sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Dor e Glória (2019)


"Dor e Glória" é o mais novo filme de Pedro Almodovar que se aproxima de uma autobiografia. Antônio Banderas interpreta Salvador Mallo, um diretor de cinema que revisita sua infância e a convivência com sua mãe (Penélope Cruz). Passado e presente vão se intercalando neste filme que nos apresenta um diretor de cinema um tanto quanto depressivo e insatisfeito com os caminhos tomados em sua vida.

Este foi o único filme que recebeu alguma indicação ao Oscar 2020 que apresenta uma temática GLS.

Nomeado ao Oscar de Melhor Filme em Lingua Estrangeira e Melhor Ator (Antônio Banderas).

(Dolor y Gloria - 2019)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Malévola: Dona do Mal (2019)


O principe Philip pede a Rainha Aurora (também conhecida como Bela Adormecida) em casamento, e ela aceita contrariando sua madrasta Malévola. No entanto, Malévola acaba cedendo a vontade da jovem Rainha e as duas vão, a convite da Rainha Ingrith, mãe de Philip, a um jantar no castelo. O nada agradável jantar termina com o Rei enfeitiçado e Malévola levando a culpa sobre o feitiço, o que leva a toda confusão contida no filme.

Um filme desnecessário.

Nomeado ao Oscar de Maquiagem.

(Maleficent: Mistress of Evil - 2019)

1917 (2019)


Plano-sequência: em cinema e audiovisual, é um plano que registra a ação de uma sequência inteira, sem cortes. E foi esta técnica que Sam Mendes escolheu para nos contar a história de dois soldados ingleses na Primeira Guerra Mundial.

Ao utilizar o plano-sequencia o diretor nos dá a impressão de que o filme é um ato contínuo, parecendo que ele foi todo filmado de uma só vez com uma única câmera. Caso os personagens entram em um caminhão, a câmera os acompanha e senta à sua frente. Caso caminham por uma estrada, a câmera está à frente focando seus rostos ou segue as suas costas. Em certos momentos, a câmera se afasta dos personagens para nos mostrar o cenário que os cerca. Esta técnica deixou o filme fantástico, e cria a ilusão de que nós expectadores estamos ali junto aos personagens, o que intensifica o clima de tensão contido no filme.

A história aqui é simples. Dois soldados recebem a missão de levar uma mensagem a um batalhão que encontra-se em território inimigo. Missão essa quase impossível de ser concluída. É interessante ressaltar que tanto o general que envia a mensagem, quanto o que a recebe, são praticamente os únicos atores famosos do filme, respectivamente, Colin Firth e Benedict Cumberbatch, aparecendo poucos minutos em tela.

"1917" é um filme excelente que deve ser visto na tela grande de um cinema, coisa que eu não fiz... Mas por favor, caso tenham visto, no cinema ou no conforto de suas casas, me respondam uma pergunta: quem ordenhou aquela vaca?



Nomeado a 10 Oscar: Melhor Filme, Direção (Sam Mendes), Roteiro Original, Fotografia, Maquiagem, Direção de Arte, Trilha Sonora, Efeitos Visuais, Mixagem de Som e Edição de Som. Vencedor do Oscar de Fotografia, Efeitos Visuais e Mixagem de Som.

(1917 - 2019)

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Hebe - Primeira Temporada (2019)


Seriado que foca na vida da apresentadora Hebe Camargo, principalmente durante seu casamento com o empresário Lélio Ravagnani.

Eu estava tão ansioso para ver esta produção, mas infelizmente me decepcionei. A atuação de Andréia Beltrão como Hebe deixa a desejar e a narrativa não linear escolhida para contar a história da apresentadora só serviu para deixar o seriado um tanto quanto confuso.

Não valeu a pena assistí-lo para saber mais sobre a vida da tão queria apresentadora de TV do Brasil.

(Hebe - Primeira Temporada - 2019)

O Escândalo (2019)


O filme é baseado na história real de duas jornalistas da Fox News, Gretchen Carlson e Megyn Kelly, que decidiram denunciar o executivo Roger Ailes de abuso sexual.

Nomeado aos Oscar de Melhor Atriz (Charlize Theron), Atriz Coadjuvante (Margot Robbie) e Maquiagem.

(Bombshell - 2019)

Mémorable (2019)


Um velho pintor e sua esposa lutam cada vez mais para lidar com o avanço da demência dele, mas é o paralelo traçado entre a arte e a memória deste senhor com Alzheimer que faz deste curta-metragem algo memorável. Um pequeno filme animado feito com perfeição!

Nomeado ao Oscar de Melhor Curta-Metragem em Animação.

(Mémorable - 2019)

Sometimes, I Think About Dying (2019)


O meu mundo está no Universo. O meu país está no meu mundo.
Meu estado está no meu país. Minha cidade está no meu estado.
Está bem, não é uma cidade, é um vilarejo.

E minha rua está no vilarejo. A minha casa está na rua.
Estou deitada na minha cama, em um quarto, numa casa...
E às vezes, eu penso em morrer.

Este é um curta-metragem sobre o peso da depressão.



(Sometimes, I Think About Dying - 2019)

Nefta Football Club (2018)


Mohamed e Abdallah são dois irmãos tunisianos que um dia encontram um burro perdido na fronteira entre a Tunísia e a Argélia. O interessante é que o burro estava com fones de ouvido, ouvindo uma música barulhenta, como também carregava uma cesta cheia de cocaína. Mohamed, o irmão mais velho, logo reconheceu a droga e decidiu levá-la para casa dizendo ao irmão mais novo Abdallah que aquilo nada mais era que sabão em pó.

O interessante é saber o porquê do curta se chamar Nefta Futebol Clube!

(Nefta Football Club - 2018)


Kitbull (2019)


Um curta sobre a história da amizade surgida entre um gatinho esperto e independente e um pitbull.



Nomeado ao Oscar de Melhor Curta-Metragem em Animação.

(Kitbull - 2019)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

In the Absence (2018)


É revoltante assistir este curta documental sobre o naufrágio de um navio onde quase 300 crianças morreram por negligência do governo sul-coreano. Não conhecia esta história até então, mas ela foi um dos estopins para o impeachment da presidente da Coréia do Sul, Park Geun-hye, em 2017.

Nomeado ao Oscar de Melhor Documentário em Curta-Metragem.

(In the Absence - 2018)

Sister (2018)


Uma pequena animação chinesa com bonecos de feltro e um uso excepcional das cores, feita para nos contar a história de um garoto que nos narra as travessuras de sua irmã. Só não digo mais, pois assim o curta-metragem de Siqi Song perde seu encanto.

Simplesmente tocante.

(Sister - 2018)

Hair Love (2019)


Este pequeno curta nos traz uma garotinha negra tentando lidar com seus cabelos crespos. Para isto ela assiste a um tutorial na Internet que foi gravado pela sua mãe que, no entanto, se encontra ausente. Apenas seguindo as dicas do tutorial deixado pela mãe, a menininha não obtém um bom resultado e busca a ajuda do pai, que logo sugere que ela use uma toca para esconder seu cabelo nada fácil de lidar.

O curta-metragem, apesar de ter apenas 7 minutos, lida com questão racial, aceitação, ausência e superação. Não é uma obra de arte, mas é muito bem feito dentro de seu contexto.

Vencedor do Oscar de Melhor Curta-Metragem em Animação.

(Hair Love - 2019)

O Farol (2019)


isolamento

substantivo masculino
1. separação de uma substância, um elemento, uma coisa de um determinado meio ou de seu contexto.
2. estado da pessoa que vive isolada, que se pôs ou foi posta à parte.
3. POR EXTENSÃO ato de aplicar um isolante a um corpo.
4. PSICANÁLISE interrupção das conexões de um pensamento ou comportamento com o resto da existência do indivíduo (p.ex., rituais, fórmulas e tudo que permite estabelecer uma quebra na sucessão temporal dos pensamentos ou atos); mecanismo de defesa típico da neurose obsessiva.
5. MEDICINA pavilhão ou parte reservada, num hospital ou numa clínica, aos doentes portadores de moléstias infectocontagiosas ou que aí são postos para observação por serem suspeitos de portar doenças desse tipo.

solidão

substantivo feminino
1. estado de quem se acha ou se sente desacompanhado ou só.
2. caráter dos locais ermos, solitários.

Dois faroleiros (nunca pensei em utilizar esta palavra em um texto), interpretados por Robert Pattinson e Willem Dafoe, encontram-se isolados em um farol à beira mar, entenda-se bem, isolados. Portanto o filme não se trata de solidão, mas da condição de se estar isolado do resto do mundo e de toda a paranoia que pode ser desenvolvida a partir desta conjuntura.

Além disso, passamos a ver a relação de submissão e obediência contida na relação entre os dois homens, o que afeta de maneira profunda o psicológico do subordinado. Inicialmente as cenas mostradas no filme nos parecem plausíveis da realidade em que eles vivem, mas no decorrer da história, os personagens nos apresentam histórias de seus passados, sonhos e ilusões, que se misturam nas cenas que até então nos pareciam plausíveis de realidade. Está aí a confusão!

Quando tudo isto ocorre, "O Farol" nos abre a intermináveis percepções e o filme é tão aberto a interpretações que eu afirmo: não entendi nada!



Nomeado ao Oscar de Fotografia.

(The Lighthouse - 2019)

sábado, 18 de janeiro de 2020

Adoráveis Mulheres (2019)


Sabe aquele filme tradicionalmente impecável? Trilha sonora perfeita, figurinos deslumbrantes, fotografia encantadora, direção de arte esplendorosa e com direito a final feliz? Assim é "Adoráveis Mulheres".

O livro de Louisa May Alcott já foi adaptado diversas vezes para o cinema e televisão e, mesmo não me recordando em nada do enredo, sei que a única versão que vi foi a de 1994 com Winona Ryder como protagonista. Nesta aqui é Saoirse Ronan que entra em cena como Jo March, irmã de Amy, Meg e Beth, interpretadas respectivamente por Florence Pugh, Emma Watson e Eliza Scanlen.

O filme tem aquela pontinha feminista sem ser exagerado. E Timothée Chalamet e Louis Garrel mantém o charme como os amores de Jo March. "Adoráveis Mulheres" é aquele filme que fará todas as mulheres românticas suspirarem de encanto.





Nomeado a 6 Oscar: Melhor Filme, Atriz (Saoirse Ronan), Atriz Coadjuvante (Florence Pugh), Roteiro Adaptado, Figurino e Trilha Sonora. Vencedor do Oscar de Figurino.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Superação: O Milagre da Fé (2019)


"Superação: O Milagre da Fé" é baseado na história real do adolescente John Smith, filho adotivo de Joyce e Brian Smith, que quase morreu ao cair nas águas de um lago congelado. O filme gira todo em torno da recuperação do garoto e tem um forte apelo religioso. Um filme extremamente melodramático que te obriga a se emocionar a cada segundo.



Nomeado ao Oscar de Canção Original ("I'm Standing With You").

(Breakthrough - 2019)

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Klaus (2019)


Caso o Globo de Ouro tenha premiado "Link Perdido" como melhor animação por este ter sido o único filme a concorrer que não era uma sequência ou remake, o Oscar deveria então premiar o filme "Klaus", pois esta não é uma continuação, nem um remake, e é um filme excelente! Na verdade, até mesmo no Imdb o filme já está no top 250 e é o mais bem avaliado que concorre na categoria animação. Já estou torcendo para "Klaus" levar a estatueta.

A história aqui é uma nova visão de como surgiu a lenda do Papai Noel. O interessante é que "Klaus" é um filme sobre o Natal, mas sem aquele clima natalino piegas presente nos filmes de fim de ano. Foi como ter assistido a "Coringa" sem sentir que se tratava de um filme de super-herói. (eu sei que a comparação foi péssima).

O roteiro do filme cria argumentos que fatos aleatórios fizeram com que crianças escrevessem cartas a um homem solitário pedindo presentes e, conforme ele foi atendendo aos pedidos dos pequenos, foi-se criando a fábula do bom velhinho. Um encanto de filme.



Nomeado ao Oscar de Melhor Filme em Animação.

(Klaus - 2019)

Perdi Meu Corpo (2019)


Enquanto uma mão sai à procura de seu corpo pelas ruas de Paris, sua memória sensitiva relembra o tempo em que estava ligada à seu corpo e tudo o que o dono do corpo fez para se aproximar de seu amor Gabrielle.

O dono do corpo se chama Naoufel e também carrega consigo as dores do acidente que matou seus pais. Essas três passagens: a da mão à procura do corpo, a de Naoufel procurando Gabrielle e a de Naoufel relembrando sua infância, são intercaladas na narrativa do filme, o que para alguns o deixa confuso.

Apesar de inusitado "Perdi Meu Corpo" é uma animação interessante e muito bem produzida.

Indicado ao Oscar de Melhor Filme em Animação.



(J'ai perdu mon corps - 2019)

sábado, 11 de janeiro de 2020

Frozen II (2019)


Inesperadamente, tipo assim, do nada, Elsa passa a ouvir uma voz que a perturba. Seu instinto lhe diz que essa não é uma voz má, mas, assim mesmo, a Rainha Elsa se preocupa. A partir daí, ela, Anna, Olaf, Kristoff e Sven partem de Arendelle, para se aventurar em uma nova terra que esconde o passado das princesas e o segredo sobre os poderes de Elsa.

Apesar de "Frozen II" não apresentar um argumento convincente para a sua continuação, o filme mantém a sua qualidade e seus personagens se mostram ainda mais carismáticos. E o Olaf, ahh... o Olaf, é uma fofura só!

Nomeado ao Oscar de Melhor Canção ("Into the Unknown").



(Frozen II - 2019)

Jojo Rabbit (2019)


sátira:
substantivo feminino
1.na literatura latina, composição livre e irônica contra instituições, costumes e ideias da época.
2.composição poética que ridiculariza os vícios e as imperfeições.
3.discurso ou escrito crítico, picante, maledicente.
4.ironia, zombaria.
5.censura espirituosa.

"Jojo Rabbit" é uma sátira sobre o nazismo, nunca uma apologia. Entendam isso por favor!

Este é um filme genial que ridiculariza o pensamento nazista e a Alemanha da Segunda Guerra Mundial. O foco aqui é o pequeno Jojo (Roman Griffin Davis, incrível em seu primeiro filme), um garoto de 10 anos, imerso na ideologia nazi, que tem como amigo imaginário Adolf Hitler e detesta judeus. 

Um dia ele descobre que uma garota judia está vivendo em sua casa sob a proteção de sua mãe (Scarlett Johansson) e as contradições entre os seus pensamentos e crendices se chocam com a realidade que o cerca, afinal o garoto passa a ter carisma pela menina que habita sua casa.

Apesar de tratar de assuntos delicados, o filme consegue manter seu humor sem vulgarizar. É uma história tocante sobre como a doutrinação cria uma visão de mundo distorcida e maliciosa. "Jojo Rabbit" se faz essencial.

Nomeado a 6 Oscar: Melhor Filme, Atriz Coadjuvante (Scarlett Johansson), Roteiro Adaptado, Figurino, Direção de Arte e Edição. Vencedor do Oscar de Roteiro Adaptado.



(Jojo Rabbit - 2019)

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Um Lindo Dia na Vizinhança (2019)


Dia desses um amigo me disse que há personagens de filmes os quais ele tem vontade de guardar em um potinho só para ter presente em sua vida. E o personagem de Tom Hanks em "Um Lindo Dia na Vizinhança" me fez lembrar o que ele disse, pois para mim esse personagem é exatamente o tipo de pessoa que eu guardaria em um potinho. Na verdade, ele realmente existiu e se chamava Fred Rogers, foi um apresentador de programas infantis nos EUA, o qual eu nunca tinha ouvido falar até ver este filme.

Tudo aqui é baseado na história real de amizade entre Fred Rogers e o jornalista Tom Junod, que no filme se chama Lloyd Vogel, não sei o porquê da troca de nomes. Lloyd recebe a missão de entrevistar Rogers para a revista em que trabalha e inicialmente não gosta da ideia, mas quando conhece o apresentador ele se encanta por sua sensibilidade, o que acaba influenciando em sua vida pessoal.

O jornalista enfrenta problemas com o pai, pois se distanciaram desde a morte de sua mãe. Através das conversas que Lloyd passa a ter com Rogers para a revista, ele passa a se sensibilizar cada vez mais com seu pai até perdoá-lo por tudo que ocorreu em seu passado.

Nomeado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (Tom Hanks).




(A Beautiful Day in the Neighborhood - 2019)

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Entre Facas e Segredos (2019)


Inicialmente "Entre Facas e Segredos" estava me retomando "Assassinato em Gosford Park". Em uma mansão, o patriarca é encontrado morto após comemorar seu aniversário, e um detetive passa a investigar o ocorrido. Mas só inicialmente, pois no fim do primeiro ato do filme já nos é revelado o que ocorreu com a vítima.

O que torna o filme fantástico é o que vem depois. A trama dentro da trama e o desenvolvimento do roteiro que não nos deixa tirar o olhos da tela.

Um ótimo filme!

Nomeado ao Oscar de Melhor Roteiro Original.



(Knives Out - 2019)

Link Perdido (2019)


Não sei ao menos como "Link Perdido" conseguiu uma indicação ao Globo de Ouro, quanto mais como levou o prêmio de Melhor Filme de Animação, arrebatando "Toy Story 4". Este filme é péssimo!

Ele conta a história de Sir Lionel Frost que ao conhecer o homem das cavernas Mr. Link, promete levá-lo ao Himalaia para que encontre alguns possíveis antepassados. Os personagens não são nada cativantes e todas as piadas do filme parecem forçadas. Tudo é sem graça para uma animação que deveria atrair a atenção das crianças.

"Link Perdido" é na verdade um filme perdido. O Oscar bem que poderia ignorar sua existência.

Indicado ao Oscar de Melhor Filme em Animação.

(Missing Link - 2019)

Minha Mãe é uma Peça 3: O Filme (2019)


Este filme só tem uma pretenção: te fazer rir. E Paulo Gustavo se superou ao interpretar mais uma vez Dona Hermínia. Foram 1h51min de risadas dentro de uma sessão lotada no cinema! Como me diverti.

Desta vez Dona Hermínia tem que lidar com a solidão, as neuroses da terceira idade, o casamento do filho gay e a gravidez de Marcelinaaaaa! O roteiro não é nada complexo e os personagens não são nada profundos, estando ali apenas para que Paulo Gustavo se sobressaia em seu quase monólogo vestido de Dona Hermínia.

Assim mesmo, como a pretenção do filme é apenas nos fazer rir, nota 10 para "Minha Mãe é uma Peça 3: O Filme". Gargalhei horrores!



(Minha Mãe é uma Peça 3: O Filme - 2019)

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Era Uma Vez em... Hollywood (2019)


metalinguagem

substantivo feminino
LINGÜÍSTICA
linguagem (natural ou formalizada) que serve para descrever ou falar sobre uma outra linguagem, natural ou artificial.

É um recurso em que a própria linguagem é utilizada como tema e conteúdo daquilo que será escrito. Ou, em outros termos, é quando algo está falando de si mesmo. A metalinguagem tem um discurso que foca o código lexical do idioma. Por exemplo, Shakespeare utilizou da metalinguagem em Hamlet, pois o clássico mostra uma peça de teatro dentro da própria peça, feita por uma trupe a pedido do protagonista.

Podemos dizer que Tarantino, assim como Shakespeare, também utiliza da metalinguagem em seu novo filme ao mostrar um filme sendo produzido dentro de outro filme. Mas, previamente, além de conhecer esta técnica, seria interessante antes de assistir ao filme, também nos informar sobre a história da personagem de Margot Robbie, a bela Sharon Tate, esposa do diretor Roman Polanski. (não vou contar esta história aqui, mas pesquisem!)

O personagem principal de "Era Uma Vez em... Hollywood", Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) é vizinho dos Polanski, um ator meio decadente, viciado em álcool e inseguro sobre o seu talento. Ele tem como companheiro Cliff Booth (Brad Pitt), seu dublê e motorista, e fiel amigo. Tarantino utiliza mais da metade do filme nos mostrando o cotidiano desses dois, de forma lenta e arrastada, porém bem dirigida e precisa, com uma direção de arte, reconstituição de época e fotografia impecáveis. Posso afirmar que nada aqui é em vão.

Mesmo assim, chegou um momento em que me perguntei onde estava o sangue e a violência exacerbada contida nos filmes anteriores do diretor. Eu detesto violência, mas Tarantino me colocou numa sensação de tédio tão grande, que eu queria aquela carnificina típica para sair um pouco do marasmo que o filme me emergiu.

E nada foi por acaso. O ápice do filme chegou, o tédio acabou e Tarantino se mostrou, não somente um bom diretor, como também um roteirista exemplar. Ele conseguiu prender minha atenção, acumulando informações para uma explosão sanguinolenta no desfecho de "Era Uma Vez em... Hollywood". Fiquei pasmo com o caminho traçado pelo roteiro do filme. Vingança pura!

Mas não se esqueçam de ler sobre a história de Sharon Tate antes de assistir a este filme, caso contrário não terão o mesmo fascínio que eu tive ao vê-lo.

Nomeado a 10 Oscar: Melhor Filme, Direção (Quentin Tarantino), Ator (Leonardo DiCaprio), Ator Coadjuvante (Brad Pitt), Roteiro Original, Fotografia, Figurino, Direção de Arte, Mixagem de Som e Edição de Som. Vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante (Brad Pitt) e Direção de Arte.



(Once Upon a Time ...in Hollywood - 2019)

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Judy: Muito Além do Arco-Íris (2019)


"Não vão me esquecer, vão? Prometam que não".

Com estas palavras Renée Zellweger finaliza sua interpretação como Judy Garland em "Judy: Muito Além do Arco-Íris". Um filme que nos faz relembrar não apenas de Garland, como também de Zellweger em um papel marcante.

O foco do filme são as últimas apresentações da atriz e cantora, aos 47 anos, em Londres, 6 meses antes de morrer de overdose. É um filme pesaroso, com alguns momentos de euforia, retratados quando Judy faz grandes performances no palco. A atriz, já decadente, sem ter onde morar, corre o risco de perder a guarda dos filhos e por esta razão viaja à Inglaterra para arrecadar algum dinheiro em apresentações.

Ontem Renée Zellweger conquistou o Globo de Ouro de Melhor atriz dramática pelo papel, o que certamente lhe garante uma indicação ao Oscar. No entanto, tenho minhas dúvidas de que a estatueta 2020 vá para as mãos dela.

Vencedor do Oscar de Atriz (Renée Zellweger) e Nomeado ao Oscar de Maquiagem.





(Judy - 2019)

domingo, 5 de janeiro de 2020

You - Segunda Temporada (2019)


Antes de assistir a esta segunda temporada li uma crítica em que dizia que o maior erro da primeira temporada não tinha sido corrigido na segunda, e o autor do texto apontava como este erro a narração em primeira pessoa da série, isto porque, como é o Joe que nos mostra os acontecimentos, se justificando a todo momento, nós, telespectadores, sentimos um carisma por ele. Afinal, é normal nos afeiçoar por um assassino psicopata?

Apesar desta observação, tenho que dizer que esta continuação de You não me agradou. Em primeiro lugar, o ambiente nova yorquino deixava a série mais interessante, além do mais, todas as atitudes macabras de Joe se pautavam em uma única pessoa, a Beck. Aqui ele encontrou uma nova vítima, a Love (nome mais do que ridículo para a personagem que representa o novo amor doentio de Joe), mas suas atitudes acabam indo além do amor pela Love, envolvendo alguns personagens desnecessários nesta história. Sem contar que a presença da Candice deixou a desejar, afinal, caso o roteiro se pautasse totalmente nesta personagem tudo teria sido mais interessante.

(You - Season 02 - 2019)

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Por Amor (1997)


Foram 190 capítulos, assistidos um a um como se fosse um seriado. Esta foi a primeira novela que assisti inteirinha, capítulo por capítulo, sem perder nadinha. Mas não foi graças à uma das 5 exibições que a novela teve no Brasil, mas graças à internet que nos disponibiliza tudo que queremos ver. E eu quis ver Por Amor, esta novela de Manoel Carlos, de que tanto gosto.

Eu se fosse algum infiltrado da Rede Globo de televisão faria uma continuação desta novela, 25 anos depois de seu fim. Grandes personagens, interpretados por grandes atores seriam resgatados para o horário nobre, e outros, os filhos destes personagens, interpretados por novos atores, trariam cara nova à novela. Isto seria algo inédito na Rede Globo, e se bem escrito, daria grande audiência à TV. Com certeza haveria um novo enredo envolvente, pois a humanidade ainda faz muitos absurdos em nome do amor e por amor.

Quisera eu ser um infiltrado... ideias mil borbulham em minha mente agora...



(Por Amor - 1997)