segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A Separação (2011)


A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas entregou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro a um filme iraniano. Muitos se surpreenderam com este fato, devido às divergências políticas entre Estados Unidos e Irã. No entanto, durante a Guerra Fria a União Soviética foi indicada ao premio diversas vezes e até mesmo venceu algumas.

"A Separação" é um filme complexo. Tão complexo quanto a relação Estados Unidos - Irã. O filme se inicia com a tal separação do título, a separação entre o casal formado por Nader e Simin. Ela quer deixar o Irã, ele não. Ela pede o divórcio, ele quer a filha. Ela não abre mão.

Depois disso o filme se pauta na questão do Mal de Alzheimer sofrido pelo pai de Nader. Como Simin não mora mais com a família, o velho precisa de cuidados. É aí que Razieh é contratada.

Outra questão abordada no filme é a religiosa. Todos estão envoltos por suas crenças, o que interfere diretamente em suas decisões. Razieh tem que cuidar de um homem, trocá-lo, limpá-lo e isto não é bem visto. Além disso, Razieh está grávida.

Certa vez, Razieh precisa sair e deixa o velho doente sozinho e amordaçado na cama. Quando chega em casa e se depara com esta situação, Nader perde o controle. Quando Nazieh retorna, ele a expulsa de casa e a empurra. Depois da discussão Nazieh sofre um aborto.

A partir deste ponto o filme se torna extremamente cansativo. As discussões a respeito do 'empurrei-não-empurrei' se tornam maçantes. A separação do título se torna irrelevante e o espectador pode perder o interesse no meio de tantas brigas que parecem não ter fim, assim como as divergências políticas entre Estados Unidos e Irã.

Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Indicado também na categoria Roteiro Original.

(Jodaeiye Nader az Simin - 2011)

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