua? E por que algumas vezes, quando você tenta fazer algo bom, ainda é visto com ódio?

Não é estranho que as pessoas desistam, que deixemos de acreditar no bem. Mas, obrigado por não desistir, Sana.

Porque, mesmo que algumas vezes pareça, nenhuma pessoa está sozinha. Todos e cada um de nós é uma peça importante nesse grande caos, e o que você faz hoje, terá efeito amanhã.

Pode ser difícil dizer exatamente qual tipo de efeito surtirá, e normalmente nem sempre podemos ver como tudo se conecta. Mas o efeito de suas ações permanecerá sempre em algum lugar nesse caos.

Pode ser que daqui 100 anos tenhamos máquinas que calculem o efeito de toda e qualquer ação. Mas até lá, nós podemos confiar no seguinte: O medo se espalha.

Mas, com sorte, o AMOR também!

Adeus ¨Skam¨, você não é uma vergonha para se assistir, mas sim um orgulho. Muito obrigado à criadora desta obra-prima da TV Norueguesa Julie Andem. Espero que as versões americana e japonesa sejam tão surpreendentes quanto foi a deste programa norueguês que ganhou o mundo! Amei assistí-lo, me tornei fã, e vou sentir saudades!



(Skam - The Complete Fourth Season - 2017)

domingo, 25 de junho de 2017

Before We Go (2014)


Cris Evans dirigiu e interpretou este filme. Nele ele é Nick, um músico de rua, que conhece Brooke (Alice Eve) no momento em que ela perde seu trem para Boston. Desta forma, para não deixá-la sozinha nas ruas de Manhattan, ele a acompanha e os dois passam a noite juntos, esperando o dia amanhecer, até que ela possa pegar o próximo trem.

Enquanto isto ambos conversam, vão se conhecendo, se descobrindo, num filme que me lembrou totalmente ¨Antes do Amanhecer¨. Como Cris Evans não é um diretor à altura de Richard Linklater, tenho que confessar que o filme deixa muito a desejar, se tornando até mesmo enfadonho. Nem mesmo o belo rosto de Evans faz valer a pena perder uma hora e meia para assistí-lo.

(Before We Go - 2014)

Corra! (2017)


Há uma fissura no rosto de mármore sorridente do liberalismo – o sociocultural, que não deve ser confundido com o econômico – norte-americano. É aquela cômoda posição que não se alinha claramente a nenhum lado do espectro (embora alguns insistam que é de esquerda, mas há controvérsias), fica no meio, confortavelmente encostado na obsessão com o politicamente correto. Corra!, escrito e dirigido por Jordan Peele, é capaz de expor essa hipocrisia como raros filmes conseguiram até hoje.

Uma combinação de drama familiar com terror, o filme é protagonizado por um jovem afro-americano que num final de semana vai conhecer a família de sua namorada. Há um desconforto por parte de Chris (Daniel Kaluuya), porque todos são brancos e ele, que bem conhece o racismo, pergunta a ela se contou para os pais que ele é negro. Espantada, Rose (Allison Williams) diz que isso não é um problema para os Armitage. “Meu pai votou no Obama duas vezes, e se pudesse votava uma terceira”, alega. Uma frase que será repetida no filme pelo próprio Dean Armitage (Bradley Whitford).

A chegada à casa luxuosa numa região afastada da cidade onde mora a família revela um universo à parte. São todos sorridentes e felizes. Além de Dean, também há Missy (Catherine Keener), a mãe de Rose, e logo chega Jeremy (Caleb Landry Jones), o irmão. Curiosamente, os únicos dois empregados são negros: Georgina (Betty Gabriel) e Walter (Marcus Henderson). Quando percebe o desconforto de Chris diante da situação, o patriarca logo explica que não é racista, que isso não é uma herança da escravidão, e praticamente diz: “Eles são da família” - o que mais tarde se revelará algo um tanto bizarro.

Por debaixo da superfície brilhante e polida dessa família, na qual quase todos são médicos, há algo digno de O Bebê de Rosemary ou As Esposas de Stepford (ambos criados pelo escritor Ira Levin). Aos poucos, uma trama que parece uma versão contemporânea de Adivinhe quem vem para jantar ganha contornos mais sinistros, quando Missy promete acabar com o vício de Chris de fumar usando hipnose.

Em uma festa repleta de figurões – todos brancos e com uma certa idade –, Chris é uma espécie de troféu racial exibido pelos Armitage, como prova de sua modernidade e mente aberta. Todo mundo sorri para ele e o olha com um ar condescendente de aceitação, fingindo que o rapaz é um deles – inclusive na cor da pele. Há apenas outro jovem afro-americano ali – interpretado com tino por Lakeith Stanfield –, cuja posição, como uma espécie de gigolô de luxo de uma matrona, apenas evidencia o ar de zumbificação que domina o seu olhar.

Corra! é um filme sobre os EUA pós-Obama, sobre as estruturas que permanecem por debaixo do verniz polido da falsa igualdade. Georgina e Walter são subservientes, como qualquer personagem escravo de ...E O Vento Levou, e, ainda assim, mostram-se conformados com essa condição. Sempre sorrindo e parecendo nunca piscarem, suas feições congeladas podem esconder algo, o que incomoda Chris o tempo todo.

O diretor e roteirista Peele joga com as expectativas do seu público, desde o prólogo, quando um jovem afro-americano anda por uma rua de subúrbio em alerta (cansado de saber que um negro sozinho à noite num bairro de classe média é visto com suspeita) até o final do filme, quando faz uma concessão a uma conclusão que poderia ser ainda mais forte. De qualquer forma, com Corra! (um título que pode tanto significar uma ameaça quanto um aviso), o cineasta realizou um dos terrores mais sagazes desde Corrente do Mal, capaz não apenas de assustar, como, especialmente, incomodar – e isso tem mais a ver com a questão social que aborda do que com os sustos que provoca.



Nomeado aos Oscar de Melhor Filme, Direção (Jordan Peele) e Ator (Daniel Kaluuya). Vencedor do Oscar de Roteiro Original.

(Get Out - 2017)

Quase 18 (2016)


Crescer não é nada fácil para alguns, como para Nadine (Hailee Steinfeld), uma estudante que está enfrentando uma difícil situação desde que sua melhor amiga, Krista (Haley Lu Richardson), está namorando com o seu irmão mais velho, Darian (Blake Jenner). Nadine se sente mais sozinha do que nunca, ao menos até começar uma amizade com um jovem atencioso (Hayden Szeto).

(The Edge of Seventeen - 2016)