domingo, 30 de abril de 2017

(500) Dias com Ela (2009)


Esta não foi a primeira vez que vi este filme. Ao assistí-lo em seu ano de lançamento adorei a história e sua narrativa, porém não gostei da atitude da Summer. Para mim, ela foi insensível com Tom. Digo insensível para não usar palavras de baixo calão.

No entanto, certa vez uma amiga da faculdade enviou-me um texto em que analisava-se o filme sob as razões de Summer, justificando-se assim cada atitude da garota. A princípio o texto me convenceu.

Mas hoje, ao rever ¨(500) Dias com Ela¨, e com essas duas visões sobre o filme em mente, ainda permaneci com a minha primeira impressão: a Summer é insensível com Tom.

E a conclusão que chego é a de que enquanto a tristeza de Tom é completamente visível, a felicidade de Summer é uma incógnita. Sob olhares de arrependimento, e mesmo após estar casada com outro, ela vai até o lugar favorito de Tom com a esperança de encontrá-lo. Por que terá ela feito isto, visto que não valorizou Tom enquanto ele a amava?

((500) Days of Summer - 2009)

sábado, 29 de abril de 2017

Fragmentado (2016)


Este é o filme mais recente de M. Night Shyamalan diretor de O Sexto Sentido.

Três garotas são sequestradas por um homem com a personalidade multifacetada, a cada momento ele é alguém, e todas estas personalidades comunicam entre si.

No final, o filme apresenta uma linkagem com outro filme do diretor, Corpo Fechado. Mesmo assim está longe de superar o grande sucesso que foi O Sexto Sentido. Não me convenceu como um todo...

(Split - 2016)

domingo, 23 de abril de 2017

Vattnet (2012)


Um garoto recluso tem um contato com outro garoto jogador de futebol. Nada especial.



(Vattnet - 2012)

One Night (2016)


Sabe aquele filme que não tem nada? Que é pacato, lento, com aquela trilha sonora que vai te envolvendo? Que apresenta cenas de um casal sensível ao toque? Então, ¨One Night¨ é exatamente isso. E por isso me cativou.

A história se passa em um hotel, onde, quem sabe, passado e presente se misturam. Um casal adulto, Elizabeth e Drew, dão conselhos amorosos ao jovem casal Bea e Andy, como se estes fossem eles no passado.

Tudo se passa em uma única noite, em um filme curtinho e agradável de assistir.

(One Night - 2016)

Laranjas (2004)


O seu primeiro beijo teve sabor de que?



(Oranges - 2004)

Violine (2012)


Dois rapazes estranhos em um apartamento, acompanhados de um violino. Sedutor.



(Violine - 2012)

F. é um Porco (1998)


Beni é um ingênuo rapaz de 15 anos que se apaixona perdidamente por Fögi, um cantor de uma banda de rock local. Imaginando ter seu amor correspondido, Beni deixa sua vida de lado para acompanhar Fögi por sua turnê. Com o passar do tempo, o que poderia ser uma bela história de amor, vai se transformando em autodestruição.

Fögi explora a ingenuidade de Beni, o apresenta ao mundo das drogas, não é fiel ao seu amor, mantêm relacionamentos com outros homens, e, após toda a decadência de suas vidas Fögi induz Beni a se prostituir para garantir o sustento dos dois.

O cúmulo da submissão é quando Beni é tratado como um cachorro por Fögi, chegando até mesmo a permanecer nu, usando apenas uma coleira.

(F. Est un Salaud - 1998)

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Felizes Juntos (1997)


O título desde filme é uma ironia. Juntos, seus protagonistas são agressivos, não felizes. Seu contato gera atrito, raiva, fúria. Tudo isto regido por um tango argentino e emoldurado por uma bela fotografia.

Ho Po-Wing (Cheung) e Lai Yui-Fai (Leung), originários de Hong Kong, vivem na Argentina uma relação amorosa tempestuosa, entre separações e recomeços, o que os levam a sempre adiarem a viagem à tão sonhada Cataratas do Iguaçu.

Quando o dinheiro escasseia Fai recorre aos trabalhos que pode arranjar, atraindo clientes a um bar de tango ou na cozinha de um restaurante. Durante a separação, Po-Wing prostitui-se e é agredido por um cliente, procurando de novo Fai, que o acolhe. Mas os conflitos permanecem. No restaurante onde passa a trabalhar, Fai conhece Chang, originário de Taiwan, que afirma desejar querer ir até "ao fim do mundo" (Terra do Fogo) e libertar por lá as suas tristezas, oferecendo-se para levar as de Fai.

Um filme que não supriu minhas expectativas.



(Chun gwong cha sit - 1997)

domingo, 16 de abril de 2017

Henry Gamble's Birthday Party (2015)


Este é um filme sobre a descoberta sexual de um garoto religioso de 17 anos. Na verdade é um filme fraco e enfadonho, onde toda a história se passa em um único dia, à beira de uma piscina, com os pais de Henry e seus amigos o cercando.

Muitos desejos reprimidos, olhares trocados e pouca ação. Todos os personagens apresentam algum problema a ser resolvido, mas a solução está longe de ser apresentada.

Eu esperava mais para um filme que assisti no domingo de Páscoa.

(Henry Gamble's Birthday Party - 2015)

quarta-feira, 12 de abril de 2017

13 Reasons Why - Primeira Temporada (2017)


Oi! Aqui é o Alexandre. E se você está lendo este post é porque eu sobrevivi.

Sobrevivi porque soube enfrentar as decepções que me ocorreram e que ainda ocorrem. Tenho consciência de que elas sempre estarão lá, ou por aqui, prontas para cruzar o meu caminho e transformar minha vida num inferno. E eu bem sei que este inferno é passageiro, afinal, assim como a felicidade, tudo se esvai. Como nos diz Bauman, neste mundo pós-moderno, tudo se torna descartável, supérfluo, não encontramos relações sólidas em um mundo fluído, a nossa realidade é líquida apesar de sempre buscarmos coisas sólidas e duradouras.

E Hannah, a personagem central desta série, baseada em um livro homônimo, sofre, se angustia, é menosprezada, maltratada, assim como eu ou você fomos um dia. Cada relação que ela teve com um dos ¨13 porquês¨ a decepcionou de alguma forma. O que ela imaginou ser sólido, fluiu e se foi, não se importando que mal a causou. Pena que Hannah não soube como sobreviver a todos estes transtornos, que no decorrer da série se somatizaram e a levou a pior de suas decisões: o suicídio.

Em decorrência desta temática tão pesada, ¨13 Reasons Why¨ se tornou uma série controversa. Há quem diga que ela faz apologia ao suicídio, outros o contrário, que a série tem feito com que pessoas depressivas procurem ajuda. Este é um debate que deve durar, por isso procuro olhar o lado positivo disto tudo, afinal podemos interpretar esta narrativa como um alerta. Um alerta aos pais por exemplo.

Ao analisarmos o comportamento dos pais de Hannah, percebemos que eles não entenderam a atitude da filha e a todo momento buscam respostas, simplesmente eles não enxergaram o que se passava com Hannah, assim como muitos pais não enxergam o que se passa com seus filhos dentro de suas próprias casas. Afinal, somente enxergamos o que conhecemos! Se não conhecemos os sintomas de alguém prestes a se matar, não vamos interpretar estes sinais até que o mal maior ocorra.

E outra coisa, sempre houve filmes polêmicos e controversos. Posso citar vários, por exemplo, Trainspotting, Garotos de Programa, Kids, Irreversível, Ken Park, Elephant. Todos eles tratam de questões que envolvem o uso abusivo de drogas e álcool, a prostituição, o sexo inconsequente, o estupro, a auto-mutilação. Já vi todos, e nem por isto trouxe para a minha vida o que ví nestes filmes. Muito pelo contrário, eles me serviram de alerta, passei a enxergar o que poderia ser desconhecido.

Chego a conclusão de que a vida é sofrimento e por esta razão buscamos sempre o escapismo. Seja no uso de álcool, drogas, sexo, religião... tudo isto faz com que possamos encobrir nossa realidade, nossas dores e sofrimento e o suicídio de Hannah foi o escapismo à vida.

(13 Reasons Why - First Season - 2017)

domingo, 9 de abril de 2017

O Novíssimo Testamento (2015)


Este filme que foi indicado ao Globo de Ouro em 2016 parte da premissa de que Deus existe e ele é mau. Deus trabalha o dia todo em seu escritório, atrapalhando e zombando da vida de cada cidadão deste planeta. Esta é a sua diversão.

Seu filho JC já saiu de casa e nunca mais voltou, Deus já perdeu a esperança de que ele um dia retornará, mas a sua esposa coloca todos os dias o seu prato na hora das refeições. Deus também tem uma filha, EA, e desta vez é ela que se revolta com seu pai e decide vir para a Terra à procura de 6 novos apóstolos que a ajudarão a escrever o Novíssimo Testamento.

Antes de partir para a Terra, EA invade o computador de seu pai e envia a todos os seres humanos as datas de suas mortes, isto já causa um grande transtorno a seu pai Deus. Depois disso ela sai a procura de cada apóstolo, para assim reescrever o mundo como ele é.

Um ótimo filme que não agradará os cristãos.

(Le tout nouveau testament - 2015)

Um Gato de Rua Chamado Bob (2016)


Não se engane com este pôster fofo, com um homem e um gatinho em seu ombro.

Este não é um filme família, é um daqueles filmes soco no estômago sobre superação. E foi baseado em uma história real. Inclusive o Gato Bob é o gato da história verdadeira.

James Bowen sofreu nas ruas de Londres. Viciado em drogas e abandonado por seu pai, vivia dependente do auxílio de assistentes sociais. As cenas de abstinência de James retratadas no filme são dolorosas de se ver. No entanto, tudo em sua vida muda quando um gato ruivo passa a persegui-lo pelas ruas e torna-se seu companheiro.

Com Bob em seu ombro, James passa a chamar a atenção nas ruas e com isso a representante de uma editora decide escrever sua história. O livro se tornou best seller e é nele em que o filme se baseia.

(A Street Cat Named Bob - 2016)

A Luz Entre Oceanos (2016)


Baseado no best-seller homônimo da autora australiana M. L. Stedman – que estourou logo em seu primeiro romance – e escalando o par mais badalado do mundo depois da separação de Brad Pitt e Angelina Jolie, o alemão-irlandês Michael Fassbender e a sueca Alicia Vikander, A luz entre oceanos nasce calcado em boas premissas para ser o sucesso romântico da temporada.

Namorados na vida real durante as filmagens, Michael e Alicia dão vida na tela com naturalidade ao casal Tom e Isabel Sherbourne. Os dois se conhecem em 1919, quando Tom volta, traumatizado, da I Guerra Mundial e decide purgar suas dores e fantasmas interiores aceitando o posto de faroleiro numa remota e pequena ilha australiana, Janus Rock.
Ainda que o trabalho implique um quase total isolamento, este é rompido por breves visitas de Tom à cidade mais próxima, onde mora Isabel – que também perdeu seus dois irmãos na guerra. Afinidades como essa os aproximam e eles se casam, construindo na ilhota um pequeno reino cheio de felicidade, apesar do clima inóspito e da distância de outras pessoas.

O primeiro drama surge quando, grávida do primeiro filho, Isabel sofre um aborto. Algum tempo se passa até que os dois se disponham a uma nova tentativa de ter um bebê, mais uma vez interrompida tragicamente.

Um acaso coloca uma criança no seu caminho, quando chega à ilha um bote à deriva, carregando um homem morto e um bebê, este vivo e esfomeado. Descarregando nesta pequena órfã todo seu amor maternal represado, usando nela as roupas que comprara para o seu próprio filho, Isabel enxerga no incidente a solução para sua tragédia. E convence o relutante Tom a fazer parte de uma mentira, que implica em dizer que a menina é sua filha natural e fazendo-o enterrar na ilha o corpo do desconhecido, sem nada reportar.

Uma trágica virada os espera quando, tempos depois, descobrem que sua pequena Lucy é, na verdade, a filha perdida de Hannah Potts Roennfeldt (Rachel Weisz), cujo marido, um alemão, estava desaparecido, junto com seu bebê, Grace, ao fugir da investida de intolerantes – coisa que ocorria com certa frequência contra alemães após a I Guerra.
Consumido pela culpa e dividido na lealdade à mulher, Tom termina precipitando uma mudança nos destinos de todos, que oferece ao filme a oportunidade de construir uma densidade dramática mais consistente, no roteiro assinado pelo diretor norte-americano Derek Cianfrance.

Conhecido pelo romance disfuncional Namorados para Sempre (2010), Cianfrance está à vontade numa história em que o romantismo, mais extensivo aqui, é desafiado por seu contexto e escolhas éticas mais agudas. Tudo isso e mais as interpretações seguras do trio Fassbender-Vikander-Weisz sustentam o interesse num filme altamente atraente e bem-feito, que navega bem no desafio de não se tornar um mero mar de lágrimas.

(The Light Between Oceans - 2016)