sábado, 31 de maio de 2014

Monster Pies (2013)


"Monster Pies" é um filme australiano com temática GLS que se passa entre rapazes de 17 anos que ainda frequentam o colégio e enfrentam problemas familiares.

Mike (Tristan Barr) é o garoto que sofre preconceito no colégio por ser homossexual e William (Lucas Linehan) é o novato que cede a atenção de que Mike precisa. A amizade se aprofunda até que se torna um romance.

A história do filme não é toda ruim, no entanto, a produção, a direção e as interpretações de "Monster Pies" são sofríveis e deixam a desejar. O final trágico escolhido para o filme foi feito para comover, mas se o roteirista tivesse optado por um final feliz certamente teria feito um melhor trabalho. Afinal, filme clichê por filme clichê, prefiro aqueles em que todos viveram felizes para sempre.

(Monster Pies - 2013)


sexta-feira, 30 de maio de 2014

Hawaii (2013)


Certo dia Martín (Mateo Chiarino) chega à casa de Eugenio (Manuel Vignau) à procura de emprego. Eles brincavam juntos quando crianças, mas há tempos não se viam. Quando se reconhecem, Eugenio oferece emprego e moradia à Martín e a partir disto os dois passam a conviver juntos e sozinhos dias e dias dentro de uma casa com piscina ao estilo campestre.

O filme contém poucos diálogos, muitas trocas de olhares e desejos reprimidos. Um sente-se atraído pelo outro e ambos hesitam em revelar o que sentem. A trilha sonora toma conta do filme e a narrativa é lenta. No final um sutil beijo é trocado entre os personagens e a tela escura indicando que o filme acabou aparece.

Ps.: A história se passa na Argentina e não no Hawaii como o título do filme sugere.



(Hawaii - 2013)

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Rebeldia Indomável (1967)


Vencedor do Oscar de Ator Coadjuvante (George Kennedy). Indicado ao Oscar de Melhor Ator (Paul Newman), Roteiro Adaptado e Trilha Sonora.

(Cool Hand Luke - 1967)

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Campo dos Sonhos (1989)


"Campo dos Sonhos" é aquele filme que foi feito para emocionar e que busca explicação para os problemas mal resolvidos dos seres humanos na doutrina espírita. Aqueles que já se foram, retornam para ajudar quem ainda está na terra e aqueles que vivem, colaboram com os desencarnados. Aqui os desencarnados foram jogadores de baseball...

O fazendeiro Ray Kinsella (Kevin Costner) certo dia, quando está em sua plantação de milho, ouve uma voz dizendo que se ele construir, alguém virá. É então que ele faz a loucura de destruir sua plantação para construir um campo de baseball, onde pessoas invisíveis passam a jogar. Apenas ele e sua família enxergam os jogadores.

O filme pode ter feito sucesso em seu ano de lançamento, deve ter emocionado plateias ao redor do mundo, mas ontem, ao assistir este filme, não senti emoção alguma. Só valeu mesmo a pena ter visto o velho Burt Lancaster e o grande James Earl Jones atuando. Nada mais.

Indicado ao Oscar de Melhor Filme, Roteiro Adaptado e Trilha Sonora.

(Field of Dreams - 1989)

Garotos (2014)


Podemos dizer que "Garotos" é um filme tão meigo quanto "Hoje eu Quero Voltar Sozinho", ou então que é um filme clichê em que garoto conhece garoto, apaixona-se e fica confuso em relação à descoberta deste novo sentimento.

Sieger e Marc (Gijs Blom e Ko Zandvliet) são atletas e integram a mesma equipe, o que os tornam cada vez mais próximos. Dia a dia, após a convivência nos treinos, saem para nadar ou então andar de bicicleta. Vivem em uma pequena cidade holandesa, onde o clima campestre predomina e o bucólico toma conta do cotidiano da cidade. Quase não se tem a presença de celulares ou outras tecnologias, tudo é calmo e tranquilo e a maior diversão dos jovens é andar de moto em meio à floresta.

Trocas de olhares e sorrisos, um pequeno toque em suas mãos e então um beijo. Algo inocente, mas que deixa Sieger em alerta: "Não sou gay!". Mesmo assim, por mais que hesite, o sentimento que sente pelo amigo Marc fala mais alto e ele não resiste à paixão que sente pelo amigo atleta.



(Jongens - 2014)

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Patrick, Idade 1,5 (2008)


Muitos casais gays tentam adotar uma criança para assim constituírem uma família, no entanto, devido à preconceitos e a falta de informação acabam não conseguindo realizar seu sonho. É este o tema abordado no filme sueco "Patrick, Idade 1,5".

O casal gay formado por Goran (Gustaf Skarsgård) e Sven (Torkel Petersson) vivem um relacionamento estável. Goran é médico, um homem gentil e sensível que deseja muito ter um filho, já Sven, foi casado com uma mulher e tem uma filha adolescente, ele é um homem temperamental e tem problemas com o cigarros e a bebida. Ambos procuram o serviço social e candidatam-se à adoção, infelizmente têm seu pedido negado.

Quando as esperanças já foram à ruína, recebem uma carta dizendo que um garoto chamado Patrick 1,5 precisa de um lar, pois já havia passado por maus tratos e abandono. O que o casal não sabe é que nesta carta há um erro de digitação, na verdade Patrick tem 15 anos e é um jovem delinquente.

Ao chegar na casa do casal, Patrick não é bem recebido por Sven que deseja imediatamente devolvê-lo ao serviço social. E Goran tenta amenizar a situação. Com o passar do tempo Goran vai se aproximando de Patrick e a relação dele com Sven se desestabiliza. Mas para o conforto de Goran o rebelde Patrick passa a enxerga-lo com outros olhos e a buscar o conforto familiar de que necessita.



(Patrik 1,5 - 2008)

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Em Paris (2006)


Numa das primeiras cenas, o personagem de Louis Garrel olha para a câmera e diz: “É realmente possível que uma história de amor nos faça querer pular de uma ponte?”. Ele diz isso com tanta convicção, e olhando tão diretamente nos olhos do público, que a pergunta realmente se torna uma provocação.

Logo depois, ele muda esse tom trágico e a comédia dramática "Em Paris" entra nos trilhos de um romantismo desesperado que acompanha os personagens ao longo de um dia em sua vidas. O diretor e roteirista Christophe Honoré demonstra um carinho enorme por seus protagonistas: os irmãos Jonathan (Garrel) e Paul (Romain Duris). Mas o carinho maior do cineasta é pelo cinema francês. O longa desenvolve-se como uma colagem de melhores momentos dos mais variados estilos e escolas – em especial a Nouvelle Vague.

Do cineasta Jean-Luc Godard, Honoré pega emprestado cortes e monólogos nos quais os personagens falam olhando diretamente para a câmera. Inspira-se em François Truffaut para compor o clima de seu romantismo e a visão dos relacionamentos amorosos – em especial, a partir de filmes como "Domicílio Conjugal" e "Beijos Roubados". Do cinema de Jacques Démy, vem o tom musical – numa das cenas mais tocantes do filme, um dueto via telefone. Os diálogos, nos quais se tenta resolver tudo, remetem ao melhor do cinema de Jacques Rivette e Éric Rohmer.

Mas Honoré não é apenas um aprendiz. Ele reverencia seus mestres, mas encontra seu próprio estilo ao contar as desventuras amorosas dos irmãos. Os dois são apresentados em forma de contrastes: luz e sombra, alegria e tristeza, esperança e desespero. Jonathan simboliza todos os pontos positivos. Já Paul acaba de sofrer uma decepção amorosa, mal consegue sair da cama, tamanha sua depressão.

Os dois moram no apartamento do pai (Guy Marchand), que se esforça, quase sempre em vão, para melhorar o humor dos filhos. Como está próximo do Natal, a mãe (Marie-France Pisier) faz uma visita rápida. Porém, as figuras femininas pouco têm a fazer ou dizer por aqui, embora sejam sempre a motivação do comportamento dos homens.

Para Paul, que acabou de se separar de Anna (Joana Preiss), a vida não tem mais sentido. Ele mal se alimenta ou toma banho. Cabe a Jonathan contar a história do irmão – mas ele mesmo tem seus próprios amores para viver. Nessas suas aventuras, ele evoca momentos clássicos da Nouvelle Vague, como as gargalhadas românticas de "Jules e Jim", e estripulias pelos corredores do Louvre, como no filme de Godard, "Bande à Part".

Em Garrel e Duris, o diretor encontra dois atores à altura de desafio de retratar personagens complexos. São eles o contraponto humano à experiência visual de "Em Paris". Dois personagens que fascinam e assustam ao mesmo tempo, num filme no qual o tom de absurdo, como pular de uma ponte por causa de uma decepção amorosa, é o que mais seduz.

(Dans Paris - 2006)

terça-feira, 20 de maio de 2014

Yves Saint Laurent (2014)


Pierre Bergé não só aprovou o roteiro de "Yves Saint-Laurent" como permitiu que o apartamento do casal em Paris e a casa em Marrakech servissem de locações. Por isto mesmo, é surpreendente o tom sombrio do filme: muitas indiscrições são reveladas, como as puladas de cerca, o consumo de drogas e a instabilidade emocional do protagonista.

Talvez porque o objetivo derradeiro seja mesmo pintar Bergé como um herói, que permitiu que Saint-Laurent desse vazão a todo seu gênio e ainda o salvou de si mesmo inúmeras vezes. Claro que não falta glamour na tela: desfiles, festas, loucurinhas, está quase tudo lá (faltou Catherine Deneuve, uma das musas do estilista). É irresistível saber que Saint-Laurent roubou um namorado de Karl Lagerfeld nos anos 70, e interessante ver como a moda evoluiu em poucas décadas de um circuitinho fechado para um negócio global de bilhões de dólares.

Este é só o primeiro filme do ano sobre o mais importante costureiro da segunda metade do século 20: um outro, chamado apenas "Saint-Laurent", estreia na França em outubro, sem o aval de Pierre Bergé. O que vem por aí? Uma visão ainda mais pessimista da vida de Yves?

(Yves Saint Laurent - 2014)

Marty (1955)


Durante a Era de Ouro da televisão, Paddy Chayefsky escreveu a peça para tevê "Marty". Ela ficou famosa por se concentrar na vida comum de um açougueiro solteiro. Chayefsky então transpôs o roteiro para a tela grande com Ernest Borgnine no papel principal. Desde então, Marty Pilleti se tornou uma cause célèbre para a busca da felicidade fora dos moldes da conformidade e do consenso de meados da década de 50.

Vendido como "a história de amor de um herói desconhecido!", "Marty" emocionou plateias com seu enredo sobre um homem que vive com a mãe, a matriarca italiana clássica. Frequentando bares para solteiros com seu melhor amigo Angie (Joe Mantell), ele conhece Clara (Betsy Blair) e os dois começam um ritual de acasalamento. Angie logo fica com ciúmes, enquanto a Sra. Pilleti (Esther Minciotti) confunde a questão com pesadelos de abandono, mas Marty finalmente vai atrás de Clara, pois gosta dela.

Descrito dessa forma, "Marty" parece uma chatice sem tamanho. Porém, como retrato do seu tempo, especialmente das neuroses do pós-guerra sobre tranquilidade doméstica, o filme tem um enorme valor sociológico. Deixando de lado as políticas culturais contemporâneas, a luta das pessoas solitárias para conquistar aceitação e amor é sem dúvida um tema poderoso. Dando leveza ao filme, esse motivo também faz um elogio ao mesmo tempo da vida cotidiana e da beleza.

Vencedor do Oscar de Melhor Filme, Ator (Ernest Borgnine), Direção (Delbert Mann) e Roteiro. Nomeado nas categorias: Ator Coadjuvante (Joe Mantell), Atriz Coadjuvante (Betsy Blair), Fotografia e Direção de Arte.

(Marty - 1955)

Canções de Amor (2007)


Considerado uma das maiores revelações do novo cinema francês, o diretor e roteirista Christophe Honoré é celebrado por saber como reunir em suas obras os mais diferentes estilos cinematográficos de seu país. Por referência e reverência, interpõe em suas histórias o que há de melhor em Jean-Luc Godard, Francois Truffault e Jacques Rivette para criar obras sensíveis, sem uma desagradável sensação de déjà-vu.

Em "Canções de Amor", Honoré consegue criar personagens fortes, que equilibram honestamente romantismo e tragédia. O filme apresenta o cotidiano do jornalista Ismael (Louis Garrel). Ele namora a bela Julie (Ludivine Sagnier), com quem vive um romance a três com Alice (Clothilde Hesme). Esse triângulo é interrompido por uma tragédia e faz com que o filme se passe em três grandes atos: a partida, a ausência e o regresso. Uma referência ao processo com que o protagonista irá passar após a morte repentina de Julie.

Com uma boa dúzia de canções, interpretadas pelos próprios atores, os personagens explicitam suas angústias e seus amores nas ruas de Paris, uma personagem a mais nas obras de Honoré. É preciso dizer, no entanto, que não se trata de um musical. Segundo o próprio diretor, trata-se de um "filme popular com canções", com clara influência de Jacques Demy.

As músicas são um ponto forte da obra, pois transmitem sentimentos espontâneos, contam situações e, muitas vezes, servem como enredo. Escritas pelo amigo de Honoré, Alex Beaupain, que perdeu sua namorada na vida real antes de criá-las, elas trazem mais do que o sentimento que expressam. Espelham a personalidade dos personagens que a interpretam, ligando-os ao espectador.



Com o decorrer da história, Ismael conhece o jovem bretão Erwann (Grégoire Leprince-Ringuet), que se apaixona por ele. O filme, assim, ganha claro tom homossexual com a relação entre os dois. Um divisor de águas, que trará ainda mais conflitos e sensibilidade aos personagens.

(Les Chansons d'Amour - 2007)

segunda-feira, 19 de maio de 2014

The Big Bang Theory - Sétima Temporada (2013)


(The Big Bang Theory: The Complete Seventh Season - 2013)

Confissões de Adolescente (2013)


Não nego que sou fã de "Confissões de Adolescente" e que quando jovem assisti a todas as temporadas do seriado, desde TV Cultura à Rede Bandeirantes, de Brasil à França! Adoro as filhas do Paulo (Luis Gustavo), a Diana (Maria Mariana), a Bárbara (Georgiana Góes), a Natália (Daniele Valente) e a Carol (Deborah Secco), garotas que foram muito importantes para mim em um momento bem complicado da minha vida: a adolescência.



Mas no longa metragem, temos outras irmãs, filhas de outro Paulo (Cassio Gabus Mendes): Tina (Sophia Abrahão), Bianca (Bella Camero), Alice (Malu Rodrigues) e Karina (Clara Tiezzi), como também outros questionamentos, como a chegada da maturidade e o fim de um longo namoro, a descoberta da homossexualidade, a primeira vez e o primeiro amor. Mas, seriam estes novos questionamentos? Não! Para o adolescente de hoje ou para o de 20 anos atrás, as dúvidas são as mesmas, o que mudou apenas foi o advento da tecnologia na vida de todos!

A energia presente entre os jovens é muito bem retratada no filme, diversão pura! "Confissões de Adolescente", o filme, me cativou assim como o seriado me cativou há 20 anos! "Pai e mãe... ouro de mina, coração... desejo e sina, tudo mais... pura rotina, jazz!"



(Confissões de Adolescente - 2013)

sábado, 17 de maio de 2014

Glee - Quinta Temporada (2013)


(Glee: The Complete Fifth Season - 2013)

Homem de Ferro 3 (2013)


Franquias cinematográficas baseadas em super-heróis famosos mundialmente costumam dar certo e render milhões. Mas uma mesma doença parece afetá-las no longo prazo – perder a graça e a energia à medida que o tempo passa.

É o que acontece neste “Homem de Ferro 3”, em que o cineasta Shane Black, prestigiado roteirista de Máquina Mortífera (87) e diretor de Beijos e Tiros (2005), faz uma transição acidentada à fantasia de ação. Chamado para renovar o brilho do personagem criado há 50 anos atrás, depois de inspirar dois filmes dirigidos por Jon Favreau (em 2008 e 2010), Black consegue extrair quase todo o humor que caracteriza o personagem, interpretado por Robert Downey Jr., carregando a história com um excesso de crise existencial, vilões mal-resolvidos e sequências de ação que, quase sem exceção, não empolgam, muito menos são valorizadas pelo 3D.

Alguma coisa está muito errada numa história de super-herói em que os melhores diálogos e até algumas das frases mais espirituosas estão na boca do personagem infantil – ponto para o garotinho Harley (Ty Simpkins), sem dúvida, mas sinal de que o enredo deixou a desejar antes de ele entrar na história, o que acontece lá pela metade de seus longos 130 minutos.

É até muito saudável que se queira criar atrativos para o público feminino, aumentando a participação da namorada do herói, Pepper Potts (Gwyneth Paltrow). Mas daí a exagerar nas cenas de discussão de relação, como acontece, já é ir longe demais. A chegada de Tony Stark/Homem de Ferro 3 à sua mansão-fortaleza de Malibu até lembra uma situação parecida nas boas e velhas animações de TV Os Jetsons ou Família Dinossauros – só que, aqui, padecendo de um humor insuficiente, ou que simplesmente não funciona.

Nesta terceira edição, o Homem de Ferro está tenso, sujeito a ataques de insônia e ansiedade insuportáveis. Para piorar, no seu caminho vão surgir dois vilões – o Mandarim (Ben Kingsley), terrorista internacional que estaria por trás de misteriosas explosões em que não se acham vestígios de bombas; e o excêntrico empresário Aldrich Killian (Guy Pearce), ligado à engenharia genética, e que teve uma passagem no passado de Stark, em 1999.
Enquanto descobre qual é a jogada destes dois malucos, que têm na mira o presidente dos EUA (William Sadler), o herói sofre diversos reveses. Como a destruição de sua casa-bunker por helicópteros, criando uma das poucas sequências de ação que podem acelerar a adrenalina dos fãs da franquia.

Mesmo estas cenas de ação, que incluem ainda misteriosos vilões inflamáveis, a intervenção em bloco de diversas armaduras criadas por Stark e um sensacional resgate dos passageiros lançados de um avião em pleno ar (talvez a melhor de todas elas), parecem nada mais do que protótipos para a futura utilização em videogames. Falta energia, falta pegada, falta criatividade para realmente o filme ter um bom ritmo.

A frase-clichê que abre e fecha a história – “criamos nosso próprios demônios” – sinaliza que o diretor Shane Black teve a ambição de fazer comentários políticos num enredo que, em algumas passagens, pode levar mesmo a pensar um pouco nos recentes atentados de Boston. Pena que a engenharia cinematográfica que sustentaria tudo foi insuficiente para dar fôlego ao esperado espetáculo.

Nomeado ao Oscar de Efeitos Especiais.

(Iron Man Three - 2013)

sexta-feira, 16 de maio de 2014

O Som ao Redor (2012)


Em "O Som ao Redor", primeiro longa de ficção do crítico e cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, as tensões e contradições sociais do Brasil se materializam nos barulhos que cada camada da sociedade é capaz de fazer. O que nos define é o som que somos capazes de produzir, e não aquele que somos obrigados a ouvir – é nesse sentido que se dão a luta de classes e o abismo social.

Premiado em diversos festivais - Roterdã, Rio, Gramado, entre outros – "O Som ao Redor" foi escolhido pelo jornal norte-americano The New York Times como um dos melhores filmes do ano passado, sendo definido, na crítica no periódico, como “revelador”. Não é para menos, o diretor, que também assina o roteiro, capta com sagacidade as contradições de uma sociedade que vive sob os resquícios de um sistema opressivo e desigual e resiste a superar o coronelismo.

O cenário é Recife, mas poderia ser qualquer centro urbano brasileiro devorado por prédios e especulação imobiliária, onde o Estado parece não ter mais função e a sociedade civil toma para si algumas das obrigações do governo – como a segurança. A chegada de um grupo de profissionais da área – liderado por Clodoaldo, interpretado com perfeição por Irandhir Santos – traz a desestabilização da ordem, na qual o rico proprietário Francisco (W. J. Solha) exerce o mando como uma espécie de poderoso chefão do bairro.

De certa forma, Francisco simboliza todos aqueles “coronéis” típicos de um antigo Nordeste, que mandam e desmandam, passando por cima de tudo, afinal, têm o dinheiro e, consequentemente, o poder. Uma cena, que poderia ser quase banal, é a prova e o símbolo desse poder que tudo ignora e desafia – quando o personagem, em um passeio noturno, entra no mar exatamente onde há uma placa onde se lê: “Cuidado: área sujeita a tubarões”.

Francisco começa a dividir responsabilidades com seus descendentes. O mais indicado é o neto mais velho, João (Gustavo Jahn), agente imobiliário que começa um namoro com Sofia (Irma Brown). O mais revelador sobre o personagem é a peculiar relação dele com sua empregada. Há uma autêntica amizade entre eles – ele nem se importa quando os netos pequenos dela tomam conta de sua casa. Mas quais os limites dessa liberdade?

Outra camada da sociedade que aparece no filme é representada por Bia (Maeve Jinkings), mãe de família classe média, dona de casa cujo maior problema, além do calor infernal, é o cachorro que não pára de latir na casa ao lado. Ela vive no mesmo bairro de Francisco e sua família. Mas uma clara delimitação social impede que as narrativas se cruzem de verdade. O que funciona como elo entre as classes são os seguranças, que, paradoxalmente, aumentam a vulnerabilidade de todos.

Eles ficam ali, bem na esquina, o tempo todo, dia e noite, observam a vida dos moradores da rua, quem entra, quem sai, a que horas chegam. Também tomam conta da casa de quem viaja, ficam com a chave para regar as plantas, mas também desfrutar da cama e das bebidas às escondidas. E o que querem essas pessoas? Do que são capazes? É aí, já no final, que as fotos iniciais fazem todo sentido, e o ressentimento de classe ganha força.

Como se antecipa a partir do título do longa, o som – cujo desenho é assinado por Pablo Lamar, e o som direto por Nicolas Hallet e Simone Dourado – tem um papel preponderante na narrativa: é um personagem. O filme sugere até um exercício: preste atenção aos sons que você é capaz de emitir, e também naqueles que você ouve todos os dias. Qual a implicação social que existe em cada um deles?

Os ruídos que produzimos, diz "O Som ao Redor", revelam quem somos. Aqueles que ouvimos, onde e como vivemos. É nesse plano – no embate entre os dois – que se materializam as contradições sociais de nosso país. É uma percepção e um viés bastante original para abordar um assunto tão antigo quanto a vida em sociedade. E assim, Kleber Mendonça Filho fez uma obra-prima, um filme que tem muito a dizer sobre o estado de coisas contemporâneo do país.

(O Som ao Redor - 2012)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

2 Broke Girls - Terceira Temporada (2013)


(2 Broke Girls - The Complete Third Season - 2013)

New Girl - Terceira Temporada (2013)


(New Girl - The Complete Third Season - 2013)

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Revenge - Terceira Temporada (2013)


(Revenge - The Complete Third Season - 2013)

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Omar (2013)


O filme acompanha a história de Omar (Adam Bakri), dois amigos de infância e Nadia, sua amada, enquanto todos lutam, à sua maneira, por liberdade numa Cisjordânia ocupada.

Nomeado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (Palestina).

(Omar - 2013)

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Gatinhas e Gatões (1984)


Samantha Baker, uma adolescente que está completando 16 anos, sonha em namorar um colega que, infelizmente, namora uma linda jovem. Além disso, em virtude do casamento de sua irmã mais velha seu aniversário é totalmente esquecido e, como desgraça pouca é bobagem, um garoto começa a assediá-la de forma inconveniente.

(Sixteen Candles - 1984)

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Azul é a Cor Mais Quente (2013)


Não me considero uma pessoa puritana ou conservadora, faço o possível para manter a mente aberta, observar as diferenças e aceitá-las. No entanto, para contar a história de amor entre duas garotas, penso não ser necessária a exibição de tantas cenas de sexo explícito como as contracenadas pela atriz Adèle Exarchopoulos, sejam elas com Léa Seydoux ou com Jérémie Laheurte. O sexo explícito contido neste filme, para mim, é desnecessário.

Não que um filme deva censura-las, muito pelo contrário. Por exemplo, as cenas de sexo contidas no filme "Shortbus" são essenciais ao filme, assim como as de "Romance X" e outros mais, mas as de "Azul é a Cor Mais Quente", não sei porquê extrapolaram. Talvezdeixaram o filme muito longo, afinal considero 3 horas de filme um pouco demais.

Eu assisti com tanta expectativa 'a vida de Adele', infelizmente esta vida não me acrescentou em nada.

(La vie d'Adèle - Chapitres 1 et 2 - 2013)

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Antes Que o Mundo Acabe (2009)


Que o Brasil é imenso e repleto de regionalismos todos nós já sabemos, mas isto fica ainda mais claro em um filme gaúcho, produzido pela Casa de Cinema de Porto Alegre e que se passa em uma pequena cidade do Rio Grande do Sul. Parecia até mesmo que eu estava vendo a um filme estrangeiro. Um filme ao qual adorei ver!

"Antes que o Mundo Acabe" é centrado em Daniel (Pedro Tergolina) adolescente que passa a ter contato com seu pai biológico após 15 anos de silêncio e que ao mesmo tempo perde sua namorada para o seu melhor amigo Lucas (Eduardo Cardoso).

É um filme que retrata a adolescência e que nos mostra que ser adolescente é a melhor fase da vida, não importando em qual região do Brasil vivemos!



(Antes Que o Mundo Acabe - 2009)

domingo, 4 de maio de 2014

O Expresso da Meia-Noite (1978)


O mal de ver muitos filmes é que chega um ponto em que histórias se repetem. Por exemplo, neste filme eu me lembrei todo o tempo do filme "A Viagem" de 1999, com Claire Danes, como também do filme "O Sol da Meia Noite" de 1985, com Mikhail Baryshnikov. Ambos contam a história de pessoas tentando fugir de um território estrangeiro por serem cruelmente ameaçadas pelas leis locais.

"O Expresso da Meia-Noite" se passa na Turquia, onde o jovem americano Billy Hayes (Brad Davis) é condenado a prisão perpétua por tráfico internacional de drogas. Como não há como mudar esta sentença Hayes tenta de todos os modos fugir da prisão. O filme foi baseado em uma história real.

Vencedor do Oscar de Roteiro Adaptado e Trilha Sonora. Indicado a Melhor Filme, Direção (Alan Parker), Ator Coadjuvante (John Hurt) e Edição.

(Midnight Express - 1978)

Agora e Para Sempre (2012)


"Agora e Para Sempre" contém a receita do filme "Um Amor Para Recordar": garota com câncer encontra o amor de sua vida e morre. Resumindo, mais um filme melodramático que não convence.

Agora é esperar por "A Culpa é das Estrelas", mais um filme com esta mesma receita...

(Now Is Good - 2012)