segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Doentes de Amor (2017)


Às vezes, podemos enxergar o amor como uma doença. Este sentimento nos causa angústia, dor, tristeza e o mais irônico disto tudo é que seu antídoto se encontra na própria doença: no amor. Só um amor correspondido pode curar os sintomas do amor.

“Doentes de Amor” é a verdadeira história de amor do paquistanês Kumail e da norte-americana Emily. Quando estavam se conhecendo e se apaixonando, o casal passou por controvérsias causadas por suas diferenças cultural e religiosa. Além disto, Emily entrou em coma, o que deixou Kumail abalado.
Durante o tempo que Emily esteve hospitalizada, Kumail não saiu de seu lado, o que o aproximou dos pais dela. No entanto, quando Emily acordou, ela o rejeitou, o que causou uma tremenda dor no coração do jovem paquistanês.

O filme tem sua narrativa alongada e é um tanto seco, apesar de seus momentos cômicos causados pelo multiculturalismo dos personagens. Mesmo assim ele se torna cansativo de ser visto. Perdi muitas vezes a atenção enquanto o assistia.

Nomeado ao Oscar de Roteiro Original.

(The Big Sick - 2017)

Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi (2017)


"Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississipi" nos trás a história de duas famílias, os McAllan e os Jackson. A primeira família, branca, já a segunda, negra. Ambas fazendeiras e cada uma com um membro da família lutando junto com o exército norte-americano na Segunda Guerra Mundial.

Apesar do cenário geral ser igual sob as duas famílias, os Jackson são vítimas do preconceito racial. São inferiorizados pelos brancos a todo momento, apesar de muitas vezes serem melhores do que estes.

Tudo piora quando os dois rapazes que estavam lutando na Europa retornam para casa e se tornam amigos. Essa amizade não é aceita e o rapaz negro é aquele que mais sofre as consequências.



Nomeado aos Oscar de Atriz Coadjuvante (Mary J. Blige), Roteiro Adaptado, Fotografia e Canção Original (Mighty River).

(Mudbound - 2017)

sábado, 20 de janeiro de 2018

Sem Fôlego (2017)


“Sem Fôlego” foi um filme que me desapontou. Imaginei uma história fantástica entre duas crianças de diferentes gerações e o que assisti foi uma história interminável e sem graça.

Ambas se aventuram por Nova York, buscando informações sobre suas famílias. No final as histórias se cruzam, mas não houve nada de fantástico nisso tudo.

(Wonderstruck - 2017)

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

O Touro Ferdinando (2017)


Normalmente eu assisto filmes quando estou sozinho em meu quarto, mas quando vou ao cinema, o que eu adoro, a experiência vai além da tela grande, pois ela se pauta nas diferentes reações dos expectadores. E as melhores reações são sempre as das crianças que assistem ao filme ao nosso lado.

Elas narram toda a história de seu modo, empolgam-se com o que estão vendo, interpretam de forma ingênua tudo que está na tela grande, prometem nunca mais comer carne quando vêem o touro quase sento abatido em um frigorífico. E quando o filme termina, elas querem que a história volte no início como se estivessem em casa assistindo a um DVD.

“O Touro Ferdinando” causa tudo isto em crianças e com certeza trará belos sentimentos nos adultos que irão assisti-lo.

Nomeado ao Oscar de Melhor Filme em Animação.

(Ferdinand - 2017)

domingo, 14 de janeiro de 2018

A Forma da Água (2017)


Lembra da Amelie Poulain? Então, “A Forma da Água” me remeteu a todo o momento esta obra-prima francesa. Porém, não com o mesmo resultado.
Podemos substituir Amelie pela faxineira muda Elisa e seu amor Nino pelo monstro aquático. A fotografia em que a cor verde predomina também está presente em ambos os filmes e a trilha sonora tenta ser contagiante quanto aquela composta por Yann Tiersen para o filme francês. Apesar de toda a comparação, não se engane: Amelie Poulain se sobressai.

“A Forma da Água”, para mim, é um filme decepcionante, chato e sem nada de novo. Ainda gosto de Guillermo Del Toro, este diretor sempre será incrível por ter criado o fabuloso “O Labirinto do Fauno”. No mais, este filme será a grande decepção do Oscar 2018.

Nomeado a 13 Oscars: Melhor Atriz (Sally Hawkins), Ator Coadjuvante (Richard Jenkins), Atriz Coadjuvante (Octavia Spencer), Roteiro Original, Fotografia, Figurino, Edição de Som, Mixagem de Som e Edição. Vencedor do Oscar de Melhor Filme, Direção (Guillermo del Toro), Trilha Sonora e Direção de Arte

(The Shape of Water - 2017)

domingo, 7 de janeiro de 2018

Uma Razão Para Viver (2017)


A todo o momento “Uma Razão para Viver” me remeteu ao filme “A Teoria de Tudo”. Além de serem histórias reais, ambos mostram mulheres fortes que lutam pelo amor de um homem doente.

A história de Robin e Diana Cavendish vale muito a pena ser vista. Não é apenas uma bela história de amor, mas uma história de superação e motivação. Quando Robin é diagnosticado com poliomielite, Diana não aceita que seu marido passe o resto de sua vida em um leito de hospital e assim o leva de volta para casa e adapta tudo a sua volta para que seu marido tenha uma vida melhor ao seu lado e ao lado de seu filho.

Ao mudar a condição de seu marido, Diana muda também a forma que pessoas que sofriam algum tipo de paralisia era vista pela sociedade. Assim, ela não só melhorou a vida de seu marido, como também a vida de muitas pessoas que antes viviam reclusas em um quarto.

Belo filme, bela história.

(Breathe - 2017)

Viva: A Vida é uma Festa (2017)


O que dizer desta fofura de filme?

“Viva: A Vida é uma Festa” é uma delicia de filme, tanto para adultos quanto para crianças. A história se passa no México, no dia dos mortos, com a família do pequeno Miguel. Este garotinho ama cantar e tocar seu violão, mas tudo em segredo, pois sua família aboliu a música de suas vidas.

Quando sua avó Imelda descobre que ele tem um violão, ela o destrói, impedindo que Miguel participe de um concurso musical em sua cidade. É então que o pequeno cantor tenta roubar o violão de um famoso cantor chamado Ernesto de La Cruz, que faleceu há muito tempo. Quando ele vai ao cemitério para roubar o instrumento é levado ao mundo dos mortos, onde encontra seus antepassados e entende o porquê de amar tanto a música, enquanto seus familiares a abominam.

A doutrina espírita está contida em todo o filme, mas não é só isso. “Viva: A Vida é uma Festa” fala sobre o amor, os laços familiares e a razão de sempre agradecer os antepassados. É um filme mágico e encantador.



Vencedor dos Oscar de Melhor Filme em Animação e Canção Original (Remember Me).

(Coco - 2017)

O Artista do Desastre (2017)


Eu tenho um total preconceito com todos os trabalhos do ator James Franco. Mas tenho que admitir que o ator fez um excelente trabalho ao dirigir e atuar em “O Artista do Desastre”.

Este filme conta a história real do bizarro Tommy Wiseau e sua amizade com o aspirante ator Greg Sestero. Após mudarem-se para Hollywood em busca de trabalho e não conseguirem nada de maneira alguma, Wiseau tem a “brilhante” ideia de escrever, produzir e dirigir seu próprio filme: o hoje cultuado “The Room”.

“O Artista do Desastre” foca no período de produção e lançamento de “The Room”, um dos piores filmes já produzidos em todos os tempos, e principalmente na amizade bizarra dos dois atores, ambos interpretados pelos irmãos Franco. O filme rende boas gargalhadas e garanto que você irá terminar de assisti-lo com vontade de ver “The Room”.

Nomeado ao Oscar de Roteiro Adaptado.

(The Disaster Artist - 2017)

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

O Estranho que Nós Amamos (2017)


Quando um soldado das tropas inimigas aparece ferido na casa onde estão abrigadas sete mulheres de diferentes idades, tudo muda. Primeiro elas o temem, depois o garante todos os cuidados necessários para curar seus ferimentos, e assim passam a se sentirem seduzidas por ele.

Tudo parece correr bem até que o ciúme surge entre elas, e a desconfiança e insegurança brota na mente do soldado. Ele se sente intimidado e elas traídas, a relação entre eles se torna uma ameaça e a única saída para esta situação é uma medida extrema.

O filme não é o melhor de Sofia Copolla, mas apresenta um grande elenco e não é tão ruim assim de se ver.

(The Beguiled - 2017)

A Guerra dos Sexos (2017)


O longa ficcionaliza o jogo amistoso, em 1973, entre a tenista Billie Jean King (Emma Stone), uma das melhores do mundo da época, e Bobby Riggs (Steve Carell), que conheceu certa fama e vitórias antes mesmo de sua oponente nascer, mas transformou-se numa espécie de palhaço com piadas de mau gosto, além de assumidamente chauvinista. Billie Jean foi uma feminista assumida e uma de suas batalhas era para que as jogadoras de tênis ganhassem os mesmos salários e disputassem prêmios nos mesmos valores que os jogadores. Foi uma guerra árdua, conforme mostra o filme, que pende para o lado um tanto cômico, expondo especialmente o quão ridículo Riggs era.

O filme começa com Billie Jean conquistando o torneio o US Open de 1972, e descobrindo que a principal associação de tênis dos EUA anunciava um prêmio oito vezes maior para o campeonato masculino. Num ato de rebeldia, com ajuda de sua empresária, Gladys Heldman (Sarah Silverman), a esportista lança uma associação exclusiva para as tenistas a fim de melhorar as condições de trabalho. Sua batalha estava apenas começando.

Quando começa a se preparar para os primeiros jogos da liga feminina, Billie Jean conhece uma cabeleireira, Marilyn (Andrea Riseborough), com quem acaba se envolvendo e questionando muitas de suas escolhas. Ela acaba se assumindo lésbica – primeiro apenas para si mesma e o marido (Austin Stowell), que se mostra bastante compreensivo. Naquele momento de sua carreira e do mundo, seria sua destruição isto vir a público.

Billie Jean é feroz em sua luta por igualdade, mas também terna e assustada quando começa a descobrir o seu verdadeiro eu. A personagem não entra em cena para seduzir o homem dos seus sonhos – um diferencial, aliás, de muitas das protagonistas femininas de Hollywood – mas para fazer uma revolução.

(Battle of the Sexes - 2017)

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Divinas Divas (2016)


Yes! Nós temos bananas! Bananas pra dar e vender!

Sim, elas tinham bananas! E a jovem atriz Leandra Leal, reuniu todas elas para contar como era fazer sucesso nos palcos do teatro Rival, no Rio de Janeiro, em plena ditadura militar.

Aqui estão reunidas Rogéria, Jane Di Castro, Valéria, Camile K, Fujika Di Halliday, Eloína dos Leopardos, Brigite Búzios e Marquesa. E todas elas, enquanto ensaiam um novo espetáculo para o palco do Rival, contam suas histórias e mostram para o mundo como não é nada fácil ser travesti no Brasil.

Um ótimo e essencial documentário. Parabéns Leandra Leal!



(Divinas Divas - 2016)