"A Casa das Flores" foi um seriado que começou muito bem enquanto tudo girava em torno das vontades da matriarca Virginia de la Mora (Verónica Castro). No entanto, creio eu que Verônica Castro não quis continuar vivendo a personagem e os roteiristas deram um fim nela na segunda temporada, fazendo consequentemente com que toda a hipocrisia que regrava as atitudes da família De La Mora perdessem o sentido.
Não havia mais razão da falsidade que direcionava as atitudes de cada membro da família, que somente agiam daquela maneira para agradar a mãe, que era preconceituosa, mandona e vitimista.
É então que os roteiristas esqueceram totalmente a personalidade de Virgínia, e na terceira temporada a retrataram jovem, nos inícios dos anos 1980, como uma mulher a frente de seu tempo, melhor amiga de seu futuro marido e engravidando de um amigo homossexual como fruto de uma experiência libidinosa. Esta seria mesmo a Virgínia de la Mora? Por que então ela mudou tanto na vida adulta e exigia que os membros de sua família agissem da maneira que ela tanto repugnava em sua juventude?
O seriado perdeu sua qualidade no momento que Verónica Castro recusou continuar interpretando Virgínia e infelizmente os roteiristas não deram sustento à história. Teria sido melhor caso optassem por substituir a atriz, mantendo viva a personagem central desta história. "A Casa das Flores", infelizmente, é uma série que não vale a pena ser vista a partir de sua segunda temporada.
(La Casa de las Flores - Season 03 - 2020)
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