sábado, 14 de julho de 2012

Glória Feita de Sangue (1957)


Alguns dias atrás eu havia visto "Assim Estava Escrito" outro filme em que Kirk Douglas atua e hoje enquanto eu assistia "Glória Feita de Sangue" comecei a me incomodar com o quanto o pai Kirk se parece com seu filho Michael! E não é apenas nas características físicas que são parecidos, mas também no talento.

E Kirk Douglas em um filme dirigido por Stanley Kubrick não poderia dar resultado melhor, "Glória Feita de Sangue" é um filme que me surpreendeu. A história se passa em plena Primeira Guerra Mundial, quando a França luta contra a Alemanha nas trincheiras. Não posso deixar de citar que o filme capta bem a mensagem de que a música é uma linguagem universal, pois a cena final em que uma moça alemã canta uma canção para os soldados franceses é de emocionar.

Segue a crítica:

O tema da guerra é recorrente na carreira de Stanley Kubrick. O romance de Humphrey Cobb, sobre um incidente vergonhoso real que se deu no Exército francês durante a Primeira Guerra Mundial, foi adaptado (por Kubrick, Jim Thompson e Calder Willingham) em um filme poderoso - que se torna ainda mais eficaz por conta da frieza casual com que o diretor lida com o horror inimaginável.

Uma dupla de generais implacáveis, porém incompetentes (Adolphe Menjou, George Macready), manda seus homens se lançarem de forma suicida sobre as posições alemãs; quando alguns poucos sobreviventes se arrastam de volta depois de serem praticamente dizimados, o regimento é acusado de covardia e um trio de soldados de infantaria selecionado aleatoriamente é levado a julgamento. O comprometido coronel Dax (Kirk Douglas) monta uma defesa, porém questões políticas decretam que os três soldados humildes e inocentes - sem dúvida os mais corajosos que se pode imaginar - sejam fuzilados. Amargo, inteligente e com atuações maravilhosas, este é o melhor tipo de filme de guerra: ele deixa os espectadores com raiva. Além disso, seu clímax, depois das execuções, traz a cena mais emotiva já dirigida por Kubrick, na qual um bando de soldados debochados força uma garota alemã capturada (Susanne Christian, posteriormente Christiane Kubrick) a entretê-los cantando uma música apenas para serem constrangidos aos silêncio por sua performance sem jeito, sincera e melancólica.

(Paths of Glory - 1957)

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