quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ela Dança, Eu Danço (2006)



“Ela Dança, Eu Danço” é um romance água-com-açúcar e números de dança sem graça, dirigido pela coreógrafa Anne Fletcher, o grande problema desse filme é nunca chegar a lugar nenhum, com sua alta carga de previsibilidade e ausência de charme e ousadia.

Aqui, o roteiro conta o óbvio sem a menor ousadia – nem mesmo um romance interracial é ensaiado. Os caucasianos amam e ficam com os caucasianos e os afro-americanos com os afro-americanos, para não gerar nenhuma polêmica. Os intérpretes desses personagens são um caso à parte. Quando se faz um filme como esse, surge a dúvida: chamar atores que saibam dançar ou dançarinos que atuem? A diretora tenta contornar a situação, e, no fim, ninguém atua e dança-se bem mal.

A história acompanha uma menina bem de vida que se apaixona por um rapaz meio delinquente, que foi condenado por vandalismo a prestar serviços sociais na escola de arte onde ela estuda. Depois de desencontros iniciais, ela percebe que ele é o único que pode ajudá-la numa apresentação de dança. Um pra lá, dois pra cá, e, voilà, a dupla descobre que não pode viver um sem o outro. O que vem depois é meramente protocolar.

O grande problema de “Ela Dança, Eu Danço” nem é sua dose cavalar de previsibilidade, nem sua falta de originalidade com a câmera ou a montagem. O que mata de vez qualquer qualidade que o filme poderia ter é tratar o seu público como seres incapazes de pensar ou questionar. Ou alguém vai acreditar que aquele bando de jovens com os hormônios à flor da pele vai se contentar apenas com beijinhos no rosto?

(Step Up - 2006)

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