domingo, 11 de julho de 2010

Paranoia (2007)



À primeira vista, este suspense juvenil pode parecer até uma releitura adolescente de “Janela Indiscreta”. Mas não passa de ilusão. Eis uma coisa que Alfred Hitchcock conhecia muito bem, e D. J. Caruso desconhece: sutileza.

Shia LaBeouf é o nome do momento em Hollywood. Protagonizou “Transformers”, é o queridinho de Steven Spielberg e está no elenco do quarto “Indiana Jones”. É um ator competente, e seu talento é o que tenta em vão salvar “Paranóia” de cair na vala comum. Aqui, ele faz as vezes do personagem de James Stewart. Depois de perder o pai num acidente de carro e de bater no professor, Kale é condenado a três meses de prisão domiciliar.

Para não infringir a pena, ele é obrigado a usar uma tornozeleira com um bip que aciona a polícia se cruzar o limite estabelecido. Com isso, está confinado dentro da própria casa. Para piorar a punição, sua mãe (Carrie-Anne Moss, da série Matrix) corta algumas regalias. Assim, sua única diversão passa a ser espionar os vizinhos, em especial a bela Ashley (Sarah Roemer, de O Grito 2), que acaba de se mudar para a casa ao lado.

No fundo Kale é um bom rapaz, são só as circunstâncias que estão deixando-o meio fora de si. O rapaz começa até a desconfiar de um outro vizinho, Turner (David Morse), que pode ser um assassino em série que fugiu do Texas há alguns anos. Sem poder sair de casa, Kale começa a investigar com a ajuda de Ashley e de seu amigo Ronnie (Aaron Yoo).

O que o diretor Caruso (Roubando Vidas) e os roteiristas Christopher B. Landon (Sangue e Chocolate) e Carl Ellsworth (Vôo Noturno) não inventam são reviravoltas e surpresas. Este suspense é, no final das contas, exatamente aquilo que aparenta ser: todas as peças estão lá, nenhuma surpreende. E também não faz muita questão de levar seu público a usar a cabeça.

(Disturbia - 2007)

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