quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Pixote: A Lei do Mais Fraco (1981)

Faz tempo que eu não escrevo aqui. No máximo tenho feito algumas postagens sobre alguns filmes, curtas e seriados que tenho assistido, mas na maioria das vezes posto alguma crítica que leio pela internet, não me apegando ao blog como fazia antigamente. Talvez seja porque penso eu que ninguém tenha interesse em ler minhas postagens. Bem, vou tentar reverter esta situação e começar a expressar-me aqui novamente, imaginando que alguém lerá o que aqui escrevo.

Há muito tempo ouvi falar em “Pixote: A Lei do Mais Fraco”, creio eu que foi minha mãe quem me falou sobre este filme, ou melhor, sobre o garoto Fernando que o interpreta, ao ressaltar o seu fim trágico na vida real, que aliás foi retratado no filme “Quem Matou Pixote?” de 1996. Foi a partir daí que surgiu meu interesse de ver esta obra. Este filme completa neste ano exatos 30 anos de existência e é triste assisti-lo e perceber que a realidade brasileira em relação ao desvirtuamento infantil não mudou, continua o mesmo, o que torna esta película atual.

Héctor Babenco, diretor argentino, que mais tarde dirigiu “O Beijo da Mulher Aranha”, nos conta a história de Pixote, um garoto de 10 anos que vive nas ruas de São Paulo. Filho de pai desconhecido e mãe ausente, ele se envolve em pequenos furtos, até ser detido e levado a um reformatório destinado a cuidar de menores de idade, neste lugar o garoto passa a vivenciar situações de tortura, violência, abuso sexual, degradação e corrupção, até que consegue fugir e retorna às ruas, onde vivenciará novas situações.

O filme é uma crítica a diversos sistemas brasileiros, como o legislativo, o político, o carcerário, o da saúde, etc. Uma dessas críticas recai sobre a corrupção envolvendo menores de idade, que por não serem punidos por crimes cometidos, passam a ser explorados por bandidos e levados ao mundo do crime. Outros temas abordados é a homossexualidade, o uso de drogas e a prostituição.

“Pixote: A Lei do Mais Fraco” consegue nos dar um soco no estômago. Ainda atual, o filme deve ser visto por quem deseja olhar o Brasil de uma maneira crítica. Não posso deixar de citar as participações de grandes atrizes, como Marília Pêra e Elke Maravilha, além da competência de Babenco ao selecionar garotos de rua para atuarem nos papéis principais, o que dá uma maior realidade ao filme.

(Pixote: A Lei do Mais Fraco - 1981)

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