segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Victor Frankenstein (2015)


A primeira frase dita em Victor Frankenstein, a mais recente e desnecessária adaptação do clássico gótico de Mary Shelley, é: “Vocês já conhecem a história”. E sim, realmente a conhecemos, mas o diretor Paul McGuigan e o roteirista Max Landis tentam subvertê-la, o que talvez seja o menor dos problemas. Eles partem da ideia inicial, do cientista brilhante e doido, e adicionam uma dezena de clichês antigos (já perpetuados nas diversas versões cinematográficas) e outros novos, como uma subtrama romântica e uma dose de psicologismo barato.

O revisionismo introduz uma leitura século XXI ao original do século XIX, pautando-o por um “bromance” entre o dr. Victor Frankenstein (James McAvoy) e Igor (Daniel Radcliffe), seu assistente brilhante, que é um corcunda de circo quando se conhecem, ao salvar a vida de uma trapezista (Jessica Brown Findlay), por quem o rapaz é apaixonado, mas ignorado por causa de sua aparência.

Percebendo o potencial do jovem para a ciência, Frankenstein salva sua vida, levando-o para morar e trabalhar com ele, curando sua corcunda – era apenas um abcesso gigante! – e melhorando sua aparência com banho, uma navalha e tiras de couro que o ajudam em sua postura. Acolhendo-o em sua casa, um galpão onde realiza suas experiências, espera contar com Igor para sua grande criação – ressuscitar os mortos.

Obviamente, há todas as implicações éticas e religiosas comuns à trama, mas elas são meras desculpas para a participação de um detetive da Scotland Yard (Andrew Scott), cuja função é alongar o filme, chegando a inexplicáveis 109 minutos. A direção de arte recria uma Londres visivelmente artificial, tanto quanto a insistente trilha sonora de Craig Armstrong, que não dá um respiro para o filme, cuja leitura século XXI mostra-se demais para o clássico – algo parecido com o que Guy Ritchie fez com Sherlock Holmes.

Radcliffe, a cada filme, se esforça para deixar Harry Potter, seu personagem mais famoso, para trás, mas sua limitada habilidade dramática, aqui, esbarra em McAvoy – que tem um personagem mais interessante, além de mais talento. Já o clímax, envolvendo a famosa criatura, é uma festa de efeitos especiais que em nada contribuem, fazendo de Victor Frankenstein um filme B, com orçamento e sem humor, e com um final que clama por continuações – dependendo do sucesso na bilheteria.

(Victor Frankenstein - 2015)

domingo, 18 de setembro de 2016

Hotel Transilvânia 2 (2015)


Pensando apenas no conceito de Hotel Transilvânia (2012), não em sua temática gótica, cujas figuras vampirescas e monstruosas servem como fachada e, igualmente, metáfora do comportamento humano quanto ao que lhe é estranho, pode-se observar a evolução que ocorre neste sentido na sequência daquela animação, Hotel Transilvânia 2. Se o primeiro apontava para a necessidade de aproximação em um cenário de total segregação e intolerância, esta continuação vai um passo à frente ao apresentar um ambiente no qual o preconceito incrustado na sociedade, velado nas ações e pensamentos dos indivíduos, ainda atrapalha a tarefa de aceitação, muitas vezes superficial.

Um olhar para os outros aspectos deste novo filme, no entanto, revelam seus tropeços, mesmo que graciosos e irrelevantes para um entretenimento familiar, que o colocam no mesmo patamar técnico de seu antecessor. Dirigido novamente pelo russo Genndy Tartakovsky, o enredo mais uma vez não desenvolve seus personagens dentro de seus potenciais e segue um caminho já conhecido em sua trama - felizmente, diferente do que a franquia já explorou no primeiro.

Três anos atrás, o público foi apresentado ao empreendimento hoteleiro na famosa região romena, que foi criado por Conde Drácula para proteger sua filha Mavis e todos os monstros da maldade humana, que vitimara sua esposa – algo que afeta suas ações nas duas histórias. No entanto, a chegada de um desavisado mochileiro, Jonathan pôs o zeloso pai em pânico e alterou a vida da família de vampiros e de seus hóspedes. O segundo longa dá sequência aos acontecimentos, dedicando sua introdução para mostrar o casamento de Mavis e Jonathan e o nascimento do filho do casal.

A questão é que, apesar de ter aceitado os antigos inimigos, seja como parentes ou clientes, Drácula teme que seu amado neto Dennis, que tem em suas veias tanto o sangue humano quanto o de vampiro, não puxe a sua descendência, já que nenhuma presa apareceu em sua boca em seus primeiros anos de vida. Por isso, enquanto o genro está com sua filha na Califórnia, conhecendo novidades do “mundo exterior”, o avô tenta despertar o lado monstruoso no menino, com a ajuda de seus amigos Frankenstein, o lobisomem Wayne, o homem invisível Griffin e a múmia Murray, antes que seja tarde demais.

(Hotel Transylvania 2 - 2015)

sábado, 17 de setembro de 2016

O Ato de Matar (2012)


"Eu acho que o documentário deveria se afastar dos fatos, porque fatos não são a verdade". Assim o produtor Werner Herzog explica porque decidiu apoiar o projeto de ¨O Ato de Matar¨, filme perturbador e inusitado no qual não se vê uma morte sequer, mas fala-se e pensa-se em morte o tempo inteiro. No caso, homens que mataram mais de mil pessoas no genocídio da Indonésia são convidados a reencenar os seus crimes. Vaidosos, eles aceitam a possibilidade de fazer um filme sobre suas memórias de guerra.

Para o diretor Joshua Oppenheimer, esta é a chance de mostrar o distanciamento surrealista que os homens têm em relação aos seus atos. Com evidente senso crítico e muito sangue frio, o diretor flagra estes homens dirigindo as cenas de seus assassinatos, dizendo ao diretor de arte "Eu quero calças jeans nesta cena. Eu sempre preferi jeans para os massacres", ou então pedindo aos habitantes do vilarejo, cujos pais foram dizimados, para interpretarem suas tragédias familiares. O ambiente é marcado por sorrisos, danças, música, álcool.

Para os gângsteres, como são chamados, essa é a oportunidade de mostrar que a matança de comunistas, encorajada pela ditadura militar, ocorreu não apenas porque "os comunistas mereceram", mas também porque o assassino Anwar Congo e seus colegas eram capazes de matar a todos. Ou seja, o genocídio ocorreu não apenas por necessidade de dizimar um grupo de pessoas, mas por mérito e iniciativa dos assassinos - uma importante mudança de perspectiva. Por isso, o filme-dentro-do-filme desperta questões éticas complexas: Como filmar a crueldade de que eles se orgulham tanto ("Nós fizemos muito pior do que nos filmes de ação", diz Anwar Congo), sem parecerem homens maus? Como desvincular da violência da moral?

¨O Ato de Matar¨ acaba sendo um filme abusado e surpreendente. Talvez seja mais chocante ver estes homens detalhando suas técnicas de tortura ("Enforcar com arame é mais higiênico, deixa menos sangue para limpar", lembra Congo) do que de fato ver imagens reais, como fotografias ou vídeos dos atos dessas pessoas. Como lembra Herzog, este filme não pretende informar, mas convidar à reflexão a partir da representação alegre do genocídio e da autoimagem heroica que os gângsteres têm de si mesmos. Estes homens lembram várias vezes que gângster significa "homem livre", tanto de amarras quanto de qualquer moral. Assim, "basta dirigi-los", afirma um político local, pró-ditadura, usando o termo "dirigir", que funciona tão bem para a política quanto para o cinema.

Precisamente, o documentário vai além da História para se infiltrar na política e na sociedade atuais, herdeiras do golpe militar. Os gângsteres são aliados da mídia e dos políticos, e a maioria deles já concorreu a cargos públicos. Com a mesma franqueza que demonstram sobre as mortes, Anwar Congo e seus colegas admitem subornos, fraudes eleitorais e outros crimes políticos, e chegam inclusive a fazê-los diante das câmeras, para provar que não estão mentindo. A verdade, pelo menos do ponto de vista dos líderes do genocídio, nasce desta encenação. Ver o mundo pelos olhos destes homens é assustador.

¨O Ato de Matar¨ transforma-se em uma coletânea de frases de efeito e de cenas umas mais ofensivas do que as outras. Existe o momento em que meninas bonitas são chamadas a dançar no teatrinho de guerra, e os criminosos pedem que elas "pensem na paz" para melhorarem suas atuações; existe o homem rico cuja filosofia de vida é "Relax e Rolex"; em um momento, Anwar Congo cuida um patinho cuja pata está machucada; em outra cena, seu colega, também assassino, lembra que George W. Bush e os Estados Unidos já dizimaram milhões de pessoas e nunca foram responsabilizados por isso, então eles também não deveriam ser punidos. "A História é escrita pelos vencedores, e eu venci", afirma tranquilamente um deles.

Assim, partindo do genocídio na Indonésia, o filme reflete sobre a política internacional, a responsabilidade dos líderes e a própria moral de guerra - algo muito apropriado no momento em que potências ocidentais orquestram bombardeios para garantir a paz. A ambiguidade das imagens é tamanha que rumo ao final, Anwar demonstra às câmeras um eventual mea-culpa, um possível arrependimento sobre seus atos. Seria fingimento, pura atuação, como nos outros momentos? Onde se encontra a verdade, onde se interrompe a representação? Até que ponto o diretor controla seus entrevistados, ou é controlado por eles? Mais do que um documentário sobre política e cinema, ¨O Ato de Matar¨ é uma fascinante investigação sobre a política do cinema.

Nomeado ao Oscar de Melhor Documentário.

(The Act of Killing - 2012)

Neve Sobre os Cedros (1999)


Mais que um mero suspense e um bonito romance, o filme “Neve sobre os cedros” aborda a questão racial. O foco é o preconceito norte-americano em relação à comunidade nipônica, que estourou no país na II Guerra Mundial e permaneceu durante muito tempo na sociedade norte-americana.

A história do jornalista Ishmael Chambers parece não querer desvencilhar-se da sua antiga paixão pela descendente de japonês Hatsue. O romance escondido, que começou com os dois ainda criança, teve que ser interrompido com a II Guerra Mundial quando Hatsue (Youki Kudoh) e sua família foram mandados para um campo de concentração para nipoamericanos. A japonesa volta à vida de Ishmael quando seu marido é acusado por um crime. A vítima foi o pescador Carl Henie, que teve seu corpo encontrado no mar enrolado na própria rede de pesca. O xerife da cidade dá início às investigações e os poucos indícios encontrados levam a acreditar que o assassino foi o marido de Hatsue, Kazuo Miyamoto (Rick Yune), levado então a julgamento.

O repórter Ishmael Chambers resolve investigar o que realmente aconteceu na noite do crime. Ele herdou de seu pai, também jornalista, não só o jornal Island Review como a apuração correta dos fatos, o senso de justiça e a imparcialidade. Mas não é apenas o aspecto profissional que interessa ao jornalista, já que a mulher do acusado é Hatsue.

A narrativa do filme se dá no julgamento. Durante o depoimento das testemunhas, cenas do passado são mostradas no vídeo. São nesses flashbacks que o romance entre Ishmael e Hatsue vai se desenvolvendo. O namoro dos dois chega ao fim, quando a japonesa é mandada junto com sua família e demais japoneses da cidade para o campo de concentração. A separação implica não só no fim da relação entre a jovem e o jornalista, como no casamento dela com Miyamoto e no alistamento de Chambers para lutar na Guerra, o que acaba gerando nele certa mágoa por Hatsue.

O preconceito racial em relação à comunidade japonesa é demonstrado de diversas formas no filme. O tratamento dado aos japoneses como “japas”, a população que não aceita a relação entre um japonês e um “homem branco” e que se volta contra o jornal que mantém uma posição imparcial em relação aos japoneses durante a guerra. Além disso, nos depoimentos o preconceito também transparece, já que não se trata de julgar um homem, mas sim um nipônico.

É o caso do depoimento do médico legista, responsável pela autópsia. Ele afirma com absoluta certeza que o ferimento encontrado na cabeça do pescador foi causado por um objeto longo, chato e estreito. “Só pode ter sido o Kundo” ele conclui, se referindo a uma luta japonesa, na qual são usadas espadas, que possuem as mesmas características citadas por ele.

Contudo, as investigações do jornalista dão uma reviravolta no caso. As provas que ele encontrou inocentam Miyamoto. A ética profissional falou mais alto que seu lado pessoal, como sempre deveria ser. Mas nem sempre é assim que a profissão de jornalista aparece nos filmes.

Nomeado ao Oscar de Fotografia.

(Snow Falling on Cedars - 1999)

A Luz é Para Todos (1947)


Mesmo com o impacto social causado à época de seu lançamento – apenas dois anos após o término da II Guerra Mundial –, ¨A Luz é Para Todos¨ foi recebido com bastante entusiasmo pela comunidade cinematográfica e pelo público. O filme adicionou lenha à fogueira da discussão sobre o antissemitismo e sobre o preconceito em geral, abrindo as portas para uma série de longas que abordariam o mesmo assunto nos anos seguintes.

Gregory Peck – que havia sido advertido por seu agente para não aceitar o papel – vive um jornalista que se muda para Nova York e começa a trabalhar em uma artigo sobre antissemitismo para uma revista de circulação nacional. Sua abordagem deveria ser “diferenciada”, mas ele não encontra um caminho para fazer isso de modo que diga algo diferente de tudo o que já havia sido dito. É então que tem a ideia de assumir-se como judeu por 2 meses e então escrever o artigo sob um outro ponto de vista.

Diante dessa interessante premissa, baseada na obra de Laura Z. Hobso, o roteiro adota uma curiosa apresentação (que hoje pode nos parecer batida) para trabalhar o impacto do preconceito na vida de uma pessoa e como esse preconceito é exercido e disseminado, não apenas no caso dos judeus, mas este é o principal foco discutido na obra e o texto perpassa as várias interpretações e identidades que se podem assumir no caso de um segregador antissemita ou vítima que, acostumada às várias agressões, piadas, recusas e exclusões, acaba por adotar o palco do algoz como se fosse seu, utilizando sua própria condição como piada agressiva, algo que podemos não só aplicar ao “judeuzinho” mas também aos “inocentes” termos tão bem conhecidos por todos.

O curioso é que com o passar dos anos a proposta discutida em ¨A Luz é Para Todos¨ se tornou mais viva e necessária, porém, ganhou um outro contorno em sociedade. Hoje, ela passa pela acusação do politicamente correto, da ideia de que “não é preconceito, é apenas a minha opinião. Desde quando ter opinião é uma forma de preconceito?” e assim por diante. Parece-nos que a intolerância e necessidade de diminuir, massacrar e condenar um grupo de pessoas às chamas do inferno, ao ostracismo social, ao extermínio ou à periferia da lei é palavra de ordem para um outro grupo de pessoas, aqueles que se acham superiores por estarem na maioria ou simplesmente por acreditarem estar no caminho dos santos rumo à salvação – e agindo como se fosse perfeitamente caridoso pisotear e condenar os que não seguem o mesmo caminho.

O problema em ¨A Luz é Para Todos¨ é que essa discussão se perde nos meandros do exagero temático (posto no texto como medida de destacar uma situação mas que nos aprece descaradamente estranho) e na linha dupla do romance que se fixa em dado momento da fita, além da direção pouco dinâmica de Kazan, um trabalho um tanto inferior em relação ao seu excelente trabalho no leme de ¨Laços Humanos¨.

Algumas preferências e ambientações do diretor voltam a aparecer aqui, seguindo um pouco o modelo de contexto geográfico visto em seu filme de estreia e em O Justiceiro. A cidade é apresentada como palco para uma crônica qualquer, partindo-se de um campo macro e diminuindo o espaço até chegar ao lar, aos cômodos da casa onde os segredos familiares nos são compartilhados. Um outro ponto curioso e a presença de crianças no elenco desses seus três primeiros filmes, todas elas bem dirigidas e com um importante papel na história.

¨A Luz é Para Todos¨ aborda um tema árduo até para os dias de hoje, com todas as nuances vindas dos dois lados da moeda. O espectador adota o papel de juiz, júri e até vítima, incomodando-se aqui e ali no modo como o texto guia determinado ponto da história, mas encontrando elementos positivos na visão geral do problema. O filme consegue então vencer os pontos mais fracos de seu desenvolvimento e sobressair-se pela interessante soma de seu todo.

Vencedor de 3 Oscar: Melhor Filme, Atriz Coadjuvante (Celeste Holm) e Direção (Elia Kazan). Nomeado aos Oscar de Melhor Ator (Gregory Peck), Atriz (Dorothy McGuire), Atriz Coadjuvante (Anne Revere), Roteiro e Edição.

(Gentleman's Agreement - 1947)

domingo, 11 de setembro de 2016

Longe Deste Insensato Mundo (2015)


Baseado na obra homônima de Thomas Hardy, o longa-metragem acompanha a saga de Bethsheba Everdene. Ela é uma jovem além do seu tempo que se recusa a casar e, ainda por cima, decide gerenciar a fazenda que herda do tio, algo impensável na Inglaterra do século XIX. Como reza a cartilha de todo bom filme de época, o diretor oferece ao espectador um punhado de belas paisagens e uma trilha sonora grandiosa, de forma a amplificar o poder e a importância da história. Com uma narrativa bem conservadora e linear, típica do gênero, a aposta inicial é no trinômio amores reprimidos, afirmação da mulher em uma sociedade machista e a inversão entre ricos e pobres envolvendo os personagens principais. Funciona, até a metade. É quando Bethsheba enfim decide se casar que tudo desanda de vez.

Há em Longe Deste Insensato Mundo algumas situações risíveis, como o fato de que, nos dois pedidos de casamento recebidos, a oferta do anel de noivado ser vinculada à promessa de um piano novinho em folha. Bethsheba apenas ouve os sinos do matrimônio ao presenciar uma demonstração da habilidade do terceiro pretendente com a espada (sem duplo sentido). É a deixa para a transformação da até então mulher forte e decidida em uma garotinha deslumbrada, que se deixa levar pelos beijos e carícias para, agora, seguir as ordens do marido. Ele, completamente estereotipado, passa a cada vez mais torrar a fortuna da esposa em jogos e bebidas.

Repleto de problemas na narrativa, Longe Deste Insensato Mundo desperdiça o potencial de seu bom elenco. O único que consegue se sobressair (um pouco) é Matthias Schoenaerts, graças ao olhar sempre afável de seu apaixonado Gabriel. Carey Mulligan e Michael Sheen surgem burocráticos em cena, enquanto que Tom Sturridge está perdido em meio às inconsistências de seu personagem, o maridão Troy.

No fim das contas, o maior problema desta versão é o fato da história criada por Thomas Hardy ter sido decepada para que coubesse em um filme de menos de duas horas. Vale lembrar que o filme anterior baseado no livro, também chamado Longe Deste Insensato Mundo, tem 168 minutos de duração. Estes quase 50 minutos a mais fazem muita diferença na difícil tarefa de entregar ao público uma história convincente e consistente, algo que este novo trabalho de Thomas Vinterberg está longe de fazer.

(Far from the Madding Crowd - 2015)

Assassinos por Natureza (1994)


(Natural Born Killers - 1994)

Angry Birds: O Filme (2016)


Quando uma produtora finlandesa lançou Angry Birds em 2009, o aplicativo do viciante jogo virou uma febre. Quase todos os smartphones tinham os tais pássaros raivosos que, inexplicavelmente, não voam, mas são lançados por estilingue para abater seus inimigos, os porcos verdes, com o impacto e suas habilidades únicas. Ao ser anunciada a produção de um longa-metragem sobre o game, a possibilidade de sair algo interessante de uma plataforma com uma história tão mínima e exótica parecia remota. Contudo, Angry Birds: O Filme supera as baixas expectativas ao apostar na personalidade e não no poder de cada animal.

Como um típico filme de origem, o público é apresentado à ilha dos pássaros, uma comunidade que vive em alegre harmonia, onde Red (Jason Sudeikis) destoa. Após um incidente em um chocaversário – o texto está sempre trabalhando com trocadilhos –, o passarinho vermelho é condenado a fazer terapia em grupo para controlar sua raiva.

As sessões conduzidas pela quase zen Matilda (Maya Rudolph) são divididas com seus colegas esquentadinhos: o hiperativo e veloz Chuck; o amigável, mas às vezes estourado, Bomba; e o lacônico Terêncio.

A tranquilidade do local, porém, é alterada com a chegada de um navio, que traz Leonard e seu bando de porcos verdes. Aparentemente pacíficos, eles encantam os habitantes da ilha com suas parafernálias tecnológicas e apresentações country ao som de Blake Shelton. A exceção é Red, o único que vê segundas intenções na vinda dos forasteiros e busca ajuda do soberano mítico, mas desaparecido há anos, Mega Águia (Peter Dinklage).

(Angry Birds - 2016)

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Mr. Robot: Sociedade Hacker - Primeira Temporada (2015)


(Mr. Robot - The Complete First Season - 2015)

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Harry Potter e o Cálice de Fogo (2005)


Eu continuo lendo os livros desta saga e cada vez mais estou envolvido com esta história. Cada leitura concluída é uma corrida na TV para rever um filme, parece até que nunca havia assistido a nenhum deles, e o que eu posso dizer é que até o momento este quarto livro e filme, foram os que mais me agradaram!

Apesar de terem sido dirigidos por grandes diretores, os filmes anteriores não apresentaram a magia contida neste quarto filme que simplesmente me cativou!

Já estou lendo o quinto livro e mal posso esperar para rever o quinto filme!



Nomeado ao Oscar de Direção de Arte.

(Harry Potter and the Goblet of Fire - 2005)