domingo, 19 de março de 2017

A Bela e a Fera (2017)


Emma Watson tenta desligar-se de vez da Hermione de Harry Potter para viver Bela, a jovem que se sente aprisionada na mesmice de uma aldeia francesa, onde ela é tida como esquisita por seu apego aos livros. Apoiada pelo pai, Maurice (Kevin Kline), ela ignora a maledicência e esnoba energicamente o assédio do pretendente mais desejado do pedaço, o oficial Gaston (Luke Evans), sujeito vaidoso e egocêntrico.

Entre os toques contemporâneos desta nova adaptação, um dos mais marcantes é a diversidade racial, notada desde a sequência inicial, de um baile, em que se explicam as razões de toda a maldição que recaiu sobre o príncipe desalmado transformado na Fera peluda por uma feiticeira.

Outro toque moderno foi a transformação do fiel escudeiro de Gaston, LeFou (Josh Gad), num personagem gay, que não perde uma chance de insinuar-se para ele, alegando o quanto as mulheres são ingratas, Bela mais do que todas. Mas foi uma sequência final de dança, em que ele termina como parceiro de outro homem que causou alvoroço na Malásia, onde o homossexualismo é proibido por lei, adiando a estreia do filme naquele país.

Fora isso, em todo caso, esta versão de A Bela e a Fera segue o figurino de conto de fada que apela mais para adolescentes e adultos do que crianças, particularmente os fãs românticos à procura da repetição das emoções já sentidas diante da história familiar. Essa, pelo menos, é a ambição das produções que aspiram a tornar-se clássicas. As bilheterias dirão se é o caso.

Indicado aos Oscar de Direção de Arte e Figurino.

(Beauty and the Beast - 2017)

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