segunda-feira, 30 de abril de 2012

Agnes de Deus (1985)


Agnes é uma jovem freira que foi acusada de ter matado seu filho recém nascido. A história gira em torno da investigação sobre o bebê, desde a sua concepção, sua gestação secreta e seu nascimento.

Não se sabe se algum homem entrou em contato com Agnes no convento ou se ela engravidou divinamente. O convento, os crucifixos, as freiras, e o catolicismo exacerbado, além do mistério sobre a gravidez são mostrados de forma tão sombria que o filme chega a parecer uma história de terror.

Indicado aos Oscar de Melhor Atriz (Anne Bancroft), Atriz Coadjuvante (Meg Tilly) e Trilha Sonora.

(Agnes of God - 1985)

Clube dos Cinco (1985)


Quem nunca ficou de castigo? Castigo em casa por ter feito alguma má criação aos pais, castigo na escola por mal comportamento na aula de algum professor chato, ou, como no meu caso, castigo no exército por desobedecer às ordens de um superior. Bem, na verdade esse castigo no exército não foi todo culpa minha, e isso ocorreu há mais de 10 anos quando servi ao serviço militar obrigatório. Eu tinha um bom comportamento e a culpa mesmo foi mesmo do grupo que estava em guarda, o qual eu pertencia. Eles aprontaram muito durante uma guarda noturna e acabamos pegos. Pena que os atiradores não tinham bons argumentos e não eram tão bem articulados quanto os personagens de "O Clube dos Cinco", senão daria para escrever um bom roteiro.

O filme é inteligente em sua simplicidade, com um roteiro forte e bem escrito, que descreve as personalidades de cinco adolescentes dos anos 1980 e seus questionamentos. Segue a crítica do "1001 Filmes para Ver Antes de Morrer":

Nos anos 60, filmes de adolescentes tinham Frankie Avalon, Annette Funicello, montes de areia (nada de sexo) e música agitada, enquanto nos anos 70 ser adolescente essencialmente significava ser trucidado em sua cama em vários filmes de horror. Mas, em 1984, o diretor e roteirista John Hughes revolucionou o gênero com "Gatinhas e Gatões", a que deu sequência, no ano seguinte, com "O Clube dos Cinco", um filme cujo grande crédito foi o de finalmente mostrar adolescentes como realmente falam e pensam.

Nenhum outro filme resumiu melhor o período, ou se tornou mais cult para adolescentes, do que "O Clube dos Cinco", que não fez de Hughes um nome a se acompanhar de perto - em seguida ele fez o excelente "Curtindo a Vida Adoidado" e o imensamente bem sucedido "Esqueceram de Mim" - como também reuniu um talentoso grupo de jovens atores (assim como fez, dois anos antes, o filme "Vidas Sem Rumo", de Francis Coppola) que foi apelidado pela mídia de "Bando de Moleques".

Cinco adolescentes bem diferentes são suspensos e têm que cumprir detenção em um sábado por várias razões. Apesar de suas diferenças quando o dia começa, terminam criando laços entre si. Temos o atleta da escola (Emilio Estevez), a esquisitona com excesso de delineador (Ally Sheedy), a princesa pomposa (Molly Ringwald, ídolo adolescente e musa de Hughes desde que estrelou "Gatinhas e Gatões"), o nerd (Anthony Michael Hall) e o rebelde (Judd Nelson), todos tentando se manter entretidos sob o olhar atento do complexado professor Vernon (Paul Gleason).

Este filme, que aposta em um roteiro de tiradas inteligentes mais do que em ação, funciona em grande parte por conta das caracterizações do elenco à medida que verdades são reveladas, ressentimentos são verbalizados e cada um tem sua vez de brilhar. Embora copiado em filmes e seriados de televisão, talvez tenha sido o filme adolescente definitivo, seja por seu timing perfeito, pelos desempenhos afiados ou pela trilha sonora dos anos 80, digna de uma cápsula do tempo, que inclui o clássico "Don't You Forget About Me", do Simple Minds, composto para o filme.

(The Breakfast Club - 1985)

domingo, 29 de abril de 2012

Shame (2011)


Ouvi tanto murmurinho ao redor de "Shame" que instigou minha vontade de assisti-lo. Mas cheguei a conclusão que eram só murmurinhos para promover o filme. Ouvi que o filme era forte, perturbador, instigante, nojento, sexualmente desprezível e que Michael Fassbender foi injustiçado por não ter recebido uma indicação ao Oscar de Melhor Ator. Balela.

Para mim, um filme com a temática abordada em "Shame" e que fez por merecer foi "Pecados Íntimos" de 2006 com Kate Winslet, Jennifer Connelly e Patrick Wilson. Este sim, um filme perturbador sobre sexo.

"Shame" é uma vergonha por não chocar. Ou será que eu já estou tão acostumado com tudo o que foi mostrado neste filme que já não me choco mais?

(Shame - 2011)

O Mágico (2010)


"O Mágico" é mais uma daquelas animações cult para adultos que são chatas demais. Um filme tão belo visualmente quanto "As Bicicletas de Belleville", infelizmente tão chato quanto.

Se no fim do filme a mensagem é "mágicos não existem" por que um filme pouco interessante quanto esse existe?

Indicado ao Oscar de Melhor Filme em Animação.

(L'illusionniste - 2010)

Inquietos (2011)


Eu não conhecia o jovem ator Henry Hopper e o que tenho a dizer sobre ele é que este jovem conseguiu transmitir toda a sutileza e espiritualidade que seu personagem em "Inquietos" requeria. O olhar, os gestos, o belo sorriso de Hopper me encantaram, tenho que admitir. Estou admirado com ele até agora. A delicadeza deste ator me lembrou a delicadeza de Claire Danes no seriado "My So Called Life", penso que ela seria seu par perfeito neste filme caso fosse tão jovem quanto a atriz Mia Wasikowska.

"Inquietos" aborda o mesmo tema de "50%" que assisti há alguns dias. No entanto, a narrativa se conduz de maneira diferente, enquanto "50%" aborda o câncer de uma forma cômica, em "Inquietos" a questão é conduzida de uma forma mais dramática.



O personagem de Hopper me fez lembrar o personagem de Bud Cort em "Ensina-me a Viver", ambos sentem um fascínio pela morte e se aproximam de pessoas que estão próximas a encontrá-la.

Fiquei fascinado por "Inquietos" e a sensibilidade desde filme ainda repousa em minha mente.

(Restless - 2011)

Sete Dias com Marilyn (2011)


Passado:

Não sabia que Marilyn Monroe foi casada com Arthur Miller e que Laurence Olivier foi casado com Vivien Leigh. Também não sabia que Monroe era uma atriz tão insegura, tão frágil, tão péssima ao interpretar e que sua fama repousava apenas em sua sensualidade.

Presente:

Admito que Michelle Williams está cada vez melhor como atriz e que sua interpretação como Marilyn é incrível, o que torna este filme uma delícia de se ver!

Nomeado ao Oscar de Melhor Atriz (Michelle Williams) e Ator Coadjuvante (Kenneth Branagh).

(My Week with Marilyn - 2011)

A Pele que Habito (2011)


Para mim o que torna os filmes de Almodóvar interessantes é a sua edição descontínua, a mistura do passado com o presente, que leva a um desfecho inusitado. Ou então a divisão de planos na narrativa como o que acontece em "A Má Educação". Além disso, as cores de Almodóvar trazem vivacidade. Sem falar simplesmente na condução da direção desse espanhol que me deixa sem palavras!

É, eu gosto de Almodóvar.

E "A Pele que Habito" é instigante, perturbador, doentio. É um filme para ser assistido, pensado, repensado e refletido.

(La Piel que Habito - 2011)

sábado, 28 de abril de 2012

50% (2011)


Quando assisti pela primeira vez o trailer de “50%” logo imaginei que este seria um filme que me seduziria para todo o sempre. Isto porque o filme se propõe a tratar um assunto sério, neste caso o câncer, com uma pitada de irreverência. Imaginei que este seria um filme no estilo de “Juno”, onde as questões do aborto e da adoção são tratadas de uma maneira sutil e cômica. Mas tratar a questão de uma doença tão séria como o câncer de maneira irreverente não é fácil, algumas piadas soam um tanto forçadas, outras não se encaixam, para dizer a verdade, não sei... faltou algo.

Talvez para alguém cujo tema central deste filme não tenha acontecido em sua própria família ou em alguém tão próximo, o filme soe engraçado, o que não é o meu caso.

Há também uma série de TV intitulada “The Big C” que tem a pretensão de abordar o tema “câncer” de uma maneira sutil e engraçada. Eu ainda não assisti, e fico me perguntando: “Será que este seriado consegue esta proeza?”.

(50/50 - 2011)

Melancolia (2011)


melancolia
[Do gr. melancholía.]
Substantivo feminino
1.Estado mórbido de tristeza e depressão.
2.Estado de languidez e tristeza indefinida:
a melancolia dos românticos;
“Esta noite estou triste e não sei a razão. / Vou, para espairecer minha melancolia, / Ouvir o mar” (Ribeiro Couto, Poesias Reunidas, p. 89).
3.Desgosto, pesar, tristeza. [Sin., ant. e pop. (nessas acepç.): malencolia, malenconia, malinconia.]
4.Psiq. Distúrbio mental caracterizado por depressão em grau variável, sensação de incapacidade, perda de interesse pela vida, podendo evoluir para ansiedade, insônia, tendência ao suicídio e, eventualmente, delírio de auto-acusação.

No caso deste filme, "Melancolia" é o nome de um planeta que atingirá a terra. E enquanto este não chega a seu destino, as irmãs interpretadas por Kirsten Dunst e Charlotte Gainsbourg vivem questões existenciais.

Coisas desses filmes do Lars von Trier...

(Melancholia - 2011)

Razões para a Guerra (2005)


Durante a faculdade eu participava de um grupo de estudos sobre defesa e segurança internacional. Também cheguei a ser monitor de meu orientador e uma das tarefas para incentivar os alunos a compreenderem melhor o sistema internacional foi descobrir alguns títulos de filmes que abordavam o assunto.

"Razões para a Guerra" foi um destes títulos. Este é um documentário com base na simples questão: Por que nós (os americanos) lutamos? Esta pergunta foi feita tanto para pessoas comuns e crianças e até mesmo para poderosos da indústria bélica. Todos tentam responder a esta indagação e com isto se cria este documentário.

(Why We Fight - 2005)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Um Dia (2011)


Na verdade este romance não se passa em um único dia, assim como é sugerido no título, mas sim em uma única data, de um único mês e em vários anos.

Nesta data, neste único dia, algumas coisas importantes acontecem na vida deste jovem casal, como por exemplo, o dia em que se conhecem, que se tornam amigos, que um deles se casa, que arruma um bom emprego, que vai à falência, que ficam juntos e enfim, que um deles morre.

Um filme triste para os corações apaixonados ou sozinhos ou desiludidos, ou para aqueles que estão afim de chorar um pouco.

(One Day - 2011)

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Os Descendentes (2011)


“Os Descendentes” foi um dos nove filmes indicado na categoria Melhor Filme no Oscar deste ano. Trata-se do relacionamento familiar, de um pai sempre distante que de uma hora para a outra precisou mudar sua rotina e se aproximar das duas filhas, já que a mãe está em coma em um hospital após um acidente de barco.

A história se passa no Havaí, mas poderia se passar em qualquer lugar do mundo. Várias questões são abordadas neste filme, uma delas é a eutanásia. Um filme sensível, repleto de dilemas, questionamentos, angústias e descobertas. 

Afinal, como decidir sobre se deve ou não interromper a vida de alguém que se encontra totalmente vegetativa em uma cama de hospital? Como lidar ao descobrir que este alguém te traía com outra pessoa? Como se relacionar com seus filhos em um momento tão tênue, sendo que não se tem afinidade alguma com eles?

Vencedor do Oscar de Roteiro Adaptado. Indicado aos Oscar de Melhor Filme, Direção (Alexander Payne), Ator (George Clooney) e Edição.

(The Descendants - 2011)

Novidades no Amor (2009)


“Novidades no Amor”, perguntei-me a razão deste título ao terminar de ver este filme. Não que ele seja ruim, muito pelo contrário, mas achei que não houve novidades.

Não vejo nada novo em dizer que uma mulher com mais de quarenta anos, mãe de dois filhos, se apaixone por um jovem de 25 anos. Não há novidades em que neste tipo de relação surjam dilemas e preconceitos e não há novidade em dizer que a maturidade dos dois personagens precisará surgir para que o relacionamento dê certo.

Bem, talvez a novidade seja que um filme em que o título fora traduzido para o português com a palavra “amor” não seja tão ruim assim...

(The Rebound - 2009)

domingo, 22 de abril de 2012

Noite de Ano Novo (2011)


A minha noite de ano novo de 2012 foi boa. Pela primeira vez não fiquei na minha cidade ao lado de toda a família. Não que seja ruim entrar o ano ao lado da família, mas sempre depois da meia-noite todos vão para as suas casas dormir e eu acabo sozinho e sem ter para onde ir. Este ano foi diferente, fui para outra cidade visitar um amigo, passei a virada na chácara dele, na companhia de outros amigos e depois de muita comilança fomos curtir uma baladinha. Bom demais.

“Noite de Ano Novo” não conta esta história, é claro! Mas conta diversas histórias que se passam neste mesmo dia 31. E para isso temos Halle Berry, Jéssica Biel, Jon Bon Jovi, Abigail Breslin, Robert De Niro, Josh Duhamel, Zac Efron, Katherine Heigl, Ashton Kutcher, Lea Michele, Sarah Jessica Parker, Michelle Pfeiffer, Hilary Swank, entre outros para interpretar diversos personagens em diferentes histórias em um único filme no estilo “Simplesmente Amor” ou “Idas e Vindas do Amor”. 

Com certeza alguma delas deve interessar. Confesso que gostei do filme. Bacaninha para passar a tarde de sábado, foi isso que aconteceu comigo.

(New Year's Eve - 2011)

Chico & Rita (2010)


Desenho animado cubano feito para adultos. Só não entendi porque fizeram este filme em animação. Será que os produtores não receberam autorização do governo cubano para utilizar as locações reais em que se passa esta história real? Ou quem sabe reproduzir tudo em estúdio...

O filme nos mostra o velho Chico relembrando sua juventude onde conheceu a sensual (e sensualizada em forma de desenho) Rita. Os dois eram cantores, fizeram muito sucesso na Cuba pré-revolução, mas foram esquecidos com o tempo.

Lembrei-me do documentário “Buena Vista Social Club” do Wim Wenders que conta também a história de músicos cubanos dos anos 1950. Achei o documentário melhor que esta animação e recomendo que ouçam as músicas do Buena Vista, ganhei até o CD da trilha do documentário, presente de um primo meu que vive nos EUA. Às vezes me encontro cantando “Chan Chan”, “El Cuarto de Tula”, “Dos Gardeneas para ti”, etc. Quem sabe um dia me interesso em procurar as canções de “Chico & Rita”, pois esta animação não me animou a fazer isto...

Indicado ao Oscar de Melhor Filme de Animação.

(Chico & Rita - 2010)

Tootsie (1982)


Ator norte-americano se passa por mulher para conseguir um trabalho na TV. O filme não possui uma temática GLS e para mim pode ser considerado bem feminista. Muito engraçado e com humor inteligente.

Segue a crítica do “1001 Filmes para Ver antes de Morrer”:

"A crítica inglesa Judith Williamson uma vez desdenhou da 'síndrome de Tootsie' da cultura contemporânea - segundo a qual bastam uns poucos dias vivendo como outra pessoa para entender completamente suas lutas sociais e passar a simpatizar com essa pessoa. A síndrome começou com este filme sobre um ator frustrado (Dustin Hoffman em um desempenho maravilhoso) que consegue um papel em uma bem-sucedida novela de televisão secretamente disfarçado de mulher.

As complicações que se seguem para Tootsie - o esforço frenético para manter o segredo e a difícil tentativa de romance com uma companheira de elenco (Jessica Lange), incluindo uma ligeira compilação lésbica - lembram os dias das comédias escrachadas de sexo e identidade dos anos 30 e 40. Mas o diretor Sidney Pollack (que também faz o papel do agente de Tootsie) tem um senso aguçado de seu tempo, tanto em termos de detalhes comportamentais quanto em termos estéticos.

'Tootsie', junto com o trabalho de James L. Brooks, foi pioneiro de um novo estilo no cinemão: agitado, cheio de tramas secundárias, alusões pop (como, neste filme, uma ponta de Andy Warhol) e sequências de montagem com cortes rápidos - criando complicações dramáticas e sugerindo implicações subversivas ao mesmo tempo que desliza graciosamente por elas em direção a um final feliz e divertido.

Tootsie recebeu 10 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, Ator (Dustin Hoffman), Atriz Coadjuvante (Teri Garr), Direção (Sydney Pollack), Fotografia, Edição, Canção ("It Might Be You"), Som e Roteiro Original. Venceu o Oscar de Atriz Coadjuvante (Jessica Lange).

(Tootsie - 1982)

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Incontrolável (2010)


Um filme com ação do começo ao fim.

E que conta a história real de um trem norte-americano que está desgovernado, sem um maquinista a bordo e contendo algumas toneladas de produtos tóxicos. Aventura no estilo “Temperatura Máxima” mas que diverte e chama a atenção. Gostei.

Indicado ao Oscar de Edição de Som.

(Unstoppable 2010)

Além da Vida (2010)


Acredito na doutrina espírita e creio na existência de uma vida após a morte. Acredito também que os mortos possam entrar em contato com os vivos e que o Kardecismo ou a Umbanda possam esclarecer muitas dúvidas a respeito da vida após a morte. 

“Além da Vida” envolve exatamente isto, as dúvidas sobre a morte, ou o que está depois dela. 

Intercalando três diferentes histórias (que irão se juntar no final do filme), são mostradas diferentes percepções sobre a morte e sobre a espiritualidade. Em uma delas, um homem americano tem o dom de se comunicar com os espíritos ao tocar em pessoas que recentemente perderam algum ente querido. Em outra, uma mulher francesa passa a se questionar sobre o que existe além da vida, depois de quase morrer no tsunami ocorrido em Bali na Indonésia. E na última história, um garoto inglês deseja manter contato com seu irmão gêmeo que faleceu ao ser atropelado por um carro.

A temática é interessante, infelizmente o filme não muito. 

Indicado ao Oscar de Efeitos Visuais.

(Hereafter - 2010)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Meu Amigo Totoro (1988)


Não sei se já citei isto aqui, mas muitos filmes que assisto fazem parte do top 250 do Internet Movie Database (www.imdb.com) em que o público escolhe quais são as melhores produções cinematográficas mundiais. 

“Meu Amigo Totoro” está lá há muito tempo, não me lembro em qual posição, mas se encontra entre os 250 melhores filmes na opinião do público. É um desenho animado japonês e que realmente vale a pena ser visto.

Japoneses acreditam muito em fantasmas, mas não sei se existe mesmo uma lenda sobre o Totoro, assim como no Brasil existe uma lenda sobre o Bicho Papão. A história envolve duas garotinhas que vão morar em uma antiga casa no campo, junto a seu pai, somente para ficarem próximos ao hospital em que sua mãe está internada. 

É nesta casa que elas começam a presenciar coisas estranhas e se encantar com elas. Como por exemplo, algumas bolinhas de fuligem que se escondem nos lugares escuros da casa e que desaparecem assim que os humanos chegam, ou com os Totoros, (os porque na verdade são três, um pequeno, um médio e um gigante), que habitam uma floresta próxima à casa das garotinhas. 

O filme é encantador e charmoso em sua inocência. Foi dirigido pelo mesmo diretor de “Chiriro”, “Ponio” e “O Castelo Animado”.

(Tonari no Totoro - 1988)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Os Muppets (2011)


Tenho um preconceito incrível em relação a este filme e já deixo isto bem claro por que foi o que influenciou a minha opinião a respeito dele.

Primeiramente devo dizer que já assisti muito aos Muppets, principalmente ao desenho animado dos Muppets Babies que era exibido pelo SBT na década de 1980. Adorava passar às tardes vendo o Caco, o Gonzo e a Pig se aventurando dentro de um quarto onde não víamos a presença de humanos ou adultos e quando estes apareciam, seus rostos não eram mostrados no desenho.

Mas, devo explicar a razão de tanto preconceito e isto surgiu quando a música brasileira “Real in Rio” perdeu o Oscar de canção original neste ano para a enfadonha “Man or Muppet” escrita para este filme. Convenhamos, a canção é horrível! Foi muito injusta a decisão da Academia, isto para mim demonstra o preconceito imenso deles em relação ao Brasil.

Neste filme os humanos adultos aparecem e os Muppets tem a missão de se reunirem para tentar salvar o antigo estúdio no qual seu programa era produzido e que será destruído porque uma reserva de petróleo foi encontrada sob ele.

Preferia que os humanos não aparecessem neste filme, que a indagação homem ou muppet jamais fosse feita e que o Brasil, ao menos uma vez, fosse reconhecido por sua produção cinematográfica, musical e artística. Pois merecemos.

Vencedor do Oscar de Melhor Canção (Man or Muppet).

(The Muppets - 2011)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Quebrando o Tabu (2011)


Na minha infância, recordo-me de ver nos jornais reportagens que mostravam jovens se drogando e alertavam para os males das drogas, como o vício, a criminalidade entre tantos outros. No entanto, eu via aquela realidade como algo muito distante de mim, pois não conhecia ninguém ao meu redor que já havia se drogado, experimentado ou negociado com algum traficante. Achava que aquilo que eu via na TV continuaria na TV e jamais se aproximaria de mim.

Atualmente, quase 20 anos depois, a realidade é outra – não que eu tenha me drogado ou sequer experimentado algum tipo de droga – o que eu quero dizer é que, por mais que eu jamais tenha buscado isto, já passaram por minha vida muitas pessoas as quais utilizam ou utilizaram algum tipo de narcótico. Mas, assim como era na minha infância, as drogas continuam ilegais, continuam fazendo mal à saúde. E apesar da conscientização e da proibição do uso ter se tornados mais rígidos, a realidade mudou para pior.

A maconha principalmente está por toda a parte, se encontra em qualquer esquina, nas portas dos colégios e até mesmo nos jardins de infância. Na Universidade na qual estudei diversos colegas fumavam maconha e já experimentaram algum outro tipo de droga. E o consumo exacerbado de drogas, legais ou ilegais, por pessoas cada vez mais jovens vem aumentando e isso me parece algo incontrolável. Sou totalmente careta, não sou a favor do uso tanto do álcool, quanto mais de outras drogas, maconha, cocaína, heroína, mas mesmo assim procuro me manter informado sobre este delicado assunto.

E este documentário brasileiro “Quebrando o Tabu” não pode ser considerado o mais do mesmo. Ele aborda a questão das drogas sim, no entanto, fala sobre a legalização, a descriminalização do uso das drogas, começando pela maconha, que é considerada a mais branda de todas. Para argumentar a favor desta liberalização, Fernando Henrique Cardoso, juntamente com o médico Dráuzio Varella discutem a realidade brasileira, comparando-a com a americana, onde as drogas também são proibidas, e com a realidade holandesa, onde políticas para o consumo livre das drogas foram criadas pelo governo.

As ideias trazidas pelo documentário através dos argumentos do sociólogo e ex-presidente, além das do médico, são muito bem construídas e deviam ser ouvidas pelos governantes deste país. Infelizmente, há muito dinheiro em jogo, muitos políticos corruptos que barganham com traficantes, enquanto viciados convalescem pelas ruas brasileiras e famílias inteiras se corrompem devido ao tráfico. 

Sou contra o uso sim, contudo, sou favorável à liberalização. Assistam a este documentário e entenderão o porquê.

(Quebrando o Tabu - 2011)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Dirigindo no Escuro (2002)


“Dirigindo no Escuro” foi o último filme de Woody Allen que assisti nesse fim de semana. Agora falta pouco para completar de ver todos os mais de 40 filmes dirigidos por esse homenzinho incrível.

Mas para ser sincero não gostei muito desta história, onde Woody interpreta um diretor hipocondríaco que perde a visão temporariamente enquanto dirige um filme...

Meio fraco para o nível “Woodyaliano” de ser.

(Hollywood Ending - 2002)

domingo, 15 de abril de 2012

Trapaceiros (2000)


“Trapaceiros” poderia muito bem se chamar “Emergentes”. Pois a história tem muito mais pessoas pobres que se tornaram ricas do que pessoas trapaceando.

É cômico ver pessoas com dinheiro que simplesmente não sabem gastá-lo, ou investi-lo, pois não tiveram uma boa educação, uma cultura erudita ou simplesmente bom gosto.

Em um Brasil que se tornou a sexta maior economia do mundo podemos observar muito disso. Estamos cheios de novos ricos. Jogadores de futebol, como a atual novela das nove – Avenida Brasil – tem exibido, pagodeiros, comerciantes ou profissionais liberais. “Mulheres Ricas” também chegou a exibir gente assim, gente que se tornou rica por casar com pessoas ricas. Mas o que fazer com tanto dinheiro? Investir em mau gosto? Acho que não.

É... acho que vou ter que investir mais em minha educação antes de ganhar algum dinheiro...

(Small Time Crooks - 2000)

Tiros na Broadway (1994)




“Tiros na Broadway” foi o segundo filme da minha maratona “Woodyaliana” deste fim de semana. Acho que amadureci meu gosto para filmes. Pois certa vez havia gravado a este filme quando ele foi exibido pela TV aberta. Assisti a alguns minutos da obra e logo desisti de vê-la. Simplesmente não tive paciência.

Mas desta fez assisti a todo o filme e sinceramente adorei! Woody é genial em seus roteiros, não é à toa que ele já foi indicado várias vezes ao Oscar nessa categoria.

Aqui ele nos conta a história de um roteirista que recebe o patrocínio de um mafioso para que sua obra seja estreada na Broadway, no entanto, ele tem que arrumar um papel para a namorada pouco talentosa do mafioso. E assim alguns tiros surgem na Broadway dos anos 1940.

Dianne Wiest venceu o Oscar de Atriz Coadjuvante por sua atuação em "Tiros na Broadway". O filme foi indicado em mais 6 categorias: Ator Coadjuvante (Chazz Palminteri), Atriz Coadjuvante (Jennifer Tilly), Direção de Arte, Figurino, Direção (Woody Allen) e Roteiro Adaptado.

(Bullets Over Broadway - 1994)

O Escorpião de Jade (2001)


Passei um fim de semana “Woodyaliano” em casa. Assisti aos quatro filmes de Woody Allen que estavam gravados por aqui, alguns deles desde 2010!

“O Escorpião de Jade” foi o primeiro deles que assisti. Allen interpreta um investigador de meia idade que trabalha há muitos anos em uma empresa de segurança. Ultimamente ele se sente incomodado com a nova funcionária da empresa, interpretada por Helen Hunt, que quer tudo modernizado e discorda com os métodos antiquados de Woody para desvendar crimes e roubos.

Certa vez os dois vão a um show de mágica com outros funcionários da empresa e lá são hipnotizados – com o escorpião de jade – quando participam de um número de mágica. Assim, o mago que os hipnotizou passa a controlá-los para que cometam roubos de joias burlando o sistema de segurança implantado nas mansões que buscaram o serviço que a empresa oferece.

“O Escorpião de Jade” é uma ótima comédia!

(The Curse of the Jade Scorpion - 2001)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Syriana - A Indústria do Petróleo (2005)


“Syriana – A Indústria do Petróleo” não é um filme fácil de ser visto. Para mim ele foi um pouco maçante, cansativo...

Sinceramente não compreendi muito bem a sua história, que se passa em diversos lugares ao mesmo tempo, sendo que todas elas tem em comum o interesse ocidental pelo petróleo, principalmente o interesse norte-americano.

Vencedor do Oscar de Ator Coadjuvante (George Clooney). Indicado ao Oscar de Roteiro Original.

(Syriana - 2005)

A Onda (2008)


Quando eu estava na faculdade cursei algumas aulas de Ciência Política, Teoria Política e Sociologia. Estudávamos Marx, Conte, Webber, Rousseau, Maquiavel, etc. Além dessas aulas, cursei também História Contemporânea e um dos tópicos estudados foi os governos totalitaristas pré-Segunda Guerra Mundial surgidos na Europa, mais precisamente o Nazismo na Alemanha e o Fascismo na Itália. Um livro interessante sobre o totalitarismo, o qual cheguei a ler algumas partes para apresentar um seminário, se chama “As Origens do Totalitarismo” da Hanna Arentd e foi muito importante para compreender como estes governos ganharam tanta força na Europa.

Durante meus estudos e entre algumas conversas com colegas da faculdade, ouvi falar também do filme “A Onda”, que abordava o mesmo assunto: o totalitarismo. Todos estavam admirados com este filme e o recomendavam uns aos outros e por esta razão decidi assisti-lo. Confesso que fazia algum tempo que não me impressionava com um filme, nada no cinema atual tem me surpreendido, tipo, me dado um tapa na cara e me deixado de boca aberta. Acho que a última película que vi e que me impressionou foi “Dente Canino”. Mas veio “A Onda” e meu queixo caiu com o que vi.

A história é baseada em fatos reais e se passa na Alemanha atual. Conta a história de um professor do ensino médio que, para explicar aos seus alunos o modo em que os governos totalitários se formaram, passa a agir de forma totalitária com a turma. Assim, ele faz com que estes alunos comecem a crer que governos totalitários são essenciais para disciplinar as pessoas, para que assim elas se organizem, produzam e cresçam. Como o método dá certo, todos começam a pensar que aquilo era o que eles precisavam e passam a cativar mais pessoas, chamando-as para fazer parte desde grupo que se intitula “A Onda”.

Assim como a História nos mostra, governos totalitários não foram bons para todos e consequentemente não deram certo. Uma aula totalitária também não dá certo e começa a fugir do controle do professor, causando alguns transtornos.

(Die Welle - 2008)

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sonhos (1990)


Ahh... a nostalgia!

Quando eu era criança, costumava passar os fins de semana na casa dos meus tios para brincar com meu primo. Minha irmã e eu íamos para lá na sexta-feira ou sábado e lá dormíamos. Lembro-me que certa vez – creio eu que era um domingo de manhã – meus tios resolveram assistir a um filme enquanto meu primo, minha irmã e eu brincávamos no quintal. Lembro-me de um sol forte, bem quente e de uma fome imensa surgir em mim porque já era quase hora do almoço. Eu entrava na sala, assistia um pouco do filme, e impaciente, saía... Novamente eu entrava na sala, assistia mais um pouco, observava que o filme não acabava e novamente saía. Não queria brincar mais. A fome me incomodava profundamente e minha tia não ia preparar o almoço enquanto o filme não terminasse.

Eu devia ter uns 9 ou 10 anos de idade e nunca me esqueci que o filme que meus tios assistiam se chamava “Sonhos” e era um filme japonês. Recordava-me vagamente de algumas cenas deste filme – aquelas que assisti ao entrar na sala suplicando por meu almoço – lembrava-me de uma cena em que um homem caminhava por um túnel sem fim, de outra cena em que aparecia uma prateleira vermelha repleta de bonecas japonesas e da cena final do filme onde era exibido um funeral em que as pessoas estavam alegres e não tristes como de costume, onde todos cantavam e dançavam em homenagem ao morto porque este havia vivido muitos anos.

Nesta semana o filme foi exibido em um canal pago. Ao ver que seria exibido, gravei para depois assistir. E agora entendo porque passei algumas horas de fome na casa dos meus tios, o filme realmente chama a atenção.

“Sonhos” é repleto de filosofia, de reflexão. São oito pequenas histórias que valem muito para fazer com que pensemos de outra maneira a nossa vida. Enquanto revia algumas cenas, me recordava da fome, da falta de vontade para brincar, do sol quente, da minha tia mandando que eu esperasse mais um pouco pelo almoço, e principalmente, lembrava da minha infância vivida há 20 anos! Lindo filme.

(Dreams - 1990)

Guerra nas Estrelas (1977)


O que falar sobre um clássico do cinema? Um filme que revolucionou a tecnologia cinematográfica e criou produtos de todos os tipos e mídias? O que falar?

Sinceramente, posso falar livremente e sujeito à críticas que este filme é uma droga! Não gostei nenhum pouco dele, para mim a história é péssima, os personagens são chatos os efeitos especiais são totalmente falsos. Não gostei.

Mas posso falar também que adorei os Episódios 1, 2 e 3 que foram feitos nos anos 2000. A eles eu assisti e me diverti vendo. Mas deste original da década de 1970 não...

Enquanto assistia, me lembrava dos episódios de “That’s 70º Show” em que os personagens iam assistir “Guerra nas Estrelas” no cinema, ou quando o Eric sonhava que era o Luke e a Donna se vestia de Princesa Lea e deixava o Eric excitado. E de “That’s 70º Show” eu gostava!

Aqui segue a crítica escrita para o livro “1001 Filmes para Ver Antes de Morrer”:

“Ninguém esperava que o filme do roteirista e diretor George Lucas fosse um sucesso. Em se tratando de um “faroeste de ficção científica” cujo elenco principal era essencialmente desconhecido (Harrison Ford, Mark Hamill e Carrie Fisher), os chefões do estúdio estavam tão convencidos de que o filme iria fracassar que gentilmente cederam a Lucas, de graça, os direitos de merchandising de qualquer produto relacionado a “Guerra nas Estrelas”. Obviamente, não perceberam o enorme potencial do filme e jamais esperaram que fosse gerar duas continuações, três capítulos “anteriores”, um derivativo baseados nos Ewoks, desenhos animados, jogos de computador, brinquedos, trilhas sonoras, livros, enormes vendas de vídeos e DVDs, doces, roupas, roupa de cama e até mesmo comida.

O filme, que custou 11 milhões de dólares e rendeu mais de 460 milhões de dólares, não parecia ter o potencial para se tornar um enorme sucesso. Depois da morte dos tios que o educaram, o jovem obstinado Luke Skywalker (Hamill) se junta com um velho cavaleiro jedi, Ben “Obi-Wan” Kenobi (Alec Guiness), dois robôs, um piloto espacial arrogante chamado Han Solo (uma atuação estelar de Ford) e seu peludo amigo wookie, Chewbacca (Peter Mayhew), para resgatar uma princesa (Carrie Fisher) de um vilão que usava uma túnica preta e um capacete de plástico. “Guerra nas Estrelas” poderia ter sido incrivelmente tolo, considerando-se que, em meados dos anos 70, as pessoas esperavam que ficção científica fosse algo similar aos cenários de plástico de jornada nas estrelas ou com efeitos como a “calota pendurada em um fio” de Ed Wood em seu “Plano 9 do Espaço Sideral”.

Mas Lucas tinha ideias mais grandiosas. Duas décadas antes que imagens de computador fossem usadas para criar mundos fantásticos, Lucas, usando modelos ultradetalhados, truques inteligentes e locações bem escolhidas – as cenas que mostram o planeta desértico de Tatooine, onde Luke morava, foram filmadas em cenários construídos na Tunísia (reutilizados em 1999, em Guerra nas Estrelas: Episódio 1 – A Ameaça Fantasma) –, conta a história de outro universo, no qual o maligno império dominado por Darth Vader (David Prowse, com a voz de James Earl Jones) está no controle. Mas as forças rebeldes estão se reunindo para tentar derrubar os tiranos.

Lucas criou uma mitologia que foi abraçada com entusiasmo por pessoas de todas as idades. Além de dar origem a várias criaturas de uma galáxia muito, muito distante, sua linha de narrativa do bem contra o mal nos apresentou a pessoas e objetos que, desde então, tornaram-se parte de diversos idiomas de nosso planeta: o Millennium Falcon (a nave espacial de Han Solo, que Lucas originalmente imaginou com o aspecto de um hambúrguer voador), os sabres de luz (a arma similar a uma espada, com seu som característico), os Stormtroopers imperiais e, naturalmente, os cavaleiros jedi (hoje uma parte tão integral de nosso inconsciente coletivo que uma campanha via internet sugerindo que as pessoas respondessem “jedi” a um item sobre religião num formulário de recenseamento do Reino Unido teve enorme sucesso).

Ao dar vida a “Guerra nas Estrelas”, Lucas conseguiu criar muito mais do que apenas um filme: criou um mundo, um novo estilo de cinema e uma ópera espacial inesquecível que jamais foi superada”.

"Guerra nas Estrelas" foi indicado ao Oscar de Melhor Filme, Direção (George Lucas), Ator Coadjuvante (Alec Guinness) e Roteiro Original. No entanto, levou 6 estatuetas, todas técnicas: Direção de Arte, Figurino, Efeitos Visuais, Edição, Trilha Sonora e Som. O filme recebeu ainda uma estatueta especial pelos efeitos sonoros criados especialmente para os aliens, criaturas e robôs do filme.

(Star Wars - 1977)

Game of Thrones - Primeira Temporada (2011)


Ultimamente tenho postado muito neste blog e escrito pouco. Na verdade tenho assistido a muitos filmes – afinal terminei minha faculdade estou de volta à casa dos meus pais e ainda não sei o que fazer da vida – mas escrito pouco sobre eles. Sobre seriados então, nem faço ideia quando foi a última vez que escrevi algo sobre alguma temporada que tenha assistido.

Portanto resolvi voltar a escrever, estava até relendo algumas postagens minhas lá de quando comecei a utilizar este meio para divulgar o que tenho assistido. Afinal, foi para isso que criei o blog, divulgar a minha visão sobre o que assisto e desta forma manter um arquivo sobre a minha visão do que assisti. Infelizmente não segui à risca esta ideia inicial, e acabei copiando muitos dos textos aqui postados.

Talvez tenha desanimado um pouco de escrever para este blog porque sei que ninguém lê o que escrevo aqui e inicialmente o utilizava mais como um meio de interação com minha amiga (ex, quem sabe) Camila.

Bem, mas preciso falar um pouco sobre este seriado produzido pela HBO, cuja primeira temporada contém 10 episódios.

“Game of Thrones” é simplesmente incrível! Fiquei vidrado neste seriado desde o seu primeiro episódio e já vou começar a assistir a segunda temporada. Traições, poder, família, magia, mistério, há muita coisa boa nessa produção. Há atores lindos e iniciantes, há personagens interessantes, e lobos fieis a seus donos!

Um seriado bom para quem tem muito tempo livre assim como eu.

(Game of Thrones: The Complete First Season - 2011)

domingo, 8 de abril de 2012

A Um Passo da Eternidade (1953)


Domingo de Páscoa, dia de engordar algumas gramas comendo uma boa comida no almoço e muito chocolate durante a tarde, assistindo a este clássico do cinema mundial. Segue a crítica do 1001 filmes, sinceramente, concordo plenamente com esta crítica, pois eu esperava mais deste filme.

"Apesar da famosa cena icônica de Burt Lancaster e Deborah Kerr rolando e se beijando em uma praia do Havaí, a versão de Fred Zinnemann do best-seller de James Jones sobre a vida em uma base militar americana em 1941, às vesperas do ataque japonês a Pearl Harbor, sofreu de certa forma a ação do tempo. Embora o linguajar, o sexo e a violência já não tenham o mesmo impacto, o foco em temas como adultério, prostituição, corrupção e intimidação sádica garantiram ao filme a premiação em oito categorias do Oscar.

Com o passar dos anos, seus elementos sensacionalistas parecem menos ousados e são as atuações intensas do seu elenco de estrelas que ficam na memória. Lancaster é o sargento Warden, um homem de princípios, porém pragmático. Montgomery Clift é Prewitt, o trompetista novo no quartel (cuja recusa em lutar boxe para a equipe do seu batalhão gera um tratamento preconceituoso por parte dos oficiais) e Frank Sinatra é seu amigo Maggio, que sofre a implicância do odioso sargento Fatso (um memorável Ernest Borgnine). Inevitavelmente, talvez, neste estudo profundamente "masculino" sobre a coragem abrutalhada e a honra individual em conflito com as expectativas conformistas da comunidade em geral, as atrizes não se saem tão bem. A inglesa Kerr está apenas um pouco constrangida como a tórrida adúltera americana e Donna Reed interpreta uma prostituta que se faz passar por aeromoça.

Zinnemann provavelmente não era o diretor ideal para este trabalho. Um artesão bastante meticuloso que progrediu de entretenimentos razoavelmente eficientes para filmes algo conscientes demais da sua própria "importância", ele se encontrava aqui no que se mostrou um ponto de virada na sua carreira. As estatuetas significam que ele poderia passar a fazer filmes mais ostensivamente "de qualidade", porém "A Um Passo da Eternidade" teria lucrado com um toque menos "realista". Afinal de contas, ele é na verdade um melodrama, e um pouco de expressionismo sombrio viria a calhar. Dito isso, o filme é eficiente quando se concentra na dinâmica da intimidação dos mais fracos e nos oficiais que fazem vista grossa às infrações e aos preconceitos que contaminam qualquer grupo fechado. Além disso, Zinnemann conseguiu extrair interpretações vigorosas dos seus atores. E, depois daquele rolar na areia da praia, a vida jamais seria a mesma."

Vencedor de 8 Oscar: Melhor Filme, Diretor (Fred Zinnemann), Atriz Coadjuvante (Donna Reed), Ator Coadjuvante (Frank Sinatra), Fotografia, Edição, Som e Roteiro. Indicado em mais 5 categorias: Melhor Ator (Montgomery Clift e Burt Lancaster), Melhor Atriz (Deborah Kerr), Figurino e Trilha Sonora.

(From Here to Eternity - 1953)

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Eternal Summer (2006)


Mais um romance GLS que assisti.

Este filme taiwandês conta a história de Jonathan e Shane que preservam uma amizade desde a infância. Jonathan é um garoto centrado e tímido que é obrigado por sua professora a ser amigo de Shane, para que assim o ajude em seu desenvolvimento na escola. Com o passar do tempo, Jonathan deixa de se sentir obrigado a manter esta amizade e passa a sentir um forte afeto por Shane.

Quando crescem, e ainda no colégio, surge uma garota, que primeiramente se aproxima de Jonathan e nota que ele não retribui ao interesse que ela sente por ele, no entanto, a garota percebe que Jonathan se sente atraído por Shane.

Para complicar um pouco a situação, Shane se aproxima da garota, que retribui ao interesse do rapaz, causando assim, ciúmes em Jonathan. Um bom filme.

(Sheng xia guang nian - 2006)

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Sexo Sem Compromisso (2011)


A trama aqui gira em torno do relacionamento inusitado da dupla formada por Ashton Kutcher e Natalie Portman: uma amizade que inclui sexo, mas sem romance. Faz lembrar “Amor e Outras Drogas” e “Amizade Colorida”, o último, o melhor filme do gênero.

Por alguns minutos, acompanhamos as peripécias sexuais do casal, que se vale de lugares inusitados sempre que os hormônios entram em ebulição. Seja numa cama, ou num centro cirúrgico, quando um deles sente desejo, manda uma mensagem para o celular do parceiro.

Depois de algum tempo, Adam (Ashton Kutcher) se apaixona de verdade por Emma (Natalie Portman), que não quer envolver-se romanticamente com ninguém. Ele fica o resto do tempo tentando convencê-la de que vale a pena estar numa relação, especialmente se for com ele. E ela insiste que só o sexo lhe basta.

Até chegar em seu terceiro ato, para lá de óbvio e previsível, “Sexo Sem Compromisso” aborda os benefícios e problemas da prática explicitada no seu título. A contar pela chateação em que o romance se transforma a partir do momento em que se torna oficial, a tal prática tem mais vantagens do que desvantagens. Adam é romântico. Quando Emma diz não querer um buquê de flores, ele lhe dá um buquê de cenouras...

(No Strings Attached - 2011)

A Garota da Capa Vermelha (2011)


“A Garota da Capa Vermelha” faz uma releitura da história infantil de Chapeuzinho Vermelho para o público adolescente de nossos tempos. Com muito suspiro, muito amor virginal, um amor impossível e uma criatura perigosa.

Amanda Seyfried interpreta Valerie, que vive numa aldeia da Idade Média, onde ela e seu povoado sofrem de um grande mal. Em noites de lua cheia, são atacados por um lobo mau, um lobisomem ou uma criatura semelhante e para evitar mortes, sacrificam-se animais. O povoado vive sob medo constante. A situação piora quando a irmã mais velha de Valerie é morta pela criatura.

O interesse amoroso de Valerie é o lenhador Peter (Shiloh Fernandez). Mas os pais da garota querem que ela faça um bom casamento, com o mauricinho Henry Lazar (Max Irons). Ela pensa em fugir com seu amado, mas o lobo mau atrapalha seus planos.

A chegada de um padre viúvo e pai de duas filhas, caçador de lobisomens, interpretado por Gary Oldman, dono de uma câmara de tortura em forma de elefante, tende a trazer alguma movimentação para o filme. Mas não dura muito. Logo Valerie ganha uma capa vermelha de sua avó (Julie Christie).

Mas por que ela dá uma capa para a neta? Simplesmente porque o filme se chama “A Garota da Capa Vermelha”, e em algum momento terá de colocar em cena uma menina com a tal indumentária. Fora isso, não há qualquer significado para o apetrecho.



(Red Riding Hood - 2011)

A Árvore da Vida (1957)


John Wickliff Shawnessy (Montgomery Clift) é um jovem engajado e pacifista que deixa seus ideais temporariamente de lado ao sucumbir aos encantos da bela e milionária Susanna Drake (Elizabeth Taylor).

Mas ele logo descobre que, da família, Susanna herdou muito mais que o dinheiro: sua mãe falecera em uma clínica psiquiátrica e agora ela já começa a demonstrar sinais de desvio comportamental.

Quando a Guerra Civil explode, John se junta às tropas da União, agravando ainda mais a depressão da esposa. Ao mesmo tempo, ele tem a chance de repensar sua vida e avaliar as decisões mais sensatas em relação ao futuro de seu casamento.

Indicado a 4 Oscar: Melhor Atriz (Elizabeth Taylor); Direção de Arte; Figurino e Trilha Sonora.

(Raintree County - 1957)