terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 1 (2011)

Desta vez, o que dá o tom da trama é a perigosa gravidez de Bella. Uma gestação de risco porque, afinal,o feto é um vampiro e a mãe pode não suportar as mordidas dentro de sua barriga. Simples assim.

A situação, inédita para todos os envolvidos, cria um segundo problema: o clã de lobos, com quem os vampiros têm um acordo de não-agressão, vê na morte da jovem uma quebra de contrato e no nascimento do bebê, uma aberração. Sobra para Jacob se impor a sua tribo, mesmo sendo contra o casamento e ainda mais sobre a possibilidade de tornar Bella uma vampira.

Dirigido por Bill Condon (Dreamgirls), “Amanhecer” tem um apelo a mais aos brasileiros, por ter sido o país escolhido para as filmagens da lua-de-mel do casal. Basta ouvir os gritinhos das fãs na sala de cinema ao verem o ator Robert Pattinson se esmerar no português para chegar à mesma conclusão.

Como era de se esperar, a melhor cena é, sem dúvida, a do casamento. Há uma decisão acertada de manter o humor em praticamente toda a cerimônia. Mas, para rir, o espectador deve obrigatoriamente ter passado a mão nos livros anteriores para entender as referências.

Um exemplo é o brinde de Emmett Cullen (Kellan Lutz), ao dizer que é melhor Bella ter dormido bem nos últimos 18 anos, pois não irá mais dormir. Enquanto Charlie (Billy Burke), o pai da noiva, vê no comentário uma gracinha de fundo sexual, o público ri ao lembrar que vampiros, pelo menos os de Stephenie Meyer, não dormem.

Chamam a atenção, no entanto, as atuações medianas do trio de protagonistas, que estão longe de demonstrar uma veia dramática mais robusta. O público parece não ligar muito para isso, seja por falta de referências, seja porque a história está toda ali mesmo, da carga emocional açucarada aos diálogos um tanto cafonas e à beleza dos interpretes.

(The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 1 - 2011)

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