quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Honeyland (2019)


Acabei de assistir "Honeyland" e cá estou assimilando o que acabei de ver. Este é um filme/documentário tão rico em sua simplicidade que tenho certeza que pensarei nele durante dias. Certamente os diretores Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov levaram alguns anos para coletar todo o material que foi editado para a realização deste trabalho e o distanciamento deles com os personagens retratados no filme faz com que nossa experiência ao assistí-lo seja única.

Não há narração em off nem contextualização daquilo que é inicialmente mostrado, e me pergunto se todo o enredo e trama ocorreu por pura sorte do destino e fruto da casualidade. Pois, simplesmente decidiram filmar a vida de uma apicultora chamada Hatidze Muratova e uma incrível história aconteceu.

Hatidze vive com sua mãe de 85 anos em uma vila rural chamada Bekirlijia. Para sobreviver ela coleta mel, respeitando a dinâmica das abelhas com o local, pois ela não interfere diretamente na produção do mel, ela apenas o coleta. É então que uma família nômade se assenta na mesma vila que Hatidze e percebem que podem obter lucro produzindo mel. Como eles visam uma maior produção, há uma interferência humana direta no trabalho das abelhas, o que causa um desequilíbrio ambiental e consequentemente prejudica a vida da pobre Hatidze.

A vida solitária de Hatidze por si só já daria um documentário incrível, pois seu modo de vida solitário e rotineiro nos leva a questionar diversas coisas. Mas a interação que houve entre ela e a família que passou a habitar o mesmo local, nos leva a questionar a interferência e o desrespeito humano pela natureza.

Carregarei a mensagem deste filme eternamente comigo.



Nomeado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (Macedônia) e Melhor Documentário.

(Honeyland - 2019)

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